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CRIMINOLOGIA CIÊNCIAS CRIMINAIS. Eugenio Raul Zaffaroni: disciplina que estuda a questão criminal do ponto de vista biopsicossocial.

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CIÊNCIAS CRIMINAIS

DIREITO PENAL: ciência cultural, normativa e dogmática, preocupa-se com o DEVE SER,

utiliza-se do método lógico abstrato e dedutivo.

POLÍTICA CRIMINAL: conjunto sistemático de princípios e estratégias adotadas pelo Estado para

combater o crime. Estuda as causas do crime e o

efeito das penas (estudos iniciados por FRANZ VON LIZST).

CRIMINOLOGIA: ciência empírica e interdisciplinar, que se utiliza do método empírico, indutivo através da observação da realidade,

preocupando-se com SER.

Considerada uma ciência autônoma, pois possui objeto delimitado.

Uma ciência CAUSAL EXPLICATIVA, de

observação, de síntese e de pesquisa teórica. Busca antecipar os fatos (modo preventivo) e se insere no

mundo real (realidade) do verificável, do mensurável.

Segundo José Maria Marlet, a criminologia é a ciência causal explicativa, a ciência do que é. E o direito penal lógico-formal de raciocínio dedutivo, do que deve ser.

O direito penal é uma ciência cultural, valorativa e

finalística somente atua após execução do crime.

Possui um saber normativo (do mundo axiológico).

CONCEITO DE CRIMINOLOGIA

Segundo Molina (2006), a criminologia como ciência

empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo

do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime- contemplado este como problema individual e como problema social-, assim como sobre os programas de

prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito”..

Para Newton Fernandes e Walter Fernandes (2002), em sentido lato, a Criminologia vem a ser a pesquisa científica do fenômeno criminal, das suas

causas e características, da sua prevenção e do controle de sua incidência.

Paulo Sumariva (2015), destaca o conceito de

criminologia na visão de diferentes autores.

Eugenio Raul Zaffaroni: “disciplina que estuda a questão criminal do ponto de vista biopsicossocial.” Criminólogo Chileno Israel Drapkin: “ a criminologia é um conjunto de conhecimentos que estudam os

fenômenos e as causas da criminalidade, a

personalidade do delinquente e sua conduta delituosa e a maneira de ressocializá-lo.

O brasileiro Roberto Lyra Filho conceitua a criminologia da seguinte forma: é a ciência que estuda

a) as causas e as concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade; b) as manifestações e os efeitos da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade; c) a política a opor assistencialmente, à etiologia da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade, suas manifestações e seus efeitos.

Herman Mannheim: em sentido estrito a

criminologia significa estudo do crime.

Edwin H. Sutherland define como um conjunto de conhecimentos que estudam o fenômeno e as

causas da criminalidade, personalidade do delinquente, sua conduta e a maneira de ressocializá-lo.

CONCEITO DE CRIMINOLOGIA SEGUNDO SALOMÃO SCHECAIRA.

Schecaira discorda, da maioria da doutrina, afirmando que a criminologia não é uma ciência uma vez que não tem objeto de estudo e teorias próprios, sendo, na verdade, um campo de

conhecimentos interligados

(interdisciplinariedade), trânsito pela sociologia, histórica, psicanálise, antropologia e filosofia, todos focados no fenômeno criminal- é um arquipélago do saber.

Segundo Dr. Paulo Sumariva (Delegado da Polícia Civil de São Paulo e Professor da Academia de Polícia)

CLASSIFICAÇÃO DA CRIMINOLOGIA A doutrina

dominante entende que a criminologia é uma ciência aplicada que se subdivide em dois ramos:

Newton e Walter Fernandes (2002), em uma reunião na Unesco que a criminologiasudividi-se em dois ramos: Macrocriminologia e Microcriminologia. As classificações contribuem para melhorar a compreensão das coisas.

(2)

a) Criminologia geral: (MACROCRIMINOLOGIA)

consiste na sistematização, comparação e

classificação dos resultados alcançados nas

ciências criminais em relação ao crime, criminoso, vítima, controle social e a criminalidade.

b) Criminologia clínica: (MICROCRIMINOLOGIA)

consiste na aplicação dos conhecimentos teóricos, tais como: conceitos, princípios e métodos de investigação médico- psicológico, para o tratamento do criminoso.

A criminologia pode ainda ser classificada em:

a) Criminologia científica: que cuida dos conceitos e métodos sobre a criminalidade, o crime, o

criminoso, da vítima e da justiça penal.

b) Criminologia aplicada: (PRÁTICA) consiste na

parte científica e a prática dos operadores do direito.

c) Criminologia acadêmica: consiste na sistematização de princípios para fins pedagógicos

e didáticos.

d) Criminologia analítica: consiste em verificar o cumprimento do papel das ciências criminais e da

política criminal.

e) Criminologia crítica ou radical: prima pela

negação do capitalismo e apresentação do

criminoso como vítima da sociedade, tendo como

base as ideias do marxismo.

f) Criminologia da reação social: consiste na atividade intelectual que estuda os processos de criação das normas penais e sociais que estão

relacionadas com o comportamento desviante.

g) Criminologia organizacional: compreende o

processo de criação de leis, a infração a essas normas e os fenômenos de reação às violações das leis.

h) Criminologia clínica: consiste no estudo dos

casos particulares com o fim de estabelecer

diagnósticos e prognósticos de tratamento, numa

identificação entre a delinquência e a doença. Destina a diagnosticar periculosidade ou a mensurar os efeitos do tratamento penitenciário, que, em boa medida, reproduzia os métodos psiquiátricos e acabava em prognósticos de conduta. Baseia-se na ideia de relação médico-paciente.

i) Criminologia verde ou green criminology:

consiste na responsabilidade penal de empresas e indústrias por delito ecológico, protegendo o meio ambiente dos ataques prejudiciais à biodiversidade.

j) Criminologia do desenvolvimento: consiste no

estudo voltado à idade e à fase de crescimento do

indivíduo, classificando as variáveis do comportamento delituoso ao logo de sua vida. Idade que o indivíduo iniciou sua vida criminosa é levada

em consideração, bem como suas experiências e outras considerações suscetíveis de medições em momentos distintos da vida, isto é, o estudo

longitudinal e a medição constante. Acredita-se

que a prevenção da criminalidade seja efetiva e eficaz quando há a interrupção dos motivos que conduzem o indivíduo a prática delituosa.

k) Criminologia midiática: é aquela que atende a

uma criação da realidade através da informação,

subinformação e desinformação da mídia, afastando-se de estudos acadêmicos, em

convergência com preconceitos e crenças, que se baseia em uma etiologia criminal simplista,

assentada em uma causalidade mágica. Eugenio

Raúl Zaffaroni aponta que as criminologias midiáticas variaram muito no tempo, em decorrência do meio de comunicação próprio de cada época. Entretanto, sempre foram construídas diante de uma causa

mágica, isto é, a ideia da causalidade especial,

usada para canalizar a vingança contra

determinados grupos humanos eleitos como bodes expiatórios.

CRIMINOLOGIA CULTURAL: se preocupa com as relações e interações do homem na sociedade de consumo, que se utiliza da mídia para projetar suas

diretrizes. O Marketing, propaganda podem

contribuir para o crime. (SAMPAIO 2018).

MÉTODO

EMPÍRICO: método INDUTIVO, experimental, através de observações, análises, método não

exato.

INTERDISCIPLINAR: integração de outras ciências

para compreensão do fenômeno criminal. Ex:

Biologia, psiquiatria, psicologia, sociologia,

estatística, etc, formando um sistema de

retroalimentação.

MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO

A criminologia se utiliza de métodos biológicos e

sociológicos, como uma ciência empírica e

experimental, afastando-se da intuição ou

subjetivismos.

TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO: Quantitativas,

qualitativas, transversais e longitudinais.

Quantitativas: através de amostras. Ex: questionários, sondagens, estatísticas.

Qualitativas: através da observação. Ex: observação, experimentos (laboratório de campo), entrevista, testes psicológicos de aptidões, memória de personalidade.

(3)

Transversais: uma única medição do fenômeno

analisado: ex; estudos estatísticos, são técnicas de investigação para avaliar e descobrir a criminalidade real (cifras negras ou zona oculta), como

investigações dos autores (informes de

autodenúncia) e investigação em face das vítimas (pesquisas de vitimização).

Self- reporter survey (através informes de autodenúncia), de interrogatórios de pessoas em

geral, dirigidas para o conhecimento da criminalidade real não registrada. E a victimization studies

(pesquisas de vitimização).

Longitudinais: através de várias medições em

diferentes momentos. Ex: case studies (colher informação mais completa possível do sujeito),

biografias criminais (feitas pelo próprio autor), estudos de seguimento (FOLLOW UP)- (evolução

do indivíduo em determinados períodos, são métodos dinâmicos, seguindo o curso da vida). Segundo Nestor Sampaio (2012). Na pesquise

EMPÍRICA, necessita de procedimentos

TEÓRICOS-METODOLÓGICOS, então a

criminologia utiliza-se de técnicas de investigação sociológicas que se dividem em EXTENSIVAS, INTENSIVAS E INVESTIGAÇÃO-AÇÃO.

Investigação extensiva (técnicas quantitativas); Investigação intensiva (mais profundas e qualitativas);

Investigação ação (intervenção direta dos pesquisadores, criminólogos e policiais).

Como exemplo a técnica de investigação criminal utilizada pela Polícia Civil em locais de crime, principalmente homicídio (DHPP) de autoria do Delegado Marco Antônio Deslgualdo (1994), a

RECOGNIÇÃO VISUOGRÁFICA DE LOCAL DE CRIME.

Recognição visuográfica: proporciona a reconstrução da cena do crime por meio da cena de reconstituição de seus fragmentos e vestígios, coletando elementos que possam construir um perfil criminológico do autor de um delito.

Temos o PERFILAMENTO CRIMINAL: de suma importância sua INTERAÇÃO com a investigação policial. Provem de crimes atípicos

Por volta de 1972, o FBI, por intermédio da Unidade de Ciência Comportamental, HOARD TETEN, instrutor da academia do FBI, ensinava criminologia aplicada, começou a desenvolver perfis para investigação. No Brasil os primeiros contatos ocorrem em 2007, com a interação da Academia de

polícia com agentes do FBI. Sendo a segunda etapa da recognição visuográfica.

Perfilamento criminal: a técnica de investigação

policial voltada a sincronia entre personalidade e

comportamento criminal. Tem o objetivo deapoiar

as investigações policiais com base nas ciências humanas e auxiliares, o perfilamento fornecem informações auxiliares na investigação de crimes violentos. (ESPÉCIE DE ENGENHAIA REVERSA).

Perfil geográfico do agressor: focar nos elementos

espaciais; caminhos, limites, bairros, pontos

importantes (cruzamentos, estações), sinais (plcas, sinalização).

Perfil genético do agressor: identificação genética

por DNA, através de um banco de dados, através da lei 12654/2012, para perfis genéticos de criminosos para crimes hediondos e violentos.

Segundo Segundo Dias e Andrade (1997), a criminologia utiliza-se de técnicas antropológicas e

sociológicas.

Técnicas sociológicas: inquéritos sociais: (social surveys) interrogatório direto, resultados em forma de

diagramas, estudos biográficos de casos individuais

(case studies), biografias e carreiras criminais. Observação participante (observador participa ativamente), pesquisador no local, no contexto da realidade examinada. Técnica dos grupos de

controle: comparações estatísticas entre grupos

delinquentes e não delinquente. Estudos de follow-up (acompanhamento das carreiras criminais). Testes: grande tradição na criminologia. Tipologias: tipologias de criminosos e crimes (biotipologias). Estatísticas

criminais: registros formais de controle- escola

cartográfica, conhecida como escola franco-belga.

Inquéritos de autodenúncia (selft reporter studies) e inquéritos de vitimização (victimization surveys). Tábuas de prognose: (probalidades estatísticas sobre

comportamento futuro).

OBJETO DE ESTUDO DA CRIMINOLOGIA

Os objetos de estudo da criminologia estão divididos em quatro vertentes, também podemos denominar de vetores da criminologia.

Primeira Vertente: DELITO (escola clássica); Segunda vertente: DELINQUENTE (escola

positiva); Terceira vertente: VÍTIMA (após o redescobrimento década de 50); Quarta vertente:

CONTROLE SOCIAL (após década de 60) com o

labelling approach.

Delito (ou crime), delinquente, (ou criminoso), a vítima e o controle social da delinquência.

(4)

DELITO: Segurança Pública: quebra da ordem

pública e da paz social.

Sociologia Criminal: conduta desviante.

O delito, para o direito penal é considerado ação ou omissão típica, ilícita e culpável, tendo como base um fato individualmente considerado perante a norma.

CRIMINOLOGIA: Problema SOCIAL E COMUNITÁRIO- interessa o delito do ponto de vista

coletivo.

Social: porque afeta a todos na sociedade. Para

criminologia o crime deve preencher seguintes elementos;

1) Incidência massiva na população; (a conduta rejeitada não é um fato isolado)

2) Incidência dolorosa a vítima e a sociedade; (incidência aflitiva do fato)

3) Persistência espaço-temporal do fato (além de massivo, aflitivo, se distribui no território ao longo do tempo jurídico relevante),

ocorre reiteradamente no período de

espaço e tempo (faz parte da convivência); 4) A criminalização de condutas deve incidir após uma análise detalhada. (consenso de que a criminalização do fato é o meio mais eficaz para repressão da conduta).

Schecaira afirma que esses são elementos básicos para uma sociedade criminalizar uma conduta.

DELINQUENTE

Escola Clássica: (livre-arbítrio- pecador);

Escola correcionalista: o criminoso é um (inválido, incapaz) uma vítima, que precisa de ajuda do

Estado;

Marxismo: (infrator é vítima e inocente); culpável é a

sociedade. Criando um determinismo social e econômico.

Escola Positiva: criminoso era considerado um ser

atávico (selvagem).

ATUAL CRIMINOLOGIA: pela atual criminologia o

criminoso é um ser biopsicossocial.

SCHECAIRA: conceitua o criminoso como um ser histórico, real, complexo e enigmático, na maioria

das vezes um ser normal.

CLASSIFICAÇÕES DOS CRIMINOSOS

A classificação de criminosos oferece ampla utilidade criminológica, sobretudo para um diagnóstico correto e também um prognóstico delitivo, assumindo papel preponderante na função ressocializadora do direito penal.

ENRICO FERRI (1856-1929) O primeiro a realizar uma

classificação dos criminosos, onde faz alusões dos três famosos homicidas das obras de Shakespeare.

Otelo: criminoso passional, mata Desdemona e se

suicida, para não conviver com a culpa.

Macbeth: criminoso nato, um aventureiro escocês, que

mata o rei Duncan, para se apossar do trono, desde o seu nascimento sofre de epilepsia.

Hamlet: criminoso louco (um intelectual, que sofre de

alucinações), apunha-la Polonius e exclama em uma carta, que não foi Hamlet quem matou, mas sua loucura.

Classificação dos criminosos segundo ENRICO FERRI; mnemônica: NLOPH

Nato: (MACBETH) degenerado, atrofia de senso moral,

com estigmas de Lombroso;

Louco: (HAMLET) alienados e também os semi-loucos

(debilidade mental);

Ocasional: eventualmente comete crimes (levado pelas

circunstâncias);

Passional: (OTELO) age pelo ímpeto;

Habitual: faz do crime sua profissão, (criado em

ambiente de miséria material e moral).

CESARE LOMBROSO (1835-1909), mnemônica: NLOP

Nato: ser atávico, selvagem; Tríptico Lombrosiano

(criminoso nato): atavismo, epilepsia e loucura moral.

Louco: loucos morais, perversos, alienados mentais,

devem permanecer no hospício;

Ocasional: (de ocasião): ocasião faz o ladrão.

Paixão (por paixão): sanguíneos, nervosos, passionais,

(5)

RAFFAELE GARÓFALO (1851-1934), mnemônica: VALL

Violento ou (energético): impulsivos, sem compaixão e

sem senso moral;

Assassino: delinquentes típicos, egoístas, selvagens,

apetite instantâneo;

Ladrão ou (neurastênico): não possuem senso moral,

falta-lhe probidade, sendo ímprobos;

Lascivo ou (cínico): cometem crimes sexuais.

ODON MARANHÃO - (1924- 1995) Médico Paulista,

dedicou-se à psiquiatria e psicologia e à carreira universitária, como professor no Departamento de Medicina Forense e Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, também foi membro do Conselho Penitenciário de São Paulo.

ODON MARANHÃO; mnemônica: OSC

Ocasional: personalidade normal (sofre influência do

meio, ou seja, de fatores secundários);

Sintomático: personalidade mórbida, (personalidade

com perturbação, doença mental), sofre pouca influência dos fatores secundários.

Caracterológico: personalidade defeituosa, (falha no

caráter), sofre pouca influência do meio.

CANDIDO MOTTA FILHO (PROFESSOR, JORNALISTA E POLÍTICO) (1897-1977);

mnemônica: FILHO:

Fronteiriço (semi-imputável/psicopata); Impetuoso (passionais/fanáticos); Louco (inimputáveis/doença mental); Habitual (profissional do crime); Ocasional (“ocasião faz o ladrão”).

CLASSIFICAÇÃO HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO (MÉDICO 1906-1978)

Segundo Marlet (1995), Hilário Veiga propôs a

"classificação etiológica do criminoso”, baseado na

presença maior ou menor dos fatores biológicos ou mesológicos.

FATORES BIOLÓGICOS (são fatores endógenos;

meios internos; antropológicos).

FATORES SOCIOLÓGICOS (são fatores exógenos;

meios externos; sociais e mesológicos).

BIOCRIMINOSO PURO: (PSEUDOCRIMINOSO)

influência de caráter endógeno, fatores internos.

BIOCRIMINOSO PREPONDERANTE: (DIFÍCIL CORREÇÃO) alto potencial de reincidência, maior

influência dos fatores internos.

BIOMESOCRIMINOSO: (CORREÇÃO POSSÍVEL)

indivíduo normal sofre influência interna e externa, são a maioria na população carcerária.

MESOCRIMINOSO PREPONDERANTE (CORREÇÃO ESPERADA) fraqueza de personalidade altamente

influenciável pelo meio, são chamados de maria vai com as outras.

MESOCRIMINOSO PURO: (PSEUDOCRIMINOSO)

apenas sofre influência dos fatores externos.

Segundo Veiga: o biocriminoso puro e o mesocriminoso puro são criminaloides ou pseudocriminoso (não existem).

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO GUIDO PALOMBA (PSIQUIATRA FORENSE) -FILHO

Fronteiriço; semi-imputáveis. Impetuoso; agem por impulso.

Louco; dois tipos- os que agem graças a um

processo lento e reflexivo (ideia nasce do nada e aos

poucos cresce- uma escravidão delirante-

esquizofrenia); e os que agem por impulso momentâneo (muitas vezes é a oligofrenia).

Habitual; criminosos profissionais. Ocasional: influenciados pelo meio. VÍTIMA

Segundo Pablo de Molina existem 3 fases:

Protagonismo: vingança privada, conhecida como idade do ouro (lei de talião).

Neutralização: vingança pública, na monarquia

absolutista.

Redescobrimento: após segunda guerra, a vítima quer justiça e ressarcimento.

CONTROLE SOCIAL

Segundo Sérgio Salomão Schecaira, define controle social como conjunto de instituições, estratégias e

(6)

sanções sociais para garantir e submeter o indivíduo

as aos modelos normas sociais.

Existem dois tipos de sistemas de controle: o informal e o formal.

SISTEMAS INFORMAIS: (cunho educativo, atua no

processo de socialização); Sociedade civil, Ex: Família, educação (escola), amizades, trabalho, religião e opinião pública, dentre outros como partido político mídia e clubes.

SISTEMAS FORMAIS (cunho punitivo); polícia;

ministério público; justiça; administração

penitenciária. Segundo Nestor Sampaio (2012), o controle formal é dividido em seleções.

Primeira seleção: atuação de seus órgãos de

repressão jurídica, trabalhos desenvolvidos pelas

polícia civil e federal, (função de polícia judiciária,

com atividade investigativa). Início da persecução penal.

Segunda seleção: representada pela atuação do ministério público, com o início da ação penal

(denúncia).

Terceira seleção: tramitação do processo sentença

condenatória, impondo-lhe a sanção penal.

Integração entre agente formais e informais:

POLÍCIA COMUNITÁRIA. Exs: Base comunitária

(SP), UPPS (RJ).

TIPOS DE CONTROLE

INTERNO: através do aprendizado

(internalização das regras e dos

mecanismos de controle social).

EXTERNO: Imposto pela sociedade ou do

próprio Estado, atuação dos outros

(objetiva), restaurar a ordem.

MEIO POSITIVO: incentivo aos bons

comportamentos (sanções positivas). • MEIO NEGATIVO: reprovação de

comportamentos (aplicação de sanções).

TIPOS DE SANÇÕES;

FORMAIS: sanções aplicadas pelas

autoridades do Estado, nas áreas

administrativas, cíveis e penais. • INFORMAIS: caracterizado em reprovar

comportamentos e fazer recomendações (através da família, amigos, trabalho, são de caráter difuso, mutável e espontâneo).

FINALIDADE

Segundo Molina (2006), consiste em informar a

sociedade e os poderes públicos sobre os objetos. Explicar e prevenir o crime e intervir na pessoa do

infrator e avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime.

Segundo Paulo Sumariva. Criminologia permita compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem criminoso.

O alcance da criminologia está dividido em: a) Explicação científica do fenômeno criminal; b) Prevenção do delito;

c) Intervenção no homem delinquente.

Tríplice alcance da criminologia

✓ Explicar cientificamente o delito. ✓ Prevenir o fenômeno criminal. ✓ Intervir na pessoa do infrator.

A função da criminologia é indicar um diagnóstico

qualificado e conjuntural sobre o crime. A função

linear da criminologia é informar a sociedade e os

poderes públicos sobre o crime, o criminoso, a

vítima e o controle social.

“Nestor Sampaio (2012- pg 27), pode-se dizer com acerto que é função da criminologia desenhar um

diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o delito, entretanto convém esclarecer que ela não é

uma ciência exata, capaz de traçar regras precisas e indiscutíveis sobre as causas e efeitos do ilícito criminal”.

Lélio Calhau (2009 pg 15) A função prioritária da

Criminologia, como ciência interdisciplinar e

empírica, é aportar um núcleo de conhecimentos

mais seguros e contrastados com o crime, a pessoa do delinqüente, a vítima e o controle social.

TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL:

baseado em procedimentos como;

✓ Observação: acompanhamento; campanas; entrevistas; interrogatório; interceptação telefônica; recognição visuográfica de local de crime; perfilamento criminal.

(7)

RELAÇÕES ENTRE CRIMINOLOGIA E POLÍCIA JUDICIÁRIA

Ambas podem usar o método empírico;

Ambas se baseiam na investigação do FATO

CRIMINOSO;

Ambas são INTERDISCIPLINARES E

COMPLEMTERARES;

São complementares: criminologia estuda as

FORMAS DE PREVENÇÃO; e a Polícia Civil estuda

as formas de INVESTIGAÇÃO E REPRESSÃO.

EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO

1) (INVESTIGDOR 2018- VUNESP). A Criminologia

é a ciência

(A) teorética que tem por objeto o estudo das ciências penais e processuais penais e seus reflexos no controle social, propondo soluções para redução da criminalidade.

(B) teorética alicerçada na análise dos antecedentes sociais da criminalidade e dos criminosos, que estuda exclusivamente o crime, propondo soluções para redução da criminalidade.

(C) empírica e teorética, alicerçada no estudo das ciências penais e processuais penais e seus reflexos no controle da criminalidade, tendo por objeto a redução da criminalidade.

(D) empírica (baseada na observação e na experiência) e interdisciplinar que tem por objeto de análise o crime, a personalidade do autor do comportamento delitivo, a vítima e o controle social das condutas criminosas.

(E) conceitual e abstrata, que se dedica ao estudo das armas de fogo e suas munições; das armas brancas e demais armas impróprias, objetivando o controle social e a redução da criminalidade.

2) (INVESTIGDOR 2018- VUNESP) Com relação ao

método, é correto afirmar que a criminologia é uma ciência do

(A) dever ser, teorética (observação da realidade), que se vale do método indutivo, utilizando-se de métodos biológico e sociológico.

(B) ser, empírica (observação da realidade), que se vale do método indutivo, utilizando-se de métodos biológico e sociológico.

(C) dever ser, conceitual e abstrata, que se vale exclusivamente do método indutivo.

(D) dever ser, teorética e especulativa, que se vale do método indutivo, utilizando-se de métodos biológico e sociológico.

(E) ser, empírica e teorética (observação da realidade), que se vale exclusivamente do método indutivo.

3) (INVESTIGDOR 2018- VUNESP) É correto afirmar

que atualmente o objeto da criminologia está dividido em quatro vertentes, a saber:

(A) vítima, criminoso, polícia e controle social. (B) polícia, ministério público, poder judiciário e controle social.

(C) crime, criminoso, vítima e controle social. (D) polícia, ministério público, poder judiciário e sistema prisional.

(E) forças de segurança, criminoso, vítima, controle social.

4) (AGENTE POLICIAL 2018-VUNESP) Em relação

ao conceito e aos objetos de estudo da criminologia, é correto afirmar que

(A) a criminologia é o ramo das ciências criminais que define as infrações penais (crimes e contravenções) e comina as respectivas sanções (penas e medidas de segurança).

(B) a criminologia extrapola a análise do controle social formal do crime, preocupando-se também com os sistemas informais, e, sob um ponto de vista crítico, pode até mesmo defender a extinção de alguns crimes para determinadas condutas.

(C) após os inúmeros equívocos e abusos cometidos a partir das visões lombrosianas, a criminologia moderna afastou-se do estudo sobre o criminoso, pois funda-se em conceitos democráticos e respeita os direitos fundamentais da pessoa humana. (D) o estudo do crime por parte da criminologia tem por objetivo principal a análise de seus elementos objetivos e subjetivos indispensáveis à tipificação penal.

(E) a preocupação com o estudo da vítima motivou a criação da criminologia como ciência autônoma, sendo este, por consequência, seu primeiro objeto de estudo.

(8)

5) (AGENTE POLICIAL 2018-VUNESP) Em relação

ao método da criminologia, é correto afirmar que (A) em razão do volume de dados, a criminologia foca suas análises em metodologias quantitativas, reservando às ciências jurídicas as metodologias que têm por base análises qualitativas.

(B) o método empírico dominou a fase inicial e

pré-científica da criminologia, cedendo espaço

posteriormente ao método dogmático e descritivo, que melhor se adequa à fase científica e ao reconhecimento da criminologia como ciência autônoma.

(C) o método dedutivo é priorizado na criminologia por respeito à cientificidade deste ramo do saber. (D) o método empírico tem protagonismo, por tratar-se a criminologia de uma ciência do tratar-ser.

(E) as premissas dogmáticas norteiam as diversas linhas e pensamentos criminológicos de modo que se permita a sistematização do conhecimento.

6) (AUX. PAPI 2018- VUNESP) Em relação ao

conceito e ao objeto de estudo da criminologia, assinale a alternativa correta.

(A) O atual estágio de desenvolvimento da criminologia exclui do seu conceito o estudo das causas exclusivamente individuais para a prática dos crimes, substituindo-o pela análise das dinâmicas sociais.

(B) É um ramo de conhecimento do Direito Penal, não podendo ser definida como ciência própria, visto que se ocupa do mesmo objeto.

(C) É uma ciência que tem por objetivo principal auxiliar a interpretação das normas criminais, sob o ponto de vista dogmático.

(D) É uma ciência que estuda o crime sob o ponto de vista jurídico.

(E) Após superar os equívocos das primeiras

abordagens sobre o homem delinquente,

exemplificadas nos estudos de Lombroso, a criminologia moderna mantém em seu conceito o estudo do criminoso.

7) (AUX. PAPI 2018- VUNESP) Assinale a

alternativa correta em relação ao método da criminologia.

(A) A criminologia utiliza um método lógico, abstrato e dedutivo.

(B) A criminologia limita interessadamente a realidade criminal (da qual, por certo, só tem uma

imagem fragmentada e seletiva), observando-a sempre sob o prisma do modelo típico estabelecido na norma jurídica.

(C) A criminologia analisa dados e induz as correspondentes conclusões, porém suas hipóteses se verificam – e se reforçam – sempre por força dos fatos que prevalecem sobre os argumentos puramente subjetivos.

(D) A criminologia utiliza como método a ordenação e a orientação de suas conclusões com apoio em uma série de critérios axiológicos (valorativos) fundados no dever-ser.

(E) O método básico da criminologia é o dogmático; e seu proceder, o dedutivo sistemático.

8) (ATENDENTE DE NECROTÉRIO 2013 PC-SP VUNESP) Para a Criminologia, o crime pode ser

considerado como

(A) uma relação jurídica de conteúdo individual e coletivo.

(B) um pecado praticado por quem escolheu o mal. (C) um fato típico e antijurídico. (D) um desvio de conduta que atenta contra a moral

e os bons costumes. (E) um problema social e comunitário

9) (INVESTIGADOR DE POLÍCIA PC/SP VUNESP 2014) Complete, correta e respectivamente, as

lacunas das frases dadas.

Segundo a doutrina dominante, a criminologia é uma ciência aplicada que se subdivide em dois ramos: a

criminologia...que consiste na

sistematização, comparação e classificação dos resultados obtidos no âmbito das ciências criminais acerca do seu objeto; e a criminologia...que consiste na aplicação dos conhecimentos teóricos daquela para o tratamento dos criminosos.

(A) prática … social

(B) comparativa … observativa (C) geral … clínica

(D) individual … científica (E) metódica … particular

(9)

10). (ATENDENTE DE NECROTÉRIO 2013 PC-SP VUNESP) Assinale a alternativa que aponta o ente que

exerce ou fomenta, concomitantemente, os controles formal e informal sobre a vida em sociedade.

(A) Poder Judiciário. (B) Família. (C) Policiamento Comunitário. (D) Clubes de Serviço. (E) Forças Armadas.

GABARITO:

1) D 2) B 3) C 4) B 5) D 6) E 7) C 8) E 9) C 10) C

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