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dminsessão: ECOLOGIA E SISTEMÁTICA

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dminSESSÃO: ECOLOGIA E SISTEMÁTICA

01 - Relationship between drosophilid (Insecta, Diptera) distribution and microclimate in a gallery forest of the Brazilian savanna

Francisco Roque; Rosana Tidon Universidade de Brasília

Microclimate is a component of the environmental heterogeneity that affects the spatial and temporal distribution of the organisms. However, the importance of this factor varies across different taxonomic groups, locations, environments and seasons. In the Brazilian savanna, one heterogeneous and seasonal environment, drosophilid assemblages vary in space and time, but the causes of these fluctuations are unknown. Thus, we studied the importance of the microclimate on the spatial and temporal distribution of drosophilids associated to a gallery forest of this biome aiming to understand the role of such factor on the structuring of these insect assemblages. We made monthly drosophilid collections between February and October 2008 in a gallery forest of the IBGE Ecological Reserve, Federal District. In each sampling, we exposed 30 drosophilid retention traps containing fermented banana baits. We distributed and kept such traps for three consecutive days throughout 10 vertical transects (0 m, 4 m and 8 m height) randomly distributed among areas of edge, transition between edge and river and river of this forest. After the identification of captured flies, we established the species richness and the abundance of Neotropical (NEO) and exotic (EXO) drosophilids. Microclimate measures (temperature (°C) and relative humidity (%)) were taken locally with one thermohygrometer. The relationship between the observed variables was tested by simple linear regression. We collected 61 drosophilid species representatives of Amiota, Drosophila, Neotanygastrella, Rhinoleucophenga, Scaptodrosophila, Zaprionus and Zygothrica, and two taxa of this family whose generic identification was not possible. The richness, EXO and NEO varied over time, areas (edge, transition and river) and heights (0 m, 4 m and 8 m) of the forest. Species richness was higher in April, in the edge and transition areas, at 8 m hight. NEO was higher in April, in the transition area at the ground level, and EXO in typical months of the dry season, at 8 m hight of all areas, meanly of the edge. The microclimate varied over time and space, and the most extreme conditions of humidity and temperature were recorded in dry season months always at 8 m height of all areas. But, these variations do not explain even 10% of the fluctuations in the flies richness and abundance. Thus, we concluded that the spatial and temporal structuration of these drosophilid assemblages is little related to the microclimatic parameters of this environment. Nevertheless, the microclimate may indirectly have contributed to the observed pattern, because this factor acts directly on several plant processes, such as production and foliage distribution and resources for feeding and breeding of the flies. Finally, it is reasonable to assume that the structuring of these assemblage be a reflection of the interaction of many factors and not just of the abiotics.

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02 - Microclima, Estrutura do habitat e Comunidade de drosofilídeos. Rosângela Amador; Marlucia Martins

Museu Paraense Emílio Goeldi –MPEG

A distribuição de Drosophilidae associadas a frutos foi testada em dois estratos da vegetação e três perfis topográficos, relacionando a riqueza e abundância das espécies aos dados micrometeorologicos (temperatura, umidade relativa do ar e precipitação) e de estrutura do habitat (abertura de dossel e densidade do sub-bosque) obtidos nos pontos de coleta. As coletas foram realizadas em março e junho de 2010 na Floresta Nacional de Caxiuanã. Foram identificados 49.139 indivíduos, distribuídos em 29 espécies sendo duas morfoespécies, Drosophila B09007 e Drosophila AC10001. Apesar do ano de 2010 ter correspondido ao do fenômeno climático La Niña, que influencia principalmente regimes de chuvas e de temperatura nas regiões norte e nordeste do Brasil e que também pode alterar percentuais de umidade relativa do ar, devido a um resfriamento não usual nas águas do oceano pacífico, em nenhum dos meses estudados a temperatura se comportou de maneira atípica. Comparando os valores médios de temperatura entre as diferentes alturas e perfil topográfico foi verificado que não houve diferenças significativas para essa variável nas diferentes dimensões amostradas. A umidade relativa do ar variou significativamente entre os diferentes perfis topográficos e altura. O estrato inferior apresentou valores médios de umidade mais elevados que o estrato superior da floresta e o perfil topográfico baixio foi mais úmido que o os demais, possivelmente pela proximidade dos igarapés que cortam as trilhas aumentando os percentuais de umidade. O perfil topográfico baixio apresenta maiores índices de densidade de sub-bosque seguidos do perfil intermediário e platô. Já os valores de abertura de dossel não variaram entre os ambientes, assim como a precipitação pluviométrica acumulada que não apresentou variação significativa entre os meses amostrados. As espécies foram seletivas na ocupação de ambientes, sendo o componente vertical mais evidente que os perfis topográficos. A espécie mais abundante foi D. sturtevanti (grupo Saltans) que ocupou o estrato superior da floresta, seguida de D. fulvimacula (grupo Repleta) que não apresentou variação na ocupação dos ambientes e D. willistoni (subgrupo willistoni) capturada abundantemente a 1 metro do solo. As espécies mais comuns no estrato inferior responderam negativamente a valores altos de precipitação, temperatura e abertura de dossel, enquanto que as espécies mais comuns a 20 metros do solo são menos sensíveis a esses fatores. As condições abióticas da floresta influenciaram a distribuição das espécies e contribuíram efetivamente com estruturação dessas comunidades. Efeitos globais que atuem sobre a estrutura da floresta e a constituição do microclima podem alterar a distribuição e sobrevivência dessas espécies no ambiente. APOIO: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq; Projeto Cenários - Biodiversidade e Clima; Programa de Biodiversidade da Amazônia (PPBio)

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03 - Abundância e riqueza de Drosophilidae (Diptera) em Floresta Tropical. Rosângela Amador; Marlucia Martins

Museu Paraense Emílio Goeldi-MPEG

As espécies vivem em uma complexa rede de interações que podem explicar o comportamento e a estrutura de uma comunidade natural no espaço e no tempo. A distribuição das espécies da família Drosophilidae associadas a frutos, foi testada para duas dimensões da floresta: estratos da vegetação e perfis topográficos. As coletas foram realizadas em março e junho de 2010 no sítio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia (PPBio) na Floresta Nacional de Caxiuanã. A captura dos insetos foi realizada com a utilização de armadilhas com isca de banana fermentada em porções de 100g. Foram identificados 49.139 indivíduos da família Drosophilidae, distribuídos em 29 espécies sendo duas morfoespécies: Drosophila B09007 e Drosophila AC10001, a última em processo de descrição. As espécies mais abundantes foram D. surtevanti, D. fulvimacula, D. willistoni, D. paulistorum e D. malerkotliana. O padrão de distribuição geral das espécies e da maioria das frações de habitat testadas seguiu o modelo log normal de abundância que caracteriza áreas mais preservadas com comunidades interativas, relativamente ricas em espécies e com certa homogeneidade na distribuição de abundância e é um indicativo de integridade biológica e estabilidade dos ambientes naturais. O estrato inferior da floresta, a 1 m do solo, apresentou riqueza estimada de 23 espécies e o estrato superior de 30 espécies. A comparação entre as estimativas de riqueza pelo estimador Jackknife baseado nos intervalos de confiança mostrou que essa diferença no número de espécies nos dois estratos da vegetação amostrados foi significativa. Considerando os perfis topográficos foi observado que o perfil intermediário apresentou a maior riqueza estimada, com 30 espécies, seguida do baixio com 27 espécies e o platô com 20 espécies que pode ser traduzida pela proximidade de igarapés que cortam as trilhas nas áreas de baixio e intermediário. Foi possível observar a contribuição de cada fração do ambiente e o período das coletas para o aumento da riqueza total, com o mês de junho na altura a 20 metros do solo e perfil intermediário apresentando a maior riqueza estimada mostrando que diferentes ambientes podem influenciar na estruturação da comunidade. APOIO: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq; Projeto Cenários - Biodiversidade e Clima; Programa de Biodiversidade da Amazônia

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04 - Estudo de diferenças na composição de uma assembléia de Drosophilidae (Insecta; Diptera) com a mudança de altitude no Morro do Cambirela, Palhoça-SC, Brasil

Bombardelli, F., De Toni, D. C., Wildemann, B.

Laboratório de Drosophila, Universidade Federal de Santa Catarina. Contato: fernandobombardelli@hotmail.com

Um meio de acompanhar a influência dos diferentes microhábitats restritos espacialmente consiste na análise de uma comunidade ao longo de um transecto vertical em uma montanha íngreme. Sabemos que ocorre, em média, uma queda de 1ºC para cada elevação de 100m em ar seco e 0,6º C no ar úmido, assim como ocorrem também maior incidência de vento e geadas em áreas mais altas das montanhas do Estado de Santa Catarina. Todos estes fatores têm correlação com a distribuição de animais e vegetais, refletindo na composição biológica das assembléias nos diferentes extratos de altitude. Poucos estudos buscam analisar a influência destas variações em um táxon, dentro de um gradiente vertical, em uma mesma montanha. Este estudo portanto é o pioneiro no litoral sul brasileiro, utilizando drosofilídeos. Para tal foram realizadas coletas no Morro mais alto do litoral de Santa Catarina (o Morro do Cambirela), que atinge 1.043 metros em seu cume, sendo um dos maiores desníveis relativos do estado. Foram distribuídas 20 armadilhas em 3 pontos de diferentes altitudes, com intervalos verticais de aproximadamente 350 metros (150m – 500m – 850m), usando isca de banana e fermento biológico (Saccharomyces cerevisiae), que foram mantidas em campo por 4 dias. Os indivíduos coletados foram preliminarmente identificados e quantificados. No primeiro extrato (150m) houve grande prevalência de indivíduos das espécies D. capricorni e D. simulans (~70%). No extrato intermediário (500m), a abundância de espécies foi menor, com dominância menos acentuada de D. capricorni e marcada por grande queda na abundância relativa de D. simulans. No ponto mais alto (850m) a abundância absoluta se manteve próxima à do ponto intermediário, com o reaparecimento de grande quantidade de D. simulans (~ 40%). Outras espécies, coletadas em menor densidade, nos diferentes gradientes altitudinais foram: D.bandeirantorum, D. boraceia, D. busckii, D. carolinae, D. hydei, D. kikawai, D. mediopicta, D. mediopunctata, D. mediosignata, D. ornatifrons, D. pallidipennis, D. sturtevanti, D. willistoni, entre outras. A significância ecológica e evolutiva das diferenças na composição específica das assembléias destes gradientes são discutidas neste trabalho.

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05 – Padrão aninhado na rede trófica de drosofilídeos e frutos do Cerrado Henrique Valadão; Renata Alves da Mata; Rosana Tidon

Programa de Pós Graduação em Ecologia, UnB

A associação entre espécies de diferentes níveis tróficos sempre recebeu atenção especial de pesquisadores, devido ao seu importante papel no entendimento ecológico e evolutivo das comunidades. No Cerrado, os drosofilídeos utilizam principalmente frutos como recurso de oviposição e alimentação larval. Entretanto, a relação entre espécie-recurso ainda não é claramente entendida. O estudo das redes tróficas pode nos dar valiosas pistas sobre a estabilidade das comunidades, propensão a invasões por espécies exóticas e até indicar padrões na evolução de interações. O objetivo deste estudo é descrever a topologia da rede trófica de drosofilídeos e frutos do Cerrado, e extrair informações a respeito da estrutura dessa comunidade. Foram coletados frutos caídos sobre o solo em quatro unidades de conservação do DF, contemplando áreas de cerrado sentido restrito e de matas de galeria. As coletas, mensais, foram realizadas em 16 pontos amostrais, ao longo de um ano. Em cada coleta, dois coletores recolheram frutos simultaneamente, no mesmo ponto amostral, durante duas horas. Os frutos foram separados individualmente, mantidos a 25°C, e os adultos que emergiram foram removidos a cada dois dias e identificados. Para determinar a estrutura da rede de interações, foi utilizado o programa Nestedness Calculator, que determina a temperatura da rede (T, uma medida de aninhamento) e a reorganiza para a visualização de aninhamento. Foram coletados 1956 frutos pertencentes a 29 espécies vegetais. Estes frutos estavam colonizados por 3010 indivíduos de 20 espécies de drosofilídeos. As espécies mais abundantes foram Drosophila nebulosa, Zapriounus indianus e D. wilistoni e os frutos mais coletados foram Cariocar brasiliensis, Syagrus sp. e um fruto não identificado, encontrado em áreas de mata. Foi encontrado um forte padrão aninhado (Tobs= 4,45°C, Tesp=35,7°C, p<0,001), em que drosofilídeos especialistas tendem a compartilhar recursos com várias espécies, enquanto que moscas generalistas usam recursos acessados por poucas espécies. Neste estudo, as quatro espécies de drosofilídeos mais generalistas foram D. nebulosa, Z. indianus, D. wilistoni e D. simulans. Todas elas são amplamente distribuídas na Região neotropical e duas são exóticas, indicando um alto potencial invasor destas espécies. Porém, a presença de espécies especialistas em recursos compartilhados sugere que, mesmo com sobreposição de nicho alta nos recursos, especialistas são mantidos. A maior parte das espécies especialistas foi encontrada em frutos de apenas duas espécies vegetais, o pequi e um fruto não identificado, as quais são os recursos com maior número de espécies de moscas. Desta maneira, a rede trófica de drosofilídeos e fruto no Cerrado apresenta um padrão aninhado com poucos os recursos realmente vitais para a comunidade, sendo que sua remoção pode significar a extinção de várias espécies especialistas. Apoio: CAPES, FAP-DF, UnB.

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06 - Validação do status bioindicador de drosofilídeos em matas de galeria do Cerrado

Sabrina Cassimiro Fonseca de Oliveira¹; Renata da Mata²,³; Rosana Tidon³

¹Doutoranda do PPG Biologia Animal, UNB; Bolsista do CNPq; ² Bolsista DTI-A, CNPq; ³Departamento de Genética e Morfologia, UNB. Email: sacfoliveira@gmail.com

Uma das etapas essenciais para o estabelecimento de organismos bioindicadores é a validação, ou seja, a realização de reamostragens visando verificar se o status indicador da espécie é estável em diferentes escalas temporais e espaciais. Drosophila ornatifrons, Drosophila willistoni e Drosophila paraguayensis foram apontadas como espécies bioindicadoras de preservação em matas de galeria do Cerrado. Visando a validação dessas espécies, 10 coletas bimestrais foram realizadas entre 2010 e 2011, em 12 matas de galeria do Distrito Federal, com diferentes graus de perturbação (preservadas, perturbadas e degradadas). Em cada mata, cinco armadilhas contendo iscas de banana fermentada foram dispostas a 1,5 m do solo e distantes 10 m entre si. Das 66 espécies amostradas, somente 17 apresentaram o valor mínimo de indivíduos para a avaliação pelo método do Valor Indicador (IndVal). D. ornatifrons não atingiu este mínimo e foi excluída das análises. Nenhuma das 17 espécies analisadas obteve IndVal >70% para matas preservadas e degradadas. D. willistoni apresentou IndVal=44% para matas preservadas e D. paraguayensis obteve IndVal=79% para matas perturbadas. Na maioria dos estudos em que D. willistoni foi considerada espécie indicadora de preservação, ela não foi identificada em nível específico (não foi diferenciada das outras espécies crípticas do subgrupo willistoni). Este fato certamente desvirtua as afirmações sobre seu status bioindicador, uma vez que o IndVal de uma espécie críptica pode ser antagônico ao de outra. No presente estudo, D. willistoni e D. paulistorum foram analisadas individualmente, mas apresentaram valores indicadores similares e reduzidos para matas preservadas (Indval=44% e 43%, respectivamente). Ambas foram bem amostradas em todas as matas, sugerindo que elas são típicas de ambientes florestais, independente do grau de perturbação. Em estudos anteriores, as matas de galeria do Cerrado foram classificadas apenas como preservadas ou não preservadas, não tendo sido considerado um grau intermediário de perturbação, como no presente estudo. Consequentemente, é provável que D. paraguayensis tenha sido apontada como espécie característica de preservação nesses estudos porque as matas perturbadas foram agrupadas às matas preservadas. Diante dos resultados obtidos, D. willistoni não pode ser validada como bioindicadora de preservação ambiental e um novo status bioindicador está sendo proposto para D. paraguayensis, como espécie característica de perturbação em matas de galeria do Cerrado. Apoio Financeiro: CNPq; FAP-DF; UnB

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07 – Efeito da mudança na paisagem sobre a estrutura de comunidadede Drosophilidae em área agrícola na Amazônia brasileira

Furtado, I. S¹.; Soares, I².; Amador, R. B³.; Costa, J. C. E. ; Costa, A. L.; Praxedes, C. B; Miranda, R. S.; Brasil, A. L.; Martins, M. B.

Museu Praense Emílio Goeldi, MPEG, PA

A partir da década de 60 a área total de terras cultivadas aumentou em mais de 20% no mundo em desenvolvimento. Agricultura é a maior ameaça de extinção para as espécies silvestres, nos países em desenvolvimento. Devido a intensidade no uso da terra, que vai mudando a paisagem florestal e influenciando na composição de inúmeros taxóns, entre eles os drosofilideos. Estes insetos são diretamente afetados pela variação da temperatura, umidade e luminosidade e isso pode ter efeito sobre a ocorrência e abundância das espéceis em seu padrão de desenvolvimento, morfologia e fisiologia. O conjunto de respostas das espécies às diferentes condições a que estão submetidas reflete-se no padrão de riqueza especifica de cada local. O presente estudo avaliou a riqueza de drosofilideos em diferentes sistemas de uso da terra, dentro da Amazonia Brasileira no Estado do Pará, utilizando coletas padronizadas com armadilhas suspensas contendo isca de banana, expostas por 48 horas em campo, em 135 pontos de coleta, distribuidos em 27 fazendas em três assentamentos agricolas na região sudoete do estado do Pará: 9230 indivíduos machos foram analisados, identificados em 70 espécies. A riqueza foi estimada em 75 espécies através do estimador não paramétrico Jackknife de primeira ordem, utilizando o intervalo de confiança de 95% para comparar os diferentes sistemas de uso da terra. Foi Observada variação significativa na riqueza estimada entre as subjanelas, entre as fazendas e entre os assentamentos com as maiores riquezas obtidas na subjanela BMBI, na fazenda Dona Bela e o assentamento com maior riqueza foi Maçaranduba. Mostrando que a atividade agroflorestal retém um maior número de organismos, proporcionando assim um aumento na diversidade Beta.

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08 - Flutuação populacional de drosofilídeos (Diptera) em área de floresta. Ana Luisa Brasil de Carvalho1; Marlúcia Bonifácio Martins2

1 Centro Universitário do Estado do Pará; 2 Museu Paraense Emílio Goeldi

O estudo das comunidades tem buscado entender como se dá o agrupamento distribuição das espécies e os fatores ambientais que as influenciam no contexto espaço-temporal, produzindo os padrões emergentes que as caracterizam. Dentre os organismos que vêm sendo estudados nestes aspectos estão os Drosophilidae (Diptera, Insecta), que se apresentam como modelo biológico, devido à diversidade de hábitos e habitats ocupados, utilizando como sítios de reprodução e criação uma grande variedade de recursos que incluem matéria orgânica viva ou em decomposição. A disponibilidade dos recursos e as variações destes no ambiente vão agir diretamente sobre a distribuição e diversidade dos drosofilídeos, podendo determinar flutuações tanto nas abundancias populacionais quanto na riqueza local de espécies. O objetivo deste trabalho é testar se as populações de Drosofilídeos flutuam em abundância ao longo do ano em área de floresta Amazônica e se estas flutuações estão correlacionadas às variações meteorológicas e a disponibilidade de recursos. As coletas de adultos foram feitas com armadilhas e pela emergencia recursos naturais trazidos ao laboratório. As expedições quinzenais ocorreram de fevereriro de 2009 a fevereiro de 2011, na Reserva do Mocambo, Belém, Pará. As 14 armadilhas utilizadas foram dispostas em duas trilhas de 200m e uma de 160m , distantes 50m uma das outras e permaneceram por um período de 48h. A coleta de recusos naturais (frutos em decomposição) foi realizada nas mesmas trilhas em cada expedição. No total foram identificados 15.422 drosofilídeos, distribuídos em 25 espécies, sendo que 14.269 provenientes das armadilhas e 1.153 emergidos dos frutos. Dos 283 frutos coletados os que apresentaram maior número de emergentes foram de Parahancornia amapa, Pouteria caimito e Anacardium giganteum. As espécies mais abundantes e freqüentes, nas armadilhas e nas emergências, foram D.willistoni, D.tropicalis, D.paulistorum, D.sturtevanti, D.malerkotliana. Os drosofilídeos foram mais abundantes no período que se inicia no mês de novembro e se estende até abril. Dentro deste período os meses de fevereiro de 2009 e janeiro de 2010 e 2011 apresentaram as maiores abundâncias e riquezas. Este período coincide com a maior ocorrência de chuvas e a maior quantidade e riqueza de recursos disponíveis no solo.

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09 - Dados preliminares de abundância de Zaprionus indianus (Diptera: Drosophilidae) entre estações úmida e seca.

Cristiane Matavelli; Cláudio José Von Zuben

Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas – Zoologia; UNESP/SP

Desde seu primeiro registro no Brasil, Zaprionus indianus Gupta, 1970 vem causando sérios danos à ficicultura brasileira, uma vez que suas fêmeas utilizam os figos como sítios de alimentação e oviposição. No entanto, mesmo tendo se tornado uma praga importante, poucos estudos sobre sua dinâmica foram desenvolvidos até o momento. Atualmente, sabe-se que esta dinâmica sofre forte influência das condições ambientais às quais os indivíduos estão submetidos, como temperatura ambiental, umidade relativa e precipitação. Para verificar a influência dessas condições ambientais na dinâmica de Z. indianus, armadilhas (N=40) foram colocadas em 8 figais da região de Valinhos (SP) durante o inicio da estação chuvosa (de setembro a novembro de 2010) e o final da estação seca (de junho a agosto de 2011), a fim de se quantificar a abundância desses indivíduos. Foram capturados um total de 4.462 indivíduos de Z. indianus distribuídos em: 2.780 durante a estação úmida (8 em setembro, 105 em outubro e 2.667 em novembro) e 1.682 durante a estação seca (1.529 em junho, 60 em julho, 93 em agosto). As médias para as estações úmida e seca em relação à temperatura ambiental, umidade relativa e precipitação foram: 23,52oC e 19,75oC; 62,60% e 63,59%; 3,51mm e 0,88mm, respectivamente. Com isso, pode-se verificar que com um aumento da temperatura ambiental e da precipitação, houve também um aumento da abundância dessa espécie. Sabe-se que em alguns drosofilídeos a temperatura ambiental é uma variável que provoca certas alterações fisiológicas, capazes de influenciar seu comportamento e desenvolvimento. Em Z. indianus tem sido observada uma certa sensibilidade ao frio, o qual provoca um aumento no tempo de desenvolvimento dessa espécie. Assim, em épocas do ano na quais a temperatura ambiental é mais amena, a abundância desses indivíduos tende a diminuir. Com isso, esta variável pode ser uma das responsáveis pela diminuição da abundância de Z. indianus durante a estação seca. Já em relação aos efeitos da umidade relativa e da precipitação, pouquíssimos estudos vêm sendo realizados. No entanto, observações de campo revelam que essas variáveis também podem influenciar a dinâmica dessa espécie já que, após períodos de chuva e aumento da umidade relativa, a abundância desses indivíduos aumenta consideravelmente. Contudo, estudos mais detalhados se fazem necessários. Apoio: CNPq

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10 - Caracterização ecofisiológica de drosofilídeos sob diferentes intensidades de luminosidade

Isabela Soares da SILVA1; Marlúcia Bonifácio MARTINS2 1

Bolsista (PIBIC/CNPq); Museu Paraense Emilio Goeldi – MPEG; 2Pesquisadora da Coordenação de Zoologia/MPEG. Contato: belinsoares@hotmail.com

Como resultado das atividades de exploração, os habitats naturais sofrem modificações que podem afetar as populações locais de animais e plantas, levando em alguns casos à extinção local de espécies e à redução da biodiversidade. A medida direta destes impactos sobre as populações algumas vezes exige um tempo longo de monitoramento. Uma forma alternativa é utilizar organismos indicadores que podem ser manipulados experimentalmente para identificar padrões gerais de resposta às variações nas condições ambientais. A família Drosophilidae possui uma longa tradição na biologia como organismo experimental. Estes dípteros possuem grande sensibilidade a modificações no ambiente, respondendo rapidamente a variações de luz, temperatura e umidade e por isso são considerados bons indicadores ecológicos. Em laboratório foi realizado um experimento que teve como objetivo inferir como os drosofilídeos reagem a determinadas alterações no ambiente. Neste caso específico a diferentes intensidades de luz, que podem ser resultantes das modificações na cobertura florestal. Os drosofilídeos utilizados neste estudo foram coletados em armadilhas com iscas atrativas de banana fermentada em diversas localidades de floresta na região amazônica. Foram realizados experimentos em laboratatório oito espécies de drosofilídeos. Foram elas: D. willistoni, D.paulistorum, D. ananassae, D. equinoxialis, D. malerkotliana, D.melanogaster, D. subsaltans e D. prosaltans. Estas espécies foram submetidas à intensidade luminosas que corresponderam à luminosidade baixa (109.625 lx) e luminosidade alta (16168.75 lx) respectivamente equivalentes à luminosidade com e sem cobertura vegetal. As linhagens foram mantidas sob estas intensidades luminosas, durante quinze dias, por em regime de 12h de luz diária. Dos indivíduos emergidos sob estas condições foram selecionados seis espécimens de cada linhagem sendo 3 machos e três fêmeas para serem analisados em termos das medidas morfométricas. O tamanho das asas foi testado para as diferentes intensidades de luz utilizadas nos experimentos. Observou-se que as espécies D. equinoxialis e D. malerkotliana diminuiram o tamanho corporal em luminosidade alta. Drosophila malerkotliana é uma espécie nativa da região afro-malásica que ocupa ambientes variados, mas com preferência por floresta perturbada ou secundária. Drosophila equinoxialis é uma espécie nativa da floresta amazônica com distribuição restrita aos ambientes florestas mais prístinos. Apesar das especificidades, os resultados indicam que as alterações nos regimes de luz equivalentes à situação de perda de cobertura florestal podem contribuir para alterar os padrões morfológicos das espécies, tanto das espécies estenotópicas quanto daquelas com maiores espectros de utilização de habitat.

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11 - Variação temporal na distribuição espacial de Drosophila simulans Sturtevant e Zaprionus indianus Gupta em áreas de Cerrado

Jonas da Silva Döge1, Jéssica Carneiro Germano2 & Rosana Tidon1

1- Programa de Pós-Graduação em Ecologia – UnB; 2 - Bolsista PIC/CNPq. Contato: jsdoge@gmail.com

A distribuição espacial dos organismos afeta a estrutura genética das populações, as interações biológicas e a disponibilidade de recursos no ambiente e, consequentemente, sua evolução. Drosofilídeos apresentam distribuição em manchas e variações temporais e espaciais nesta distribuição são atribuídas a fatores físicos e interações bióticas. Neste estudo, foi avaliada a variação temporal na distribuição espacial de Drosophila simulans e Zaprionus indianus em áreas de Cerrado no Distrito Federal. Com o uso de armadilhas, coletas de adultos foram realizadas mensalmente entre março de 2010 e julho de 2011 em três sítios. Armadilhas adicionais foram dispostas ao redor dos sítios para conter a migração de moscas para seu interior. Para cada sítio e mês, foi calculado o índice de agregação de Morisita (IM). Sempre que a abundância permitiu, 20 fêmeas por site e mês de cada espécie foram mantidas individualmente em meios de cultura por dois dias para contagem do número de ovos depositados. Estas moscas foram posteriormente dissecadas para detecção de infecção por nematóides. Drosophila simulans e Z. indianus apresentaram ampla variação temporal na densidade (0,5-197,4 ind/ha e 1,9-649,7 ind/ha, respectivamente) e em todos os meses e sítios sua distribuição foi agregada (IM > 1). Drosophila simulans apresentou maiores abundâncias entre novembro e fevereiro (embora um pico menor tenha ocorrido em julho) enquanto Z. indianus apresentou pico de densidade entre novembro e abril. Sendo assim, as maiores abundâncias tendem a ser observadas na estação chuvosa. Por este motivo, seria esperada maior variabilidade na fecundidade durante a estação seca (efeito Allee) e maior prevalência de nematóides durante a estação chuvosa. Conforme previsto, a fecundidade foi mais variável durante a estação seca tanto para D. simulans (CVseca= 0,97; CVchuv.= 0,82) quanto para Z. indianus (CVseca= 2,11; CVchuv.= 1,08). A prevalência de nematóides em Z. indianus, porém, não diferiu entre as estações. Quanto maior o tamanho populacional, menor foi a agregação das espécies (D. simulans: Rho = -0,90, p < 2,2e-16; e Z. indianus: Rho = -0,87, p = 1,4e-15). Esta relação pode resultar de uma maior dispersão durante a estação chuvosa. Drosofilídeos se dispersam mais sob baixa disponibilidade de recursos, o que acontece no Cerrado durante a estação seca. Porém, se a competição for mais intensa na estação chuvosa, devido ao maior tamanho populacional, a dispersão seria estimulada e este padrão temporal poderia emergir. Adicionalmente, o padrão temporal na agregação das espécies estudadas poderia resultar de uma variação temporal equivalente na agregação de seus recursos. Essa última hipótese pressupõe que o princípio de equilíbrio população-recurso, amplamente aceito por biólogos, seja verdadeiro. Independentemente da causa, este padrão promove a homogeneidade genética e a perda da variabilidade durante a estação chuvosa em virtude da coalescência entre as demes. Apoio: CAPES, CNPq e FAP-DF.

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12 – Análise da preservação ambiental de uma mata de restinga no município de Arambaré, Rio Grande do Sul, Brasil, por meio da análise de assembléia de drosofilídeos.

Da Silva, G. S.; Cordeiro, J.; Schmitz, H. J.; Valente, V. L. S.

Laboratório de Drosophila, Departamento de Genética, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Algumas espécies de Drosophilidae apresentam fidelidade ao hábitat possibilitando a distinção dos ambientes com base nas espécies presentes. Estas distinções são úteis para considerar drosófilas como um grupo importante na análise de áreas degradadas. A família Drosophilidae é conhecida por possuir alta diversidade ecológica, apresentando mais de 3.900 espécies descritas para os mais diversos tipos de ambientes e utilização de nichos. Reconhecidamente, esta família da ordem Diptera se comporta como um excelente modelo para o estudo do impacto da heterogeneidade ambiental sobre a diversidade de espécies. Com a proposta de analisar o nível de degradação ambiental da mata de restinga do município de Arambaré/RS, foram realizadas coletas sazonais de fevereiro de 2008 a fevereiro de 2009, utilizando-se iscas de banana fermentada. Os resultados apresentados indicam que o grupo melanogaster foi abundante em todas as coletas, representado por D. simulans, espécie invasora e generalista, que atingiu 50% de representatividade em quase todas as coletas realizadas. Drosophila wiilistoni, espécie nativa com preferência por ambientes quentes e úmidos, representante do grupo willistoni, mostrou-se dominante nas coletas realizadas nos verões de 2008 e 2009. A dominância de espécies foi seguida por indivíduos pertencentes ao grupo repleta, entre os quais se destacam D. hydei e D. buzzatii, que possuem preferência por ambientes secos e geralmente estão associados à presença de cactos. A partir desses resultados notamos que há uma mistura de espécies exóticas e nativas. A alta abundância de espécies do grupo willistoni indica que a região de mata de restinga de Arambaré/RS ainda apresenta características da fauna de drosofilídeos comparáveis com a composição faunística da Mata Atlântica. Apoio: CAPES, CNPq, FAPERGS

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13 – Diversidade da família Drosophilidae (Insecta, Diptera) em três manguezais tropicais de Pernambuco, Nordeste do Brasil.

Geórgia Fernanda Oliveira1,2; Ana Cristina Lauer Garcia1; Hermes José Schmitz3; Claudia Rohde1

1

Laboratório de Genética, Centro Acadêmico de Vitória, UFPE. 2

Programa de Pós-Graduação em Saúde Humana e Meio Ambiente, UFPE. 3

PPBIO - Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi.

Levantamentos taxonômicos e observações sobre aspectos ecológicos da fauna brasileira de drosofilídeos têm sido temas de um número cada vez maior de estudos. Os manguezais são ambientes carentes deste tipo de investigação, mesmo o Brasil sendo um dos países com maior área de manguezal no mundo. Aspectos taxonômicos e ecológicos de espécies da família Drosophilidae foram estudados em três manguezais de Pernambuco, em duas amostragens anuais. Seis gêneros e 31 espécies foram reconhecidos entre 37.444 indivíduos coletados. Três espécies exóticas foram predominantes: D. malerkotliana, D. simulans e Zaprionus indianus, as quais responderam por 95,5% do total de indivíduos coletados. Índices de diversidade e equitabilidade apontaram o manguezal urbano do Pina, em Recife, como o mais diverso. A diversidade encontrada nos manguezais foi ainda comparada com outras três áreas de Floresta Atlântica, localizadas nas suas proximidades. Apesar de existirem diferenças quanto ao esforço amostral entre os manguezais e as florestas, análises padronizadas por rarefação indicam que o manguezal urbano do Pina se manteve também mais diverso em relação aos locais de Floresta Atlântica. Por outro lado, os manguezais de Suape e Rio Formoso foram menos diversos que as florestas próximas. Em todos os casos, a diversidade foi sempre maior na época das chuvas do que na época da seca. Apoio: FACEPE, PROPESQ-UFPE, CNPq.

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14 - Diversidade da Família Drosophilidae (Insecta, Diptera) em três ambientes de Floresta Atlântica de Pernambuco

Rita D.C. da Silva1, Geórgia F. Oliveira2, Martín A. Montes3, Cláudia Rohde4 e Ana C.L. Garcia4

1- Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 2- PPG em Saúde Humana e Meio Ambiente do CAV-UFPE. 3- Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 4- Núcleo de Biologia do CAV-UFPE.

A fragmentação das florestas tropicais é uma das principais causas de perda de biodiversidade. No Brasil, a Floresta Atlântica tem sofrido 500 anos de destruição, restando atualmente entre 5 e 10% de seu território original. Essa situação é ainda mais alarmante no Nordeste brasileiro. No Centro de endemismo de Pernambuco, ao norte do Rio São Francisco, resta apenas 2% de floresta, imersa em uma área preenchida por uma matriz de cana-de-açúcar. Conhecer a diversidade de espécies nesta região altamente impactada pela ação antrópica é uma das primeiras medidas para ações conservacionistas. Dentro desta proposta as pequenas moscas da família Drosophilidae mostram-se como excelentes modelos de estudo por serem insetos pequenos, de fácil captura, com taxonomia bem conhecida e por responderem a flutuações nas condições ambientais, sendo inclusive apontados como insetos bioindicadores. Neste estudo avaliamos a abundância e a diversidade de drosofilídeos em três fragmentos de Floresta Atlântica no estado de Pernambuco: a Estação Ecológica de Tapacurá (TAP), no município de São Lourenço da Mata; a Estação Experimental de Itapirema (GOI), no município de Goiana e o Refúgio Ecológico Charles Darwin (DAR), no município de Igarassu. Em cada local foram realizadas duas amostragens, uma em outubro de 2010, no final do período de maior pluviosidade e outra em março de 2011, no final do período de maior estiagem. Os drosofilídeos foram coletados com armadilhas com isca de banana, confeccionadas com garrafas pet, seguindo o modelo proposto pela literatura. Em cada coleta foram utilizadas 10 armadilhas, distanciadas 20 metros uma da outra. Foram coletados 22.646 drosofilídeos, os quais foram identificados ao nível de espécie através da análise da morfologia externa e, em alguns casos, através da análise da terminália masculina. Foram identificadas 29 espécies. O local com maior diversidade foi TAP (25 espécies), seguido por DAR (20 espécies) e GOI (17 espécies). Dos locais investigados, TAP com 382 ha é o maior fragmento de mata avaliado, os outros dois locais, GOI e DAR, apresentam em torno de 60 ha cada um. Nas coletas realizadas no período de maior estiagem foram capturados 80,79% dos drosofilídeos amostrados, com maior abundância de espécies exóticas em comparação com o período mais chuvoso. A composição da fauna de drosofilídeos também variou nos dois períodos de amostragem. No final da época das chuvas, houve maior representatividade de Drosophila willistoni em todos os locais de coleta. Já no final da época de maior estiagem, D. malerkotliana foi a espécie predominante em todos os locais. A diversidade e a abundância de drosofilídeos encontradas neste estudo foram comparadas com os dados obtidos em outros levantamentos realizados no estado de Pernambuco e também com os dados obtidos para outros locais de Floresta Atlântica no Brasil. APOIO: FACEPE/CNPq

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15 - Distribuição temporal da Família Drosophilidae (Insecta, Diptera) em uma área de Brejo de Altitude em Pernambuco

Rafaela Aparecida da Costa Borba1, Wanessa Botelho Marques Cabral2, Martín Alejandro Montes3, Cláudia Rohde4 e Ana Cristina Lauer Garcia4

1- Graduanda do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco (CAV-UFPE). 2- Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Humana e Meio Ambiente do CAV-UFPE. 3- Professor do Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 4- Professora do Núcleo de Biologia do CAV-UFPE.

Parte da Floresta Atlântica Nordestina é composta pelos Brejos de Altitude, caracterizados como “ilhas” de floresta úmida cercadas por vegetação de Caatinga. Em comparação com as regiões semi-áridas que os cercam, os Brejos possuem condições favorecidas quanto à umidade do solo e do ar, temperatura e cobertura vegetal. Apesar da peculiaridade de sua fitofisionomia há poucos estudos focados na avaliação da diversidade ecológica dos Brejos de Altitude e, ao mesmo tempo, esses ambientes vêm sofrendo os efeitos da ação antrópica os quais têm contribuído para a fragmentação e perda de habitats. Dados preliminares sobre a diversidade dos Brejos Nordestinos indicam a presença de espécies ameaçadas, bem como o grau de isolamento geográfico destes ecossistemas, levando diversos autores a apontar as áreas de Brejos de Altitude como prioritárias para conservação da biodiversidade. Neste estudo procuramos contribuir para o conhecimento da diversidade e da abundância de espécies da Família Drosophilidae através de um levantamento ao longo de um ano na Mata da Colônia, um Brejo de Altitude no Município de Bonito em Pernambuco. Para cada amostragem foram utilizadas cinco armadilhas, confeccionadas com garrafas pet, com isca de banana. Os drosofilídeos coletados foram identificados ao nível de espécie, através da morfologia externa e, no caso das espécies crípticas, através da análise da genitália masculina ou pela metodologia de eletroforese com a enzima Fostatase ácida. Neste estudo são apresentados dados preliminares de amostras bimestrais. Estas coletas resultaram na amostragem de 10.404 drosofilídeos, totalizando 55 espécies incluídas em quatro gêneros: Drosophila com 52 espécies (N=9.787), Zaprionus com uma espécie (N=604), Scaptodrosophila com uma espécie (N=12) e Zygothrica com uma espécie (N=1). Para alguns dos indivíduos coletados não foi possível a identificação ao nível específico, sendo estes, possivelmente novas espécies de drosofilídeos. Para caracterizar a estrutura geral das assembléias de drosofilídeos coletados, a distribuição da abundância das espécies foi organizada em um gráfico de curva de abundância. O número de espécies, estimados por diferentes parâmetros, variou entre 75 e 95 espécies, alertando que a riqueza de drosofilídeos pode ser ainda maior na Mata da Colônia. Também foi construído um dendograma avaliando a similaridade entre os meses de coletas. Este estudo é, até o momento, o mais rico em número de espécies registradas para um único ponto de amostragem na região Nordeste do Brasil. APOIO: FACEPE/CNPq

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16 - Drosophilidae assemblage from Pampa Biome.

Jean Lucas Poppe; Vera Lúcia da Silva Valente; Hermes José Schmitz. Universidade Federal do Rio Grande do Sul

The Brazilian Pampa is currently a highly modified environment, in many places only small parts of grasslands remain inside an agricultural landscape. Flies of family Drosophilidae (Diptera) have been widely used as a potential bioindicator to monitor the effects of anthropogenic changes in natural environments. However, the fauna of Drosophilidae in the Pampa Biome still remains largely unknown. The present study represents one of the first attempts to fill this gap, showing results from monthly collections in the municipality of Sao Luiz Gonzaga (28° 24' 28" S; 54° 57' 39" O), in the Brazilian Pampa. A inventory was carried out in two contrasting environments, an urban zone and a forest remnant (rural zone). In both areas banana-baited traps were used to capture adult drosophilids. The identification was done through external morphology and male terminalia. It was analyzed 13,379 drosophilids in both zones (rural zone: N= 8,812 and Sobs= 25; urban zone: N= 4,567

and Sobs= 16). Between the Neotropical species, the most common were D.

mercatorum, D. hydei and D. buzzatii in urban zone and D. mercatorum, D. polymorpha and D. willistoni in rural zone. Among the collected species, 16 (60%) were found exclusively or preferentially in the forest. The period of highest richness was between the months of June to November (roughly winter and spring), and the period of lowest richness from December to May (roughly summer and autumn). In our collections in rural zone, during June of 2008, autumn, we obtained the highest diversity (H’= 1.921) and in urban zone, we found the highest diversity in October of 2007 (H’= 1.569), spring. The time component was a determinant factor in the diversity of the assemblage. Through the Jaccard coefficient, we can notice that the species composition is characterized by the separation between two periods of the year with high (January, April and May of 2008) and low temperatures (June, July, August and September of 2008). When we compare the samples from urban zone and rural zone, it is during the spring that occur the highest similarity. By the Morisita Index we noticed that when we consider the structure of the assemblage, there is a strong seasonal effect. A strong reduction in diversity in the city was observed, when compared with the forest remnant, what reinforces the importance of the natural environments in maintaining the diversity in the Pampa Biome.

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17-Conhecer para conservar: a fauna de drosofilídeos da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro

Janaína Cristina Lopes de Araújo Jucá1, Martín Alejandro Montes2, Cláudia Rohde3 e Ana Cristina Lauer Garcia3

1-Graduanda do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco (CAV-UFPE). 2- Professor do Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 3- Professora do Núcleo de Biologia do CAV-UFPE.

Devido ao aumento da destruição dos habitats globais estudos sobre a diversidade são de grande importância para a compreensão das comunidades biológicas e para criação de medidas que visem suas conservações. Dentre os biomas brasileiros, a Caatinga surge como um dos menos estudados, sendo, ao mesmo tempo, o menos protegido pelas ações conservacionistas. Este cenário gera preocupação quanto à perda de espécies únicas e de processos ecológicos chave neste que é o único bioma exclusivamente brasileiro. No presente estudo, com a finalidade de contribuir para o conhecimento da diversidade da Caatinga, caracterizamos a riqueza e a abundância de espécies de drosofilídeos. Foram estudados sete municípios no estado de Pernambuco: Sertânia, Jabitacá, São José do Egito, Itapetim, Brejinho, Serra Talhada e Buíque. Na maioria dos locais foram avaliados períodos com diferentes níveis de pluviosidade. Em cada amostragem foram utilizadas 10 armadilhas confeccionadas com garrafas pet usando isca de banana. Foram amostrados 13.811 drosofilídeos, os quais foram identificados como pertencentes a 29 espécies. Somadas as espécies já conhecidas, atualmente já foram registradas 35 espécies de drosofilídeos para o bioma de Caatinga em Pernambuco. Houve diferença entre a abundância de espécies registradas no período chuvoso e no período seco. No período chuvoso Drosophila willistoni (39,85%), Zaprionus indianus (24,70%), D. paulistorum (16,78%), D. malerkotliana (10,50%) e D. simulans (4%) representaram a maior parte dos indivíduos amostrados. As demais espécies responderam por menos de 5% dos drosofilídeos coletados. Já no período mais seco as espécies mais abundantes foram: D. cardini (29,28%), D. serido (18%), D. zotti (17,16%), D. melanogaster (14%) e D. mercatorum (4,45%). A maior abundância e diversidade de drosofilídeos foram observadas no período de maior pluviosidade. Neste estudo também apontamos a existência de espécies de drosofilídeos endêmicas para a Caatinga, alertando para a necessidade urgente de medidas voltadas à conservação deste bioma. APOIO: FACEPE/CNPq

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18-Diversidade e distribuição temporal de uma assembleia de drosofilídeos (Insecta, Diptera) de Mata Atlântica, na Caieira da Barra do Sul, Ilha de Santa Catarina

Indjara Probst; Paulo Roberto Pertersen Hofmann; Daniela Cristina De Toni Curso de Graduação em Ciências Biológicas; UFSC

As comunidades de drosofilídeos se agregam de forma variável nos ambientes. Algumas características do próprio ambiente são capazes de favorecer a presença de algumas espécies, como a pressão antrópica e o tipo de mata, propiciando o uso das mesmas como bioindicadores. Diversos estudos já foram realizados na Ilha de Santa Catarina, porém nada se sabia sobre a fauna de drosofilídeos do extremo sul da Ilha. Neste trabalho foi realizado o reconhecimento da assembleia de drosofilídeos em uma área de Mata Atlântica, através de cinco coletas trimestrais, que seguiram as estações oficiais do ano, entre os meses de agosto de 2010 e agosto de 2011. Cada coleta foi feita utilizando-se vinte e duas armadilhas, contendo cinco quilos de banana fermentada com fermento biológico (Saccharomyces cerevisiae). Estas armadilhas foram fixadas na vegetação local, onde permaneceram durante três dias. Em laboratório, a identificação das espécies crípticas ou desconhecidas, foi realizada pela dissecação das genitálias masculinas e pela análise das características morfológicas. Dentre as espécies coletadas estão: Drosophila angustibucca, D. annulimana, D. atrata, D. bandeirantorum, D. bocainensis, D. briegeri, D. calloptera, D. caponei, D. capricorni, D. carolinae, D. coffeata, D. cuaso, D. dreyfusi, D. fumipennis, D. griseolineata, D. guaru, D. immigrans, D. kikkawai, D. mediopicta, D. mediopunctata, D. mediostriata, D. melanogaster, D. mercatorum, D. neocardini, D. neoelliptica, D. neomorpha, D. onca, D. ornatifrons, D. pallidipennis, D. paraguayensis, D. parthenogenetica, D. piratininga, D. polymorpha, D. quadrum, D. roehrae, D. saltans, D. sampa, D. schineri, D. simulans, D. sturtevanti, D. willistoni, Hirtodrosophila magnarcus, Zygothrica orbitalis, Z. poeyi e Z. ptilialis. APOIO: CNPq

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19-Inventário biológico: riqueza, diversidade local e regional de drosophilidae (diptera) frugívoros, Flona Caxiuanã, Melgaço, Pará, Brasil

Praxedes, C. L. B. & Martins, M. B. Museu Paraense Emílio Goeldi (MEPG)

O objetivo deste estudo foi descrever a riqueza e diversidade de Drosophilidae (Diptera) frugívoros da Floresta Nacional de Caxiuanã, Melgaço, Pará, Brasil, através da implementação de um protocolo estruturado. Entre 2003 e 2004 foram realizadas duas expedições, onde se procederam coletas com armadilhas contendo isca de banana fermentada, distribuídas em 12 transectos de 1km, sendo dois deles em cada um dos seis interflúvios ao norte da baía de Caxiuanã. Resultou na coleta de 4.320 indivíduos de Drosophilidae, pertencentes a 35 taxa distribuídos em 31 espécies determinadas e três morfoespécies, de dois subgêneros, Sophophora e Drosophila, e uma morfoespécie representante do gênero Neotanygastrella. Considerando-se o total de indivíduos coletados, sete espécies concentraram 95% das capturas: Drosophila willistoni (34,0%), D. paulistorum (21,9%), D. sturtevanti (18,7%), D. tropicalis (11,4%), D. equinoxialis (6,4%), D. neomorpha (1,3%) e D. dacunhai (1,0%). Somados os indivíduos do subgrupo willistoni, (D. willistoni, D. paulistorum, D. equinoxialis e D. tropicalis) representaram 60-84% das capturas nos sítios, o que o define como dominante. A análise dos padrões de incidência e abundância de espécies indicou estimativas de riqueza entre 40 a 53 espécies de Drosophilidae para a área. Tais resultados produziram curvas de acumulação de espécies, mas somente o estimador Chao2 chegou à assíntota. Os demais estimadores não demonstraram sinais de estabilização ao término do esforço amostral empregado. Utilizando-se o método de rarefação para comparar a riqueza entre os diferentes sítios foram observados dois agrupamentos distintos. Os sítios Retiro, Curuá e Curuazinho, com aproximadamente 20 espécies estimadas formam o primeiro grupo e os sítios Tijucaquara, Puraquequara e Araruá, o segundo com riqueza em torno de 15 espécies. Os maiores valores de diversidade, avaliada pelo índice de Shannon, foram observados nos sítios Curuá e Puraquequara. A menor diversidade foi obtida no Araruá. O percentual de completitude do inventário (79%) indica que seriam necessárias somente 83 amostras adicionais (21% de incremento de esforço, sem adição de singletons), para acessar a diversidade total de Drosophilidae nos sítios de estudo. A partir da matriz de similaridade binária de Jaccard, se observou um grau de similaridade entre os sítios na ordem de 0,42 a 0,69. A similaridade quantitativa de Bray-Curtis indicou um grau de similaridade entre os sítios de 0,62 a 0,86. O teste de Mantel para a associação entre a distância entre os sítios, tanto com relação à composição taxonômica (Jaccard: r = 0,16; p = 0,32) ou a estrutura de abundância (Bray-Curtis; r = 0,19; p = 0,25) indicou que as afinidades observadas não estão relacionadas à proximidade entre os sítios. Estes resultados refletem bem a eficiência do método utilizado para estimar diversidade de drosofilídeos de frutos. Este Inventário ampliou a distribuição geográfica das espécies do grupo saltans para o Brasil e para a Região Amazônica. Das 23 espécies do subgênero Sophophora, identificadas nesse estudo, foram registradas quatro novas ocorrências para o Brasil (D. dacunhai, D. milleri, D. saltans e D. aff. septentriosaltans) e oito para Amazônia brasileira (D. austrosaltans, D. dacunhai, D. magalhaesi, D. milleri, D. neocordata, D. neoelliptica, D. saltans e D. aff. septentriosaltans). Apoio: CNPQ/PNOPG-Inventario Multi- taxonômico de Caxiuanã

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20 - Espécies de Drosophilidae (Diptera) registradas no Centro de Endemismo Belém

Rosângela Santa Brígida; Marlúcia Bonifácio Martins Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém - PA

A velocidade com que a biodiversidade está sendo perdida em escala mundial e o reconhecimento cada vez maior da importância de sua preservação têm impulsionado iniciativas de inventário e monitoramento, visando à estimativa das taxas reais e potenciais de perda de espécies, relacionadas aos principais vetores de ameaça. Este projeto tem como objetivo avaliar a perda de biodiversidade nas regiões mais ameaçadas do bioma amazônico, reconhecidas como o arco do desmatamento. O Centro de Endemismo Belém corresponde à região mais desmatada da Amazônia, com mais de 80% de perda florestal. No entanto sua biota é uma das menos conhecidas da região, com exceção para alguns grupos de vertebrados como aves e primatas. Entre os invertebrados Drosophilidae é uma das maiores famílias de Diptera em número de espécies e possui no mundo inteiro mais de 4.000 espécies descritas, com cerca de 200 delas registradas para a Amazônia. Para este estudo foi visitada a coleção entomológica do MPEG visando o levantamento dos dados pretéritos sobre a ocorrência de espécies de drosofilídeos no Centro de Endemismo Belém (CEB), que está localizado no extremo leste do bioma amazônico, incorporando todas as florestas e ecossistemas associados a leste do rio Tocantins e toda a Amazônia Maranhense. As coleções visitadas foram o Museu de Zoologia da USP de São Paulo (MZUSP) e Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG). Os dados da coleção de drosofilideos do MPEG registram coletas em 14 municípios no período de 1974 a 2002: Belém, Barcarena, Benevides, Castanhal, Igarapé-açu, Marituba, Imperatriz, Bragança, Acará, Quatipuru, São João de Pirabás, Vigia, Viseu e Açailandia. Também foi realizado levantamento dos registros de drosofilideos nas referências bibliográficas. Com relação ao material depositado na coleção do MPEG parte do material foi coletado esporadicamente por armadilhas gerais para insetos. Nos municípios de Belém, Igarapé –Açu e Bragança o material foi obtido a partir de coletas com armadilhas específicas para drosofilideos. Foram identificadas 81 espécies de drosofilídeos ocorrendo no CEB. As espécies Drosophila aguape, Drosophila ananassae, Drosophila annulimana, Drosophila arapuan, Drosophila austrosaltans, Drosophila bipunctata, Drosophila caponei, Drosophila cuaso, Drosophila fasciola, Drosophila flexa, Drosophila frotapessoai, Drosophila fulvimaculoides, Drosophila hydei, Drosophila ivai, Drosophila kikawai, Drosophila magalhaesi, Drosophila mangabeirai, Drosophila mapiriensis, Drosophila mediosignata, Drosophila melanogaster, Drosophila mercatorum, Drosophila neocardini, Drosophila neocordata, Drosophila neoguaramunu, Drosophila neosaltans, Drosophila ornatipennis, Drosophila paraguayensis, Drosophila pseudosaltans, Drosophila querubimae, Drosophila repleta, Rhinoleucophenga personata, Rhinoleucophenga punctulata, Rhinoleucophenga stigma e Zygothrica vittinubila correspondem todas ao primeiro registro em literatura para os municípios do Estado do Pará incluídos no Centro de Endemismo Belém. Para o estado do Maranhão foram encontrados dois novos registros de drosofilídeos: Drosophila malerkotliana e Drosophila willistoni; e para o Brasil foram adicionados três novos registros de espécies, D. fasciola, D. ornatipennis e Rhinoleucophenga stigma. A continuidade deste trabalho prevê a análise das demais coleções nacionais e avaliações em campo que permitirão estimar com maior acuidade os efeitos do desmatamento sobre a diversidade de drosofilídeos nesta região. Apoio: INCT Biodiversidade e uso da terra na Amazônia.

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21 - Utilization of characteristics of the male terminália evaluated by scanning electronic microscopy in studies of the phylogeny of the saltans group of

Drosophila Souza, TAJ1 ; Noll, F.B.2; Madi-Ravazzi, L1 1

Departament of Biology, UNESP/IBILCE, São José do Rio Preto, SP

2 Departament of Zoology and Botany, UNESP/IBILCE, São José do Rio Preto, SP lilian@ibilce.unesp.br

The saltans group of Drosophila, one of the four largest species groups of Sophophora subgenus has a wide geographical distribution with a large number of its species occurring in South America. This group was subdivided according to morphological characteristics into five subgroups: saltans, sturtevanti, parasaltans, elliptica and cordata, and includes a total of 21 described species. Evolutionary studies of genetic differentiation in this group have been based on morphological, chromosomal, biochemical, molecular and reproductive isolation data. The results of those studies support the monophyly of the group and subgroups, but provide different topologies among the subgroups and even among species from the most sampled subgroup, which is the saltans subgroup. In this study the structures of male terminalia of 10 species (D. prosaltans, D. lusaltans, D. saltans, D. austrosaltans, D. sturtevanti, D. dacunhai, D. milleri, D. parasaltans, D. neocordata and D. emarginata) were analyzed by scanning electron microscopy (SEM). Nineteen diagnostic characteristics were used for phylogenetic analysis. The most parsimonious phylogenetic tree generated by this analysis agreed partially with the phylogenetic relationships obtained for species of the saltans subgroup proposed on the basis of reproductive isolation data, mitochondrial gene sequences and morphological data. The phylogenetic tree produced was able to separate the five subgroups. In order to reinforce the present analysis, other 35 characters of this group previously described were included. This joining of data reinforced the monophyly characteristic of the saltans group and also of their subgroups, indicating the subgroup sturtevanti as the closest to the ancestor and the saltans subgroup as the most derived. The present data corroborate the use of morphological features and of the male terminalia as genetic markers in the study of speciation of the saltans group. Financial Support: FAPESP, CAPES

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22-Relações evolutivas do grupo bromeliae inferidas por genes nucleares.

Maríndia Deprá1, 2, Hermes J. Schmitz3, Lizandra J. Robe4 e Vera Lúcia da Silva Valente1, 2.

1 – Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular, UFRGS; 2 – Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, UFRGS; 3 – PPBIO Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi; 4 – Universidade Federal do Rio Grande.

A diversidade de drosofilídeos associados a flores na região neotropical ainda é pouco conhecida. Estudos recentes do nosso grupo de pesquisa têm encontrado um grande número de espécies que não são habitualmente detectadas pelos tradicionais levantamentos com iscas de frutas, sendo o grupo bromeliae um dos táxons mais representativos. Neste trabalho foram utilizados genes nucleares para o aperfeiçoamento a respeito das relações filogenéticas dos principais táxons de drosofilídeos antofílicos neotropicais. Os genes nucleares Amd e Ddc foram empregados, a fim de tentar resolver as relações filogenéticas internas do grupo bromeliae. Oito espécies foram incluídas nas análises: D. bromelioides e as espécies ainda não descritas denominadas de morfotipos I, III, IV, V, VI, VII e VIII. Sequências de outras espécies de Drosophilidae foram obtidas no GenBank e adicionadas à análise para comparação e grupo-externo. A árvore filogenética gerada a partir do gene Amd posicionou as espécies dentro da radiação virilis-repleta, com as espécies morfotipo compondo um grupo bromeliae monofilético e irmão do grupo nannoptera. Além disso, a maior parte dos morfotipos para os quais mais de uma sequência foi amostrada apresentaram-se monofiléticos, com exceção do morfotipo VI, onde uma sequência foi posicionada junto ao morfotipo VII. A árvore gerada para o gene Ddc também posicionou as espécies em um clado-irmão do grupo nannoptera, embora a radiação virilis-repleta monofilética não tenha sido recuperada. Neste caso, cada espécie morfotipo revelou-se monofilética. Em relação ao grupo bromeliae, a reconstrução filogenética com o uso destes genes confirma a monofilia do grupo bem como seu posicionamento junto à radiação virilis-repleta. Novas análises com as sequências geradas nesse trabalho irão confirmar esse posicionamento.

Apoio financeiro: CNPq e FAPERGS.

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23-Revisão dos subgrupos parasaltans e saltans do grupo saltans de Drosophila (Diptera, Drosophilidae)

Adriene Leite Costa 1; Marlúcia B. Martins 2

1. Programa de Pós-Graduação em Zoologia; MPEG-UFPA; 2. Pesquisador da Coordenação de Zoologia; MPEG-Belém-PA

Dos setenta e três gêneros pertencentes à Drosophilidae, Drosophila é o mais rico em espécies e subdivide-se em oito subgêneros. Sophophora é um dos subgêneros de Drosophila mais especiosos. As espécies deste subgênero estão alocadas em grupos, sendo os quatro maiores: grupo Drosophila melanogaster, grupo Drosophila obscura, grupo Drosophila willistoni e grupo Drosophila saltans. O grupo Drosophila saltans até o momento esteve composto por 21 espécies as quais foram organizadas em cinco subgrupos, cordata, elliptica, sturtevant, saltans e parasaltans. Todas as suas espécies distribuem-se exclusivamente na Região Neotropical. O grupo é constituído por algumas espécies crípticas e a discriminação entre as espécies é feita principalmente pela terminália do macho, mais especificamente pelo edeago, como ocorre para a maior parte dos drosofilídeos. Nos trabalhos clássicos, com descrições da terminália das espécies do grupo, os edeagos foram desenhados em apenas uma posição, o que algumas vezes gera dúvidas na identificação, como no caso do subgrupo saltans, cujas espécies apresentam estrutura do edeago muito similares. Neste trabalho foram revisadas as espécies dos subgrupos parasaltans e saltans, com exceção de D. pseudosaltans, do subgrupo saltans, cujo acesso ao material tipo não foi possível. Os registros foram feitos com desenhos em câmara clara, fotos de microscopia óptica e eletrônica de varredura para as principais partes da terminália, com edeago em três posições: lateral, ventral e perfil. Dados da distribuição das espécies foram atualizados, com base na literatura e informações de coleções cientificas. Os resultados mostram com maior precisão detalhes das terminálias, e os caracteres distintivos das espécies e produziram uma padronização na diagnose de todas as espécies analisadas. Duas novas espécies são descritas neste trabalho D. altaflora sp. nov. e D. caxiuana sp. nov. propõem-se a inclusão da primeira no subgrupo Drosophila parasaltans e da segunda no subgrupo Drosophila saltans.

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24- Relações filogenéticas entre espécies do gênero Scaptodrosophila (Duda, 1923) (Drosophilidae)

Flavia J. Krsticevic*; Suzana Vaz**; Antonio Bernardo de Carvalho*

*Programa de Pós Graduação em Ciências Naturais (Genética); Depto. Genética, UFRJ; **Programa de Doutorado em Genética; Depto. Genética e Biologia Evolutiva, USP

As scaptodrosófilas têm o centro de origem e distribuição no continente asiático e também são encontradas na Oceania e na Austrália. Muitas destas espécies são endêmicas da Austrália (76 de 230 espécies descritas). Apesar da importância do gênero devido à abundancia específica, não existe nenhum estudo molecular acerca de suas relações filogenéticas. Seis grupos discretos foram reconhecidos por Bock e Parson em 1978 (victoria, inornata, brunnea, coracina, barkeri e brunneipennis) a partir de caracteres morfológicos, porém muitas das espécies atualmente conhecidas não estão incluídas em nenhum desses grupos. O objetivo principal deste trabalho é utilizar marcadores moleculares do cromossomo Y para estabelecer as relações filogenéticas de espécies do gênero Scaptodrosophila. Doze genes do cromossomo Y são conhecidos em Drosophila melanogaster. Após o seqüenciamento de outras 11 espécies de Drosophila, os genes ortólogos ao de D. melanogaster foram anotados e descritos. Como não conhecemos a sequencia de genes do cromossomo Y nas espécies de Scaptodrosophila desenvolvemos uma metodologia de amplificação por PCR com primers degenerados, seguida por uma amplificação com primers não-degenerados. Assim pudemos amplificar os genes ortólogos ao kl-5 e kl-3 de D. melanogaster em 17 espécies do gênero Scaptodrosophila. Nossos dados preliminares sugerem a existência de três grupos monofiléticos: o “Scapto_1”, que inclui S. stonei, S. rufifrons e outras, o “Scapto_2”, que inclui diversas espécies, entre as quais S. dorsocentralis e S. latisfasciaeformis, e “Scapto_3”, que inclui o grupo inornata (S. fuscithorax, S. inornata e S. collessi). Em concordância com Bock (1984) a posição do grupo inornata é ancestral na radiação das scaptodrosófilas. Em algumas espécies de Drosophila os genes kl-3 ou kl-5 também estão presentes nas fêmeas, portanto não estão localizados no Y. Isso também é o caso de algumas espécies deste trabalho: no grupo “Scapto_2”, kl-3 e kl-5 só estão presentes em machos, portanto estão no Y; no grupo inornata (“Scapto_3”), kl-3 e kl-5 também estão presentes nas fêmeas (portanto devem ser autossômicos ou localizados no X); e, no grupo “Scapto_1”, kl-3 está no Y, mas kl-5 também está presente nas fêmeas. Portanto, além das sequencias em si dos genes kl-5 e kl-3 e suas posições no genoma, também são úteis como marcadores moleculares na filogenia de Scaptodrosophila.

Referências

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