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Transtorno de estresse pós-traumático em sobreviventes de câncer infantil: uma revisão sistemática

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Transtorno de estresse pós-traumático em sobreviventes

de câncer infantil: uma revisão sistemática

Renata Klein Zancan*

Elisa Kern de Castro**

Resumo

Este artigo trata de uma revisão sistemática da literatura sobre o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) em sobreviventes de câncer infantil feita no período de janeiro de 2007 a julho de 2012 nas bases de dados PubMed,

Scielo, Lilacs, Academic Search Premier, Science Direct e Medline. Buscou-se investigar a presença e prevalência de sintomas de TEPT em sobreviventes de câncer infantil, fatores associados ao transtorno e implicações clínicas. Foram encontrados nove artigos publicados em diferentes revistas da área da saúde. Os resultados indicaram que os índices de TEPT em sobreviventes de câncer infantil são sempre maiores quando comparados aos irmãos ou amostras sem histórico da doença. Além disso, os sintomas de TEPT geram prejuízos psicológicos e sociais aos sobreviventes. Conclui-se que o câncer infantil pode ser considerado um evento traumático. Pacientes sobreviventes de câncer in-fantil podem estar em risco de TEPT. É importante o investimento em programas de prevenção em saúde mental e intervenção psicológica específica para esses pacientes, a fim de evitar o surgimento deste transtorno.

Palavras-chave: transtorno de estresse pós-traumático; sobreviventes; câncer infantil.

Post-traumatic stress disorder in childhood cancer survivors: a systematic review

Abstract

This article is a systematic literature review on Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD) in childhood cancer survivors, conducted from January 2007 to July 2012, in PubMed, Scielo, Lilacs, Academic Search Premier, Science Direct and Medline

databases. The purpose was to examine the presence and prevalence of PTSD symptoms in childhood cancer sur-vivors, the factors associated with the disorder, and the clinical implications. Nine articles were found in different journals of the health area. Results indicated that PTSD levels in childhood cancer survivors are always higher when compared with their siblings or with samples without a cancer history. PTSD symptoms also generate psychological and social damages to survivors. It was concluded that childhood cancer may be considered a traumatic event and survivors are at risk for PTSD. Investments in mental health prevention programs with psychological intervention for these patients are important in order to avoid the emergence of this disorder.

Keywords: Post-Traumatic Stress Disorder, survivors, childhood cancer.

* UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS. Psicóloga.Mestranda em Psicologia Clínica pela UNISINOS-Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Pós graduada em Psicologia em Saúde Mental e Coletiva. E-mail: renatakleinzancan@yahoo.com.br .

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Introdução

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), segundo o DSM-IV-TR (2002), é caracterizado pelo desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um estressor traumático extremo envolvendo a experiência pessoal direta de um evento real ou ameaçador que envolve morte, ferimento grave ou algum tipo de ameaça à integridade física própria ou de outra pessoa. A resposta ao evento envolve intenso medo, impotência ou horror. O evento traumático pode ser revivido em forma de recordações recorrentes e intrusivas do evento, ou sonhos aflitivos. Além disso, os sintomas característicos incluem revivência persistente do evento traumático, esquiva dos estímulos associados ao trauma, dificuldades para expressar sentimentos em geral, e sintomas de excitação aumentada. O quadro sintomático deve estar presente por mais de um mês e causar sofrimento ou prejuízo significativo na função social, ocupacional ou em outras áreas na vida para o indivíduo.

O câncer pode ser considerado um evento trau-mático específico por dois critérios: ameaça à vida (o diagnóstico) e ameaça à integridade física (Terr, 1991). O câncer é caracterizado por múltiplos estressores, incluindo a gravidade da doença, possíveis desfigurações, efeitos colaterais e risco de recorrência (Bruce, 2006).

O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. O câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sanguíneo (Andréa, 2008). Segundo estatísticas de 2010 (Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer [INCA], 2012), as neoplasias mais frequentes da infância são as leucemias, linfomas e tumo-res do sistema nervoso central. Para o tratamento do cân-cer, os procedimentos mais comuns são a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia, podendo ser necessário também o transplante de medula óssea, entre outros procedimen-tos (Andrea, 2008). O período de tratamento do câncer infantil traz uma série de mudanças, como alterações na aparência física, dores, diminuição de energia, interrupção das atividades diárias, alterações sociais e confronto com a mortalidade (Zebrak, 2011).

Felizmente, com o avanço da ciência e da medi-cina, as taxas de sobrevida para pacientes oncológicos

crescem significativamente. O índice de cura do câncer infantil situa-se em torno de 70% dos casos. Algumas doenças têm índices superiores a 90%, e em outros ti-pos mais graves, o índice fica em torno de 20% (Brasil. Ministério da Saúde, Instituto do Câncer Infantil-RS [ICI-RS], 2012). Assim, cresce a necessidade de conhe-cer o que tem sido investigado sobre o tema, a fim de reconhecer as lacunas e traçar novos projetos de pes-quisa, bem como para compreender as consequências psicológicas da vivência de um câncer na infância e possíveis intervenções.

Desta forma, este trabalho tem como objetivo re-alizar uma revisão sistemática de literatura no período de janeiro de 2007 a julho de 2012 com estudos sobre TEPT e/ou sintomas de estresse pós-traumático em sobreviventes de câncer infantil.

Método

Para esta revisão sistemática foram feitas pesquisas nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs, Academic Se-arch Premier e Science Direct e Medline. Essas bases de

dados foram escolhidas porque são referência na área da saúde. A combinação de termos utilizados foi: Survivor and child*¹ and cancer and posttraumatic stress. Os critérios

utilizados foram: a) os artigos deveriam ser empíricos; b) os artigos deveriam examinar o TEPT e/ou sintomas de estresse pós-traumático em sobreviventes de câncer infantil e os termos posttraumatic stress disorder (transtorno

de estresse pós-traumático) ou posttraumatic stress symptoms

(sintomas de estresse pós-traumático) deveriam aparecer no título, no resumo ou nas palavras-chave dos artigos; e c) os artigos deveriam ter sido publicados em revistas científicas nos últimos cinco anos (2007 - 2012) indexa-das no PubMed, Scielo, Lilacs, Medline Academic Search Premier e Science Direct. Foram excluídas: a) produções oriundas de congressos (resumos, resumos expandidos ou textos completos), dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros ou capítulos de livros, resenhas, comentários de artigos e editoriais; e b) artigos que investigavam o TEPT somente em pais ou irmãos dos sobreviventes de câncer infantil. Dentro destes critérios não foram encontrados artigos nas bases Scielo e Lilacs. A Figura 1 mostra o processo de seleção do material para o estudo.

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Figura 1. Processo de seleção do material para o estudo.

Resultados e discussão

Dos nove estudos disponíveis para análise, a maioria (seis) foi desenvolvida nos Estados Unidos, um deles foi realizado nos Estados Unidos e Canadá conjuntamente, um na Alemanha e um em Israel. O tipo de delineamento foi variado: cinco estudos de delineamento transversal, dois longitudinais, um ensaio clínico randomizado e um descritivo correlacional. O tamanho da amostra variou entre 46 e 6.452 participantes, com idades médias de 12,9 a 34 anos. Os pacientes estavam fora de tratamento, em média de 11 a 14,2 anos, tinham entre 13 e 18 anos de diagnóstico e a idade média variou de 8 a 16 anos à época do diagnóstico. Nenhum estudo era de delinea-mento qualitativo.

Todos os artigos analisados tiveram como objetivo investigar a presença de TEPT ou sintomatologia do transtorno em sobreviventes de câncer infantil e sua relação com diferentes variáveis. As taxas de TEPT varia-ram de 8% (Ganz, Raz, Goethe, Yaniv, & Bucval, 2010) a 29% (Aldelfer, Navsaria, & Kazak, 2009), mas sempre foram consideradas altas em relação à população geral ou grupo de irmãos.

Além das variáveis clínicas e sociodemográficas analisadas por todos os estudos, cada um investigou uma variável diferente, a saber: TEPT e funcionamento fami-liar (Aldelfer, Navsaria, & Kazak, 2009); gravidade dos

sintomas e fatores de risco associados ao TEPT (Ganz, Raz, Goethe & Buchval, 2010); TEPT, comprometimento funcional e estresse (Stuber et al., 2011); TEPT, compro-metimento funcional e sofrimento (depressão, ansiedade e somatização) (Stuber et al., 2010); TEPT e eventos estressores de vida (Currier, Shields, & Phipps, 2009); TEPT, depressão e ansiedade (Seitz et al., 2010); TEPT, crenças em saúde e problemas de saúde (Schwartz, Kazak, De Rosa, Hocking, Hobbie, & Ginberg, 2012) e; TEPT e variáveis clínicas (tais como, tipo de diagnóstico, tipo de tratamento, idade no diagnóstico…) e sociodemográficas (tais como idade, sexo, estado civil, situação financeira…) associadas ao TEPT (Kee & Santacroce, 2007).

Nos estudos selecionados, as principais variáveis encontradas associadas ao aumento nos indicadores de TEPT foram: idade no diagnóstico inferior a qua-tro anos (Stuber et al., 2010); idade atual (pacientes mais jovens com mais probabilidade de apresentar TEPT) e menor tempo fora de tratamento (Ganz et al., 2010); funcionamento familiar ruim (Aldelfer et al., 2009); morar sozinho/ser solteiro e não ter plano de saúde (Lee & Santacroce, 2007); presença de sintomas de ansiedade, depressão e somatização (Stuber et al., 2011); sintomas de TEPT nos pais e grande número de eventos estressores (Currier et al., 2009); e tratamento intensivo, como ter sido internado, ter ficado na UTI e ter recebido radiação no cérebro (Stuber et al., 2010).

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Em relação ao gênero, houve diferença significativa em apenas duas amostras, com maior prevalência de TEPT para sobreviventes do sexo feminino (Lee & Santacroce, 2007, Stuber et al., 2011). Além disso, problemas de saúde e crenças sobre a saúde foram significativamente correlacionados com TEPT. Sobreviventes com mais problemas de saúde têm mais sintomas de TEPT, assim como crenças em saúde, competências cognitivas e sa-tisfação com cuidados em saúde influenciam a relação entre problemas de saúde e TEPT (Schwartz, Kazak, De Rosa, Hocking, Hobbie, & Ginberg, 2012). Duas variáveis associadas ao TEPT em um estudo não foram associadas em outro, sendo elas: idade no diagnóstico (Aldelfer et al., 2009) e idade atual. A Tabela 1 mostra as características gerais dos estudos.

Essa variação nos índices de TEPT, e também das variáveis associadas e não associadas a ele, pode se dar pela diferença no tamanho da amostra, pelos instrumen-tos utilizados, pela idade atual dos pacientes e idade no diagnóstico, bem como pela própria população estudada. Essas diferenças devem ser consideradas e podem ser mais bem investigadas em outras pesquisas.

É importante destacar que, como o câncer infantil atinge crianças e jovens de 0 a 19 anos, a diferença de idade dos pacientes contribuirá para diferentes níveis de compreensão sobre a doença e o tratamento, bem como para diferentes níveis de importância a diferentes questões relacionadas à experiência do câncer. No estudo de Stuber et al. (2010), por exemplo, as crianças apresentaram taxas menores de TEPT do que os adolescentes. Os autores atribuem isso ao fato de que pacientes adolescentes e jovens têm o desafio dos estudos, relacionamentos, em-prego e sentem-se em desvantagem em relação aos outros no que se refere a isso.

Desta forma, é importante a relação entre idade e instrumentos utilizados para avaliar o TEPT. Alguns autores (Stuber et al., 2010) sugerem que os critérios diag-nósticos para o TEPT são mais apropriados para adultos. Da mesma forma, Bruce (2006), em sua revisão siste-mática, questiona, inclusive, a validade dos instrumentos para avaliação de TEPT em crianças, argumentando que, em sua maioria, são versões adaptadas de instrumentos para adultos e que o significado do evento traumático variará de acordo com o estágio de desenvolvimento. Ou seja, crianças mais novas podem ficar angustiadas com aspectos mais concretos, como a dor, e crianças mais velhas podem concentrar-se mais em aspectos emocio-nais. Faz-se necessário o investimento na adaptação, e até criação, de instrumentos específicos para pesquisa com

sobreviventes de câncer infantil, incluindo instrumentos para crianças, adolescentes e adultos, de acordo com as particularidades de cada idade.

Percebe-se uma diferença nos índices de TEPT encontrados de acordo com a população estudada. Nos EUA, por exemplo, o índice de TEPT variou entre 8% a 19%. Já no estudo desenvolvido em Israel, o índice de diagnóstico de TEPT foi de 29%, o mais alto encontrado nesta revisão. Os autores do estudo (Ganz et al., 2010) atribuíram este alto índice ao fato de esta população viver constantemente sob tensões políticas e terrorismo. Isso nos chama a atenção para os fatores sociais e culturais dos países e regiões envolvidos na pesquisa, e que os estudos ainda têm dificuldade em separar o TEPT rela-cionado ao câncer do TEPT relarela-cionado ao terrorismo, por exemplo. Neste caso, seria de suma importância investigar a presença de outros eventos traumáticos na vida desses pacientes para ter um resultado mais preciso: se o TEPT está relacionado à experiência do câncer ou a outro evento.

Os estudos mostraram também que, além da impor-tância do diagnóstico de TEPT, a investigação de sua sin-tomatologia é igualmente relevante, já que, muitas vezes, o resultado pode não ser suficiente para um diagnóstico de TEPT, mas há sintomas de estresse pós-traumático relacionados à experiência do câncer que podem causar sofrimento e transtornos a essas pessoas.

A sintomatologia de TEPT interfere pelo menos em um aspecto na vida dessas pessoas, como, por exemplo, na vida sexual, no trabalho, no tempo livre, e até mesmo em todos os aspectos da vida (Ganz et al., 2010). Desta forma, percebe-se que estes sintomas podem interferir em aspectos físicos, psicológicos e sociais, necessitando de intervenções que possam auxiliar estas pessoas a reto-marem suas atividades e sua vida social da melhor forma possível após o término do tratamento.

O fator social também tem relação importante com a sintomatologia em outros aspectos. No caso de ado-lescentes e jovens adultos, por exemplo, morar sozinho é uma maneira encontrada por eles para desenvolver e demonstrar independência (Lee & Santacroce, 2007). No entanto, pensando nas implicações do câncer infantil no longo prazo, essa transição pode gerar mais ansiedade e aumentar a ocorrência de sintomas de TEPT. Ao mesmo tempo, jovens adultos sobreviventes que moram sozinhos podem não ter as fontes, entre amigos e familiares, para receber apoio psicológico e emocional e nem profissionais de saúde com quem adquirir informações relativas aos efeitos tardios do câncer.

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A relação entre TEPT e aspectos sociais necessita de mais investigação, pois este pode ser tanto a causa como a consequência de algumas dificuldades de adaptação social e nem sempre essa relação está clara. Pessoas sem apoio social e econômico, sem trabalho e sem companheiro, por exemplo, podem ter um risco maior de sofrimento emocional e de TEPT (Stuber et al., 2010). No entanto, esta pode ser a causa da dificuldade em obter e manter a educação, um emprego e um relacionamento.

Já em relação aos fatores clínicos, os estudos indi-cam que nem sempre as neoplasias ou os tratamentos considerados mais invasivos ou ameaçadores serão indica-dores de taxas maiores de TEPT. Lee e Santacroce (2007), por exemplo, esperavam que os pacientes transplantados de medula óssea apresentassem mais TEPT que os outros, mas o resultado não confirmou essa hipótese. Os auto-res acreditam na possibilidade de que, por terem maior contato com especialistas em oncologia, esses pacientes acabam beneficiando-se do apoio recebido pelo contato adicional com estes profissionais. Outra possibilidade é que os sobreviventes avaliem o transplante de medula como um “salva-vidas”, ao invés de um tratamento que pode colocar suas vidas em risco.

Desta forma, a questão da percepção (ou crenças) sobre saúde e doença envolvida no desencadeamento de sintomas de TEPT também requer uma atenção especial. A forma como o paciente percebe sua saúde, sua doença e seu tratamento influencia tanto em sua relação com seu problema de saúde quanto no aparecimento de sintomas de estresse pós-traumático.

Crenças mais adaptativas, ou seja, crenças positivas sobre seu estado de saúde, habilidades cognitivas, au-tonomia e satisfação com os cuidados em saúde foram relacionadas negativamente com o TEPT e positivamente com o funcionamento psicossocial (Schwartz et al., 2012). Desta forma, estas crenças também podem representar um meio de intervenção para redução de sintomas de TEPT.

Considerações finais

A partir dos artigos revisados foi possível verificar que este tema vem sendo investigado internacionalmente e é de grande importância para uma melhor compreensão dos efeitos psicológicos da vivência de um câncer infantil e para entender a presença de TEPT nestes pacientes. No Brasil, estudos sobre TEPT e câncer infantil com foco nos sobreviventes não foram encontrados nas bases de dados pesquisadas. Desta forma, é de extrema importân-cia que se façam investigações com pacientes brasileiros, considerando as diferenças nas particularidades que dizem respeito ao funcionamento da saúde em cada país, bem como a influência que cada cultura exerce nas questões de saúde e doença.

Todos os estudos revisados indicam que o impacto do câncer na infância e adolescência não termina junto com o tratamento. A presença de sintomas de TEPT em sobreviventes de câncer infantil, mesmo anos após o término do tratamento, é um desses indícios. Os níveis de estresse pós-traumático são maiores em quem vivenciou a doença quando comparados a sujeitos sem histórico de câncer, como irmãos ou população geral, e trazem comprometimentos psicossociais que interferem em vários aspectos da vida da pessoa. Estes índices podem ocorrer, ao menos em parte, pelo alto risco de recidiva do câncer e do desenvolvimento de neoplasias secundárias (Seitz et al., 2010).

Destaca-se a necessidade de intervenções específicas para sobreviventes de câncer infantil, para evitar ou tra-balhar problemas que possam aparecer no longo prazo, sejam eles físicos, psicológicos ou sociais, e para restaurar a qualidade de vida dessas pessoas. Avaliações e acom-panhamento psicológico desde o início do tratamento podem ajudar a identificar as dificuldades e a forma de enfrentamento de cada criança, o que contribuirá tam-bém para um trabalho de prevenção. Além disso, o alto índice de TEPT nos pais e a associação disso ao TEPT em sobreviventes (Currier, Shields, & Phipps, 2009) re-querem um trabalho também com a família. O trabalho interdisciplinar é importantíssimo, além de mais pesquisas e programas de prevenção e tratamento.

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Tabe la 1. Principais dados dos ar tigos incluídos na r evis ão s iste mática s obr e TE PT e cânce r infantil Aut or , ano, orig em e bas e de dados T ítulo e revis ta O bjet iv o Delineament o Caract e-rís ticas da amos tra Pr ocediment o de colet a de dados Ins tr u-ment os R es ult ados Variáv eis as sociadas ao T EPT Variáv eis não as sociadas ao T EPT Alde lfe r Na v-saria, & K azak (2009) EU A PubMe d Family function

-ing and posttrau

-matic s tre ss dis orde r in adole sce nt sur vivors of ch ildh ood cance r Jour nal of F amily Ps ych olo gy In ve st ig ar a re laç ão ent re fun -cioname nt o familiar e TEP T e m adole sc ent es sobre vi ve nt es de c ânc er infant il. Ensaio c línic o randomizado . 144 adole s-ce nt es c om idade M=

14,7 anos e M= 5,3 anos fora de

trat a-me nt o Os dados foram e xt raídos de um e nsaio c línic o rando -mizado de uma int er ve nç ão de se nv

olvida para reduzir

os sint omas de TEP T e me lhorar o func ioname nt o

familiar para famílias de adole

sc ent es sobre vi ve nt es de c ânc er infant il ( SCCIP - Sur viving Cance r Compe tently Inte rve ntion Pr ogram, K azak e t al.1999; 2004) . Os par tic i-pant es foram c on vidados por e -mail. Family as ses sme nt de vice – F AD-(Epst ein, Bal -dw in & Bishop , 1983) para o func ioname nt o familiar . P ais e adole sc ent es comple taram. Ent re vist a diag -nóst ic a e st ru

-turada para o TEP

T – ( First , Spit ze r, Gibbon & Williams , 1995) para os adole sc ent es . 47% dos adole sce nt es , 25% das mães e 30% dos pais re lat aram func ioname nt o familiar ruim. 8% t inham TEP T e as famílias apre se nt aram func ioname nt o pior que as out ras famílias nas áre as de re soluç ão de proble mas , c apac ida -de de re sposta afe tiv a e en volvime nt o afet iv o. 3/4 de adole sc ent es com TEP T e ram de uma família c om fun -cioname nt o r uim. Func iona -me nt o fami -liar r uim Idade no diagnóst ic o

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Cur -rie r, Shie lds , & Phipps ( 2009) E U A Ac ade mic Se arc h P re -mie r Me dline Str ess ful lif e e ve nts and pos

t-traumatic stress symptoms in ch

ildr en with cance r Jour nal of Traumatic Stress Examinar a cont ribuiç ão de e ve nt os est re ssant es da vida e m sint omas de est re sse pós --traumát ic o de cor re nt e do c ânc er infant il. Transv ersal. 121 pac ie nt es Idade M=12,9 Idade no diagnóst ic o M= 8,8 Em t rat ame n-to: 74 Fora de trat a-me nt o: 47 121 pac ie nt es c om diagnós -tic o de c ânc er infant il e um dos pais de c ada um foi re -cr ut ado em um ambulat ório de at endime nt o a pac ie nt es com c ânc er . LEQ – Lif e E ve nts Q ue stio -nnair e para ev ent os e st re s-sore s ( Codding

-tons 1972) UCLA PTSD – Inde

x for DSM-IV – foi imple me nt ada uma v ersão proje tada para cânc er infant il (P ynoos , Rodrigue z, St einbe rg, St u-be r, & F re de ri-ck, 1998) IES- Impac t of Ev ent Sc ale --R evise d – me de os sint omas de TEP T e m re la -ção a um e vent o traumát ic o e spe -cífi co (W eiss & Mar mar , 1997) As c rianç as e xpe rime n-taram, e m mé dia, 5 ev entos e st re ssant es . 59% de las e xpe rime nt a-ram 3 a 7 e ve nt os . Sint omas de TEP T: Crianç as M= 19,46% Pais M= 18,68% Mé dia no IES-R Crianç as M= 14.25% Pais M= 20.78% Maior nív el de TEP T nos pais . Maior núme ro de e ve nt os est re ssant es de vida. Trat ame nt o, empre gabili -dade e te mpo fora de trat a-me nt o não se re lac ionaram com os sint o-mas ( quando inse ridos no me smo mode lo) . No ent ant o, quan -do analisa-dos separadame n-te , c ada um de sse s fat ore s produziu assoc iaç ão signifi cat iv a.

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Ganz, Raz, Goe the , Y ani v &, Buc hv al (2010) Israe l Ac ade mic Se arc h P re -mie r Pos t-trau -matic s tre ss dis orde r in is rae li sur vivors of ch ildh ood cance r Oncolo gy Nurs ing For um In ve st ig ar a pre valê nc ia e g ra vidade de sint omas e fat ore s de risc o assoc iados ao transt or no de est re sse pós --traumát ic o (TEP T) e m sobre vi ve nt es de c ânc er infant il. Est udo de sc ri-tiv o c or re lac io -nal.. 70 adult os , com idade M= 23,4 anos e M=

11 anos fora de trat

ame nt o sobre vi ve nt es de c ânc er infant il. Amost ra por con ve niê nc ia. Sobre vi ve nt es de c ânc er infant il, maiore s de 18 anos e fora de trat ame nt o há pe lo me nos 6 me se s c omple ta -ram os que st ionários du -rant e c onsult a de rot ina na inst ituiç ão c línic a. Os dados clínic os foram ret irados dos pront uários mé dic os por out ro pe squisador . PDS The Pos t-T raumatic Diagnos tic Scale (Br uv er e t al. (2008) para o Transt or no de Est re sse P ós --T raumát ico . MSP SS Th e multidime ns ional Scale of P erce ive d Social Suppor t (Zime t e t al., 1988) , para av aliar supor te soc ial pe rc ebido . Que st ionário de dados c línic os e soc iode mog rá -fic os . 29% apre se nt aram diagnóst ic o de TEP T. 10% apre se nt aram sint omas le ve s. 40% mode rados . 50% mode rados a gra ve s. 16% não apre se nt aram ne nhum sint oma de TEP T. O c ânc er Int erfe riu: 77% e m t odos os aspe ct os de sua vida; 86% na vida se xual; 80% no t rabalho; 76% no t empo li vre . Se nsaç ão de fut uro abre viado foi pe rce bido como o sint oma mais gr ave . O nív el de

apoio social foi alt

o. Idade at ual (quant o maior , me -nor a pro -babilidade de TEP T) , te mpo fora de trat ame n-to ( quant o maior , me -nor a proba -bilidade de TEP T) . Ne nhuma out ra v ariáv el clínic a, soc io -de mog ráfi ca e supor te soc ial. Le e & Sant a-croc e ( 2007) E U A PubMe d Me dLine Pos ttrau -matic s tre ss in long-te rm

young adult survivors of childh

ood cance r: A que stion -nair e s ur ve y Inte rnation -al J our nal of Nurs ing Studie s Examinar as c arac te -ríst ic as e cor re laç õe s de sint omas de e st re sse pós-trau -mát ic o e m uma amost ra de jo ve ns adult os sobre vi ve nt es de c ânc er infant il. De sc rit iv o transv ersal e cor re lac ional. Par tic ipan -te s, c om idade M= 27, 4 anos e M= 14,2 anos de sde o té rmino do trat ame nt o. Pe ssoas foram ide nt ifi -cadas at ra vé s dos re gis -tros do c ent ro mé dic o do le st e dos EU A e os te rmos de c onse nt ime nt o e inst rume nt os foram en viados pe lo c or re io . Pe rsonal Infor ma -tion F or m ( PIF ): Variáv eis soc io -de mog ráfi cas; Me dical Re cord Re vie w F or m (MRRF ); Uni ve rsit y of Califor nia at Los Ang ele s Post traumat ic St re ss Disorde r Inde x ( PTSDI) Py noos e t al., 1987) . 15,7% apre sent aram sint omas de TEP T. 13% apre se nt aram esc ore signifi cat iv o para diagnóst ic o de TEP T. Se xo fe minino (M= 67%) . Morar so -zinho , não te r plano de saúde e não t er fe ito transplant e de me dula ósse a. Idade , diagnóst ic o, empre gabi -lidade , nív el educ ac ional, te

mpo fora de trat

ame

nt

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Sc hw ar tz e t al., ( 2012) E U A Me dline Th e r ole of be lie fs in th e re lations hip be tw een he alth pr ob lems and pos t-traumatics stress in adole sce nt and y oung adult cance r sur vivors Jour nal of Clinical Psych olo gy in Me dical Se ttings Examinar se as c re nç as sobre saúde mode ram a re laç ão e nt re o núme ro de proble mas de saúde e sint omas de e st re sse pós-trau -mát ic o dois me se s após o t ér mino do trat ame nt o. Transv ersal. 140 par tic i-pant es diag -nost ic ados há pe lo me nos 5 anos e 2 anos

ou mais fora de trat

ame n-to , c om idade M= 20,3 anos e e m M= 4.56 anos de sde o diag -nóst ic o. Foram re cr ut ados e m sua visit a an ual ao c ent ro c línic o de at endime nt o a sobre vi -ve nt es de c ânc er . Th e He al -th Knowle dge Inve ntor y ( HKI) (Sc hw ar tz e t al., 2010) me dida de aut or re lat o sobre proble mas de saúde e m adole sc ent es e jo ve ns adult os com ou s em his -tória de c ânc er . Th e He alth Com -pe tence B elie fs In -ve ntor y ( HCBI) --(De R osa e t al., 2011) P roc es -so int erat iv o de induç ão e de du -ção v alidado e m pac ie nte s que sobre vi ve ram ao cânc er e pac ie n-te s se m hist óri -co de doe nç as crônic as . Th e P osttraumatic Str ess Ch ecklis t--Ci vilian ve rsion (P CL-C) (W e-at he rs & F ord, 1996) 17 it ens de aut or re la -to a valiando a pre se nç a de sint omas de ex cit abilidade aume nt ada, re expe riê nc ia e evit aç ão . Sint omas de TEP T = 12,1%. Sint omat ologia: 23,6% re expe riê nc ia. 14,3% e vit aç ão . 20% e xc itabilidade 10% t odos os sint omas . Proble mas de saúde M= 5,7%. Proble mas de saúde e sint omas de TEP T Cre nç as e m saúde , c om -pe tê nc ias cogniti vas e sat isfaç ão

com os cuidados em saúde

tiv eram c or -re laç ão ne -gat iv a c om sint omas de TEP T Cre nç as em Saúde , compe tê nc ia cognit iv a e sat isfaç ão com c uida -dos e m saú -de (HCBI sube sc alas) infl ue nc iam a re laç ão ent re pro -ble mas de saúde (HKI) e sint omas de TEP T (P CL-C) Proble mas de

Saúde tiveram

cor re laç ão positi va com TEP T Idade no diagnóst ic o. Te mpo de sde o t ér mino do trat ame nt o.

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Post

-traumatic stress, depr

es

-sion and anxiety among adult long-term survivors of cancer in adoles

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--traumático, depressão e ansiedade em adultos que sobre

-viveram a câncer na ado

le

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ênc

ia

,

comparando com um gru

-po controle.

Transversal com grupo controle.

820 sobrevi

-ventes (idade M=30,4

anos e

há M=13,7 anos desde o diagnósti

-co) e

1027 do gru

-po controle sem história de câncer

.

Enviaram os convites aos sobreviventes por e-mail e solicitaram que cada um indicasse 3 amigos para o

grupo controle.

Todos os participantes completaram todos os

questionários. Após,

sub

-grupos de 202 sobreviven

-tes e 140 do grupo controle com escores elevados receberam entrevista estru

-turada para determinar o diagnóstico pelo DSM-IV

.

Posttraumatic Stress Diagnos

-tic Scale

(PDS)

- versão germâ

-nica autorizada (Ehlers, W

inter

& Foa (1996) Hospital Anxie

-ty and Depr ession Scale (HADS) usado ini

-cialmente na população geral (Zigmond & Snaith, 1983). Questionário de Variáveis Clíni

-cas e Sociode -mográficas. 22,4% dos sobreviven

-tes e 14% do grupo controle apresentaram sintomas clinicamente relevantes

de TEPT

,

ansiedade e depressão; 24,3% dos sobreviven

-tes e 15,3% do grupo controle apresentaram diagnóstico clinica

-mente

significativo

para TEPT

.

Apenas as mulheres sobreviventes apre

-sentaram sintomas de depressão e ansiedade significativamente maior que o grupo

controle. Não apre -senta Não apre -senta St ube r e t al. (2010) EU A PubMe d Pr ev ale nce and pr edic -tors of pos ttrau -matic s tre ss dis orde r in adult s ur -vivors of ch ildh ood cance r: a re por t fr om th e ch ildh ood cance r sur vivor study Pediatrics De monst rar qu e os sobre -vi ve nt es de cânc er infan -til t êm maior probabilidade de apre se nt ar sint omas de TEP T no long o prazo , com compr o-me time nt o func ional e / ou sofrime n-to clínic o e m comparaç ão ao g rupo de irmãos se m hist óric o da doenç a. Longit udinal de c or te . 6.542 pac ie n-te s diagnos -tic ados e nt re 1970 e 1986, com idade M= 31 e idade no diagnóst i-co M= 8 anos . 368 ir mãos , com idade M= 33,44. A CCS é um est udo de cor te longit udinal que ac ompanha o e st ado de saúde de sobre vi ve nte s de cânc er infant il e m ce nt ros colaboradore s. Cada c ent ro apro vou o prot oc olo e os docume nt os foram e nvia

-dos aos par

tic ipant es . Os consent ime nt os aut oriza vam a par ticipação no e st udo e o ac

esso aos pront

uários . Post traumat ic St re ss Dianóstic Sc ale – P DS Th e B rie f Symp -tom Inve ntor y-18 (BSI-18) Th e RAND He alth Status Sur ve y, Sh or t For m-36 (SF -36) , ide nt ific a o est ado de saúde (c omprome ti-me nt o func -tional) . BSI-18 e SF -36 foram ut ilizados para de te rminar se o sobre vi -ve nt e enc ont ra o c rit ério F do diagnóst ic o de TEP T: e st re sse signifi cat iv o e comprome ti-me nt o func io -nal. Pront uários mé dic os . 9% dos sobre vi ve n-te s e 2% dos ir mãos apre se nt aram sint omas de e st re sse psic ológic o ou c omprome time nt o func ional c onsist ent e com diagnóst ic o de TEP T. Radiaç ão craniana. Idade infe -rior a quat ro anos no diagnóst ic o. Nív el educ ac io -nal mé dio ou me nor (95%) , Se r solt eira, Re nda an ual infe rior a 20 mil dólare s. Est ar de -se mpre gado . Trat ame nt o int ensi vo . Re cidi va ou se gundo cânc er

(11)

St ube r, e t al. (2011) Est ados Uni -dos e Canadá Ac ade mic Se -arc h P re mie r De fining me dical posttrau -matic s tre ss

among young adult survivors in th

e Ch ildh ood Cance r Sur vivor Study Gene ral Hos pital Ps ych iatr y 1) Examinar a pre valê nc ia do TEP T e m sobre vi ve nt es de c ânc er infant il e ir

-mãos usando dife

re nt es de finiç õe s ope rac ionais . 2) Examinar as asso -ciaç õe s do TEP T e v ari -áv eis c línic as e soc iode -mog ráfi cas e de te rminar a re lat iv a capac idade pre dit iv a do núme ro t ot al de sint omas de TEP T e a g ra vidade tot al dos sint omas na pre diç ão do c ompro -me time nt o func ional ou do e st re sse clinic ame nt e signifi cat iv o dos sobre vi -ve nt es Est udo de cor te longit u-dinal. 6.542 jo ve ns adult os sobre vi ve nt es de c ânc er infant il e 374 irmãos . Foram e nviados os doc u-me nt os aos sobre vi ve nt es de c ânc er infant il diagnos -tic ados e nt re 1970 e 1986 at endidos e m c ent ros de colaboraç ão e nt re Est ados Unidos e Canadá. PDS P os t-traumatic Str ess Diagnos tic Scale para diagnóst ic o de ac ordo c om DSM-IV ( Foa e t al., 1993) . BSI-18 – Brief Symptom Inventor y 18 – e st re sse , ansie dade , de -pre ssão e soma -tizaç ão ( De rog a-tis , 2000) . SF -36 – RAND He alt h Sur ve y Shor t F or m 36 – para ide n-tifi car se os sobre vi ve nt es apre se nt am o c rit ério F do DSM-IV , comprome ti-me nt o func ional (Mc Hor ne y, W are e Rac ze k Pre valê nc ia de TEP T por g rupo: todos os sint omas , comprome time nt o func ional ou e st re sse : 9% dos sobre vi ve nt es e 2,1% dos ir mãos . Todos os sintomas se m c ompromet ime nt o ou e st re sse : 7,5% dos sobre vi ve nt es e 2,7% dos ir mãos . Sint omas parc iais ( 2 ou 3) c om c omprome ti-me nt o e e st re sse : 4,8% dos sobre vi ve nt es e 3,2% dos ir mãos . Sint omas parc iais (2083) se m c omprome -time nt o ou e st re sse : 11, 4% dos sobre vi ve nt es e 8% dos ir mãos . Dife re nt es de finiç õe s ope rac io -nais . Se r do se xo fe minino . Os sint omas espe cífi cos do TEP T pare ce m est ar mais assoc ia -dos c om sint omas de de pressão , ansie dade e somat izaç ão do que ao compro -me time nt o func ional. Não houv e dife re nç a signifi cat iv a ent re o uso do núme ro

e o uso da gravidade

/ fre quê nc ia dos sint omas para pre dit o-re s de e st re sse ou c ompro -me time nt o func ional.

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Wie ne r, Bat t-le s, Be rnst ein, Long, De rdak, Mac kall, & Mansk y ( 2008, Oc tobe r) E U A Pubme d Pe rsis tent ps ych olo gi-cal dis tre ss in long-te rm sur vivors of pe diatric sar coma: th e e xpe ri-ence at a s ing le ins titution. Ps ych oocol -og y 1) Examinar o impac to psic ológic o no long o prazo do sarc oma pe diát ric o. 2) Examinar se e st re sse psic ológic o ou sint omas de e st re sse pós-traumá -tic o e st ão pre se nt es e m uma amost ra de adult os sobre vi ve nt es de sarc oma infant il. Transv ersal. 34 pac ie nt es Idade M= 34 anos . Idade no diagnóst ic o M= 16 anos . Te mpo de sde o diagnóst ic o = 18 anos . For am e nviados c on vit es por c ar ta para os par tic i-pant es . Est es de veriam t er disponibilidade para viajar at é o loc al, se ne ce ssário , e c omprome te re m-se c om cinc o dias de a valiaç õe s m ult idisc iplinare s.. Brie f Symptoms Inve ntor y ( BSI) (De rog atis , 1993) - 53 it ens de aut or re lat o. Produz e sc o-re s para no ve dime nsõe s de sint omas psi -quiát ric os e trê s índic es globais de e st re sse (Global Se ve rit y Inde x [GSI]) , índic e posit iv o de sint omas de est re sse e tot al de sint omas po -sit iv os ( PTS) ; Str uctur ed clinical inte rvie w

for DSM-IV (SCID)

- e nt re -vist a se mie s-tr ut urada para diagnóst ic o de TEP T. Impact of E ve nts Scale (IES) – 15 ite ns de me didas de e st re sse sub -je tiv o ( pe nsa -me nt os int rusi -vos e e vit aç ão) re lac ionado a um e ve nt o e spe -cífi co . Que st ionário de dados c línic os e soc iode mog rá -fic os 12% TEP T 77% e st re sse psic oló -gic o ( BSI) . Os homens tiv eram e sc ore s mais ele vados . Home ns apre se nt aram mais c ompor tame nt o de e vit aç ão . Se xo masc u-lino . Difi cul -dade para ar rumar empre go , re ajust ar -se no t rabalho ou e sc ola após o tr ata -me nt o; pre oc u-paç ões pe rsist ent es com a saúde ou em fic ar doe nt e. Idade Pre se nç a de Me tást ase s. Te mpo de sde o diagnóst ic o.

(13)

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Submetido em: 12-12-2012 Aceito em: 14-6-2013

Referências

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