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TÍTULO: MULHERES ENCARCERADAS: UMA INVESTIGAÇÃO DA INVISIBILIDADE SOCIAL

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras: CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

SUBÁREA: Psicologia

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL - UNICSUL

AUTOR(ES): DANIELLE ADELINO DE SOUSA

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CAMPUS

– SÃO MIGUEL

CURSO DE PSICOLOGIA

Mulheres Encarceradas: Uma investigação da invisibilidade

social

DANIELLE ADELINO DE SOUSA

Orientadora: Profª. Drª. Katia Varela Gomes

SÃO PAULO 2020

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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

CAMPUS - SÃO MIGUEL

CURSO DE PSICOLOGIA

Mulheres Encarceradas: Uma investigação da invisibilidade

social

DANIELLE ADELINO DE SOUSA

Orientadora: Profª. Drª. Katia Varela Gomes

Projeto de pesquisa apresentado à Universidade Cruzeiro do Sul, como parte dos requisitos para o processo de Iniciação Cientifica.

SÃO PAULO 2020

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RESUMO

SOUSA, Danielle Adelino. Mulheres Encarceradas: Uma investigação da

invisibilidade social. Universidade Cruzeiro do Sul: São Paulo, 2020.

Com o crescimento exponencial de mulheres encarceradas no Brasil faz-se necessário analisar as relações de gênero patriarcais, raça e classe implicados na institucionalização, fatores que tornam as mulheres mais vulneráveis e invisibilizadas socialmente. A mulher ao ser presa é punida duplamente, pela sociedade que a oprime e a família que a abandona. Soma-se a isto, a violação de direitos que ocorre no cárcere feminino, provocada pela superlotação das prisões, falta de cuidados a saúde da mulher, ausência de locais adequados para exercício da maternidade, interferências quanto a visita comum e visita íntima, bem como acesso precário a educação e trabalho. Compreendendo este agravamento das condições da mulher na prisão, a pesquisa possui o objetivo de investigar das relações das mulheres com o cárcere, afim de compreender as implicações psicológicas e sociais produzidas pela invisibilidade social. Com esta finalidade, será realizado uma pesquisa qualitativa, constituída por entrevistas abertas com seis mulheres que passaram pelo sistema carcerário brasileiro. O método para análise de dados será o conjunto de técnicas da análise de conteúdo cujo objetivo é compreender as significações da fala, isto é, analisar o conteúdo latente, as relações psicológicas, simbólicas e afetivas que as mulheres mantiveram com a prisão.

Palavras-Chaves: Mulheres Encarceradas. Invisibilidade Social. Sistema Prisional

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SUMÁRIO

RESUMO... 3

1. INTRODUÇÃO ... 5

1.1 Prisões ... 5

1.2 Invisibilidade Social de Mulheres Encarceradas ... 7

1.3 Justificativa ... 13 2. OBJETIVOS ... 14 2.1 Objetivo geral ... 14 2.2 Objetivos específicos... 14 3. MÉTODO ... 15 4. CRONOGRAMA ... 18 REFERÊNCIAS ... 19 ANEXOS ... 22

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1.

INTRODUÇÃO

1.1 Prisões

As prisões possuem o objetivo de punir e ressocializar os sujeitos que transgrediram a Lei, isto é, retirar-lhes a liberdade e proporcionar meios para que voltem a sociedade, respeitando as normas estatais e não voltem a cometer delitos. No entanto, observa-se que no Brasil estas instituições não cumprem seu propósito devido a inúmeras negligências perpetradas pelo Estado e ainda produz consequências brutais aos indivíduos (SILVA; SILVA, 2018).

Historicamente, verifica-se que com a passagem da Idade Média para o Iluminismo houve a transformação dos modos de punir, os suplícios foram substituídos por processos de disciplinamento e sujeição, isto é, troca-se a tortura dos corpos para uma via que os tornem dóceis e produtivos. Como pano de fundo, ocorre o desenvolvimento da sociedade capitalista, assim há a necessidade de adaptação das classes operárias as condições do labor (FOUCAULT, 1975, 2011).

Luciano Oliveira (2016) argumenta que o modelo da sociedade disciplinar de Foucault não adentrou com êxito as fronteiras do Brasil, buscando retomar a história do sistema penal brasileiro, o autor discorre sobre a criação do primeiro presídio do país, concluído em 1850, que tinha como objetivo seguir a Constituição de 1824, em que as prisões deveriam ser limpas e seguras com divisões de acordo com o crime, seguindo o Panóptico de Bentham. Conforme descreve Foucault (1975, 2011), esta estrutura em forma de anel, com uma torre central e celas distribuídas na periferia, os castigos físicos não seriam mais necessários, já que o controle se daria pela incerteza de ter alguém sempre vigiando.

Entretanto desde os primórdios, a situação carcerária no Brasil esteve precarizada, suja e superlotada. Além disso, com o passar do século XIX para o XX, houve a tentativa de tornar científica a criminologia e a medicina legal, as quais basearem-se nas ideias de Lombroso, como a utilização de testes para prevenir crimes, o que não logrou êxito e ainda acarretou aumento substancial do número de menores encarcerados. Assim, a prisão se torna local de barbárie junto a outro

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alicerce estatal, a polícia que se utiliza da força e poder para reprimir as pessoas que estão fora da Lei, o que acaba alimentando o mundo crime, na tentativa de suscitar que a boa sociedade mantenha-se dócil (OLIVEIRA, 2016).

Esta repressão desferida sobre a população apenada, assim como em instituições psiquiátricas, abrigos, quartéis, escolas internas possuem características comuns que produzem efeitos pungentes nos indivíduos. Goffman (1961, 2015) denomina tais instituições como instituições totais, isto é, que têm propensão ao fechamento, observa-se por exemplo suas características físicas, muros altos, arames farpados, cercas, entre outros.

Na instituição total a organização da vida se dá sob o controle total de uma autoridade, as atividades realizadas durante o dia ocorrem de forma coletiva e padronizada, sendo todos tratados da mesma forma, seguindo horários pré-estabelecidos com tempo determinado. Tudo é planejado conforme o objetivo da instituição (GOFFMAN, 1961, 2015).

Ao adentrar na instituição se inicia um processo que pode culminar, segundo Goffman (1961, 2015), na mortificação do eu, isto é, ocorre a ruptura com o mundo externo, o sujeito perde papéis sociais desempenhados anteriormente, como o afastamento familiar, do mundo laboral entre outros. No processo de admissão, se inicia uma série de procedimentos que levam a mutilação do eu. Após o colhimento dos dados dos indivíduos, a atribuição de números, despir-se, raspar o cabelo, o banho para desinfetar-se, a distribuição de roupas, substituição de itens pessoais pelos da prisão, o recebimento de instruções sobre as regras do local, indicação de rotina, horários e tempo determinado para cada atividade diária leva a padronização e enquadramento do apenado. Como explica Goffman (1961, 2015), “[...] o novato admite ser conformado e codificado num objeto que pode ser colocado na máquina administrativa do estabelecimento, modelado suavemente pelas operações de rotina.” O autor ainda discorre sobre os testes de obediência que podem ocorrer de forma perversa e vexatória.

Durante a permanência na instituição total, há a perda da identidade, as mutilações constantes ao corpo afetam o sujeito de forma física e simbólica. Assim, ocorre também a perda do sentido de segurança pessoal decorrente de um ambiente

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que não possui garantias quanto a integridade física e moral. Exemplo desta desapropriação de si é a perda do poder decisório, de realizar escolhas, mesmo as mais simples como a expressão de afeto ou desafeto, gosto ou desgosto sobre algo é enfraquecido pela instituição. No que concerne a relação entre os funcionários da prisão e os apenados, há uma tensão, na qual o funcionário é tido como superior, podendo ser visto como arbitrário e mesquinho e o apenado como inferior, censurável e fraco (GOFFMAN, 1961, 2015).

Nesse sentido, a violação dos corpos manifesta a violação de direitos das pessoas presas. No Brasil esta violação se inicia, comumente, na repressão policial e continua nas ações bárbaras dentro do sistema prisional (OLIVEIRA, 2016).

Na década de 1980, com a redemocratização do Brasil, consequência de lutas e movimentos sociais pelos Direitos Humanos, foi instituído no imaginário social, influência da mídia sensacionalista junto a interesses políticos, que as pessoas que descumprissem a Lei, não deveriam possuir “privilégios” de possuir direitos. Com isso, tanto o Estado quanto grande parte da sociedade desprezam as condições subumanas dos presídios brasileiros e seus efeitos nas pessoas apenadas (OLIVEIRA, 2016).

1.2 Invisibilidade Social de Mulheres Encarceradas

Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) de 2016 apontam que há 726.712 pessoas privadas de liberdade no Brasil, o que torna o país com a terceira maior população carcerária do mundo. Soma-se a isto o déficit de 358.663 vagas, o que demonstra a insalubridade das instituições carcerárias (DEPEN, 2017).

No entanto, vê-se o aumento exponencial do número de mulheres presas, sendo o crescimento de 567% entre os anos 2000 e 2014, enquanto de homens presos é de aproximadamente 220% (ALCÂNTARA ET AL., 2018). Apesar das mulheres constituírem cerca de 6% da população carcerária do país, há de se considerar as especificidades de gênero que afetam diretamente a mulher e a coloca

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em condição de vulnerabilidade, portanto há a necessita de uma melhor compreensão e atenção do Estado e da sociedade (OLIVEIRA; SANTOS, 2012).

O Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias INFOPEN de 2018 aponta que metade das mulheres apenadas no Brasil possuem entre 18 e 29 anos de idade, 62% são negras, 66% não possuem o ensino médio completo, 62% são solteiras, porém 74% têm filhos. Quantos aos crimes cometidos, verifica-se que 62% está ligado ao tráfico de drogas, 11% roubo e 9% furto.

A partir da constatação do perfil sociodemográfico dessas mulheres, verifica-se os atravessamentos de raça, classe e gênero historicamente construídos no país, além da exclusão de dados sobre a diversidade sexual das mulheres apenadas (ALCÂNTARA; SOUSA, 2018).

Antes da década de 1980, os crimes que possuíam maior expressividade entre as mulheres estavam ligados à condição de gênero, como a prostituição, aborto, infanticídio e crimes passionais. Em consequência de mudanças econômicas e culturais houve um agravamento da feminização da pobreza. “Níveis mais intensos de pobreza se localizam entre as mulheres (em relação aos homens) e que a modificação da estrutura familiar estabelece uma maior proporção de chefes femininas em lares pobres (CHERNICHARO, RODRIGUES, 2014).”

Atualmente, 70% do total de pessoas no mundo que vivem em condição de pobreza, são mulheres e no Brasil aproximadamente 25% das mulheres são chefes da família. Soma-se a isto, as mulheres estarem associadas a cuidadoras dos outros, ao cuidado do lar, dos filhos, junto a carga do trabalho externo, a discriminação sexual, a violência de gênero, a falta de tempo para cuidados pessoais e a medicalização de seus corpos. Além disso, são elas que constituem a massa significativa de pessoas no trabalho doméstico (GUIMARÃES ET AL., 2006).

Dessa forma, observa-se uma dinâmica verossímil do trabalho formal ao mercado de drogas ilícitas, atravessadas pela perspectiva de gênero. As mulheres, comumente, são “aviões, mulas, fogueteiras”, isto é, exercem posições subalternas no mundo do tráfico. Assim, assumindo essas posições, consideram uma forma de inserção no mundo laboral e um meio de obter recursos para o cuidado do lar e dos

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filhos, logo realizam papéis produtivos e reprodutivos, mesmo a margem da Lei (CHERNICHARO, RODRIGUES, 2014).

No entanto, para Chernicharo e Rodrigues (2014), não se pode cair na falácia de considerar as condições socioeconômicas como causalidade para a inserção no crime, mas compreender o contexto e os fatores que engendram o processo da criminalidade. Portanto, é necessário analisar a vida destas mulheres e seus atravessamentos históricos e de gênero imersos nas relações de poder. Isto significa que há uma continuidade da violência sofrida no ambiente privado do lar para o público, no sistema penal, o que aumenta a vulnerabilidade da mulher. Como demonstrado no estudo de Frinhani e Souza (2005), em que as mulheres presas em flagrante apanharam muito no momento do aprisionamento, aumentando o sofrimento psicológico.

Do ponto de vista da sociedade patriarcal, a mulher é duplamente penalizada ao ser presa: há o discriminação social por ter transgredido os padrões de gênero, de passividade e adaptabilidade e o abandono familiar, que ocorre com frequência, expressado pelas filas para visitação, ínfimas no caso das mulheres e numerosas no caso dos homens, cumprindo assim posição de submissão feminina versus o da dominação masculina (CHERNICHARO, RODRIGUES, 2014).

De acordo com a ideologia patriarcal, as relações são hierárquicas, em que há solidariedade entre os homens para o exercício do controle sobre as mulheres, transformando a sexualidade biológica em fundamento para a primazia masculina nos mais diversos âmbitos da vida. As mulheres então são julgadas inferiores, incapazes para o uso da razão, socializadas para serem dóceis e passivas, enquanto os homens são criados para desenvolver atributos de coragem, força e agressividade. Exemplo disto, são os seguros de veículos, que barateiam o custo para mulheres, pois as consideram prudentes e menos causadoras de acidentes automobilísticos (SAFFIOTI, 2004, 2015).

Nesse sentido, os fatores socioculturais que estão imbricados a sociedade brasileira atravessam os muros das prisões, provocando sofrimento psíquico, ampliado pela violação de direitos, o que pode contribuir para a invisibilidade social das mulheres encarceradas (CHERNICHARO, RODRIGUES, 2014).

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A invisibilidade social, por sua vez, é uma prática intencional, comum e quotidiana caracterizada pela ação social da intersubjetividade, o sujeito que não vê o outro ou intersubjetividade coletiva, quando o grupo não vê o outro. Na socialização dos seres humanos é fundamental que haja o reconhecimento do sujeito, isto implica na formação da identidade (TOMÁS, 2012).

De acordo com Tomás (2012), há três de modelos de reconhecimento. O modelo afetivo encontra-se no nível pré-jurídico, são as relações intimas e familiares e a sua falta pode minar o autorrespeito. O modelo de direito refere-se ao reconhecimento jurídico, isto é, são os direitos políticos e socias e caso sejam negligenciados, o sujeito torna-se excluído e pode sentir-se humilhado e rejeitado. O modelo da estima social significa ser reconhecido por seus valores, a não aceitação social pode gerar sentimentos autodepreciativos.

Portanto, o não reconhecimento intersubjetivo em uma ou mais dimensões vulnerabiliza o sujeito, gerando sofrimento psíquico, seja pela falta de afeto, direitos ou valoração social. Segundo Tomás (2008, p. 3): “O desprezo social e o não-reconhecimento dão origem ao sentimento de invisibilidade.” Constata-se na pesquisa de Colares e Chies (2012), que a inserção das mulheres nos presídios mistos contribui para o não reconhecimento das especificidades do gênero feminino, colocando a mulher em condição de inferior, pautada na reprodução da ideologia patriarcal.

Assim, faz-se necessário compreender como a dificuldade de acesso a direitos afetam as dimensões psicossociais das mulheres encarceradas. Dentre os direitos dos apenados na Lei de Execução Penal do artigo 41 (Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984), constam:

I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de

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outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes (BRASIL, 1984).

Um dos aspectos que expressam a insalubridade das instituições penitenciárias são as condições de superlotação (ALCÂNTARA; SOUSA, 2018). Sendo 42.355 mulheres presas com déficit de vagas de 15.326 (DEPEN, 2018). Essas condições influem tentativas de fugas e rebeliões, além de afetar os trabalhadores das instituições.

Alcântara e Sousa (2018) discorrem sobre uma das alternativas encontradas para o aumento do número de mulheres aprisionadas, encaminhá-las para presídios mistos, locais que foram desenvolvidos para o público masculino, assim produzem dificuldades para serviços e profissionais voltados a saúde da mulher, falta de ambientes para gestante e/ou aleitamento, além da ausência de acesso a absorventes. Soma-se a isto, o fato de que apenas 14% das penitenciárias femininas e mistas possuem instalações adequadas para a maternidade e 2% possuem creche voltada a crianças acima de dois anos de idade.

No que se refere o acesso à educação nos presídios, o INFOPEN (2018) apontou que somente 25% das mulheres têm acesso a alguma atividade educacional. A falta de profissionais que exerçam função educacional e a falta de articulação de projetos para estes fins, minimizam o interesse e engajamento das mulheres presas e faz com que não vejam possibilidade de transformação e crescimento pessoal por meio da educação (ALCÂNTARA; SOUSA, 2018).

No contexto laboral, a situação se repete, apenas 24% das mulheres exercem algum tipo de trabalho, sendo que 87% destes envolvem serviços interno do sistema penitenciário, como serviços gerais, jardinagem, entre outros. Além disso, 63% não recebem salário ou menos que o previsto em Lei. Vale ressaltar que os trabalhos realizados pelas mulheres apenadas, não consideram habilidades anteriores a prisão, tornando insignificante seus conhecimentos prévios e potencialidades. Outro fator a ser considerado, são as reproduções de desigualdades de gênero. As mulheres heterossexuais realizam trabalhos considerados femininos, como cozinheiras e costureiras e as mulheres homoafetivas, trabalham com jardinagens, serviços gerais, considerados masculinos (ALCÂNTARA; SOUSA, 2018).

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No que concerne à família, estudos realizados com mulheres apenadas demonstram que a família constitui uma ligação com o mundo externo e ainda representa um sistema de apoio moral, emocional e até material. O rompimento de vínculos familiares pode impossibilitar a ressocialização, objetivo do confinamento (OLIVEIRA; SANTOS, 2012).

O abandono pelo parceiro ou marido é comum, compreendendo o patriarcalismo intrincado a cultura brasileira. No entanto, a possibilidade de manter uma relação próxima com o companheiro ou companheira é afetada pela institucionalização. Receber visitas nas penitenciárias femininas são dificultadas muitas vezes pela distância dos presídios, regras das instituições, entre outros. Observa-se por exemplo, a revista constrangedora e vexatória para permitir o acesso dos visitantes aos presídios, para que não haja entrada de drogas ou armas, porém sabe-se que isso ocorre por outras vias. Há também determinações de horários e dias para visita, normalmente, em dias úteis e horários comerciais (OLIVEIRA; SANTOS, 2012).

Há obstáculos também no que se trata das visitas íntimas, falta de espaço adequado, sem privacidade ou mesmo o direito lhes é negado. Há exigências de que a mulher tenha comprovação de união conjugal prévia, além do uso de preservativo ou frequência em cursos de orientação sexual, o que traz empecilhos para a ocorrência da visita íntima e, ainda há a legislação sobre o direito da mulher de engravidar ou não. Quanto a relação homoafetiva, há presídios que colocam impedimentos, tanto para a visita intima quando a relação intramuros (OLIVEIRA; SANTOS, 2012).

Portanto, a superlotação, a falta de acesso a trabalho e educação, a dificuldade de manutenção de relações familiares a partir dos obstáculos para visita comum e intimas são fatores que podem contribuir para a invisibilidade social das mulheres encarceradas, que por sua vez, produz sofrimento psíquico (OLIVEIRA; SANTOS, 2012). Assim, este trabalho se propõe investigar como as mulheres que passaram pelo sistema carcerário percebem suas relações com este ambiente afim de compreender as implicações psicológicas e sociais produzidas pela invisibilidade social.

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1.3 Justificativa

Diante deste cenário, faz-se necessário que profissionais de Psicologia e a comunidade acadêmica em geral, realizem pesquisas e estudos que busquem ampliar e aprofundar o conhecimento relacionado a invisibilidade social das mulheres encarceradas, uma vez que há diversos atravessamentos de raça, gênero e classe. Observa-se que os presídios brasileiros são constituídos, em sua maioria, por pessoas pobres, negras que cometeram delitos relacionados ao tráfico de drogas.

No entanto, há o agravamento da condição das mulheres apenadas, as quais são duplamente penalizadas, pelo Estado e pela sociedade, que a invisibiliza e isola socialmente. Se é comum a exclusão e o abandono familiar, por outro lado ocorre a violação de direitos, como a superlotação das prisões, o despreparo dos locais para receber essas mulheres, interferindo nos cuidados a saúde, a falta de locais para o exercício da maternidade, interferências quanto ao recebimento de visitas e visitas íntimas, falta de acesso à educação e trabalho.

Sendo este um problema premente da sociedade, esta investigação pretende contribuir, para atuação de profissionais que atuem direta ou indiretamente com as mulheres apenadas, afim de possibilitar reflexões sobre as práticas nesse campo.

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2.

OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Investigação das relações das mulheres com o cárcere afim de compreender as implicações psicológicas e sociais produzidas pela invisibilidade social.

2.2 Objetivos específicos

1. Compreender a invisibilidade social de mulheres encarceradas;

2. Compreender as implicações psicológicas produzidas pelo encarceramento; 3. Compreender as implicações sociais produzidas pelo encarceramento;

4. Compreender os efeitos psicológicos aliados as relações de gênero no processo do encarceramento brasileiro;

(16)

3.

MÉTODO

O método qualitativo será utilizado na pesquisa, pois a abordagem objetiva a imersão na realidade social dos sujeitos, a partir dos estudos de representações socias, crenças, percepções, valores, isto é, o método visa captar a subjetividade do sujeito em seu meio social (MINAYO, 2014). Conforme os objetivos descritos acima, será possível compreender as experiências e percepções das mulheres no contexto do cárcere.

Para isto, será realizado revisão bibliográfica com livros sobre o tema invisibilidade social de mulheres encarceradas e artigos na base de dados Scielo (Scientific Eletronic Library Online), do período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019 com as palavras-chave: mulheres encarceradas, invisibilidade social e prisões femininas. Segundo Minayo (2014), a revisão bibliográfica é primeiro passo da investigação, momento em que o pesquisador busca apropriar-se de teorias e conceitos para então compreender a realidade do objeto de pesquisa, para isso é necessário que busque estudos clássicos e atualizados sobre o tema. No entanto, o pesquisador deve primeiramente compreender o assunto para então tecer uma leitura crítica.

A classificação e ordenação dos materiais estudados é realizada por meio do fichamento, este é um processo cuidadoso, em que o pesquisador organiza o material para facilitar a consulta dos conteúdos (MINAYO, 2014). Há diversos métodos para o fichamento, no entanto para Goldenberg (2015), faz-se necessário a adaptação pessoal do pesquisador para que consiga apreender o material.

Para acessar a realidade empírica, com o objetivo de captar as experiências pessoais das mulheres, serão realizadas entrevistas abertas com seis mulheres na Cooperativa Libertas, projeto que visa reintegração profissional de mulheres que passaram pelo cárcere. Em anexo, consta o roteiro de entrevista e a Carta de Aceite, assinada pelo coordenador do projeto.

A entrevista é uma interlocução que visa colher informações sobre o tema, objeto da pesquisa. A entrevista aberta ou em profundidade proporciona ao

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entrevistado falar livremente, enquanto o entrevistador pode realizar questões para aprofundar um tema. Com a técnica é possível obter dados concretos que poderiam ser encontrados em outras fontes, como documentos, estas são informações objetivas e dados sobre o sujeito e sua representação sobre a realidade em que está inserido, são informações subjetivas. Portanto, é possível compreender as crenças, valores, ideias, sentimentos, comportamentos, funcionamento consciente e inconsciente do sujeito (MINAYO, 2014).

Para Minayo (2014, p. 204):

a fala pode ser reveladora de condições estruturais, de sistemas de valores, normas e símbolos (sendo ela mesma um deles) e, ao mesmo tempo, ter a magia de transmitir, por meio de um porta-voz, as representações grupais, em condições históricas, socioeconômicas e culturais específicas.

No entanto, há críticas quanto a representatividade dos estudos qualitativos, mas vale destacar que as condições idênticas do ambiente em que as pessoas dividiram, a classe que elas integram relevam marcas e posições internalizadas que acabam por refletir-se em suas ações e comportamentos. Isto não se opõe que cada sujeito interpreta a realidade de forma particular. Contudo, faz-se necessário compreender os fatores culturais internalizados e compartilhados pelos membros de determinado grupo e as particularidades do sujeito (MINAYO, 2014).

Sendo assim, o objetivo da entrevista é a compreensão da realidade do sujeito, porém é possível obter apenas um conhecimento aproximado do objeto de pesquisa, já que são diversas as variáveis que afetam e podem afetar o encontro (MINAYO, 2014). Portanto, é importante que o entrevistador desenvolva as condições adequadas para estabelecer uma relação harmônica e de confiança (GOLDENBERG, 2015). Para que isto ocorra, é necessário compreender alguns fatores. Deve-se considerar que há uma troca desigual entre entrevistador e entrevistado, pois a iniciativa é do entrevistador para o encontro, a compreensão pode não ser clara ao entrevistado, o pesquisador é quem controla a entrevista. Além disso, o pesquisador pode ter acesso a bens materiais e simbólicos aos quais o entrevistado não possui, assim há uma assimetria na relação. Entretanto, para minimizar as contradições, o objetivo da pesquisa e a relação estabelecida entre ambos, deve favorecer e refletir também os interesses do sujeito entrevistado (MINAYO, 2014).

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Nesse sentido, serão explicados o objetivo da pesquisa e da entrevista para que haja clareza e compreensão das informações juntamente a entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o qual o modelo está anexado ao projeto de pesquisa. Assim, a partir do consentimento das mulheres, as entrevistas serão gravadas para transcrição, preservando o anonimato das participantes.

Para a análise dos dados, será utilizado o conjunto de técnicas comunicacionais denominada Análise de Conteúdo que busca compreender as significações da fala, isto é, busca analisar o conteúdo latente, as relações psicológicas, simbólicas e afetivas que o sujeito mantém com o objeto (BARDIN, 1977). Compreendendo o objetivo da pesquisa, serão analisadas as representações do cárcere, como elas sentiram, pensaram e viveram a situação e como isto reflete na atualidade.

(19)

4.

CRONOGRAMA

X

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REFERÊNCIAS

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Português de Sociologia da Universidade Nova Lisboa, 285, 2008, Nova de

(23)
(24)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convidamos o (a) Sr. (a) para participar da Pesquisa “Mulheres Encarceradas: Uma Investigação da Invisibilidade Social”, sob a responsabilidade da pesquisadora Danielle Adelino de Sousa e da Orientadora Katia Varela Gomes com o objetivo de investigar as relações das mulheres com a cárcere afim de compreender as implicações psicológicas e sociais produzidas pela invisibilidade social. Sua participação é voluntária e acontecerá por meio de entrevista individual em um encontro na Cooperativa Libertas, com duração de mais ou menos duas horas. Se o (a) Sr. (a) aceitar participar, estará contribuindo para os benefícios de se ampliar a compreensão da invisibilidade social de mulheres encarceradas. Facilitando para os estudos sobre essa temática. Se depois de consentir em sua participação o (a) Sr. (a) desistir de continuar participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo e sem nenhum prejuízo a Vossa Senhoria. O (a) Sr. (a) não terá qualquer despesa e também não receberá qualquer remuneração. Os resultados da pesquisa serão analisados e publicados, sendo sua identidade preservada e guardada em sigilo. Para qualquer outra informação, o (a) Sr. (a) pode entrar em contato com o Orientador da pesquisa, Rua: Av. Dr. Ussiel Cirílo, 225 - Vila Jacui, São Paulo - SP, CEP 08060-070, São Paulo - SP, e pelo telefone (11) 2037-5853 ou (11) 2297-4442.

Se o (a) Sr. (a) se sentir suficientemente esclarecido sobre essa pesquisa, objetivo e procedimentos, convido-o (a) a assinar este Termo que será impresso em duas vias, sendo que uma ficará com o (a) Sr. (a) e a outra com o pesquisador.

São Paulo, ___ de ________ de _____

__________________________

Assinatura do participante

____________________________

Katia Varela Gomes

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Identificação do Participante:

Nome:

RG: CPF:

Telefone: Endereço:

Para questões associadas a esse estudo:

Entrar em contato com o orientador, Katia Varela Gomes - Telefone: (11) 2297-3853 ou (11) 2297-4442.

(26)

ROTEIRO DE ENTREVISTA

Fale sobre sua vida antes do cárcere.

Conte sobre atividades que realizava antes do aprisionamento.

Conte como era a relação com a família neste período.

Conte como foi o momento de ser presa.

Conte como se sentiu ao ser presa.

Conte como foi a vivência no cárcere.

Fale sobre as mudanças que sentiu sobre a vida antes do cárcere para a vida no cárcere.

Fale sobre a sua relação com os funcionários do presídio.

Fale sobre a relação com as detentas.

Fale sobre as relações de amizade ou inimizades que obteve neste período.

Conte como era a relação com os familiares na prisão.

Conte como se sentia na prisão.

Fale sobre sua vida após estar em liberdade.

Conte sobre sua vida atualmente.

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Conte sobre suas relações sociais atualmente.

Fale sobre sua relação com a família atualmente.

(28)

CARTA DE AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ONDE SERÁ

REALIZADA A PESQUISA

(29)

Referências

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