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1. O capitalismo em xeque crise de superprodução crack Roosevelt e o New Deal

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Academic year: 2021

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A Primeira Guerra Mundial teve um efeito devastador nos países europeus. E, ao contrário do que se esperava, o término do conflito em 1918 não conseguiu pôr fim à sua principal causa: a intensa disputa entre as nações mais desenvolvidas pela hegemonia do mercado mundial.

De todo modo, com a criação da Liga das Nações na Conferência de Paris, muitos apostavam que haveria um período de relativa harmonia entre os povos. Não foi o que aconteceu. As tensões se agravaram em consequên-cia da forte crise econômica que começou nos Estados Unidos em 1929 — a chamada Grande Depressão — e se espalhou pelo mundo, alimentando o crescimento de ideologias totalitárias na Europa, como o nazismo e o fas-cismo.

1. O capitalismo em xeque

Logo após a Primeira Guerra Mundial, a Europa viveu um período relativamente curto de crise econômica. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, que não tinham sido atingidos pelo conflito, a economia continuava a cres-cer. Durante a guerra, a indústria norte-americana abasteceu os países da Tríplice Entente com equipamentos, armas, alimentos e matérias-primas e conseguiu suprir os mercados de outras regiões que deixaram de ser aten-didas por eles. Por isso sua produção aumentou tanto.

Por volta de 1921, a Inglaterra, a França e outros países europeus retomaram o crescimento. Mas nada que se comparasse à expansão econômica norte-americana, que atingiu o auge nos anos 1920. Em 1929, por exemplo, quase metade da produção industrial do mundo estava concentrada nos Estados Unidos (EUA). Uma das razões de tamanha prosperidade era o aumento real dos salários no país proporcionado pela produtividade crescente e pelo fordismo.

O fordismo consistia numa política empresarial implementada pelo "rei" da indústria automobilística, Henry Ford. Como, em sua opinião, os melhores clientes da indústria eram os próprios operários, os empresários precisavam pagar-lhes bons salários.

Ao longo dos anos 1920, a economia europeia aos poucos recuperou sua capacidade produtiva, o que permitiu aos países do continente importar cada vez menos dos EUA e competir com os produtos norte-americanos no mercado internacional.

Com a queda das exportações para a Europa e outras regiões do mundo, os EUA deveriam ter desacelerado o ritmo de expansão. Mas, ao contrário, os empresários insistiram em investir no aumento da produção. Assim, no começo de 1929, as indústrias norte-americanas, saturadas de produtos, não tinham como dar vazão a eles. Nes-se momento, a economia do país entrou numa criNes-se de superprodução.

Ao mesmo tempo, crescia a oferta de produtos agrícolas no mercado interno, o que provocou rápida queda nos preços. Com grande quantidade de cereais armazenados, muitos fazendeiros foram obrigados a vender sua pro-dução por valores abaixo do custo. Endividados, e sem ter como pagar os empréstimos contraídos aos bancos antes da colheita, a maioria foi à falência. A crise atingia, assim, a produção industrial e agrícola, gerando desem-prego e consequentemente queda no consumo.

O que viria logo a seguir seria catastrófico para a economia do país. Em 21 de outubro de 1929, o valor das ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York começou a cair. Tinha início o crack (ou crash) da mais importante Bolsa de Valores do mundo, que alcançaria seu ponto mais baixo oito dias depois, na chamada "terça-feira ne-gra". Nos onze meses seguintes, 20 mil empresas norte-americanas fecharam as portas e 13 milhões de trabalha-dores (cerca de um quarto da mão-de-obra) perderam o emprego.

O crack da Bolsa de Nova York detonou a mais séria crise econômica vivida pelo sistema capitalista: a Grande Depressão, que se estenderia por toda a década de 1930. Dos EUA, ela se propagou quase instantaneamente para os países industrializados da Europa, atingindo em seguida outras nações do mundo capitalista, inclusive o Brasil.

Roosevelt e o New Deal

Em 1933, Franklin Delano Roosevelt, candidato do Partido Democrata, assumiu a Presidência dos EUA. Em oposi-ção ao Partido Republicano, que havia governado na gestão anterior, Roosevelt adotou um vigoroso plano de

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intervenção estatal na economia, baseado nas ideias do economista inglês John Maynard Keynes. Esse plano ficou conhecido como New Deal (Novo Acordo, em português).

A ideia básica do plano era estimular o desenvolvimento da economia a partir da ação sistemática do Estado, criando, por exemplo, obras públicas que gerassem emprego e demanda de serviços e produtos das empresas privadas. Como uma das primeiras medidas para atingir esse objetivo, o novo governo emitiu bilhões de dólares em papel-moeda. Com o dinheiro, deu início a um programa de investimentos em vários setores da economia. Mas não parou por aí: incentivou os aumentos de salários, criou o salário-desemprego, a aposentadoria e outros benefícios sociais. Entre 1933 e 1941, foram criados 8 milhões de novos empregos no país.

Os agricultores, por sua vez, receberam subsídios governamentais para reduzir as áreas plantadas. Na prática, isso significou adequar a produção à capacidade do mercado, elevar os preços dos produtos agrícolas e tirar da crise os pequenos e médios proprietários rurais.

Assim estimulada, em 1936 a economia norte-americana já havia voltado aos níveis de produção anteriores a 1929, embora a taxa de desemprego se mantivesse alta.

2. A ascensão do fascismo

Uma das consequências mais importantes da Grande Depressão foi ampliar e legitimar a intervenção do Estado na economia, abalando a ideologia liberal do capitalismo, que pregava a liberdade irrestrita de mercado.

A perda de confiança nas soluções liberais, no entanto, não se restringiu à economia. Na Europa e em outros continentes, o colapso do sistema capitalista de produção gerou também profundo ressentimento contra a for-ma de organização democrática do Estado.

A crise favoreceu, assim, a ação de ideologias e movimentos políticos que pregavam a destruição da democracia e a instauração de regimes "fortes", ditatoriais, capazes de mobilizar a nação em torno de ideais nacionalistas e de tirá-la do caos. Foi nessas circunstâncias que movimentos de direita, como o fascismo italiano, ganharam for-ça.

O fascismo não foi produto apenas da Grande Depressão, mas também do exacerbado nacionalismo herdado do século XIX e de ressentimentos nacionais provocados pelos resultados da Primeira Guerra Mundial.

Na verdade, desde 1918 já havia movimentos ultranacionalistas e autoritários em várias regiões da Europa, prin-cipalmente na Itália. Ali, em 1919, um antigo militante de esquerda que rompera com o socialismo, Benito Musso-lini, fundou o Fascio di Combattimento, embrião do Partido Nacional Fascista que, em 1922, chegaria ao poder. Mussolini prometia acabar com a luta de classes, implantar um governo forte, destinado a afastar o perigo de uma revolução socialista, e transformar a Itália numa grande potência. Para isso, ele e seus partidários se propu-nham esmagar os grupos de esquerda — socialistas, anarquistas e, mais tarde, comunistas (na Itália, o Partido Comunista seria fundado em 1921, a partir de uma dissidência do Partido Socialista).

Na luta por esses objetivos, os fascistas organizavam-se em milícias armadas, uniformizadas com camisas negras e treinadas no uso da violência física contra os adversários. Sua principal base de apoio eram as classes médias insatisfeitas com a crise e assustadas com a possibilidade de uma revolução socialista como a que ocorrera na Rússia, em 1917. Mas havia todo tipo de pessoas entre seus militantes, principalmente ex-soldados, jovens sem emprego, desordeiros, marginais e desocupados. Os alvos preferidos das suas ações violentas eram líderes sindi-cais, operários em greve, socialistas e democratas em geral.

Por essa época, o Estado italiano estava organizado sob a forma de monarquia parlamentar, com um primeiro-ministro como chefe de governo. Após a Primeira Guerra Mundial, o país entrou num período de turbulência polí-tica e econômica. O desemprego se acentuou e, em 1921, eclodiram nas cidades industriais da região norte gran-des manifestações e greves operárias com ocupação de fábricas.

Nessas condições, em outubro de 1922, Mussolini, chamado de Duce (guia) por seus partidários, pôs-se à frente de 50 mil "camisas negras" e realizou uma gigantesca demonstração de força, a "Marcha sobre Roma". A res-posta do rei Vítor Emanuel III foi nomeá-lo para o cargo de primeiro-ministro. No poder, o Duce convocou novas eleições, que deram 65% dos votos ao Partido Fascista, graças às fraudes e à violência.

O totalitarismo fascista

A partir de então, teve início a consolidação da ditadura do Partido Fascista, caracterizada por prisões de líderes sindicais, socialistas e democratas; sequestro e morte dos opositores do regime; censura à imprensa; demissão em massa de funcionários públicos suspeitos de não simpatizarem com o grupo dominante; proibição das gre-ves; extinção de todos os outros partidos políticos.

Tendo o controle total do país, o governo de Mussolini promoveu a intervenção do Estado na economia, reali-zando obras públicas para a geração de empregos, e criou uma infraestrutura capaz de dar sustentação ao de-senvolvimento industrial. Além disso, deu ao Estado italiano uma nova configuração, substituindo instituições representativas, como o Parlamento, por outras formas de organização denominadas corporações.

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Configurava-se, assim, um Estado totalitário.

Autoritarismo e totalitarismo

Um governo ou regime político é chamado de autoritário quando exerce o poder de modo ditatorial, toma decisões sem pedir a opinião dos governados, limita a liberdade de reunião e de expressão, concentra o po-der em uma só pessoa, órgão ou partido político.

O totalitarismo é um caso extremo de autoritarismo. Além da concentração do poder nas mãos de poucos, do cerceamento da liberdade e das outras características do autoritarismo, o Estado totalitário não admite a existência de outros partidos além daquele que está no poder. Também tenta controlar a vida pessoal dos ci-dadãos, reduzindo-os a autômatos obedientes ao partido no poder. Para isso, utiliza mecanismos de controle do cotidiano e estimula a delação até entre indivíduos da mesma família.

Trata-se, portanto, de um Estado policial em que qualquer tipo de crítica ou manifestação de oposição são inadmissíveis. Na prática, combina a repressão e o terror policial com a propaganda ideológica sistemática, permanente e maciça. Por meio da propaganda, a ideologia totalitária procura mostrar que o Estado totali-tário é a forma mais perfeita de organização da sociedade. Esse bombardeio ideológico começa nas escolas, entre as crianças pequenas, que são condicionadas a pensar de acordo com os padrões e valores estabeleci-dos pelo partido único no poder.

Como exemplos de regimes totalitários de direita, podemos citar o Estado fascista e o nazista, na Itália e na Alemanha, respectivamente. Mas havia também, na mesma época, um Estado totalitário de esquerda: a Uni-ão Soviética, transformada em Estado policial sob a ditadura de Stálin.

As corporações eram organismos do Estado compostos por representantes dos patrões e empregados das di-versas categorias econômicas e profissionais. Tinham por função integrar as classes e os grupos sociais ao Estado fascista, promovendo a conciliação entre capitalistas e trabalhadores.

Em 1929, Mussolini firmou com a Igreja católica o Tratado de Latrão, pelo qual o Estado italiano reconheceu a soberania do papado sobre o Estado do Vaticano. Com isso, o Duce consolidou e ampliou a simpatia do papado em relação a seu governo. Seis anos depois, a Itália invadiu a Etiópia, no norte da África, e garantiu para si a ex-ploração do petróleo dessa região. No ano seguinte, 1936, Mussolini firmou com Hitler o acordo ítalo-germânico, do qual surgiria o Eixo Roma–Berlim.

3. O nazismo alemão

Na Alemanha, o ressentimento nacional provocado pela derrota na guerra de 1914-1918, associado ao velho pan-germanismo e a correntes de ideias próximas do fascismo, deu origem ao nazismo, que chegou ao poder em 1933.

Já em novembro de 1918, após o término da Primeira Guerra Mundial, o país foi envolvido por uma onda de agi-tações políticas que levaram à queda do imperador Guilherme II e à proclamação da República, sob a liderança dos socialdemocratas (socialistas moderados). Poucos meses depois, uma Assembleia Constituinte reunida na cidade de Weimar deu ao país uma Constituição extremamente democrática.

No plano econômico, as perdas sofridas com o conflito e o pagamento das indenizações de guerra aos vencedo-res provocaram dificuldades financeiras que colocaram o país à beira do colapso. Para enfrentá-las, o governo alemão passou a emitir papel-moeda de forma descontrolada, o que gerou inflação e o aumento galopante do custo de vida. A desvalorização do marco, a moeda alemã, assumiu proporções assustadoras: em 1919, um marco era comprado por 8,9 dólares; em novembro de 1923, eram necessários 4 bilhões de marcos para comprar um dólar.

O cenário de crise econômica acabou favorecendo a eclosão de duas tentativas de revolução socialista, uma em 1919 e outra em 1923, ambas derrotadas pelas forças do governo. A de 1919 foi liderada por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, mortos ao final da rebelião.

Entre 1924 e 1929, o país passou por um período de relativa estabilidade: investimentos ingleses e norte-americanos asseguraram o reaquecimento econômico e as ameaças de convulsão social foram debeladas. O pior, porém, ainda estava por vir. Em 1929, com a Grande Depressão, a economia alemã entrou novamente numa fase crítica: 6 milhões de trabalhadores perderam o emprego quase da noite para o dia, houve quebra de empresas e a inflação voltou com força redobrada.

O ovo da serpente

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confian-ça nos valores da democracia e passaram a procurar soluções radicais e autoritárias que tirassem o país da crise e resgatassem o orgulho nacional ferido.

No começo da década de 1930, duas correntes políticas e ideológicas apresentavam soluções para o impasse alemão. Uma delas era formada pelo Partido Social-Democrata e pelo Partido Comunista, orientado pela III In-ternacional (ou InIn-ternacional Comunista), com sede na União Soviética. A segunda corrente era representada pelo Partido Nazista.

Os comunistas contavam com o apoio da classe operária e de setores minoritários das classes médias alemãs. Já os socialdemocratas haviam dirigido o governo nos primeiros anos da República de Weimar. Ambos os partidos da primeira tendência eram de esquerda, ou seja, defendiam uma solução socialista para a crise alemã. Só que os socialdemocratas acreditavam na possibilidade de chegar ao socialismo por via eleitoral, enquanto os comunis-tas argumentavam que isso só seria possível por meio de uma revolução, como a que ocorrera na Rússia, em 1917.

Nenhum dos dois partidos tinha votos suficientes para chegar ao poder sozinho, mas havia a possibilidade de somarem forças numa frente eleitoral de esquerda, garantindo a maioria do eleitorado. No entanto, por decisão de Stálin, que liderava a III internacional, os comunistas alemães se recusaram a estabelecer uma aliança com os socialistas nas eleições de 1932.

Essa decisão teria efeitos trágicos para a Alemanha e para o mundo. Nas eleições parlamentares de 1932, o Parti-do Nazista, a segunda corrente política, obteve 37,3% Parti-dos votos, quantidade suficiente para vencer os opositores divididos. Nessas circunstâncias, o presidente da República, marechal Hindenburg, nomeou Adolf Hitler, chefe do Partido Nazista, para o cargo de primeiro-ministro (ou chanceler).

O Partido Nazista surgiu no começo da década de 1920, como desdobramento de um partido pequeno, o Partido Trabalhista Alemão. Hitler aderiu ao grupo em 1919 e mudou o nome da organização para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A inclusão da palavra "socialista" foi uma manobra oportunista, pois o socialismo gozava de enorme popularidade entre os trabalhadores do país.

Sob a liderança de Hitler, o Partido Nazista adotou uniformes, saudações, emblemas, bandeiras e hinos especiais. Seu símbolo mais importante era a suástica (ou cruz gamada). Os nazistas formaram duas milícias armadas ex-tremamente eficazes no emprego da violência para aterrorizar os adversários comunistas, socialistas e democra-tas: as SA (tropas de assalto, uniformizadas com camisas pardas) e as SS (tropas de elite, uniformizadas de ne-gro).

Antes de chegar ao poder, os nazistas defendiam um programa que incluía propostas de anulação do Tratado de Versalhes e denúncias contra os grandes monopólios da indústria, o marxismo e os judeus, acusados de ligação com o grande capital financeiro internacional. Em 1934, porém, Hitler passou a aceitar os monopólios e firmou acordos com a grande indústria alemã. Como o líder das SA discordava dos acordos, Hitler ordenou o massacre das SA no episódio que ficou conhecido como Noite dos longos punhais, durante o qual 3 mil pessoas foram as-sassinadas.

O triunfo da barbárie

Assim que chegou ao poder, Hitler partiu para a execução do plano de estabelecer uma ditadura totalitária. Em 1933, os nazistas puseram fogo na sede do Parlamento (Reichstag) e responsabilizaram os comunistas pelo aten-tado.

Era o pretexto de que Hitler precisava para reprimir com violência a esquerda e os sindicatos.

Em 1934, com a morte do marechal Hindenburg, Adolf Hitler acumulou as funções de primeiro-ministro e de pre-sidente da República. A partir de então, adotou o título de Führer e passou a governar com poderes ilimitados. As primeiras medidas tomadas pelo novo governo foram a extinção de todos os partidos políticos, com exceção do Nazista, e a submissão dos sindicatos ao poder do Estado.

Em seguida, entrou em vigor uma legislação anti-semita (ou antijudaica), conhecida como Leis de Nuremberg (1935), pela qual os judeus foram destituídos dos direitos de cidadania, afastados do serviço público, das univer-sidades e proibidos de exercer qualquer profissão. Os que não deixaram o país foram presos.

Para completar a escalada de violência, o governo criou campos de concentração destinados a confinar judeus, comunistas, socialistas e opositores em geral. Mais tarde, essas grandes prisões cercadas de arame farpado e fios eletrificados se transformaram em campos de extermínio, onde foram mortos 6 milhões de judeus, além de comunistas, homossexuais, ciganos etc.

Enquanto utilizava o terror como política, Hitler adotava medidas no campo econômico para reanimar a produ-ção industrial e agrícola. Por meio de vários planos quadrienais, o governo estimulou a expansão das indústrias, promovendo ao mesmo tempo grandes investimentos no setor bélico (armas, tanques, aviões etc.) e um plano de obras públicas (estradas, ferrovias, aeroportos) para absorver os desempregados.

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plano seguinte conseguiu transformar a Alemanha na segunda potência industrial do mundo, superada apenas pelos Estados Unidos. A base desse desenvolvimento, porém, estava na indústria de armamentos. A Alemanha tinha saído da crise, mas se preparava para lançar o mundo numa nova guerra.

O anti-semitismo nazista

As ideias de Hitler foram reunidas em Mein Kampf (Minha luta), livro que escreveu por volta de 1923, quando esteve preso por alguns meses, depois de tentar promover uma espécie de "Marcha sobre Berlim" a partir da cidade de Munique.

Minha luta expõe uma ideologia fortemente marcada por ideias totalitárias e de superioridade racial. Para Hitler, os alemães pertenceriam a uma "raça pura" destinada a dominar a humanidade. Todas as outras "raças" huma-nas seriam inferiores, principalmente os judeus, "raça impura", à qual Hitler atribuía grande parte dos males da humanidade (anti-semitismo). Para ele, os judeus eram os responsáveis pelo marxismo e pelo capitalismo finan-ceiro internacional, que deviam ser combatidos.

Outros inimigos que precisavam ser eliminados, segundo a ótica hitlerista, eram a democracia, o liberalismo, o socialismo e o comunismo. Aos alemães deveria ser concedido, pela paz ou pela guerra, um "espaço vital", isto é, um grande território na Europa destinado a abrigar os povos germânicos num só reino ou império (o Reich). Essas ideias formavam as premissas de uma visão totalitária da sociedade, pela qual os indivíduos deveriam per-tencer ao Estado, sob a liderança de um único chefe, o Führer. Ele seria o responsável pelas grandes decisões, em nome da comunidade dos povos germânicos organizados num grande império — o Terceiro Reich —, que duraria mil anos.

Referências

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