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SEMINÁRIO E SEMINARISTAS. Acre. 2 Um novo ar vocacional se respirava nas

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SEMINÁRIO E SEMINARISTAS

O tempo foi passando e não aparece nenhuma notícia sobre a existência de seminário e seminaristas na Prelazia. Só na década de 80, depois de vários anos, é que vai aparecer um fato digno de ser anotado: a ordenação sacerdotal, em 19-07-1981, do Pe. Leôncio José Asfury, primeiro fruto das Comunidades Eclesiais de Base, e que tinha feito seus estudos teológicos em Recife.

Passaram-se mais anos, até que, “No ano de 1984, os candidatos ao clero

diocesano que viviam nas dependências da Paróquia de Santa Inês, ou em suas próprias casas, puderam usufruir de uma casa própria, construída ampliando um prédio da Prelazia nas proximidades do Hospital Santa Juliana, O Seminário é denominado „Seminário Papa João‟ e teve início com 5 alunos, e como coordenador foi indicado o Pe. Luiz Ceppi”.1

A iniciativa encheu de alegria e otimismo a todos. A Prelazia sonhava com ter seu próprio clero, clero autóctone para o serviço das numerosas comunidades.

“No dia 4 de abril acontece a reunião do Presbitério durante três dias. No último dia o Pe. Luiz Ceppi, reitor do Seminário diocesano, apresentou carta do seminarista Izaias França Maia solicitando admissão ao ministério instituído do Leitorado. Os padres concordaram com entusiasmo e manifestaram os votos que em breve se inicie uma corrente continua de jovens pedindo as ordens sagradas para servir o povo de Deus no Acre”.2

Um novo ar vocacional se respirava nas paróquias e comunidades: “Domingo do Bom

Pastor. Fizemos orações e coleta pelas vocações sacerdotais diocesanas. Foram anunciados os nomes dos cinco seminaristas diocesanos que no momento cursam teologia em Rio Branco (1 no 5º ano; 2 no 3º ano; 1 no 2º; e 1 no 1º ano)”.3

E os frutos começaram a aparecer em forma de ordenações, não tantas como seria de desejar, para atender as necessidades das paróquias, que começavam a sentir a ausência dos religiosos Servos de Maria: “No dia 04 de

dezembro de 1988, aconteceu a ordenação diaconal do João Martins de Menezes e a ordenação presbiteral de Francisco Trimboli, presidida por Dom Moacyr e concelebrada por quase todos os padres que trabalham na Diocese. Estavam presentes também várias religiosas das várias Congregações que prestam serviços na Diocese, os seminaristas, vocacionados, lideranças de

1 II Livro de Tombo da Prelazia. Pág. 6. 2 II Livro de Tombo de Xapuri. Pág. 126v. 3 II Livro de Tombo de Xapuri. Pág. 128.

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Comunidades Eclesiais de Base e uma grande multidão de fiéis. Foi um momento muito forte em nossa Igreja”.4

O presente parecia conformar a alguns, mas o futuro era preocupação para outros. O cronista nos deixou as preocupações do Reitor do Seminário daquele tempo: “O Pe. Graciano, responsável pelo Seminário, manifesta sua

preocupação: continuando como estamos fazendo agora, o Seminário diocesano em breve irá fechar as portas. Temos apenas seis seminaristas ou candidatos. As paróquias parecem se desinteressar do problema. A pastoral vocacional ainda não deslanchou e está capengando. No

Seminário ainda não há um Padre residente fixo, falta um acompanhamento sistemático. O problema deverá ser enfrentado seriamente e não mais postergado”.5

Mas a vida continuava e as celebrações também, mesmo com muitas deficiências e falta de interesse pelos trabalhos vocacionais:

“No dia 3 de dezembro de 1989, aconteceu a ordenação presbiteral dos diáconos Izaias e João Martins, na Catedral Nossa Senhora de

Nazaré, em Rio Branco. A celebração, presidida por Dom Moacyr e concelebrada por quase todos os padres da Diocese, contou com grande número de religiosas, parentes e amigos dos dois ordenados e membros das Comunidades de Base de Rio Branco, Xapuri, Brasiléia, Boca do Acre, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Extrema e Califórnia e de outras Igrejas do regional Norte I da CNBB. Um destaque especial foi a Igreja de Guajara-Mirim, da qual se fizeram presentes os seminaristas juntamente com o reitor do seu Seminário, Pe. João. Foi uma bela celebração. Logo em seguida houve um momento de confraternização no Centro de Treinamento, que reuniu os parentes e amigos dos dois novos sacerdotes e alguns convidados. Eram religiosos (as), padres e membros das CEBs em clima de festa e alegria. Vale dizer que esse momento era esperado há muito tempo desde que nasceram as CEBs em nossa Igreja. Os neo-sacerdotes não esconderam a verdade que expressavam no rosto de estarem vivendo o dia mais feliz de suas vidas. No dia 5 do mesmo mês o Pe. João Martins celebrou sua primeira Missa na Comunidade da rua Rio Grande do Sul (Volta Seca), onde nascera seu desejo de ser padre. No dia 7 o Pe. Izaías celebrou sua primeira Missa na matriz de Santa Inês, no bairro Bosque, em Rio Branco, onde descobrira sua vocação e onde morara durante 4 anos, antes de ir para o Seminário”.6

4 II Livro de Tombo de Xapuri. Pág. 166v.

5 II Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 123v. (Reunião do Clero do dia 10 de outubro de 1988). 6 II Livro de Tombo de Xapuri. Pág. 179v,180.

Pe. Graciano e seminaristas no Seminário João XXIII.

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Apesar dos problemas, continuavam as boas notícias em forma de ordenações. “No dia 03 de março de 1991, às oito horas, na Catedral,

aconteceu a ordenação diaconal dos seminaristas Antônio José de Oliveira (Toinho) e Jacymar Antônio da Silva. Toinho é natural do Acre, e Jacimar de Belo Horizonte (MG). Esperamos que ambos possam servir nossa Igreja, como presbíteros. Esses são os nossos votos”.7

Pareciam tempos fecundos, simples ilusão, e por isso o cronista se alegrava em apresentar mais ordenações: “No dia 18 de abril de 1993, na

Catedral Nossa Senhora de Nazaré, aconteceu a ordenação sacerdotal dos seminaristas, ou melhor diáconos, Raimundo Araújo Lopes e Gilvan Malveira de Moura. A primeira Missa do Pe. Gilvan foi na Igreja de Santa Inês às 19 horas do dia 21 de abril, e a do Pe. Raimundo foi no dia 25 de abril, às 7 horas na Igreja matriz de São Sebastião. Depois da ordenação, foi servido bolo e refrigerante para todos os presentes. Dom Moacyr sugeriu ao Pe. Graciano, reitor do Seminário, que os jovens presbíteros fossem nas paróquias para falar da vocação específica do sacerdócio”.8

Mas esses novos padres eram insuficientes para atender os pedidos das paróquias e as necessidades das comunidades que surgiam constantemente pela vasta geografia da Diocese. Daí a insistência em falar sobre as vocações. Na reflexão própria do mês de agosto, Dom Moacyr disse: “Diante do

rebanho, cansado e abatido, a primeira e urgente providência a ser tomada, segundo o próprio Jesus é: „Pedir ao Pai, Senhor da messe, que mande operários‟. Pedir e rezar muito pelas vocações e ao mesmo tempo mostrar a Jesus nossa vontade de acolher seu chamado para trabalhar na Igreja, para trabalhar pelo Reino”.9

Surgiram problemas a respeito do Curso de Teologia, dado pela Diocese (proibição proveniente de Roma), onde os seminaristas locais cursavam seus estudos teológicos. Por isso, os seminaristas que tinha a Diocese tiveram que ir procurar acolhida em outras dioceses. “Os seminaristas Francisco das Chagas

Monteiro, Guilherme Silva Cunha e Nascélio Maciel, foram estudar Teologia em Manaus. Depois de formados, voltarão para exercer seu ministério aqui, na Diocese”.10

Novos tempos e novos rumos estavam chegando para o Seminário diocesano. Dada a proibição de não ter mais seminaristas maiores, o Seminário foi redimensionado e passou a acolher seminaristas de ensino médio. “O

Seminário „Pe. João Martins‟ inicia suas atividades. Atualmente são 9

7 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág.154. 8 Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág.162v. 9 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 166. 10 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág.168.

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seminaristas e os responsáveis são os Pe. Sebastião Sá (recém incardinado na Diocese de Rio Branco, proveniente do Ceará) e o Pe. Heleno”.11

Assim, num encontro do clero, o Pe. Sá veio dizer: “Clima interno

fraterno... Pe. Raimundo colabora com a parte bíblica. Irmã Rosa colabora dando orientação humana. A respeito da Pastoral ver melhor esta posição. A respeito da situação econômica, ver melhor a ajuda ou colaboração das paróquias”.12

No ano 1997, o Pe. Valdeir Goulart, procedente da Diocese de São João da Boa Vista, chegou à Diocese para trabalhar com a Pastoral Vocacional, e num encontro do clero informou dos encontros que estavam acontecendo e do material oferecido para estudo. E, sobre as perspectivas para o futuro, o Pe. Valdeir disse que oito seminaristas poderiam entrar no ano seguinte para fazer filosofia, mas precisavam acompanhamento. Boas perspectivas!

Nesse mesmo encontro, Dom Moacyr comunicou que o Seminário seria reformado e que o Pe. Sá, momentaneamente, iria morar na Paróquia Santa Cruz, e com ele iriam também os seminaristas. Após a reforma o Seminário receberia somente os candidatos para o curso de Filosofia. Os de segundo grau ficariam com o Pe. Sá, ou poderiam ser

acompanhados nas Paróquias.

Parece que os resultados não foram satisfatórios, já que esse novo plano nunca se chegou a realizar. Muitas mudanças e falta de uma linha formativa.

“O Seminário foi reformado e reaberto, sob a responsabilidade do Pe. Durval Cola (chegado também da Diocese de São João da Boa Vista). Atualmente estão no Seminário cinco seminaristas. Aos

alunos de Propedêutico se unem também os seminaristas dos Servos de Maria. Dom Moacyr pede que o Seminário tenha a sua autonomia”.13

Os que estudavam fora da Diocese continuavam sua peregrinação, por diferentes dioceses que os acolhiam generosamente, esperando voltar para a Diocese de Rio Branco, sua Diocese de origem.

“Foi ordenado mais um jovem: Nascélio, cearense, da Igreja Irmã de Fortaleza. Foi ordenado diácono e ficará trabalhando conosco. Parabéns!”.14

(Posteriormente seria incardinado na Diocese de Fortaleza).

“Ordenação Diaconal de Francisco das Chagas Monteiro dos Santos. Chagas, como é mais conhecido, é natural de Manuel Urbano. Desde cedo sentiu o desejo de ser sacerdote. Recebeu vários convites, e por último um de

11 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 170. 12 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 171v. 13 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 177. 14 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 175.

Seminaristas diocesanos, em momento de lazer.

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Dom Moacyr, até que resolveu... Chagas estudou nos seminários de Rio Branco, Guajará-Mirim (RO), Maringá (PR), e Manaus (AM). Tudo, segundo o Chagas, contribuiu para reforçar sua vocação”.15

Por fim, a última ordenação sacerdotal antes do fim do milênio: “No dia

02 de maio de 1999, na Catedral Nossa Senhora de Nazaré, aconteceu a ordenação sacerdotal do diácono Francisco das Chagas Monteiro dos Santos. Numerosa participação de fieis deram acompanhamento ao Pe. Chagas, como já é popularmente conhecido, neste dia tão importante para ele. Por enquanto, colaborará dando um atendimento no Seminário”.16

15 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 181. 16 III Livro de Tombo da Diocese de Rio Branco. Pág. 182v.

Missa de ordenação presbiteral de Pe. Raimundo e Pe. Gilvan.

Referências

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