Asma e DPOC: “Para quê
complicar quando podemos
simplificar?”
Pedro Silva Santos
Conflito de Interesses do Palestrante
•
Esta palestra foi financiada pela GlaxoSmithKline
Objetivos
•
Abordagem do Tratamento da Asma
•
Abordagem do Tratamento da DPOC
O que significa o controlo real da Asma?
• O que significa isto para uma pessoa com Asma?
• Taylor et al. ERJ 2008; 32: 545-554.
O objetivo do tratamento é o controlo eficaz da doença
Atividades físicas normais
Sem necessidade de absentismo parental ou faltas
escolares devido à Asma
Sem tempo perdido de trabalho
Sem agudizações
Tosse ou pieira pouco frequentes
Sem falta de ar ou dificuldade em respirar
88%
dos asmáticos não
controlados
percepciona que tem
a sua doença
controlada
Controlo da Asma em Portugal
Sá-Sousa A et al. Rev Port Pneumol 2015;21(4):209-13
43%
dos doentes
não têm a sua
Asma
controlada
23%
de asmáticos
recorreram ao
serviço de
urgência
Em Portugal os doentes com Asma menos controlada
caracterizam-se por:
Serem de classes sócio económicas mais desfavorecidas
Terem menor grau de escolaridade
Serem de idade pediátrica ou idosos
Serem fumadores
Terem um índice de massa corporal aumentado
Sá-Sousa A et al. Rev Port Pneumol 2015;21(4):209-13
A Asma não controlada tem um impacto na vida dos doentes mesmo em casos de doença ligeira
Dados retirados de um inquérito transversal prospetivo que incluiu 1115 doentes nos degraus 1 e 2 do GINA (> 12 anos de idade) tratados em cuidados primários em França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, EUA, Japão e China
Doentes com Asma ligeira podem ter a doença mal controlada
No geral, 19%
dos doentes com
Asma ligeira
sofreram uma ou
mais
agudizações, com
12,5% dos
doentes com
pelo menos uma
agudização
moderada a
grave
14,2
13,3
33,6
10,5
40,6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Impacto nas atividades
Impacto no trabalho
Uso de terapêutica de alívio (nas últimas
4 semanas)
Agravamento de sintomas
Sintomas noturnos
% doentes com indicadores de doença mal controlada
9
Global Initiative for Asthma (GINA)
Confirmação do diagnóstico se necessário
Avaliação do controlo e dos factores de
risco (incluindo Função Pulmonar)
Técnica inalatória e adesão
Preferências do doente
Avalição das co-morbilidades
Terapêutica farmacológica
Estratégias não farmacológicas
Modificar factores de risco
Sintomas
Agudizações
Efeitos secundários
Satisfação do doente
Função pulmonar
Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and Prevention, 2020. Available from:
www.ginasthma.org
Asthma Control Test
Ferramenta validada que permite fazer uma avaliação do controlo da Asma através de 5 questões.
Avalia os seguintes tópicos
1
:
0
10
15
20
25
ASMA NÃO CONTROLADA
ASMA PARCIALMENTE
CONTROLADA
CONTROLADA
ASMA BEM
NOVO
A pontuação total indica o estado de controlo da Asma com 3 níveis:
Limitação da
atividade
Falta de ar
Terapêutica
de alívio
Despertares
noturnos devido a
sintomas de Asma
Avaliação global
do controlo da
Asma
Todos os parâmetros referem-se às últimas 4 semanas e são classificados de 1 a 5.
1
1. Nathan RA, et al. J Allergy Clin Immunol. 2004;113:59–65 2. Schatz M, et al. J Allergy Clin Immunol. 2009;124:719–23.e1.
1. Direção-Geral da Saúde. Programa Navional para as doenças Respiratórias 2018. Doenças Respiratórias, Desafios e Estratégias, Direcção-Geral da Saúde. 2018. 2. De Vries et al. ERJ 2010; doi:
10.1183/09031936.00124209.
A mortalidade por Asma continua a ser uma realidade
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
GINA Step
Mortes
/100
doentes
-ano
Mortalidade Relativa devido à Asma segundo os degraus definidos pelo GINA
2
1
2
3
4
5
Degraus definidos pelo GINA
• Resultados de uma análise aprofundada de 195 mortes por Asma no Reino Unido
1
A Asma ainda mata devido ao baixo uso de terapêutica preventiva e à
falta de revisão terapêutica
43% não tiveram uma
revisão anual
Falta de
revisão e
educação do
doente
Baixo uso de
medicação
preventiva
38% tiveram a prescrição
de < 4 inaladores
contendo ICS por ano
Muitos SABA e
LABA prescritos em
monoterapêutica
57% não tiveram revisão
nos cuidados secundários
e APENAS 1 em 5 tinham
um plano de ação escrito
•ICS, corticoides inalados; LABA, agonistas β2 de longa duração de ação; SABA, agonistas β2 de curta duração de ação
A baixa adesão à terapêutica de prevenção continua a ser um grande problema
•*Medidas de adesão como proporção de dias abrangidos.
•1. Boulet et al. Clin Chest Med 2012 33:405-417; 2. Flack et al. EHJ 1996:17 (Supplement A) 16-20.
Apenas
30-50%
dos doentes com Asma aderem* à terapêutica
8%
nem levanta a primeira prescrição
1Compreender a raiz do problema é fundamental para combater a falta de adesão
Preocupação
sobre o
tratamento
Perceção de
falta de
eficácia
Crenças
sobre a
doença
Perceção
sobre
necessidade
Esquecimento
Dificuldades
económicas
Administração
incorreta
Intencional
Não intencional
Dosagem
complexa
A má adesão não
intencional
ocorre quando o
doente quer seguir o tratamento acordado mas é
impedido de o fazer por obstáculos que estão para
além do seu controlo.
A má adesão
intencional
ocorre quando o
doente decide não seguir as recomendações de
tratamento.
Existe a necessidade de compreender as crenças
e preferências da pessoa sobre o tratamento ou
a sua doença e a sua motivação para iniciar e
continuar a tomar a medicação.
Regimes de tratamento simplificados melhoram a adesão vs. regimes de duas vezes ao dia
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
ICS 1 vez/dia
ICS 2 ou mais vezes/dia
Adesão (proporção de dias abrangidos)
p=0,001
•ICS, corticoide inalado
•Wells KE et al. Ann Allergy Asthma Immunol 2013; 111:3;216–220.
Uma toma
única
diária pode
melhorar a
adesão
n=221
n=1081
A
de
s
ã
o
a
o
ICS
>75
%
44%
17%
39%
A terapêutica variável oferece conveniência, mas apresenta taxas baixas de controlo da
Asma
Controlado
Não controlado
Parcialmente controlado
Apenas 17%
alcança um bom controlo após 1 ano de
terapêutica de dosagem variável
1• Bateman E et al. J Allergy Clin Immunol 2010; 125:600–608.
Análise post hoc comparando BUD/FORM MART (terapêutica de manutenção e alívio) com terapêutica de dose fixa; n>12,000. Controlo da Asma de 5 estudos definido pela classificação
GINA ou ACQ-5. Semana controlada: Todos os 5 subcritérios do cartão diário controlados e sem agudizações graves. Controlo parcial: Quaisquer 1 ou 2 subcritérios descontrolados e
nenhuma agudização foi registada. descontrolado: ≥3 subcriterios descontrolados ou uma agudização.
Na Asma ligeira, o uso regular de ICS mais SABA ou o uso de ICS/LABA conforme necessário, tem efeitos
semelhantes na redução das agudizações graves
SYGMA 11 SYGMA 22
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
Taxa anual de
agudizações graves
RR = 0,83 (95% CI: 0,59–1,16) p = 0,28 RR = 0,36 (95% CI: 0,27–0,49)Terbutalina PRN
(n = 1277)
Budesonida/
formoterol PRN
(n = 1277)
Budesonida regular +
SABA
(n = 1282)
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
Taxa anual de
agudizações graves
RR = 0,97 (1-sided 95% CI: NA–1,16)p = NS
Budesonida/
formoterol PRN
(n = 2089)
Budesonida regular +
SABA
(n = 2087)
Budesonida/formoterol PRN não está autorizado no tratamento da Asma ligeira. PNR, quando necessário; SABA, agonista β2 de curta duração de ação
.31,1 34,4 44,4 0 10 20 30 40 50
SABA
quando necessário
(n=1277)
ICS/LABA
quando necessário
(n=1277)
ICS BD regular
(n=1282)
Percen
tag
em
méd
ia
d
e
se
man
as
p
o
r
d
o
ent
e
Semanas com Asma bem controlada
• BD, 2x/dia; CI, intervalo de confiança; ICS, corticosteroide inalado; LABA, agonista β
2
de longa duração OR, odds ratio; SABA, agonista β
2
de curta
duração;
PRN, quando necessário.
ICS/LABA quando necessário em monoterapêutica não está autorizado para o tratamento da Asma.
O’Byrne PM et al. N Engl J Med 2018; 378:1865–1876.
No entanto, a terapêutica com dose fixa e regular de ICS proporciona controlo superior dos
sintomas, em comparação com a dose variável
Controlo superior
da Asma com ICS
regular vs.
ICS/LABA PRN
A Asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas,
caracterizada por obstrução generalizada, mas variável, do fluxo
de ar, que é frequentemente reversível espontaneamente ou com
tratamento.
1
A inflamação na Asma contribui para:
3
• Hiper-reatividade brônquica
• Broncoconstrição
• Edema das vias aéreas
O baixo controlo dos sintomas está também fortemente
associado a um aumento do risco de agudizações de
Asma
1-3
A Asma é uma doença inflamatória
Asma alérgica
Asma não alérgica
Asma Eosinofílica
Inflamação eosinofílica na Asma alérgica e não alérgica
2
1. Global Initiative for Asthma (GINA). Global strategy for asthma management and prevention. 2018. Available from: ginasthma.org/ (Accessed November 2018). 2. Brusselle G, Bracke K. Ann Am Thorac Soc 2014; 11;S322–S328. 3. National Asthma Education and Prevention Program Expert Panel Report 3. Available at: www.nhlbi.nih.gov/files/docs/guidelines/asthgdln.pdf (Accessed November 2018).
Função pulmonar
Hiper-reatividade brônquica
Inflamação das vias aéreas
Remodelamento das vias aéreas
Invisível
É necessário controlar a inflamação subjacente
É importante tratar proativamente os outcomes invisíveis e não reagir apenas aos outcomes visíveis
Agudizações
Sintomas
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
Biópsia brônquica
Eosinófilos na expectoração
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
p<0.001Maior
inflamação
Menor
inflamação
Alta dose BUD/F + SABA PRN
BUD/F MART
A terapêutica regular com dose fixa elevada proporciona um controlo superior
da inflamação em comparação com uma dose variável
n=127
%
alt
eraçã
o
da
s cél
ulas
em
rel
aç
ão
à
ba
se
li
ne
%
alt
eraçã
o
da
s cél
ulas
em
rel
ação
à
ba
se
li
ne
BUD, Budesonida; F, Formoterol; SABA, agonista β2de curta duração; PRN, quando necessário; MART, Terapêutica de manutenção e alívio.
95
100
105
110
–2
–1
0
1
Baseline
3
6
12
FEV
1(%
ba
s
e
li
ne
)
◆
◆
◆
◆
Log
10PD
20M
e
tac
olina
(mg
)
HR
FEV
1Duração do tratamento com Propionato de Fluticasona (meses)
◆
1 mês pós-tratamento
A hiperreatividade das vias aéreas melhora com a terapêutica regular com ICS, mesmo depois da
função pulmonar estabilizar
n= 35 doentes com asma ligeira a moderada; HR: hiperreatividade das vias aéreas; PD20: dose de metacolina que
provoca uma redução do FEV
1de 20
%; FEV
1: volume expiratório forçado no primeiro segundo; ICS:
corticosteroide inalado
.Gráfico adaptado de Ward C, et al. Thorax 2002:57(4):309–316.
A fisiologia das vias aéreas, a inflamação e o remodelling das vias aéreas estão inter-relacionados e melhoram com a terapêutica com ICS. O tratamento prolongado com ICS é necessário para o máximo
benefício no remodelling e na hiper-reactividade brônquica. Determinar a dose de ICS apenas com referência a sintomas e função pulmonar pode ser simplista.
0
10
20
30
40
50
Duração da Asma (anos)
F
E
V
1(%
p
rev
ista
)
140
120
60
80
100
40
20
0
Estes doentes com
obstrução fixa do
fluxo aéreo
possivelmente não
receberam doses
suficientes de ICS
A obstrução fixa do fluxo aéreo é uma potencial consequência do tratamento
insuficiente da inflamação das vias aéreas com ICS
n=89
FEV
1, volume expiratório forçado em 1 segundo; ICS, corticosteroide inalado
• Reduz as agudizações vs. SABA, e
tem efeito comparável a ICS
regular
10,11
• ICS/LABA PRN é inferior a ICS
regular no controlo dos
sintomas
10,12
• Supressão da inflamação
semelhante a ICS regular, na vida
real
13
O que é que os dados nos dizem sobre como tratar os asmáticos ligeiros?
1.O’Byrne PM et al. N Engl J Med 2018;378:1865–1876. 2. Bateman et al. AJRCCM 2004;170:836. 3. Pavord et al. J Allergy Clin Immunol 2009;123:1083-1089. 4. O'Byrne PM, et. al. Am J Respir Crit Care Med 2001;164:1392-7. 5. Pauwels RA et al. Lancet 2003; 361:1071–1076. 6. Reddel HK, et. al. Lancet 2017;389:157-66. 7. Ward C et al. Thorax 2002; 57:309–316. 8. Haahtela T et al. ERJ Open Res 2015;1.pii:00022-2015. 9. Suissa S et al. N Engl J Med 2000; 343:332–336. 10. Bateman ED, et al. N Engl J Med. 2018; 378:1877–1887. 11. O’Byrne PM, et al. N Engl J Med. 2018; 378:1865–1876. 12. Beasley R et al. N Engl J Med 2019;380:2020–30. 13. Hardy J et al. Lancet 2019; 394: 919–28.
ICS/LABA PRN
ICS Regular
• Melhora o controlo da Asma
1,2
• Reduz a inflamação
3
• Reduz as agudizações graves
4-6
• Reduz a hiperreatividade das vias
aéreas
7
• Melhora a função pulmonar
5,8
• Reduz a mortalidade
9
Os ensaios de eficácia indicam que parece existir pouca diferença
entre ICS/LABAs
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
BDP/F
Odds Ratio (95% CI)
FP/S FP/F BUD/F BDP/F FP/F BUD/F BDP/F FP/F FP/S BDP/F BUD/F FP/S vs. FP/S vs. BUD/F vs. FP/F vs.
Uma meta-análise em rede de 6 estudos de eficácia destaca que os ICS/LABAs conferem proteção idêntica no que diz
respeito a dias livres de sintomas
Odds Ratio (95% CI) 0,80 (0,37; 1,8) 0,65 (0,29; 1,5) 0,94 (0,35; 2,6) 1,3 (0,57; 2,7) 0,82 (0,62; 1,1) 1,2 (0,62; 2,3) 1,5 (0,66; 3,4) 1,2 (0,90; 1,6) 1,4 (0,80; 2,6) 1,1 (0,38; 2,8) 0,84 (0,43; 1,6) 0,69 (0,38; 1,2)
CI, intervalo de confiança; ICS, corticosteroide inalado; LABA, agonista β2 de longa duração; BDP/F, beclometasona/formoterol; FP/S, propionato de fluticasona/salmeterol; BUD/F,
budesonida/formoterol; FP/F, propionato de fluticasona/formoterol.
Tang et al., 2018, Journal of Asthma: DOI:10.1080/02770903.2018.1531991
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Patients selected
Doentes com
Asma
Função pulmonar
Reversibilidade
Critérios de seleção de doentes
S/ comorbilidades
Nº anos <10
ICS regular
Sintomas
Uma razão para isso é que os doentes da prática clínica raramente são
incluídos em ensaios de eficácia tradicionais
Núm
e
ro
de
doentes
inc
luídos
Herland K et al. Resp Med 2005; 99:11–19.
Dos 100% dos doentes asmáticos na prática
clínica
3,3% dos doentes são elegíveis para um
ensaio clínico de Asma
Como se compara Relvar com outros ICS/LABAs na vida real?
Ensaio Clínico Pragmático para avaliar Furoato de Fluticasona/Vilanterol vs. outros ICS/LABAs na prática clínica
Visita de
Aleatorização
Prescrição
pré-aleatorização:
ICS 36%
ICS/LABA 64%
Recolha contínua de dados em tempo quase real de todas as
intervenções/monitorizações de segurança durante um período de 12
meses
Endpoint primário:
% doentes com uma pontuação
total do ACT ≥20 ou com um
aumento
≥3 pontos na sua
pontuação total ao 6º mês vs. início
do estudo
3 chamadas telefónicas para avaliar ACT
semanas 12, 24 e 40
Visita final na semana 52 para avaliar ACT
Terapêutica habitual
(ICS ou ICS/LABA)
Relvar 92/22 mcg ou 184/22 mcg OD
4233
doentes
Perfil do doente
• Idade ≥18 anos
• Diagnóstico de Asma pelo
medico de MGF
• Doentes sintomáticos
Alterações
no
tratamento
foram
permitidas.
Os doentes
que foram
aleatoriamente alocados ao tratamento com FF/VI poderiam mudar para
qualquer outro medicamento para a Asma, em complemento ou em vez de
FF/VI, e os doentes que se continuaram com a terapêutica habitual poderiam
também fazê-lo, mas não estavam autorizados a iniciar FF/VI.
*
Outros endpoints incluem AQLQ (Asthma Quality of Life Questionnaire), WPAI (Work Productivity Activity Impairment) e utilização de terapêutica de alívio.
ACT, Asthma Control Test
Os participantes deste estudo refletem a vasta população de
doentes asmáticos na vida real
ACT, Asthma Control Test; IMC, índice de massa corporal, SD, desvio-padrão
Woodcock A et al. Lancet 2017; 390:2247–2255.
Total (n=4233)
Idade (anos)
n
Média (SD)
≥50
4233
50 (17)
2082 (49%)
Género
n
Masculino
Feminino
4233
1735 (41%)
2498 (59%)
Fumadores
n
Fumador
Ex-fumador
Não-fumador
4203
849 (20%)
1366 (33%)
1988 (47%)
IMC na baseline
n
≤30
>30
4152
2379 (57%)
1773 (43%)
Pontuação total do ACT na baseline
n
≥20
16−19
≤15
4232
1206 (28%)
1308 (31%)
1718 (41%)
Mais 25% dos doentes atingiram o controlo da Asma com Relvar vs.
outras associações ICS/LABA
P
ropo
rção
de
resp
on
de
do
res
A
C
T
aos
6
meses
(%
)
70%
56%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Relvar
(n=637/908)
Outros ICS/LABA
(n=511/916)
OR 1,95 (95% CI:1,60−2,38)Os dados apresentados são provenientes de um subconjunto de doentes prescritos com ICS/LABA na baseline e que iniciaram FF/VI ou continuaram com a terapêutica inicial
. Os dados
apresentam uma diferença relativa de 25% e uma diferença absoluta de 14%.
Mais 25%
dos doentes
atingiram o
controlo da
Asma
Na baseline, os ICS/LABAs mais
frequentemente prescritos foram:
Proprionato fluticasona/Salmeterol
Budesonida/Formoterol
Beclometasona/Formoterol
O endpoint primário foi a proporção de doentes que alcançaram uma melhoria na pontuação do ACT da linha de base de ≥3 ou uma pontuação total do ACT de ≥20, em doentes na
população da análise primária de efetividade (todos os doentes com uma pontuação no ACT <20 aquando da randomização) iniciados com Relvar vs. continuando no tratamento
habitual (ICS ou ICS/LABA ) às 24 semanas. O endpoint primário foi atingido (p<0.0001).
Relvar permite uma melhoria consistente no controlo da Asma na prática clínica vs. outros
ICS/LABAs
ICS/LABA (n=989)
Relvar (n=997)
12
24
40
52
%
doen
tes
com
uma
pon
tu
aç
ão
tot
al
do
A
C
T
≥20 o
u
c
om um
au
me
n
to
≥3
p
on
tos
em
rel
aç
ão
à
ba
se
line
80 70 60 40 30 20 0 10 50 90OR 1,93
95% CI:1,59−2,33
OR 1,95
95% CI:1,60−2,38
OR 1,55
95% CI:1,27−1,88
OR 1,80
95% CI:1,49−2,18
Visita (semana)
ACT, Asthma Control Test; CI, intervalo de confiança; ICS, corticosteroide inalado; LABA, agonista β
2de longa duração; OR, odds ratio
.
Relvar proporciona melhorias nos 5 parâmetros do ACT em
comparação com outros ICS/LABAs
76
68
77
47
75
69
56
69
32
64
0 20 40 60 80 100Impacto no trabalho, na
escola ou em casa
Falta de ar
Acordar à noite ou mais
cedo do que o habitual
Uso de inalador SOS ou
medicação por nebulização
Nível de controlo da asma
Relvar (n=1214)
ICS/LABA (n=1223)
Doe
n
tes
que
se
le
cio
na
ram
4
ou
5
no
A
C
T
aos
6
meses
(%
)
*A análise não foi realizada nas questões individuais do ACT. Os dados apresentados são provenientes de uma análise pré-planeada de um subconjunto de doentes da
população ITT prescritos com ICS/LABA na baseline e que iniciaram Relvar ou continuaram com a terapêutica inicial. A variação média da pontuação do ACT em relação à
baseline foi de 3,3 para Relvar e 1,8 para ICS/LABAs (p<0,001).
Não existiram diferenças nos Eventos Adversos Graves entre Relvar vs.
outras terapêuticas ICS/LABA
Número de eventos (taxa por 1000 doentes-ano)*
Terapêutica habitual
(n=2119)
FF/VI
(n=2114)
Doença cardiovascular
69 (29,6)
42 (23,3)
Asma e broncospasmo
40 (17,2)
24 (13,3)
Pneumonia
21 (8,4)
21 (10,7)
Alterações na glicémia
22 (9,4)
18 (10,0)
Hipersensibilidade
5 (2,1)
7 (3,9)
Alterações no potássio
1 (0,4)
4 (2,2)
Doença ocular associada a corticosteroides
7 (3,0)
9 (5,0)
Supressão adrenal
1 (0,4)
0
Efeitos locais dos corticosteroides
0
1 (0,6)
Tremores
0
0
*De acordo com o tratamento recebido no momento do evento; dados do Salford Lung Study sobre Asma, n=4233
.As moléculas de nova geração são o motor fundamental para a
efetividade de Relvar na prática clínica
Furoato de fluticasona e Vilanterol foram especificamente
seleccionados pela sua longa duração de acção
1-3
Dispositivo Ellipta de fácil utilização
5
O ICS de Relvar oferece maior proteção das vias aéreas
com um baixo efeito sistémico
4
Caso Clínico
•
Rinite Alérgica
(pólenes e ácaros) sob corticoide tópico
•
Asma
(desde jovem) sob fluticasona 125 2id
•
Pneumonia
(com internamento em 2016, com sucessivas crises de asma no inverno)
Sexo Feminino - 53 anos
Secretária administrativa
Casada, com 2 filhos
Nunca fumou, mas o marido fumou durante muitos anos.
Problemas
Consulta (Janeiro)
No último inverno teve “várias gripes, necessitando de usar salbutamol várias vezes ao dia”.
Desde então tem tido sempre tosse irritativa e ligeira pieira noturna.
Queixa-se ainda “que anda mais cansada, mas ainda consegue fazer ligeiras caminhadas”.
ACT = 12 (mau controlo)
https://www.asthmacontroltest.com/pt-pt/welcome/
O que pensam desta doente?
• Asma sem controlo devido a exposição tabágica ou alérgica?
• Ou devido ao mau controlo prolongado durante vários anos?
--• E a terapêutica, estará bem medicada?
• Terá de se aumentar o corticóide? Ou troca-se o inalador?
•
Rinite Alérgica
(pólens e ácaros) sob corticoide tópico
•
Asma
(desde jovem) sob
fluticasona 125 2id
•
Pneumonia
(com internamento em 2016, com sucessivas crises de asma no inverno)
Sexo Feminino - 53 anos
Secretária administrativa
Casada, com 2 filhos
Nunca fumou, mas o marido fumou durante muitos anos.
Problemas
Global Initiative for Asthma, www.ginasthma.org. GINA 2020
CASO CLÍNICO
Será a Fluticasona 125 µg 2id a melhor opção?
Mudariam a terapêutica?
CASO CLÍNICO
•
Rinite Alérgica
(pólens e ácaros) sob corticoide tópico
•
Asma
(desde jovem) sob
fluticasona 125 2id
•
Pneumonia
(com internamento em 2016, com sucessivas crises de asma no inverno)
Sexo Feminino - 53 anos
Secretária administrativa
Casada, com 2 filhos
Nunca fumou, mas o marido fumou durante muitos anos.
Problemas
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
Consulta (Maio)
Mantem tosse irritativa e ligeira pieira.
Má adaptação ao inalador.
Quando questionada, diz que só usa quando está “mais aflita”.
É necessário reavaliar a adesão e técnica
inalatória!!
CASO CLÍNICO
Será este esquema a melhor opção?
CASO CLÍNICO
•
Rinite Alérgica
(pólens e ácaros) sob corticoide tópico
•
Asma
(desde jovem) sob
fluticasona 125 2id
•
Pneumonia
(com internamento em 2016, com sucessivas crises de asma no inverno)
Sexo Feminino - 53 anos
Secretária administrativa
Casada, com 2 filhos
Nunca fumou, mas o marido fumou durante muitos anos.
Problemas
CASO CLÍNICO
Menos doentes cometem erros críticos com Ellipta vs.
outros inaladores comummente utilizados
*P<0.001 for all comparisons
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Sub-study 1 Sub-study 2 Sub-study 3 Sub-study 4 Sub-study 5
Ellipta Diskus/Accuhaler MDI Turbuhaler HandiHaler Breezhaler
Doen
te
s
(%)
Pr
op
or
cç
ão
d
e
d
oe
n
tes
co
m
u
m
er
ro
crít
ic
o
(n=171) (n=80) (n=100) (n=118) (n=98)MDI, inalador de dose calibrada.
Van der Palen J et al. NPJ Prim Care Respir Med 2016; 26:16079.
CASO CLÍNICO
Os doentes em terapêutica com FF/VI tiveram
consistentemente melhor adesão à terapêutica
vs BUD/F
Tempo até à descontinuação (dias)**
Rác io d e p e rs is tê n c ia
Os doentes em terapêutica com FF/VI tiveram 35%
menor risco de descontinuar a terapêutica vs BUD/F*
*Hazard ratio= 0,65; IC95%: 0,56-0,75; p<0,001; ** Foi considerado que ocorreu a descontinuação (incluindo troca) da terapêutica se nenhuma prescrição
consecutiva da terapêutica ocorreu ao dia 60 (inclusive) após a data da prescrição anterior. A data de descontinuação foi o final da última prescrição antes que
esse intervalo ocorresse.
20% mais
doentes
beneficiaram de maior adesão à terapêutica com Relvar vs BUD/F2Parimi, M., Svedsater, H., Ann, Q. et al. . Adv Ther (2020).
58%
48%
PDC>80%
P
er
ce
n
tagem
(%
)
d
e
d
o
ent
es
qu
e
at
in
g
iram
P
DC≥
80
%
P=0,004 FF/VI (n=544/936) BUD/F (n=1.562/3.232)P
ropo
rção
de
resp
on
de
do
res
A
C
T
aos
6
meses
(%
)
70%
56%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Relvar
(n=637/908)
Outros ICS/LABA
(n=511/916)
OR 1,95 (95% CI:1,60−2,38)Os dados apresentados são provenientes de um subconjunto de doentes prescritos com ICS/LABA na baseline e que iniciaram FF/VI ou continuaram com a terapêutica inicial
. Os dados
apresentam uma diferença relativa de 25% e uma diferença absoluta de 14%.
Mais 25%
dos doentes
atingiram o
controlo da
Asma
Na baseline, os ICS/LABAs mais
frequentemente prescritos foram:
Proprionato fluticasona/Salmeterol
Budesonida/Formoterol
Beclometasona/Formoterol
O endpoint primário foi a proporção de doentes que alcançaram uma melhoria na pontuação do ACT da linha de base de ≥3 ou uma pontuação total do ACT de ≥20, em doentes na
população da análise primária de efetividade (todos os doentes com uma pontuação no ACT <20 aquando da randomização) iniciados com Relvar vs. continuando no tratamento
habitual (ICS ou ICS/LABA ) às 24 semanas. O endpoint primário foi atingido (p<0.0001).
• Woodcock A et al. Lancet 2017; 390:2247–2255.
CASO CLÍNICO
O Furoato de Fluticasona confere melhor proteção das vias aéreas, com menos efeitos
sistémicos vs. Budesonida e Propionato de Fluticasona
8 16 32 64 128 256 0 10 20 30 40 50 60 70
25
100
200
400
800
200
500
1000
2000
3200
1600
800
400
50
100
Efeito Sistémico
(Supressão de cortisol %)
Pr
ot
eção
das
V
ias
A
érea
s
(AM
P
PC
20*
m
g/
mL
)
Furoato de Fluticasona
1x/dia dose,
mcg (Relvar)
Budesonida 2x/dia dose,
mcg (Symbicort)
Propionato de fluticasona
2x/dia dose,
mcg (Seretaide)
Os circulos preenchidos
correspondem às doses
autorizadas
20% da supressão de cortisol é o limite
mínimo detetável de exposição sistémica a
corticoides, servindo como ponto de cut-off,
acima do qual os efeitos adversos dos
corticoides são mais propensos de acontecer
AMP PC
20, concentração de adenosina 5-monofosfato que induz um declinio de 20% no volume expiratório forçado num segundo. FF não está indicado para
tratamento da Asma em monoterapica.
Daley-Yates P et al. Br J Clin Pharmacol 2020; doi: 10.1111/bcp.14406
.
CASO CLÍNICO
Consulta (Setembro)
Sem sintomas.
Boa adaptação ao inalador.
ACT= 21 (asma controlada)
Rinite Alérgica
(pólens e ácaros) [corticóide tópico
Asma
Furoato de fluticasona + Vilanterol, 92 µg + 22 µg id
Pneumonia
(com internamento em 2016, com sucessivas crises de asma no inverno)
Objetivo tratamento da asma
• Prevenir as crises/exacerbações
• Reduzir necessidade de antibióticos
• Reduzir a procura desnecessária de cuidados de saúde
• Aumentar a eficiência dos cuidados de saúde
• Melhorar a literacia e qualidade de vida
Doentes com características de Asma e DPOC
GOLD 2021
• Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease
GOLD 2016
1
Doença prevenível e tratável, caracterizada
por uma limitação
persistente
ao fluxo de ar,
usualmente
progressiva
e associada ao
aumento da resposta
inflamatória
crónica
nas vias áreas e no parênquima pulmonar
em resposta a partículas ou gases nocivos.
Definição
• 1. Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of COPD – 2016. Available at:https://goldcopd.org/global-strategy-diagnosis-management-prevention-copd-2016/(Consultado em Maio 2019). 2. 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner
• Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2020. Available at:http://goldcopd.org(Consultado em Novembro 2020).
GOLD 2021
2
Doença
comum
, prevenível e tratável, caracterizada
por
sintomas respiratórios persistentes
e limitação
ao fluxo de ar,
resultante de alterações alveolares
e/ou das vias aéreas
, geralmente causadas pela
exposição significativa a partículas/ gases nocivos e
influenciada
pelas
caracteristicas
do
doente,
incluindo o desenvolvimento pulmonar anormal.
Comorbilidades significativas podem ter impacto
na morbilidade e na mortalidade.
GOLD 2021
• Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease
C
D
A
B
AVALIAÇÃO COMBINADA DA DPOC (ABCD)
Diagnóstico
Confirmado por
Espirometria
Avaliação da
limitação do fluxo
aéreo
Avaliação dos
sintomas/risco de
exacerbações
Pós-Broncodilatação
FEV
1
/FVC < 0,7
Grau
FEV
1
(%
previsto)
GOLD 1
≥ 80
GOLD 2
50-79
GOLD 3
30-49
GOLD 4
< 30
≥ 2 ou ≥ 1 com
hospitalização
0 ou 1 (sem
hospitalização)
mMRC 0-1
CAT < 10
mMRC ≥ 2
CAT ≥ 10
História de Exacerbações
Moderadas ou Graves
CAT, COPD assessment test; mMRC, modified Medical Research Council dyspnea scale.
•2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner
GOLD 2021
• Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease
Grupo D
LAMA ou
LAMA + LABA* ou
ICS + LABA **
Grupo B
Um Broncodilatador de longa
duração de acção
(LAMA ou LABA)
Um Broncodilatador
Grupo A
Grupo C
LAMA
Exa
cerbações
*Considerar se altamente sintomáticos (ex: CAT > 20)
** Considerar se EOS ≥ 300
Sintomas
≥ 2 ou ≥ 1 com
hospitalização
0 ou 1 (sem
hospitalização)
mMRC 0-1
CAT < 10
mMRC ≥ 2
CAT ≥ 10
•2. 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner
LAMA ou LABA
DOENTE GOLD B – Escolha para Tratamento Inicial
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2019. Available at: http://goldcopd.org (Consultado em Novembro 2020) •Martinez FJ et al. Chest. 2017 Dec;152(6):1169-1178. doi: 10.1016/j.chest.2017.07.007
• Mas para doentes com dispneia grave o início com LAMA/LABA pode ser
considerado (GOLD 2020).
DOENTE GOLD B – Escolha para Tratamento Inicial
• Maltais F. et al. Respir Res. 2019 Oct 30;20(1):238. doi: 10.1186/s12931-019-1193-9.
• Os doentes em LAMA/LABA (UMEC/VI) tiveram uma melhoria sustentada da função pulmonar e sintomas vs LAMA ou LABA,
independentemente do nível dos sintomas dos doentes.
• Os doentes têm uma maior probabilidade de ficarem estáveis (CID) com LAMA/LABA (UMEC/VI) vs monoterapia
CID (clinical important deterioration) is a composite measure defined as:
‒ ≥100 mL decrease from baseline in trough FEV1or
‒ A deterioration in health-related quality of life defined as a 4-unit increase from baseline in SGRQ total score or
‒ The occurrence of an on-treatment moderate-to-severe COPD exacerbation*
LAMA + LABA
DOENTE GOLD D – Escolha para Tratamento Inicial
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Wedzicha JA, et al. Lancet Respir Med. 2013;1:199─209 (including Supplementary Appendix);
• Calverley PMA, et al. Lancet Respir Med. 2018;6:337–344;
•Suissa S, et al. Lancet Respir Med. 2018 Nov;6(11):855-862. doi: 10.1016/S2213-2600(18)30368-0.
ICS + LABA
• Doente mais sintomático (CAT>20)
• Doente mais eosinofílico (EOS≥300)
• Doente com história de asma
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE SEGUIMENTO (FOLLOW-UP)
DISPNEIA
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA ou LAMA
LABA + LAMA
LABA + ICS
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
• Considerar a
troca de inalador
ou moléculas
• Investigar (e
tratar) outras
causas de
dispneia
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
**
**
EOS = eosinófilos sanguíneos
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia, indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
1.
S
E A RESPOSTA AO
TRATAMENTO PRÉVIO É
APROPRIADA
,
DEVE
-
SE MANTER
.
2.
S
E NÃO
:
- Considerar a característica
predominante (dispneia ou
exacerbação);
- Usar o algoritmo da
exacerbação se ambos devem
ser tidos em conta;
- Classificar os doentes quanto
ao tratamento atual e indicação
de follow-up;
- Avaliar a resposta, adaptar e
rever tratamento;
- Estas recomendações não
estão dependentes da
classificação ABCD e
diagnóstico.
•2. 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner
•Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2020. Available at: http://goldcopd.org(Consultado em Novembro 2020).
**
2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021.
DISPNEIA
LABA + ICS
LABA + LAMA + ICS
• Considerar a
troca de inalador
ou moléculas
• Investigar (e
tratar) outras
causas de
dispneia
**
**
LAMA/LABA vs LAMA ou LABA está associado a uma maior
melhoria em diversos outcomes, logo aos 6 meses (Meta-analysis)
Oba Y, et al. Thorax. 2016;71:15–25.
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de:
• pneumonia,
• indicação inapropriada ou
• falta de resposta ao ICS
LABA ou LAMA
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Lipson DA, et al. N Engl J Med. April, 2018: DOI: 10.1056/NEJMoa1713901
•Lipson DA. et al Am J Respir Crit Care Med. 2017 Aug 15;196(4):438-446.doi:10.1164/rccm.201703-0449OC
A terapêutica tripla (FF/UMEC/VI) demonstrou uma melhoria
significativa na função pulmonar vs a terapêutica ICS/LABA
(IMPACT & FULFIL)
• Considerar a
troca de inalador
ou moléculas
• Investigar (e
tratar) outras
causas de
dispneia
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de:
• pneumonia,
• indicação inapropriada ou
• falta de resposta ao ICS
DISPNEIA
LABA ou LAMA
LABA + LAMA
LABA + ICS
LABA + LAMA + ICS
**
**
DISPNEIA
LABA ou LAMA
LABA + LAMA
LABA + ICS
LABA + LAMA + ICS
• Considerar a
troca de inalador
ou moléculas
• Investigar (e
tratar) outras
causas de
dispneia
**
**
• Pode fazer sentido escalar alguns doentes em
LAMA/LABA para terapêutica tripla devido a
agravamento da dispneia?
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021.
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de:
• pneumonia,
• indicação inapropriada ou
• falta de resposta ao ICS
DISPNEIA
LABA ou LAMA
LABA + LAMA
LABA + ICS
LABA + LAMA + ICS
• Considerar a
troca de inalador
ou moléculas
• Investigar (e
tratar) outras
causas de
dispneia
**
**
A terapêutica tripla (FF/UMEC/VI) demonstrou uma melhoria
significativa na função pulmonar e qualidade de vida vs a
terapêutica LAMA/LABA (IMPACT)
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de:
• pneumonia,
• indicação inapropriada ou
• falta de resposta ao ICS
ss
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Lipson DA, et al. N Engl J Med. April, 2018: DOI: 10.1056/NEJMoa1713901
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
Doentes com 1 única exacerbação moderada estão associados a um
risco aumentado de morte
EXACERBAÇÕES
Doentes com
1 única exacerbação moderada
estão associados a um
risco aumentado de morte
Uma exacerbação moderada
deve ser suficente para escalar
a terapêutica?
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Rothnie K. et al. Am J Respir Crit Care Med 2018. PMID: 29474094 PMCID: PMC6118021 DOI: 10.1164/rccm.201710-2029OC
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Wedzicha JA, et al. Lancet Respir Med. 2013;1:199─209 (including Supplementary Appendix);
•Calverley PMA, et al. Lancet Respir Med. 2018;6:337–344; 3. Ultibro Breezhaler. SmPC. Novartis. 11 April 2019.
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A terapêutica LAMA/LABA demonstrou uma maior redução
nas exacerbações vs LAMA (SPARK e DYNAGITO)
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Nannini LJ, et al. Cochrane Database Syst Rev. 2012;9:CD006829.
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A terapêutica ICS/LABA demonstrou uma maior redução nas
exacerbações vs LABA (Cochrane Meta)
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Wedzicha JA, et al. N Engl J Med. 2016;374:2222–2234
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A terapêutica LAMA/LABA demonstrou uma maior redução
nas exacerbações vs ICS/LAMA (FLAME)
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Pascoe S. et al. Lancet Respir Med. 2019 Sep;7(9):745-756. doi: 10.1016/S2213-2600(19)30190-0. Epub 2019 Jul 4.
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A terapêutica ICS/LABA (FF/VI) demonstrou uma maior
redução nas exacerbações vs LAMA/LABA (UMEC/VI) em
doentes com mais de 300 EOS (IMPACT Sub-analysis)
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Lipson DA, et al. N Engl J Med. April, 2018: DOI: 10.1056/NEJMoa1713901
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A Terapêutica Tripla (FF/UMEC/VI) demonstrou uma maior
redução nas exacerbações vs LAMA/LABA e ICS/LABA
(IMPACT)
Exacerbações Moderadas/Graves
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Pascoe S. et al. Lancet Respir Med. 2019 Sep;7(9):745-756. doi: 10.1016/S2213-2600(19)30190-0. Epub 2019 Jul 4.
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A Terapêutica Tripla (FF/UMEC/VI) demonstrou uma maior
redução nas exacerbações vs LAMA/LABA (UMEC/VI) em
doentes com mais de 100 EOS (IMPACT Sub-analysis)
• 2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) Report 2021. •Lipson DA, et al. N Engl J Med. April, 2018: DOI: 10.1056/NEJMoa1713901
EXACERBAÇÕES
LABA ou LAMA
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Roflumilaste
FEV
1<50% e bronquite
crónica
Azitromicina
Em ex-fumadores
Considerar
se EOS ≥100
Considerar
se EOS <100
**
**
*
* Considerar se EOS ≥ 300 ou EOS ≥ 100 E ≥ 2 exacerbações
moderadas / 1 hospitalização
** Considerar a retirada do ICS ou troca em caso de pneumonia,
indicação inapropriada ou falta de resposta ao ICS
A Terapêutica Tripla (FF/UMEC/VI) é a primeira terapêutica a
demonstrar uma redução significativa do risco de mortalidade
(on-treatment) vs a terapêutica LAMA/LABA
Conclusão
Um novo paradigma de tratamento dos doentes com DPOC
1
?
DISPNEIA
EXACERBAÇÕES
LABA + ICS
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA + ICS
LABA + LAMA
LABA + ICS
Agravamento
da dispneia
≥1 exacerbação
moderada e EOS ≥100
≥1 exacerbação
moderada
2021 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease, all rights reserved. Use is by express license from the owner
Vacinação
New!
Razões para a recomendação de vacinação contra a tosse convulsa:
❖ A tosse convulsa é uma
doença respiratória altamente contagiosa
(R
0entre 15-17) e, apesar do sucesso dos PNVs, continua a ser uma doença prevenível por vacinação, não
controlada, com ressurgimentos ao longo do tempo.
❖ Devido à sua apresentação atípica em adultos, esta doença continua a ser não reconhecida, mal diagnosticada e
sub-notificada
.
❖ Os doentes com DPOC estão em maior risco de tosse convulsa .
❖ A
tosse convulsa aumenta a carga de utilização de cuidados de saúde
e por isso, a vacinação de reforço contra a tosse convulsa pode ajudar a reduzir o impacto desta doença
nas populações de risco, reduzindo a necessidade de acesso aos cuidados de saúde.
• GOLD-REPORT-2021-v1.1-25Nov20_WMV.pdf (goldcopd.org); ESPID REPORTS AND REVIEWS, Pertussis: What the Pediatric Infectious Disease Specialist Should Know, Ulrich Heininger, MD. The Pediatric Infectious Disease Journal • Volume 31, Number 1, January 2012; Kandeil, W., Atanasov, P., Avramioti, D., Fu, J., Demarteau, N. and Li, X., 2019. The burden of pertussis in older adults: what is the role of vaccination? A systematic literature review. Expert review of vaccines, 18(5), pp.439-455. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). 2015. In: The Pink Book: Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases, Hamborsky J et al (Eds). 13th edn. Washington, DC: Public Health Foundation, 2015. pp. 261–278; EUROHEALTH, 2016. Demographics and diversity in Europe: new solutions for health.