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Adelino V. M. Canário

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Academic year: 2021

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Adelino V. M. Canário

Candidatura a reitor da Universidade do

Algarve 2013-2017

ABRIR AS PORTAS DO FUTURO

Programa de Acção

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INDÍCE

Sumário ... 1

O ensino superior: um papel central na sociedade portuguesa . 2 A Universidade do Algarve: contexto e perspetivas ... 5

Programa de ação 2013-2017: Excelência e desenvolvimento . 10 Promover ensino de qualidade e diversificado para uma formação integral ... 11

Promover a criação de conhecimento e a sua difusão ... 14

Promover a internacionalização, o intercâmbio académico e o estabelecimento de parcerias prestigiadas ... 16

Valorizar o conhecimento e reforçar a ligação ao tecido empresarial e à sociedade ... 18

Promover uma governação e gestão eficazes e a sustentabilidade financeira ... 20

Valorizar a comunidade académica ... 22

Considerações Finais ... 25 Curriculum Vitae ... 27 Sinopse biográfica ... 28 Informação pessoal ... 31 Qualificação Académica ... 31 Percurso profissional ... 31

Funções por eleição/nomeação na Universidade do Algarve .. 32

Bolsas, prémios e distinções ... 33

Funções de avaliação e consultoria ... 34

A3ES ... 34

Comissões científicas ... 35

Editor e revisor de revistas científicas ... 35

Avaliador para instituições de financiamento de ciência .. 36

Actividade Pedagógica ... 36

Serviço docente ... 36

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Orientação de Mestrados ... 38

Orientação de doutoramentos ... 40

Mentorização de pós-doutoramentos ... 42

Actividade Científica... 43

Projectos de investigação científica ... 43

Europeus ... 44

Nacionais ... 46

Projectos de divulgação científica ... 49

Acções integradas e acordos de cooperação ... 49

Publicações ... 50

Patente ... 50

Edição e capítulos de livros ... 50

Artigos em revistas com revisão por pares ... 52

Artigos científicos não listados no Science Scitation Index e Actas de Congressos ... 76

Organização e Participação em Conferências, Simpósios e Workshops ... 80

Organização de conferências e workshops ... 80

Comunicações ... 81

Júris académicos e concursos ... 108

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1

SUMÁRIO

Este programa de ação integra a candidatura a reitor de Adelino Vicente Mendonça Canário.

A Universidade do Algarve tem um papel cada vez mais importante na região e adquiriu estatuto internacional nalgumas áreas. A coexistência dos subsistemas universitário e politécnico representa umo potencial de oferta de soluções inovadoras promovendo um ensino integrador de qualidade, investigação de excelência e forte interação com o meio empresarial.

Esta candidatura propõe-se desenvolver um programa estratégico que mobilize toda a comunidade académica e que projete a Universidade do Algarve de uma forma sustentada para o futuro. Abrir as Portas do Futuro significa formação de qualidade e diversificada, reforço da investigação, renovação e melhoramento das infraestruturas, maior internacionalização e mobilidade, diversificação de fontes de financiamento e sustentabilidade financeira, ligação à sociedade e dinamização da região, motivação, desenvolvimento pessoal e qualidade de serviço, práticas saudáveis e solidariedade.

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2

O ENSINO SUPERIOR: UM PAPEL CENTRAL NA

SOCIEDADE PORTUGUESA

O ensino superior tem um papel incontestável no desenvolvimento social, cultural, tecnológico e económico das sociedades, e tem contribuído fortemente para o progresso do nosso país. É-lhe também reconhecido um papel na realização pacífica das sociedades democráticas e na promoção da coesão social.

A sociedade moderna baseia-se na informação e no conhecimento e o ensino é essencial no desenvolvimento pessoal e profissional. Não surpreende que o Portugal do pós 25 de Abril tenha feito da educação uma das suas prioridades e que o número de estudantes no ensino superior nos últimos 30 anos em Portugal tenha quintuplicado. E, embora num contexto de diminuição de natalidade, a procura pelo ensino superior deverá manter-se relativamente estável, como resultado da aquisição de novos públicos, como a formação ao longo da vida, por necessidade de enriquecimento cultural ou profissional dos cidadãos.

As alterações operadas na educação em Portugal nas duas últimas décadas, de modo a responder a uma população crescente e a novas realidades socio-económicas, foram profundas. A resposta das universidades e institutos politécnicos, incluindo a Universidade do Algarve, foi quase surpreendente, considerando o relativamente curto espaço de tempo em que nos aproximámos dos valores médios europeus. São resultados de que nos orgulhamos, mas que são ainda insuficientes, sendo necessário um esforço adicional na conjuntura atual para garantir, em qualidade e quantidade, a formação necessária para que sociedade portuguesa prospere económica e culturalmente.

A par do investimento no ensino superior, Portugal tem dado grandes passos na investigação científica. O investimento em ciência duplicou na última década, os recursos humanos foram reforçados e Portugal aproxima-se progressivamente dos valores médios europeus. A universidade portuguesa e o sistema científico nacional têm adquirido notoriedade internacional e

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3 pelas boas razões, como o demonstra o crescente número de portugueses em posição de liderança em instituições internacionais.

A estes indicadores de progresso educacional e científico juntam-se indicadores culturais, de que são exemplo a duplicação do número de alunos no ensino artístico superior na última década e o aumento da percentagem de empregados em atividades culturais e criativas.

A par do aumento do nível educacional e técnico dos portugueses, deram-se melhorias significativas da produtividade e de indicadores de saúde e qualidade de vida, tendo o índice de desenvolvimento humano vindo a crescer continuamente até ao início da mais recente “crise”. É pois premente construir sobre o sucesso obtido, tendo como objetivo reduzir as desigualdades sociais e oferecer perspetivas de futuro aos jovens.

São os que têm qualificações superiores que recebem salários médios mais elevados e estão mais bem preparados para resistir às consequências da redução da atividade económica. São também as empresas mais inovadoras e incorporadoras de tecnologia nos diversos sectores que tendem a ser mais adaptáveis às condições do mercado. Tudo indica que a capacidade exportadora portuguesa atual baseia-se, sobretudo, em empresas que se modernizaram em devido tempo, aproveitando a capacidade inovadora criada pela de investigação científica nacional. Portugal é também atualmente exportador de recursos humanos altamente qualificados (em contraste com a emigração no passado), o que sendo preocupante e atesta também a qualidade da formação que recebem.

A política de ensino superior levou à criação de instituições públicas (e privadas) em praticamente todo o território nacional. Embora com impactos e sucessos diferenciados, é geralmente aceite que estas têm tido um importante papel no desenvolvimento socio-económico das regiões, rejuvenescendo a população local e criando novas dinâmicas. Novos conceitos, como parques de ciência e tecnologia, centros de incubação de empresas e centros

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4 de transferência de tecnologia, são exemplos, entre outros, do esforço de criação de ambientes com potencial de incubação e de dinâmicas de inovação centradas na crescente utilização da base científica e tecnológica.

É significativo que um relatório da Associação Europeia de Universidades, realizado a pedido do CRUP e publicado no início deste ano, advoga, pese embora a situação económica atual, o comprometimento de Portugal com objetivos acordados a nível da União Europeia e no Processo de Bolonha:

i) despesa em educação superior de 2% do produto interno bruto (PIB);

ii) despesa em investigação científica de 3% do PIB;

iii) taxa de participação em educação superior e graduações de 40% no grupo etário 30-34 anos em 2020;

iv) mobilidade transnacional de estudantes de ensino superior de 20%.

O mesmo relatório realça a importância do ensino superior para reduzir os desequilíbrios regionais.

Estes são objetivos com que nos devemos comprometer e para os quais devemos trabalhar. Só assim Portugal e a Universidade do Algarve podem ambicionar vir a desempenhar um papel relevante no Espaço de Ensino Superior Europeu.

No mesmo sentido vai a declaração de Budapest-Vienna (Março 2010) dos ministros de educação europeus sobre o aprofundamento do Espaço de Ensino Superior Europeu.

Numa altura de recessão económica profunda, as universidades e institutos politécnicos, como centros de saber e de cidadania, devem assumir um papel de liderança na procura de soluções inovadoras e alternativas. Contudo, a redução acentuada de financiamento do ensino superior nos últimos anos, conjugada com a redução do poder de compra, ameaça pôr em causa a continuidade de algumas instituições de ensino superior, pelo menos na sua forma atual, especialmente as localizadas na periferia dos grandes centros populacionais.

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5 Importa assim, na ciência, nas artes, nas humanidades, e nas ações propiciadoras de desenvolvimento sustentável, afirmar o papel central do ensino superior nas regiões, contrariando através da excelência no trabalho académico os argumentos que defendem o seu emagrecimento ou abolição.

A UNIVERSIDADE DO ALGARVE: CONTEXTO E

PERSPETIVAS

A criação do ensino superior público no Algarve resultou de uma velha aspiração de proporcionar oportunidades de crescimento pessoal a quem não tinha possibilidades económicas de se deslocar para frequentar as universidades tradicionais e do reconhecimento do papel da universidade no desenvolvimento equilibrado do território. Surgiu assim em Faro, na década de 80, um sistema dual – ensino politécnico, ensino universitário – que ainda se mantém, se bem que no âmbito de uma única instituição, a Universidade do Algarve.

A necessidade e a continuidade do ensino superior no Algarve são hoje tão prementes como aquando da sua criação. O conceito de “especialização inteligente”, a opção nuclear na Política de Coesão europeia para o desenvolvimento das regiões e aplicação dos fundos estruturais no programa quadro 2014-2020, tem como tema central o papel do conhecimento, da investigação e da inovação na definição e consolidação das opções de desenvolvimento.

O percurso e posicionamento da Universidade do Algarve encontra-se espelhado, e bem, na sua missão, com a qual nos identificamos: “um centro de criação, transmissão e difusão da cultura e do conhecimento humanístico, artístico, científico e tecnológico, contribuindo para a promoção cultural e científica da sociedade, com vista a melhorar a sua capacidade de antecipação e resposta às alterações sociais, científicas e tecnológicas, para o

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6 desenvolvimento das comunidades, em particular da região do Algarve, para a coesão social, promovendo e consolidando os valores da liberdade e da cidadania”.

O Algarve, tem um rico património histórico e natural. Contudo, tem também problemas estruturais de desemprego e desigualdade territorial. A atividade económica, quase monolítica, baseia-se sobretudo no turismo e serviços a ele ligados, com índices de intensidade tecnológica e de consumo cultural baixos. O Algarve é ainda assim a terceira região do país, depois do Alentejo e Açores, em que o peso da agricultura é maior. É urgente estabelecer estratégias de diversificação que permitam pôr em evidência as potencialidades da região, tendo como base o conhecimento científico, artístico e humanístico, e que possam contribuir para diversificar e melhorar significativamente a economia e a qualidade de vida da sua população. A Universidade do Algarve, na sua plenitude, tem uma elevada responsabilidade social e um papel único na região. Esta centralidade é um estimulante vetor de intervenção e transformação.

A Universidade do Algarve, desde a sua criação, valorizou o relacionamento com o tecido produtivo, com a administração local e regional e com os agentes culturais. Este relacionamento tem sido até agora melhor conseguido nalgumas áreas e, provavelmente, melhor pelo setor politécnico. Contudo a região perceciona ainda uma Universidade do Algarve algo distante, sendo necessário aprofundar esta ligação, tornando-a um efetivo fator de inovação e de geração de riqueza.

Para além do potencial impacto na economia, a excelência na investigação - das ciências exatas e naturais, da vida e da engenharia, às artes e humanidades - nos setores universitário e politécnico da Universidade do Algarve é uma condição sine qua

non para a aprovação e funcionamento dos cursos superiores.

Além disso, a perceção da excelência artística, científica ou tecnológica influencia a escolha de um curso numa determinada universidade pelos alunos. Embora a Universidade do Algarve apresente um bom desempenho em algumas áreas, será

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7 necessário alterar as tendências mais recentes (Figura 1). Potenciar a atividade de investigação na Universidade do Algarve, em particular através da multidisciplinaridade, aproveitando os instrumentos dos novos programas comunitários e nacionais, é essencial para podermos atingir novos patamares.

Ano 1990 1995 2000 2005 2010 N ú m e ro d e a rt ig o s U . A lg a rv e 0 100 200 300 400 500 U A lg a rv e ( % d a p u b lic a ç ã o N a c io n a l) 0 1 2 3 4 5 6

Figura 1 – Evolução do número de artigos científicos publicados pela Universidade do Algarve em todas as áreas (barras) e a que corresponde em percentagem aos publicados em Portugal (polígono).

A Universidade do Algarve é ainda uma universidade jovem numa região periférica, longe dos grandes centros. O Algarve é das regiões do país com menor investimento em ciência em proporção do seu produto (3-4 vezes inferior à média do país) e não tem acesso aos fundos comunitários de outras regiões. É essencial inverter esta situação, procurando sensibilizar a tutela para a necessidade de investir na Universidade do Algarve e procurando fontes de financiamento alternativas que garantam os recursos humanos e materiais essenciais a uma atividade altamente competitiva e global, como é o ensino superior e a investigação científica e tecnológica.

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8 A Universidade do Algarve deu passos importantes no sentido do seu reconhecimento nacional e internacional, mas não tem conseguido evitar o acentuado decréscimo da procura estudantil (Tabela 1) revelando dificuldades em ultrapassar os desafios mais recentes. Se bem que haja uma origem demográfica para este decréscimo, a situação periférica da Universidade do Algarve coloca-a mais suscetível às suas consequências.

Tabela 1 – Número de alunos que ingressaram no 1º ano dos cursos da Universidade do Algarve.

Anos 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14

Alunos 1898 1881 1663 1640 1431

Dados dos Serviços Académicos. *estimativa após 3ª fase de colocação. A inversão desta tendência requer múltiplas aproximações a nível interno e externo, começando por uma melhor organização interna, demonstração de empregabilidade dos cursos, publicitação e conquista de novos mercados e públicos. Embora a Universidade do Algarve se possa e deva afirmar nas várias vertentes do ensino superior, é essencial ser capaz de atrair estudantes de outras regiões do país. Para isso, aquilo que oferece aos potenciais candidatos que vivem longe (e perto) tem de “valer a pena” comparativamente com ofertas alternativas. Há portanto que associar uma reputação de excelência nas atividades desenvolvidas pela Universidade do Algarve à publicitação da oferta.

A Universidade do Algarve tem características únicas que permitem olhar com confiança o futuro. Tem uma infraestrutura moderna e um corpo docente altamente qualificado. A coexistência dos subsistemas universitário e politécnico permite responder às especificidades de cada um, mas representa também o potencial de oferta de soluções inovadoras, quer no ensino, quer na investigação e na transferência de tecnologia. O aeroporto, o ambiente, o clima e em geral a qualidade de vida que a região oferece, são um capital de atração de investigadores e estudantes nacionais e estrangeiros. A procura manifestada por

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9 estudantes Erasmus e por investigadores visitantes ilustra bem este potencial.

Considerando as potencialidades, especificidades e a missão da Universidade do Algarve esta candidatura apresenta as seguintes linhas orientadoras:

- A Universidade do Algarve deve ser reconhecida pela qualidade e diversidade da formação dirigida ao crescimento integral do indivíduo nos planos académico, cultural, social e desportivo; - A Universidade do Algarve deve ser reconhecida pela qualidade da investigação dotando-se dos recursos materiais e humanos adequados a uma atividade global e competitiva;

- A Universidade do Algarve deve ter uma forte ligação à sociedade contribuindo para o desenvolvimento cultural, social e económico da região e do país;

- A Universidade do Algarve deve aumentar o seu grau de internacionalização, com maior participação em redes e organizações ligadas à investigação, aumentando a participação dos seus estudantes em programas de mobilidade e captando estudantes de outros países para aqui virem estudar;

- A Universidade do Algarve deve procurar formas de reforçar as fontes e montantes de financiamento nos diferentes setores da sua atividade, independentemente da exigência de financiamento adequado por parte da tutela, de modo a poder cumprir com qualidade e equilíbrio a sua missão;

- A Universidade do Algarve deve desenvolver esforços para recrutar alunos através da diversificação da oferta educativa, incluindo o ensino à distância, e através da procura de novos mercados;

- A Universidade do Algarve deve praticar políticas ativas de desenvolvimento pessoal e formação, para realização pessoal e para melhorar a criatividade, a eficiência e qualidade do serviço prestado;

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10 - A Universidade do Algarve deve ter um sistema de avaliação e qualidade certificado como valor essencial para assegurar a qualidade e transparência da sua atividade;

- A Universidade do Algarve deve ser altamente motivada em torno de objetivos conhecidos, num ambiente de democraticidade e participação, liberdade de expressão e espírito de exigência, de solidariedade e de cidadania ativa;

- A Universidade do Algarve deve ser eficiente na utilização dos seus recursos, conjugando rigor e priorização com a implementação de sistemas de informação e procedimentos eficientes e menos burocráticos;

- A Universidade do Algarve deve ter uma política inclusiva, de respeito pela identidade e pelas diversidades.

PROGRAMA DE AÇÃO 2013-2017: EXCELÊNCIA E

DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento da Universidade do Algarve deverá ser definido por um consenso estratégico de médio-longo prazo, envolvendo a comunidade académica e com contribuições externas. O delineamento de um plano Plano-Estratégico 2014-2025, contendo elementos enunciados no Programa de Ação aqui apresentado, deverá estabelecer as grandes linhas orientadoras e metas a atingir pela Universidade do Algarve.

O Programa de Ação 2013-2017 norteia-se pelas linhas orientadoras acima definidas e pela missão da Universidade do Algarve de acordo com os seguintes vetores que serão especificados em planos de atividade anuais:

 Promover ensino de qualidade e diversificado para uma formação integral;

 Promover a criação de conhecimento (literário, artístico, científico, técnico) e a sua difusão;

 Promover a internacionalização, o intercâmbio académico e o estabelecimento de parcerias prestigiadas;

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 Valorizar o conhecimento e reforçar a ligação ao tecido empresarial e à sociedade;

 Promover uma governação e gestão eficazes e a sustentabilidade financeira;

 Valorizar a comunidade académica e a ligação universitária‐ politécnica.

Estabelecem-se como objetivos estratégicos para 2017: - 10.000 estudantes, 25% dos quais de pós graduação - 15% estudantes em ERASMUS fora do país;

- 250 estudantes em ensino à distância; - Duplicação do financiamento externo;

PROMOVER ENSINO DE QUALIDADE E DIVERSIFICADO PARA UMA FORMAÇÃO INTEGRAL

Uma das principais funções da universidade, para a qual é canalizada a maioria dos seus recursos, é o ensino a nível superior, preparando os estudantes de uma forma integral para aquisição das competências necessárias à inserção na vida ativa. A universidade é fonte de conhecimento científico, mas é também local de socialização, de interiorização de princípios éticos, humanísticos e de solidariedade para a vida em sociedade.

Bolonha trouxe um novo paradigma. Centrou a aprendizagem no estudante, alargou o acesso ao ensino superior a novos públicos, facilitou a mobilidade e abriu portas à internacionalização.

Em Portugal e na Universidade do Algarve o processo de transição para Bolonha foi rápido, mas também revelou fragilidades. Torna-se agora necessário aprofundar conteúdos, metodologias e abordagens, garantindo a qualidade para participação plena na Área Europeia de Ensino Superior.

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12 A concretização do plano de ação necessita da participação de todos, docentes, estudantes e funcionários, e tem como um dos objetivos tornar a Universidade do Algarve uma universidade moderna, ativa e de reconhecida qualidade.

O sucesso do plano de ação é crucial para que a Universidade do Algarve seja reconhecida como excelente e para que potenciais estudantes candidatos, vindos de outras regiões do país ou do estrangeiro, considerem que vale a pena vencer a distância e enfrentar custos de vida superiores à média escolhendo em primeiro lugar os seus cursos.

Parte integrante deste processo é a acreditação externa de graus académicos pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) que pressupõe alguns dos aspetos aqui aflorados, e a necessidade de implementação de um sistema interno de avaliação e garantia da qualidade, em curso, ele próprio também sujeito a acreditação.

A universidade tem de estar preparada para responder às necessidades da sociedade e o seu desejo de aprendizagem contínua. Para esse efeito, deverão ser oferecidos programas de formação ao longo da vida para públicos variados. Nesta vertente foram dados alguns passos, mas é necessário o seu reforço para que tenha impacto significativo, adquirindo as necessárias parcerias. Um bom serviço de ensino à distância poderá permitir recrutar alunos que de outra forma não têm capacidade económica ou disponibilidade de horário para frequentar os nossos cursos. Deverá ser alargada a oferta no que diz respeito à tipologia dos cursos oferecidos, de uma forma estruturada e harmonizada. Por exemplo, diversificação das pós-graduações, ensino ao longo da vida, formação de professores, cursos de especialização para empresas. Pequenos cursos especializados e atividades experimentais podem ainda ser oferecidas como complementos ao diploma.

São também importantes as parcerias com outras universidades, nacionais e estrangeiras para o fornecimento de graus conjuntos ou outras formas de colaboração.

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13 Especial atenção deve-se à orientação dos estudantes quando chegam à universidade e aconselhamento sobre as carreiras. Para além de necessitar de captar alunos a universidade deve retê-los e ainda há uma percentagem significativa de alunos que não se inscreve no segundo ano na Universidade do Algarve. Um regime de verdadeira tutoria deve ser implementado, devendo o corpo docente receber também formação para esse efeito.

Os campos de atuação terão de ser diversos e constantemente atualizados, mas um objetivo central será proporcionar aos estudantes uma formação académica de qualidade, mais abrangente, e que permita o seu maior envolvimento em atividades de caráter cultural e desportivo.

Proposta de ações a executar:

I. Educação integradora interdisciplinar e flexível na escolha de percurso formativo pelos estudantes, encarando‐os como construtores ativos da sua própria aprendizagem e estabelecendo que cursos do primeiro ciclo devam ter 10% de créditos de opção para escolha de disciplinas de humanidades para alunos das áreas científicas e vice-versa; II. Normalização de horários para permitir a implementação da medida anterior e otimização da gestão dos recursos disponíveis;

III. Estabelecimento de um verdadeiro sistema tutorial para orientação dos estudantes, em especial os do primeiro ano; IV. Reforço do ensino prático e a interação com o mundo

empresarial e científico;

V. Planeamento e implementação uma plataforma de ensino à distância; nomeadamente para elearning e blended

learning;

VI. Avaliação sistemática da empregabilidade e do percurso profissional dos estudantes e diplomados, de modo a integrar o sistema de garantia de qualidade da universidade e adequar a formação ao mercado e à sociedade;

VII. Consolidação do sistema de garantia da qualidade e

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14 monitorização introduzindo, onde necessário, medidas corretivas para a melhoria da formação, tornando os seus resultados públicos;

VIII. Proporcionar formação e atualização dos docentes tendo em vista o desenvolvimento de metodologias de ensino segundo os princípios de Bolonha e a utilização de plataformas eletrónicas e de outros recursos;

IX. Coordenação da formação doutoral, promovendo a aplicação das melhores práticas internacionais e uniformizando a estrutura dos terceiros ciclos de acordo com os princípios de Salzburgo que estabelecem como componente nuclear o avanço do conhecimento pela investigação original e a promoção da multidisciplinaridade; X. Extensão da formação em competências transversais a todos

segundos e terceiros ciclos da Universidade do Algarve; XI. Reforço da diversidade de oferta de cursos de formação de

dirigidos a públicos diferenciados;

XII. Criação de uma plataforma online única de promoção dos cursos, em especial do segundo e terceiro ciclo;

XIII. Promoção da oferta de cursos de especialização ou atualização em diferentes áreas temáticas, seminários, ateliers, semanas de laboratório ou de campo para públicos diferenciados, promovendo a Universidade do Algarve e respondendo a necessidades da sociedade ou a solicitações específicas de empresas ou de outras instituições e contribuindo para a otimizar a utilização dos recursos existentes.

PROMOVER A CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO E A SUA DIFUSÃO

A criação de conhecimento é uma das funções essenciais do sistema de ensino superior, contemplando todas as atividades criativas – literárias, artísticas, científicas e tecnológicas –, e o desenvolvimento da investigação ao mais alto nível.

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15 A existência de um corpo docente qualificado, especialista e ativo é agora um imperativo para a acreditação dos cursos.

A investigação é essencial para o prestígio e recrutamento de alunos, para melhorar o ensino experimental, para o desenvolvimento socio-económico e como forma de angariação de financiamentos externos.

Se bem que todas as áreas do conhecimento são importantes, merece alguma preocupação o contínuo declínio do interesse dos jovens pelas ciências exatas e engenharias. Na Universidade do Algarve este é um problema que considero premente e merecedor da máxima atenção. Este é também um exemplo da importância em intervir no ensino secundário, através da promoção do ensino experimental e do desenvolvimento de programas que reforcem a formação e o interesse dos alunos pelas ciências.

A Universidade do Algarve é reconhecida como realizando investigação e produzindo conhecimento de nível internacional nalgumas áreas, constituindo um fator importante na procura dos alunos pelos cursos com elas relacionados.

É necessário aumentar significativamente a intensidade de investigação, reforçando as áreas que demonstram mais potencial, apoiando o desenvolvimento de áreas consideradas estratégicas, promovendo a interdisciplinaridade, renovando e expandindo as infraestruturas, promovendo parceiras, formando o pessoal de apoio e desburocratizando procedimentos.

Proposta de ações a executar:

XIV. Estruturar a rede de investigação da Universidade do Algarve criando incentivos ao desenvolvimento de formas inovadoras de colaboração multidisciplinar;

XV. Promover a atração e o recrutamento de investigadores através de programas nacionais e internacionais (EMBO, ERC) de modo a rejuvenescer e reforçar as equipas;

XVI. Promover a utilização comum de infraestruturas e programas de manutenção, renovação e aquisição de novos equipamentos;

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16 XVII. Criação de um fundo contribuído por entidades externas

dirigido aos investigadores em início de carreira;

XVIII. Criação de um fundo para pagamento de artigos científicos de acesso aberto;

XIX. Promoção de projetos de investigação multidisciplinares capazes de responder a desafios societais;

XX. Reforçar o apoio administrativo e criação de condições para facilitar a integração em equipas internacionais, a preparação de candidaturas e a gestão de projetos;

XXI. Promover a realização de serviços científico-técnicos á comunidade;

XXII. Integrar os investigadores, qualquer que seja a natureza do seu vínculo, como membros efetivos da comunidade académica;

XXIII. Reforçar a ligação a escolas secundárias para promoção da cultura científica e identificação de estudantes com elevado potencial.

PROMOVER A INTERNACIONALIZAÇÃO, O INTERCÂMBIO ACADÉMICO E O ESTABELECIMENTO DE PARCERIAS PRESTIGIADAS

O conhecimento é universal. Os sistemas universitário e científico têm de ser encarados num contexto internacional, mesmo quando respondem a necessidades nacionais ou regionais. As interações internacionais permitem trocas de conhecimentos, experiências e culturas, contribuindo deste modo para melhorar a qualidade e reconhecimento.

O grau de internacionalização de uma universidade é um importante fator de avaliação e mede-se pelo número de graus conjuntos, pela intensidade de intercâmbios estudantis, docentes e não docentes, pelo número e a diversidade de parcerias com outras universidades, pelo número de projetos em consórcio e pela participação em redes e programas internacionais.

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17 A Universidade do Algarve tem vindo a receber um número crescente de visitantes, quer estudantes ERASMUS, quer investigadores. Há que aumentar ainda mais esse número. Contudo, o fluxo de estudantes da Universidade do Algarve para o estrangeiro é diminuto, correspondendo este desequilíbrio também a prejuízo económico para a Universidade do Algarve. A experiência internacional é reconhecida como extremamente positiva, pelo que se trata de uma perda importante na formação dos estudantes da Universidade do Algarve que cumpre reparar. O recrutamento de mais estudantes é essencial para o desenvolvimento da Universidade do Algarve. O estabelecimento de parcerias internacionais poderá permitir captar estudantes, fora dos mecanismos comunitários de mobilidade, na Europa, na Ásia, nos países de língua oficial portuguesa e noutras regiões do globo, pelo menos em determinadas áreas do conhecimento onde a internacionalização está mais implementada. Os primeiros passos estão a ser dados e terão de ser reforçados.

Proposta de ações a executar:

XXIV. Melhorar a organização e disponibilização da informação e implementação de processos de inscrição online para cursos e para intercâmbio;

XXV. Promover com antecedência e de forma calendarizada a publicitação de cursos na página da Universidade do Algarve e em portais internacionais;

XXVI. Aumentar o número de protocolos de intercâmbio e enfatizar o papel do tutor para orientar os estudantes nas suas opções de mobilidade;

XXVII. Adotar critérios claros de obtenção de créditos para os estudantes em mobilidade;

XXVIII. Realizar acordos de cooperação e desenvolver projetos educativos e de investigação com universidades e outras instituições internacionais prestigiadas;

XXIX. Reforçar o apoio administrativo para preparação de candidaturas internacionais, incluindo ERASMUS;

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18 XXX. Candidatura à obtenção do ECTS Label e do Diploma

Supplement Label, da Comissão Europeia;

XXXI. Coordenação e alargamento da oferta de cursos em parceria com outras instituições, aos níveis de licenciatura, mestrado e doutoramento;

XXXII. Promover cursos de curta duração e de pós-graduação em ligação com os centros de investigação dirigido a públicos nacionais e internacionais;

XXXIII. Apoiar a mobilidade de estudantes, docentes, investigadores e trabalhadores não docentes, tendo como objetivo o aumento do intercâmbio e de parcerias e procurando fundos de mecenato para este efeito;

XXXIV. Generalizar a oferta de cursos de segundo e terceiro ciclo em língua inglesa,

XXXV. Desenvolver um programa estratégico para com universidades em países de língua oficial portuguesa, propondo ciclos de estudos em associação ou colaboração; XXXVI. Promover uma participação mais ativa nas redes

internacionais em que já participa, e integrar redes e parcerias com os países Ibero-Americanos.

VALORIZAR O CONHECIMENTO E REFORÇAR A LIGAÇÃO AO TECIDO EMPRESARIAL E À SOCIEDADE

A universidade moderna é uma universidade aberta que procura ajudar a resolver os problemas societais e contribuir para o desenvolvimento socio-económico. Não surpreende assim que cada vez mais se procure que o capital de conhecimento acumulado na universidade seja potenciado através da sua introdução na economia. Desta forma a universidade beneficia a sociedade e potencialmente obtém prestígio e retorno financeiro direto ou indireto.

A realização de investigação de ponta é uma atividade essencial da universidade. A Universidade do Algarve não deve fazer

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19 distinção entre investigação básica e aplicada, mas deve procurar fazer investigação inovadora e de excelência. Deve procurar também responder aos chamados desafios societais para os quais está melhor preparada – saúde, demografia e bem-estar; segurança alimentar; segurança energética; transportes; ambiente e clima.

O fornecimento de serviços à comunidade deve ser encarado como uma atividade igualmente nobre, a par da investigação e do ensino.

A Universidade do Algarve deve ter uma opção estratégica clara sobre a proteção da propriedade intelectual e promover a transferência de conhecimento e o empreendedorismo académico.

A Universidade do Algarve deve realizar parcerias privilegiadas com empresas, da região ou fora dela, em todas as áreas de intervenção para facilitar a realização de estágios e teses em regime empresarial e facilitar a empregabilidade.

A Universidade do Algarve deve aliar-se aos vários atores locais para promover a criação e atração de empresas. A localização de empresas na região é crucial para o desenvolvimento de uma economia diversificada, para criar emprego e para criar oportunidades para os estudantes da Universidade do Algarve. Neste sentido o CRIA deve estabelecer-se como UAlgTec, uma entidade autónoma e de estatuto jurídico próprio, interface de valorização e transferência do conhecimento para o tecido empresarial, com a participação dos municípios locais e outras entidades relevantes. Este será um passo importante de abertura ao exterior, de inserção no tecido socio-económico, de novas oportunidades de financiamento a que as entidades privadas têm acesso e de intervenção no desenvolvimento regional.

A Universidade do Algarve, através da UAlgTec, deve fornecer apoio jurídico e criar as condições materiais, nomeadamente o acesso a laboratórios e equipamentos, para a criação de start-ups

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20 Proposta de ações a executar:

XXXVII. Definição da estratégia de gestão e de objetivos institucionais no domínio da proteção e valorização do conhecimento

XXXVIII. Estabelecimento da UAlgTec como unidade de interface tendo como missão a valorização do conhecimento e a transferência de tecnologia para o tecido empresarial e demais atores económicos e sociais;

XXXIX. Articulação com entidades dos sistemas económico-produtivo, gestão do território e ensino superior e investigação

XL. Formação de parcerias privilegiadas com empresas em todas as áreas de intervenção da Universidade do Algarve; XLI. Promover a realização de estágios e teses em empresas; XLII. Promover o empreendedorismo académico;

XLIII. Proporcionar formação direcionada às necessidades das empresas;

XLIV. Apoiar jurídica e materialmente, através do acesso a espaço e equipamentos, a criação de empresas;

XLV. Realização de um evento anual de interação com as empresas e a sociedade, apresentando por parte da Universidade do Algarve resultados e propostas, e integrando a componente de divulgação das competências dos seus diplomados.

PROMOVER UMA GOVERNAÇÃO E GESTÃO EFICAZES E A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

Quatro anos após a implementação do novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior e de novos estatutos na Universidade do Algarve entramos numa fase que deve ser de aperfeiçoamento do sistema. Esta análise deverá fazer parte do plano-estratégico 2014-2025 a apresentar ao Conselho Geral. O sucesso da Universidade do Algarve passa pela participação de todos os seus membros a diferentes níveis, de modo a que se

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21 sintam motivados e parte de uma comunidade. Motivar a comunidade académica para participar ativamente no desenvolvimento da Universidade do Algarve será um dos nossos objetivos.

A sustentabilidade financeira da Universidade do Algarve é crucial para que esta possa prosseguir os seus objetivos com qualidade e autonomia. A questão da sustentabilidade financeira das universidades está na primeira linha da discussão na Europa e nos Estados Unidos, embora hajam diferenças significativas consoante o modelo de financiamento. Em Portugal existe simultaneamente um défice de financiamento do ensino superior e ausência de liquidez financeira. Em pequenas instituições como a Universidade do Algarve, com parcos recursos, este problema é mais agudo, pois os custos continuam a aumentar num clima de subfinanciamento e crise económica.

A garantia de sustentabilidade passa por desenvolver uma clara estratégia institucional de médio-longo prazo, aumentar a eficiência dos processos administrativos e de suporte e a implementação de sistemas de informação adequados, procura de fontes alternativas de financiamento e libertando capital para investimento em modelos inovadores.

Com as dificuldades financeiras e os custos a aumentar é essencial a universidade conhecer os seus custos reais pelo que a contabilidade analítica e a utilização do sistema de custos totais têm de ser aplicados na sua plenitude, em linha com o que se faz noutras universidades europeias. Isto permitirá saber onde se podem eliminar custos libertando fundos para reinvestimento em atividades produtivas. Por outro lado, permite retirar maior benefício financeiro dos projetos europeus.

É essencial que a Universidade do Algarve tenha uma política de incentivos para recrutamento de entre os melhores, nacionais e internacionais reforçando e rejuvenescendo o pessoal docente e investigador.

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22 XLVI. Utilização plena e de forma integrada da plataforma para o funcionamento da atividade de ensino e para a gestão dos estudantes;

XLVII. Otimização da gestão financeira e de recursos humanos através de sistemas de informação integrados que permitam a consolidação e a desmaterialização de processos;

XLVIII. Implementação da metodologia de custos totais e a sua aplicação aos projetos de investigação europeus;

XLIX. Gestão autónoma dos recursos financeiros pelas unidades orgânicas de acordo com critérios objetivos e transparentes e beneficiando a capacidade própria de angariação de receita e de contribuição para os objetivos globais;

L. Atualização permanente e divulgação de dados estatísticos em todas as áreas de intervenção da universidade, essenciais para tomadas de decisão ponderadas;

LI. Melhorar a utilização e rentabilização de infraestruturas (edifícios e equipamentos) de modo a serem utilizadas na sua plenitude;

LII. Procura de fontes de financiamento alternativas e do mecenato científico e cultural;

LIII. Desenvolver a plataforma única de serviços da Universidade do Algarve;

LIV. Apoio administrativo e técnico nas candidaturas a ações co-financiadas incluindo as que levem à modernização dos serviços e administração;

LV. Política de publicitação aberta de concursos para garantir o recrutamento dos perfis mais adequados;

VALORIZAR A COMUNIDADE ACADÉMICA

A comunidade académica define uma universidade. São os professores, investigadores, estudantes, e o pessoal técnico e administrativo que constroem a universidade no dia-a-dia. Cabe assim a cada elemento desta rede, através do seu dinamismo, motivação, rigor, profissionalismo, imaginação, competência e

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23 dedicação garantir a qualidade e excelência da Universidade do Algarve e o seu reconhecimento pela sociedade.

O envolvimento e contribuição de todos é assim o fator decisivo para que qualquer plano de ação seja bem-sucedido. Por outro lado, cabe à Universidade do Algarve e a quem a dirige, oferecer bom ambiente de trabalho, procedimentos claros, formação adequada e a carreira valorizada.

Serão implementados planos de formação para o pessoal docente e não docente que vão de encontro às necessidades de desenvolvimento da Universidade do Algarve nas suas várias vertentes.

A Universidade do Algarve é única pela coexistência de dois subsistemas de ensino, cada um com legislação própria, órgãos próprios, embora sob a mesma administração central, e carreiras docentes independentes. A Universidade do Algarve deve continuar a oferecer os dois tipos de ensino e tirar partido quer das especificidades quer das possibilidades de fertilização cruzada e do potencial de inovação resultante da interação. O debate e a definição de estratégias próprias e comuns deve ser promovido e plasmado na estratégia geral da Universidade do Algarve.

A avaliação do pessoal docente e não docente deve refletir o atingir objetivos pré-estabelecidos. Enquanto a avaliação por objetivos já faz parte dos processos de avaliação do pessoal não docente, estes devem ser introduzidos também na avaliação do pessoal docente.

Deram-se passos importantes no sentido de associar os antigos alunos da Universidade do Algarve. É necessário continuar este esforço e incorporar a experiência destes nas iniciativas dedicadas a promover a incorporação dos estudantes na vida profissional.

Numa altura de recessão e desemprego agudos, que trazem dificuldades acrescidas a muitas famílias, a universidade deverá continuar a procurar soluções que garantam vida condigna da academia e removam tanto quanto possível os obstáculos

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24 económicos à frequência do ensino superior. É exemplo a isenção de propinas através da contribuição do mecenato de empresas, devendo este programa ser prosseguido e se possível alargado. Devem ser estudadas outras formas de apoio social, nomeadamente sobre a viabilidade de criação de uma creche para os filhos do pessoal, de estudantes e bolseiros da Universidade do Algarve.

Na atividade académica e científica existem várias situações de natureza ética que é preciso acautelar. Tal como noutras instituições estes assuntos são tratados por comités de ética, a implementar.

Aspetos essenciais e transversais a toda a comunidade académica são a existência de boas condições físicas e ambientais no local de trabalho assim como para a prossecução de hábitos de vida saudáveis. Será fomentada a prática desportiva e a colocação de balneários nos campi que permitam a sua realização. A instalação de corredores para bicicletas é essencial para contribuir para este objetivo, para reduzir a utilização de veículos motorizados e para realizar poupanças.

Proposta de ações a executar:

LVI. Promover a colaboração entre as unidades orgânicas e os centros de investigação dentro e entre subsistemas;

LVII. Promover a criação de pós-graduações conjuntas universidade-politécnico;

LVIII. Cooperar com a associação de estudantes na melhoria da qualidade de ensino e na promoção de atividades culturais e desportivas;

LIX. Melhorar as condições de habitabilidade e de estudo individual e em grupo nos Campi;

LX. Promoção artística e cultural no seio da comunidade académica e a organização de eventos culturais;

LXI. Promoção da prática de desporto e da organização de eventos desportivos universitários;

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25 LXII. Criação de uma Comissão de Ética e desenvolvimento de regulamentação e iniciativas promotoras do seu cumprimento;

LXIII. Formação de pessoal docente e não docente em função das várias vertentes de atuação da Universidade do Algarve; LXIV. Dinamização de associação de antigos estudantes (alumni);

LXV. Proporcionar as condições para que os docentes façam uma gestão equilibrada da sua carreira e tenham avaliação justa e transparente, procurando que se cumpram os rácios legais estabelecidos para as carreiras, tendo em consideração a disponibilidade financeira.

LXVI. Continuar e, se possível, reforçar o apoio social aos estudantes em especial aos deslocados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ingressei na Universidade do Algarve praticamente no seu início. Recém-licenciado, considerei tal como aqueles que estiveram ligados à fundação da Universidade do Algarve, que esta era uma instituição de futuro e que iria responder aos anseios e necessidades locais, dando uma importante contribuição para melhorar a condição dos algarvios.

Fiz o doutoramento no estrangeiro e voltei. Criaram-se laboratórios a partir do nada e, com outros colegas e estudantes, demonstrámos que é possível sonhar e realizar. Hoje a Universidade do Algarve não é uma desconhecida. Tem problemas mas tem também muitas potencialidades.

Hoje Portugal é um país diferente de há 30 anos quando a Universidade do Algarve iniciou os seus cursos. É muito mais desenvolvido e cosmopolita e está inserido numa União Europeia que não quer perder a sua posição no Mundo. Este Mundo é cada vez mais competitivo e os portugueses têm que se preparar com a melhor bagagem de conhecimentos possível para, como um Povo, enfrentar os desafios atuais e futuros. A Universidade do Algarve

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26 consegue fazê-lo – temos bons exemplos nas proximidades e espalhados por esse mundo fora.

Ao longo destes anos procurei desempenhar as funções de professor, nas suas várias facetas, tendo sempre presente o interesse primordial da instituição. Assumi lugares de liderança e procurei fazê-lo através do exemplo, penso que com algum sucesso. É essa experiência e vontade que trago comigo.

Adelino v. M. Canário 16de Outubro de 2013

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CURRICULUM VITAE

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SINOPSE BIOGRÁFICA

Praticamente toda a minha carreira profissional tem decorrido na Universidade do Algarve onde ingressei em Fevereiro de 1983. Nesse ano chegaram os primeiros alunos e pouco depois a reitoria sugeriu a possibilidade dos assistentes procurarem formação no estrangeiro. Foi assim que em 1984 com o apoio da então Junta Nacional da Investigação Científica e da INVOTAN estive no Reino Unido em doutoramento e pós doutoramento, de onde regressei em 1989.

Pouco depois assumia a função de vogal da Comissão Instaladora da Unidade de Ciências e Tecnologias dos Recursos Aquáticos. Nessa altura ainda havia poucos doutorados em Portugal e praticamente nenhuns na área do mar. Entre outras ações, conduzimos uma política ativa de “aliciamento” de investigadores doutorados no estrangeiro, o que tornou uma tímida unidade orgânica num grupo de ensino e investigação inovador e competitivo no panorama nacional quer internacional.

A massa crítica criada permitiu que uma candidatura independente em 1992 ao Programa Ciência de infraestruturas da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Essa candidatura originou o CCMAR, hoje um centro de investigação reconhecido internacionalmente, com quase 4 milhões de euros de despesa anual, produzindo quase metade das publicações científicas da Universidade do Algarve e onde mais de duas centenas de estudantes e bolseiros iniciam a sua carreira e recebem formação prática ao mais alto nível. Hoje a Universidade do Algarve é a primeira instituição Portuguesa na área das Ciências do Mar, contribuindo com 20% das publicações nacionais e captando uma boa parte dos financiamentos comunitários diretos nesta área. O CCMAR com o CIIMAR da Universidade do Porto tornou-se laboratório associado em 2002.

Após ter estado na Comissão Instaladora da UCTRA, tomei a condução do Conselho Científico durante alguns anos. Entre as

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29 ações dinamizadas salientam-se a transformação licenciatura de Biologia Marinha e Pescas numa licenciatura com pendor mais profissionalizante, com duração de 4 anos e com inclusão de disciplinas das ciências sociais. Fui um dos promotores do de um dos primeiros mestrados da Universidade do Algarve (Estudos Marinhos e Costeiros), da licenciatura de Ciências do Ambiente (posteriormente restruturada em Engenharia do Ambiente) e mais tarde do mestrado em Aquacultura e Pescas. Fui também o promotor do programa doutoral Erasmus Mundus Marine Ecosystem Health and Conservation (MARES) de que sou atualmente diretor (conjuntamente com o de Ciências Biológicas) Desde sempre tenho lecionado principalmente a alunos dos primeiros anos das licenciaturas e mestrados. Tenho lecionado maioritariamente Biologia Celular aos alunos do primeiro ano e em anos recentes faço-o a todos os cursos do ensino universitário com esta disciplina (200-300 alunos). Ensino também regularmente Reprodução no mestrado de Aquacultura e Pescas, assim como outras disciplinas da área da fisiologia que têm variado de ano para ano.

Durante dois anos fui pró-reitor (1995-1996) com funções ligadas à investigação, tendo também responsabilidade na avaliação das licenciaturas.

A minha licença sabática em 2005 levou-me a fazer investigação na Antártica. Pouco depois do meu regresso, com um pequeno grupo de colegas, dinamizámos a participação de Portugal no ano Polar Internacional, um grande programa científico internacional focado na Antártica, promovido pelo Conselho Internacional para a Ciência (ICSU) e pela Organização Meterológica Mundial (WMO) realizado em cada 50 anos. Portugal realizou um grande projeto de divulgação científica, que que fui um dos coordenadores, envolvendo dezenas de escolas e mais de um milhar de alunos, na sequência do qual alguns tiveram a oportunidade de visitar o continente antártico. Foi dinamizado um movimento nacional de adesão ao Tratado da Antártica, que reserva o continente para a ciência e a proteção ambiental, consumado através da aprovação

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30 unânime na Assembleia da República. Apresentei em Hobart, em 2006, a candidatura de Portugal para adesão ao Scientific Committee for Antarctic Research (SCAR), de apoio ao tratado, tendo sido aceite como membro associado.

Na última década as minhas tarefas administrativas têm estado ligadas sobretudo a dirigir o CCMAR e no aprofundamento do CIMAR, Laboratório Associado.

Das realizações que reputo importantes para internacionalização do CCMAR saliento:

- desenvolvimento de relações com reputados centros de investigação e universidades;

- participação em duas das 3 redes europeias de excelência na área do mar;

- participação em mestrado (EMBC) e doutoramento (MARES) internacionais;

- participação e liderança em projetos de infraestruturas europeias que culminaram na aprovação do European Marine Biological Resource Centre pelo European Science Forum of Research Infrastructures (ESFRI), a entidade europeia de planeamento das infraestruturas do futuro. Neste momento esperamos aprovação pela Fundação para a Ciência e tecnologia a decisão da participação portuguesa (CCMAR/Universidade do Algarve) nesta infraestrutura internacional.

Publiquei o primeiro artigo internacional em que aparece o endereço da Universidade do Algarve, orientei dezenas de estudantes e faço parte um grupo de investigação que é ainda dos mais ativos da Universidade do Algarve.

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INFORMAÇÃO PESSOAL

Nome: Adelino Vicente Mendonça Canário

Local e data de nascimento: Faro, 19 de Julho de 1958 Nacionalidade: Portuguesa

Estado Civil: Casado com Deborah M. Power, 2 filhos Morada: Belmonte de Cima 209A, 8700-174 Olhão Telefone: 289 705 474

Correio electrónico: acanario@ualg.pt

Sítio na Internet: http://w3.ualg.pt/~acanario

Researcher ID: http://www.researcherid.com/rid/C-7942-2009 Google scholar profile: http://goo.gl/HxIkGm

Indíce Hirsch H=34 (Web of Science, Thomson) ou H=38 (Google scholar)

QUALIFICAÇÃO ACADÉMICA

1982: Licenciatura em Biologia, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 17 valores

1989: Doutoramento, School of Biological Sciences, Universidade de East Anglia, Norwich, e Fisheries Laboratory, Directorate of Agriculture Fisheries and Food, Lowestoft, Reino Unido.

1990: Equivalência ao doutoramento, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

1992: Agregação, Universidade do Algarve

PERCURSO PROFISSIONAL

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32 1990-1995: Professor associado na Universidade do Algarve

1990: Professor auxiliar na Universidade do Algarve.

1987-1990: Assistente convidado na Universidade do Algarve 1983-1987: Assistente estagiário na Universidade do Algarve

1982-1983 (Outubro a Fevereiro): professor do ensino secundário na escola de Ramada (Lisboa).

FUNÇÕES

POR

ELEIÇÃO/NOMEAÇÃO

NA

UNIVERSIDADE DO ALGARVE

1992-2008; 2009-presente: Coordenador Científico e Presidente do Centro de Ciências do Mar do Algarve (acumulando com Vice-Presidente do laboratório associado CIMAR até 2011, e desde então Presidente)

2009-presente: Membro do Conselho Científico da Faculdade de Ciências e Tecnologias em representação dos centros de investigação científica

2009-presente: Membro do Senado da Universidade do Algarve 2011-presente: Diretor do curso de doutoramento em Ciências

Biológicas

2010-presente: Diretor do curso de doutoramento em Ciências do Mar, programa doutoral Erasmus Mundus Marine Health and

Conservation

1998-presente: Membro da comissão de curso do mestrado de aquacultura e pescas

2009-2013: Membro eleito do Conselho Geral da Universidade do Algarve em representação do subsistema universitário

1995-1997: Pró-Reitor da Universidade do Algarve com o pelouro da investigação científica

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33 1992-1994, 1995-1996: Presidente do Conselho Científico da Unidade de Ciências e Tecnologias dos Recursos Aquáticos da Universidade do Algarve

1989-1992: Vogal da Comissão Instaladora da Unidade de Ciências e Tecnologias dos Recursos Aquáticos da Universidade do Algarve

BOLSAS, PRÉMIOS E DISTINÇÕES

Distinção como Personalidade Individual Farense do ano de 2012 pela Tertúlia Farense (um grupo informal de cidadãos), 2013 Prémio Ceratónia de Investigação atribuído pela Universidade do

Algarve, 2006

Bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia para licença sabática no British Antarctic Survey, Cambridge, incluindo estadia de 7 semanas na estação de Rothera, Ilha de Adelaide no Continente Antártico, 2004-2005

Bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia para licença sabática na School of Biosciences, na Universidade do País de Gales em Cardiff 1997-1998.

Louvor público de serviço à Universidade do Algarve, enquanto Vogal da Comissão Instaladora da Unidade de Ciências e Tecnologias dos Recursos Aquáticos, Diário da República II Série, nº155 de 8-7-1992.

Bolsa da OTAN para doutoramento na Universidade de East Anglia, Norwich, e no Fisheries Laboratory, Directorate of Fisheries Research, Lowestoft no Reino Unido, 1985-1988.

Vice-Chancellors Overseas Research Student Award, Universidade de East Anglia, Norwich, Reino Unido, 1985. Bolsa de Especialização Técnica da Junta Nacional de Investigação

Científica no Fisheries Laboratory, Directorate of Fisheries Research, Lowestoft no Reino Unido, 1984.

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34 Recebi convites especiais de palestrante em conferências:

Plenary speaker 21st European Conference of Comparative Endocrinologists, 26-30 August 2002, Bona, Alemanha

Plenary speaker Eurocean2004, 10-13 May 2004 (organizado pela Comissão Europeia), Galway, Irlanda

Keynote speaker Marine Genomics Europe Conference, Sorrento, October 2006

State of the Art speaker at 22nd European Conference of Comparative Endocrinologists 2004, Uppsala, Suécia

Symposium speaker ISOT/JASTS 2004 (International Society of Chemical Ecology) 5-9 July 2004, Kyoto, Japão

Invited speaker 24th Conference of European Comparative Endocrinologists (CECE), 2-6 September 2008, Genova, Italia Plenary speaker at the Iberian Association of Comparative

Endocrinology meeting 5-7 September 2011, Madrid, Espanha Plenary speaker XLVII Brazilian Society of Physiology conference,

2-5 September 2012, Gramado, Brasil

Plenary speaker Genomics in Aquaculture, University of Nordland, 4th-6th September 2013, Bodø, Noruega

FUNÇÕES DE AVALIAÇÃO E CONSULTORIA

A3ES

2012-2013: Colaboração com a A3ES em processos de avaliação/acreditação de cursos de mestrado e doutoramento

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35 COMISSÕES CIENTÍFICAS

2013-presente: Membro do Conselho Científico da Ciências Naturais e do Ambiente da Fundação para a Ciência e Tecnologia

2010-presente: Presidente do Conselho Científico do Centro de Ciência Viva do Algarve

2008-2012: Membro da Comissão Científica do Europole Mer, um consórcio de Ciências e Tecnologias do Mar na região da Bretanha (França).

1996-2010: Membro da Comissão de Aconselhamento Externo do da Unidade de Investigação em Eco-Etologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa.

EDITOR E REVISOR DE REVISTAS CIENTÍFICAS

Editor associado das revistas científicas General and Comparative Endocrinology (Elsevier), Aquaculture (Elsevier), Gene (Elsevier); Conselho consultivo de Acta Ethologica (Wiley).

Revisor para as mesmas revistas e ainda para Journal of Fish Biology, Australian Journal of Aquatic Sciences, Comparative Biochemistry and Physiology, Fish Physiology and Biochemistry, Scientia Marina, Journal of Endocrinology, Endocrinology, Journal of Aquatic Sciences, American Journal of Physiology, Biochimica et Biophysica Acta, Marine Genomics, Environmental Physiology of Fishes, Hormones and Behavior, Revista de Zootecnia, Annales of the New York Academy of Science, BMC Biology, BMC Genomics, Reproductive Biology and Endocrinology, DNA Sequence, Proceedings Royal Society Biology e outros (faço revisão de 30 a 50 artigos anualmente).

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36 Reviewer of the Year 2009 da General and Comparative Endocrinology.

AVALIADOR PARA INSTITUIÇÕES DE FINANCIAMENTO DE CIÊNCIA

Avalidador em diferentes momentos para várias instituições nacionais e internacionais:

Fundação para a Ciência e tecnologia: programa Ciência (infrastructuras e bolsas), Stride (projetos), Praxis XXI (bolsas), programas bilaterais (ICCTI, GRICES, FCT) e bolsas anuais de 1998 a 2010 (solicitei sair para permitir renovação de avaliadores). Biotechnology and Biological Sciences Research Council, Reino Unido

National Environmental Research Council, UK

Comissão Europeia desde o 4º programa quadro – avaliação de candidaturas a projectos, avaliação de progesso de projectos, avaliação de bolsas.

National Science Foundation (USA)

Agence Nationale the Recherche (ANR), França Universidade de Pádua, Itália

Universidade de Ghent, Bélgica

ACTIVIDADE PEDAGÓGICA

SERVIÇO DOCENTE

Tenho lecionado anualmente, com exceção de 2 períodos de sabática, aulas teóricas e práticas entre 6 e 9 horas semanais de serviço efetivo em disciplinas de licenciaturas e mestrados da

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37 Universidade do Algarve e, pontualmente, noutras universidades no âmbito de programas Erasmus.

2002-presente: Biologia Celular- aulas teóricas, teórico-práticas e, ocasionalmente, práticas aos alunos dos cursos de Biologia Marinha, Biologia e, desde 2010 a todos os cursos da Faculdade de Ciências e Tecnologia: Biologia, Biologia Marinha, Biotecnologia, Bioquímica, Ciências Farmacêuticas, Engenharia Biológica.

1993-presente: Reprodução em Aquacultura – aulas teóricas e ocasionalmente práticas no mestrado de Aquacultura e Pescas (inicialmente Estudos Marinhos e Costeiros), de 2 em 2 anos até 2004 e anualmente desde então.

2009: Ecofisiologia marinha – aulas teóricas aos alunos do primeiro ano dos mestrados de Biologia Marinha e ERASMUS MUNDUS Biodiversidade e Conservação.

2007-2009: Endocrinologia Humana - aulas teóricas e práticas aos alunos do mestrado de Ciências Biomédicas.

2005-2006: Disruptores Endócrinos – aulas teóricas aos alunos do European Joint Master in Water and Coastal Management (Universidade do Algarve e Universidade de Bergen).

2003-2007: Fisiologia Animal – aulas teóricas e parte das aulas práticas aos alunos do terceiro ano de Biologia Marinha e Pescas (interrompido em 2005 para sabática)

2003-2004: Ecofisiologia Aquática aulas teóricas e práticas aos alunos do Segundo ano do mestrado de Biologia Marinha. 1995-2000: Biologia Celular – aulas teóricas aos alunos do primeiro

ano de Engenharia do Ambiente (interrompido em 1997 para sabática).

1995-2002: Fisiologia Animal – aulas teóricas e práticas aos alunos do segundo ano de Engenharia Biotecnológica (interrompido em 1997 para sabática).

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38 1993-2002: Biologia Celular – aulas teóricas aos alunos do primeiro ano das licenciaturas de Biologia Marinha e Pescas e Ensino de Biologia e Geologia (interrompido em 1997 para sabática). 1990-1993: Biologia Geral I (Biologia Celular) e Biologia IV

(Zoologia de Invertebrados) – aulas teóricas e práticas aos alunos do primeiro ano da licenciatura de Biologia Marinha e Pescas.

ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIOS E PROJETOS DE

LICENCIATURA

Orientei e co-orientei cerca de duas dezenas de estágios e projetos no âmbito de licenciaturas.

ORIENTAÇÃO DE MESTRADOS

Orientei mais de duas dezenas de teses de mestrado de que listo algumas:

Amaral, Mónica C.L. 2013. Testes com novos fármacos no tratamento do parasita de peixes Amyloodinium ocellatum. Mestrado de Aquacultura e Pescas, Universidade do Algarve. Co-orientação com Pedro M. Guerreiro.

Rato, Ana C.N. 2013. Endocrine Responses of Tilapia (Oreochromis

mossambicus) females to male pheromone(s). Mestrado de

Biologia Marinha, Universidade do Algarve. Co-orientação com Peter Hubbard.

Gonçalves, Filipa 2012. Molecular mechanisms and intracellular signalling pathways involved in the regulation of sex steroid production in male tilapia (Oreochromis mossambicus). Mestrado em Biologia Marinha, Universidade do Algarve. Co-orientação com Rute Martins.

Neves, Denise R. R. 2012. Estudo da biodisponibilidade do mercúrio e metilmercúrio em produtos da pesca usando um

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39 modelo de disgestão in vitro. Ms thesis in Aquaculture and Fisheries, University of Algarve. Mestrado de Aquacultura e Pescas, Universidade do Algarve. Co-orientação com Maria Leonor Nunes (IPMA).

Alves, Alexandra C., 2011. Modulação da transmissão colinérgica no órgão eléctrico de torpedo marmorata (Risso, 1810), Mestrado em Biologia Marinha, Universidade do Algarve. Co-orientação com João Miguel Cordeiro.

Monty, Miyuki. 2011. Molecular biological studies on kisspeptin during gonadal maturation in salmon. Master of Science ERASMUS Mundus on Marine Biodiversity and Conservation, Universidade do Algarve e Universidade de Ghent. Co-orientação com Hiroshi Ueda.

de Andrade, André A.B.R. 2010. Identification of reliable reference gene(s) for quantitative-PCR studies in male and female tissues and during oogenesis in the Mozambique tilapia, Oreochromis

mossambicus. Mestrado de Biologia Marinha, Universidade do

Algarve. Co-orientação com Laurence Deloffre.

Bicho, Rita C.S.S. 2009. Efeito do cloro no desenvolvimento e na tiróide da Tilápia Moçambicana (Oreochromis mossambicus). Mestrado de Biotecnologia, Universidade do Algarve. Co-orientação com Deborah Power

Carneiro, João Tiago E. T. 2008. The ovarian Bone Morphogenetic Protein System in Oreochromis mossambicus. Mestrado de Biotecnologia, Universidade do Algarve. Co-orientação com Laurence Deloffre.

Lima, Ana Carolina S. A. 2007. Estudo do Impacto do Ecoturismo na ictiofauna do Rio Sucuri (Bonito, MS, Brasil), utilizando as espécies de peixes Crenicichla lepidota (Heckel, 1840) e Moenkhausia bonita (Benine et al., 2004) como indicadores. Mestrado de Biologia Marinha, Universidade do Algarve. Co-orientação com Rui F. Oliveira.

Oléjua, M.A.P. 2007. Effects of the goitrogenic compounds methimazole, thiourea and propylthiouracil on the fish thyroid

Referências

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