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OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS

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HYPERBARIC OXYGENOTHERAPY: A CONTRIBUTION TO WOUND CARE

OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA: UMA CONTRIBUIÇÃO

PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS

Aline Oliveira de Aquino Menezes1, Miguir Terezinha Vieccelli Donoso2

1 Enfermeira Hiperbarista no Hospital Márcio Cunha – Fundação São Francisco Xavier, Ipatinga, MG, Brasil. 2 Professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem, Belo Horizonte, MG.

Autor correspondente: Aline Oliveira de Aquino Menezes

Rua Antúrio, nº 110, Bom Jardim, Cidade Ipatinga, MG. CEP: 35162-237. Telefone: (31) 98841-1765. E-mail: alineoamenezes@gmail.com

Artigo recebido em 28/08/2017

Aprovado para publicação em 11/10/2017

RESUMO

A oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade de tratamento usada em ferimentos crônicos, com o ob-jetivo de aumentar o aporte a uma terapia que acelere o processo de cicatrização. Esta pesquisa aborda a te-rapia com oxigenotete-rapia hiperbárica, considerando a contribuição desta no tratamento, de maneira a acom-panhar os avanços tecnológicos na área da saúde. Tem como objetivo descrever os tipos mais frequentes de feridas com indicação para essa terapêutica (OHB). A implementação da prática baseada em evidências poderá aprimorar a qualidade da assistência à saúde. Para tanto, esta pesquisa apresenta um estudo de revi-são integrativa da literatura por meio de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os resultados evi-denciam que a terapia por OHB é um tratamento efe-tivo para pacientes com feridas crônicas, bem como demonstram a importância da atuação do enfermeiro junto a essa terapêutica.

Palavras-chave: oxigenação hiperbárica, cicatriza-ção, curativos oclusivos, assistência de enfermagem.

ABSTRACT

Hyperbaric Oxygen Therapy (HBO) is a treatment modality used in chronic wounds with the aim of in-creasing the input to therapy for accelerating healing process. This research approaches the therapy with Hyperbaric Oxygen Therapy, considering its contribu-tion to the treatment, in order to follow the technologi-cal advances in the health area. It aims to describe the most frequent types of wounds with recommendation for this therapy (HBO). The implementation of these practice based on evidences may improve the quality of health care. In this way, this work is an integrat-ed review study of literature through research in Vir-tual Health Library (VHL). The outcomes show that therapy through Hyperbaric Oxygen is an effective treatment for patients with chronic wounds, and it em-phasizes the relevance of nursery’s role in the process.

Keywords: hyperbaric oxygenation, healing

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INTRODUÇÃO

A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) surgiu 1622, para fins medicinais, com o médico Henshaw, e foi se expandindo no século XIX, com Junod e Pravaz. Em 1965, foram documentadas as primeiras aplicações de OHB em lesões cutâneas.1

No Brasil, a OHB só foi aceita a partir de 1930 e res-tringia-se, praticamente, ao tratamento de casos de do-ença descompressiva (DD), que acometia mergulha-dores. A Medicina do Mergulho originou-se no Brasil, em 1967, com a primeira câmara hiperbárica e, com isso, criou o primeiro serviço de OHB, no Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), voltado para clientes de distintas indicações.2

Nos últimos 40 anos, a OHB tem sido recomendada e usada em uma grande variedade de doenças, o qual consiste na administração de uma fração inspirada de oxigénio próxima de 1 (oxigénio puro ou a 100%), num ambiente com uma pressão superior (geralmente duas a três vezes) à pressão atmosférica ao nível do mar.

Em 1995, houve a regulamentação da OHB pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), através da re-solução 1.457/95. A partir disso, a OHB foi conside-rada como modalidade terapêutica através dos meios científicos e incorporada ao acervo de recursos médi-cos de uso corrente em todo o país, podendo ser ad-ministrada, ainda, por profissionais da enfermagem e outras áreas correlatas.

A OHB é uma ferramenta tecnológica no tratamen-to de saúde, reduzindo procedimentratamen-tos cirúrgicos e até mesmo mutilações. Desta maneira, proporciona uma recuperação mais rápida e com melhores resultados clínicos.

A terapêutica de ferimentos crônicos e a profilaxia de futuros problemas estão voltadas a uma melhor res-posta quando expostos ao tratamento realizado pela inalação de oxigênio puro, ou a 100%, estando o pa-ciente submetido a uma pressão maior que a atmosfé-rica ao nível do mar, ou seja, através da terapêutica hi-perbárica e a OHB.3 Portanto, a OHB é um tratamento

consagrado e eficaz como acelerador do processo de cicatrização, sendo utilizada em lesões de pele refratá-ria ao tratamento convencional.4 Desta maneira, essa

terapia age como um auxiliar aos tratamentos conven-cionais, uma vez que, estes, mesmo possuindo eficiên-cia, apresentam processo mais demorado, como, por exemplo, no que tange às feridas como o pé diabético. Inúmeros mecanismos fisiológicos estão abarcados no tratamento com oxigenoterapia hiperbárica. Na fase de revascularização, é indispensável um maior aporte de oxigênio arterial, que vai estimular a ação dos macrófagos nesse processo, acrescendo a forma-ção de colágeno e promovendo a neovascularizaforma-ção tecidual. Esse aporte de O2 obtido através dessa tera-pia acarretará no aumento da perfusão tecidual, acele-rando, assim, o processo de cicatrização.

Em razão da grandeza epidemiológica da ocorrência de feridas, atrelada à existência de poucos estudos e pesquisas científicas no âmbito nacional, e ao limita-do conhecimento limita-dos profissionais de saúde sobre o tema, surge aqui a justificativa desta revisão de litera-tura da pesquisa.

Esta pesquisa teve como objetivo realizar uma re-visão de literatura para descrição dos tipos de feridas tratadas com oxigenoterapia hiperbárica e seus res-pectivos resultados.

MÉTODO

Nesta pesquisa bibliográfica, utilizou-se, como refe-rencial teórico a Prática Baseada em Evidências, cujo enfoque oportuniza o aperfeiçoamento da qualidade da assistência à saúde. Essa abordagem circunda a de-finição de uma problemática, a diligência e avaliação crítica das demonstrações disponíveis, particularmen-te pesquisas, implementação das evidências na prática e apreciação dos resultados obtidos. Integra, ainda, a capacidade clínica do profissional e as preferências do cliente para a tomada de decisão sobre a assistência à saúde.5

Após leitura minuciosa, observou-se que 20 estudos se adequavam aos critérios de busca. Desses 20 es-tudos pré-selecionados, quatro atendiam aos critérios de inclusão, pois continham os seguintes descritores desta revisão: cicatrização, curativos oclusivos, assis-tência de enfermagem.

Trata-se de revisão integrativa de literatura. Dessa maneira, as etapas seguidas em sua elaboração foram

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estabelecidas na questão de pesquisa, busca na litera-tura, categorização dos estudos, avaliação dos artigos incluídos na revisão, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento, com o intuito de buscar a melhor evidência científica.

Como estratégias de busca, utilizaram-se os descri-tores controlados: oxigenação hiperbárica e pé diabé-tico, cicatrização, curativos oclusivos, assistência de enfermagem. Em seguida, houve cruzamento desses descritores nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados Bibliográfica Especializada na Área de Enfer-magem (BDENF), Sistema Online de Busca e Análi-se de Literatura Médica (MEDLINE) e no Portal de Evidências da Biblioteca Virtual em Saúde. Os crité-rios de inclusão compreenderam artigos de periódicos científicos publicados em inglês, espanhol ou portu-guês, que relatassem estudos clínicos relacionados ao uso de oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de feridas, disponíveis na íntegra.

Os artigos foram publicados nos seguintes periódi-cos: Revista Gaúcha de Enfermagem (Brasil); Revista Sanidad Militar (Espanha); Diabetes Care (Estados Unidos) e Yale Journal of Biology and Medicine (Es-tados Unidos). O ano de publicação variou de 2001 a 2016.

Finalmente, para a elaboração desta revisão, buscou-se a identificação do tema, questionamento da revisão integrativa, incluindo a busca na literatura, análise das publicações voltadas para os referidos descritores. RESULTADOS

Diversos mecanismos fisiológicos estão envolvidos no tratamento com oxigenoterapia hiperbárica. Desta maneira, a pesquisa apresentou como resultado amos-tras de pacientes com diversos tipos de lesões, desde pacientes com feridas de menor complicação a pa-cientes com feridas de maior complexidade. Os quatro artigos utilizados para análise da revisão integrativa estão voltados para lesões tratadas com OHB.

Dentre esses artigos, foram redundantes os resultados encontrados. Em um primeiro momento, os pacientes com feridas agudas e crônicas tratados com OHB tive-ram redução ou cicatrização da lesão. Demonstrou-se

ainda que os pacientes com feridas crônicas, tratados com até 30 sessões de OHB, conseguiram a cicatriza-ção ou reducicatriza-ção da ferida durante a hospitalizacicatriza-ção, em comparação com aqueles com feridas agudas.

Em outra análise, pôde-se observar significante re-dução da área da ferida. Após 4 semanas, houve ci-catrização completa em dois pacientes. Por último, 81 pacientes foram curados com o prazo médio de 18 meses, tendo a ulceração ocorrida em 3 pacientes, os quais foram novamente submetidos à intervenção.

Os pacientes demonstraram-se satisfeitos com o tra-tamento. Não houve efeitos adversos nos pacientes submetidos à OHB. Na seção Anexo, deste estudo, há um panorama geral das publicações, na forma de quadro sinóptico.

DISCUSSÃO

O procedimento de OHB é um tratamento médico fundamentado nos efeitos biofísicos e bioquímicos do oxigênio e na técnica de propiciar a ampliação de sua disponibilidade às células e tecidos, por meio de sua maior dissolução no plasma, quando ventilado sob pressões maiores que a pressão atmosférica normal (Lei de Henry).

As sessões do procedimento de OHB podem aumen-tar em até vinte vezes o volume de oxigênio trans-portado pelo sangue. Esse sangue, rico em oxigênio, produz múltiplos efeitos benéficos no organismo: combate infecções ocasionadas por bactérias e fun-gos; equilibra a deficiência de circulação sanguínea causada pelo entupimento dos vasos ou a destruição dos mesmos em casos de esmagamentos e amputações de braços e pernas; paralisa substâncias tóxicas e toxi-nas, potencializando a atuação de alguns antibióticos; auxilia na cicatrização de feridas agudas ou crônicas, de difícil cicatrização.6

A prática baseada em evidências poderá aprimorar o cuidado dispensado ao cliente e acentuar o julgamento clínico. Os profissionais de saúde devem compreen-der, examinar e integrar as evidências de pesquisas às observações clínicas.

No Artigo 1 (Quadro Sinóptico 1), foi utilizada como amostra às lesões de úlceras venosas e arteriais, le-sões por radioterapia, feridas operatórias com

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compli-cações, lesões infecciosas (osteomielites, erisipelas, facetes e piodermite gangrenosa), cistos piramidais, lesões bucomaxilo-faciais e queimaduras. Observou-se uma maior frequência de pacientes com feridas crô-nicas que realizaram um menor número de sessões e tiveram suas feridas cicatrizadas ou reduzidas, quan-do comparaquan-dos com aqueles que apresentavam feridas agudas. Foram indicadas a OHB em lesões crônicas e agudas, não relacionando resultados ao tempo de per-manência da ferida (aguda ou crônica).7

No Artigo 2 (Quadro Sinóptico 2), foi selecionado por incluir lesões de pele por radioterapia, necroses de mandíbula, osteomielites e outras úlceras e feridas. Estudando, ainda, pacientes pediátricos com lesões reumatológicas, vacuísticas ulceradas ou infectadas e osteomielite crônica.8

O Artigo 3 (Quadro Sinóptico 3), teve como casuís-ticas pacientes com pés diabéticos, com significativa redução das lesões tratadas com OHB. O pé diabético é um agravo com fisiopatologia complexa e de preva-lência elevada, que depende da prevenção e controle de ações de saúde. Desta forma, observam-se vários efeitos benéficos da OHB na cicatrização de feridas das extremidades inferiores. No entanto, de acordo com pesquisas envolvendo tratamento de pés diabéti-cos, a frequência de cicatrização com OHB foi menor do que com o manejo tópico com outros produtos.9

No que tange ao papel da enfermagem neste trata-mento, a contribuição desses profissionais é indispen-sável, através de ações preventivas, principalmente na educação e no autocuidado, uma vez que a inter-venção de um enfermeiro contribui na diminuição das amputações e até mesmo óbitos causados pelas com-plicações da diabetes. O enfermeiro é o agente nortea-dor nesse processo, desde as ações educativas àquelas atuantes, no que diz respeito ao tratamento tópico nas lesões de pele, principalmente através da avaliação sistemática, e, por fim, na redução dos fatores de ris-cos e redução de ulceração e amputação.

O Artigo 4 (Quadro Sinóptico 4), discorre sobre o

tratamento de úlceras crônicas. Nesse artigo, houve associação da OHB e tratamento a laser dessas lesões com uma análise sobre uma gama de tratamentos tó-picos para lesões, incluindo o laser de baixa potência e a OHB.

A pesquisa permitiu delinear, entre os artigos estu-dados, as feridas que são frequentemente indicadas para terapia por OHB: úlcera venosa e do pé diabéti-co, úlcera cutânea, úlcera por pressão, úlcera de perna, pé diabético, úlcera de pé, úlcera varicosa, curativos oclusivos, cicatrização. Além disso, indicou que feri-das crônicas respondem melhor à OHB que as feriferi-das agudas. Sugeriu, ainda, boa resposta à OHB de lesões por radioterapia. No entanto, mais estudos direciona-dos para esse tipo de lesão devem ser realizadireciona-dos.

Enfim, foi legítimo realizar a análise dos dados in-vestigados de maneira a mensurar a particularidade das evidências, subsidiando referências para a repro-dução de futuras pesquisas bem esboçadas, como en-saios clínicos comparativos e restritos, na acepção de propiciar altos resultados estatísticos.

Não obstante, foi possível identificar uma lacuna ainda existente quanto à atuação da enfermagem na OHB, importante papel para a terapêutica de feridas, apontando para a necessidade de novas pesquisas so-bre a temática voltadas para a melhoria nos tratamen-tos.

Na oxigenoterapia hiperbárica, o aprofundamento em pesquisas poderá contribuir para a mudança da prática baseada em costume. Protocolos e tarefas para uma prática reflexiva, baseada em conhecimento cien-tífico, poderá ocasionar o desenvolvimento da quali-dade da assistência prestada ao paciente.10

Desta maneira, o termo fundamentado desta resulta no uso e aplicação de pesquisas e revisão integrativa com base para a tomada de decisões sobre a assistên-cia à saúde. Assim, pode-se afirmar que a aplicação de resultados de pesquisas consiste em um dos pilares da prática baseada em evidências, contribuindo para o aprofundamento do tema investigado.

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Delineamento Amostra Lesões estudadas e tratadas Resultados Recomendação/Conclusões Estudo transversal de amostras com finalidade descritiva. 200 prontuários de pacientes tratados com oxigênio hiperbárico Tipos de Ferida: • 42 ulceras venosa; • 42 lesões traumáticas; • 34 Pés diabéticos; • 19 úlceras arterial; • 18 Osteomielite

• 13 lesões por radiação; • 10 deiscências cirúrgica • 08 úlceras por pressão • 04 erisipelas bolhosa; • 03 queimaduras; • 02 fasceites necrotizante; • 02 cistos pilomidal; • 02 lesões buco-maxilo faciais • 01 piodermites gangrenosa; As feridas mais frequentemente encontradas como indicação para terapia por oxigênio hiperbárico foram: úlcera venosa, lesão traumática e pé diabético. Os pacientes com feridas crônicas realizaram um menor número de sessões (61,1%) e tiveram suas feridas cicatrizadas ou reduzidas (62,0%) quando comparados com aqueles com feridas agudas.

Estes resultados fornecem informações relevantes quanto aos principais tipos de feridas com indicação para OHB e demostram que esta terapia pode ser um adjuvante importante para tratamento convencional de pacientes com feridas crônicas sob cuidado, auxiliando os enfermeiros a prestar uma assistência de melhor qualidade.

Artigos Autores Profissão Periódico Ano de publicação

Artigo1: Oxigenoterapia Hiperbárica para Tratamento de Feridas Isabel Cristina Ramos Vieira • Enfermeira; • Professora de graduação; • Professora de Pós Graduação Revista Gaúcha de Enfermagem 2016 Sabrina Meireles de Andrade • Enfermeira ortopédica; • Enfermeira Emergência

Fonte: Autoria Própria

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Delineamento Amostra Lesões estudadas e tratadas Resultados Recomendação/Conclusões Estudo longitudinal de amostras com finalidade descritiva 113 pacientes foram tratados. • 59 radio lesões; • 26 em Ulceras e feridas; • 08 Necroses Mandibular por bifosfonato; • 06 Osteomielite Crônica; • 04 Acidentes de Mergulho; • 04 Patologias digestivas; • 06 outros O objetivo desta pesquisa foi conhecer os agravos dos

pacientes tratados com OHB em um hospital de Madrid e rever a evidência científica para tal. As lesões causadas por radioterapia responderam bem ao tratamento com OHB. As demais lesões responderam bem, sendo que as complicações foram leves.

O tratamento foi considerado seguro.

A OHB oferece uma grande oportunidade para pesquisar a evidência científica sólida para apoiar as suas indicações.

Artigos Autores Profissão Periódico Ano de publicação

Artigo 2: Patologias tratadas com oxigenoterapia hiperbárica no Hospital Central da Defesa • Juan M Torres

• Alegría A.R. Domínguez • Téllez M. Navarro • Crespo M.A. Brinquis • Correa A. Espigares • Mochales J.F. • Pérez

Médico Revista Sanidad

Militar 2015

Fonte: Autoria Própria

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Delineamento Amostra Lesões estudadas e tratadas Resultados Recomendação/Conclusões Ensaio Clínico 28 pacientes com diabetes portador de úlcera crônica não isquêmica em pé Os 28 pacientes foram submetidos a duas sessões diárias de 90 minutos de OHB, a 2,5 atm, com dois intervalos de desintoxicação com ar comprimido por 15 minutos, durante 5 dias consecutivos, durante 2 semanas.

Houve redução significativa das lesões dos pacientes estudados. Após 4 semanas, houve cicatrização completa em dois pacientes. Os autores sugerem que a intervenção (OHB) reduz o tempo de hospitalização bem como aumenta a velocidade de cicatrização de feridas crônicas em pés de indivíduos portadores de diabetes.

Não fala da abordagem de enfermagem e no texto fala.

Artigos Autores Profissão Periódico Ano de publicação

Artigo 3: Hyperbaric oxygenation

accelerates the healing rate of nonischemic chronic diabetic foot ulcers: a prospective randomized study. • Kessler L. • Bilbault P. • Ortéga F. • Grasso C. • Passemard R. • Stephan D.

Médico Diabetes Care 2003

Fonte: Autoria Própria

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Delineamento Amostra Lesões estudadas e tratadas Resultados Recomendação/Conclusões Ensaio Clínico não Randomizado 347 pacientes submetidos à OHB e terapia com laser com baixa frequência no local da ferida Pacientes foram submetidos a 2 sessões de 150 minutos durante 3 semanas.

A ferida foi avaliada em relação à cicatrização. 81 pacientes da casuística foram curados em média em 18 meses, tendo a ulceração ocorrida em 3 pacientes, os quais foram novamente submetidos à intervenção. Os pacientes demonstraram-se satisfeitos com o tratamento. Não houve efeitos adversos nos pacientes submetidos à OHB.

Os autores sugerem a associação da OHB com laser de baixa frequência em úlceras crônicas refratárias a tratamentos convencionais.

Artigos Autores Profissão Periódico Ano de publicação

Artigo 2:

Topical hyperbaric oxygen and low energy laser therapy for chronic diabetic foot ulcers resistant to conventional treatment

• Landau Z.

• Schattner A Médico Yale Journal of Biology and

Medicine

2001

Fonte: Autoria Própria

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CONCLUSÃO

Esta revisão de literatura fornece informações rele-vantes no que tange ao tratamento com OHB para os principais tipos de feridas.

Ainda é possível elucidar que, apesar das evidências oriundas de inúmeros ensaios clínicos que propiciam indicar o uso da OHB como adjuvante do tratamento de feridas, faz-se indispensável o progresso de

pes-quisa clínica para que haja uma regularidade da assis-tência a esses pacientes, o que tornará a prática clínica mais segura e de melhor qualidade.

Contudo, são necessários mais estudos para uma maior investigação científica, a fim de se estabelecer novas pesquisas sobre esta temática, que demonstra ser uma revolução para o tratamento de feridas.

REFERÊNCIAS

1- Andrade S, Vieira Santos ICR. Oxigenoter-apia hiperbárica para tratamento de feridas [publicação online]. Rev Gaúcha Enferm; 2016 jun; 37(2). [acesso em 02 mar 2017].

Disponível em:

<http://seer.ufrgs.br/in-dex.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/ view/59257/37613>

2- Lacerda, EP. Atuação da Enfermagem no Trat-amento com Oxigenoterapia Hiperbárica [publicação online]. Rev Lat Amer Enferm; 2006;14(1):118-23. [acesso em 11 mar 2017]. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/ v14n1/v14n1a16.pdf>

3- Albuquerque e Sousa J. A Medicina hiperbárica: uma especificidade da medicina naval [publi-cação online]. Rev Militar; 2006. [acesso em 15 abr 2017]. Disponível em: www.revistamilitar.pt. 4- Vieira WA, Barbosa LR, Martin LMM, Barbosa

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5- Galvão CM. A prática baseada em evidências: uma contribuição para a melhoria da assistên-cia de enfermagem perioperatória. [tese de Livre-Docência em Enfermagem]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2002. 114f.

6- Marcondes CM, Lima EB. A oxigenoterapia hiperbárica como tratamento complementar das úlceras de membros inferiores – parte I. Rev de Angiol Cir Vasc. 2003;12(2):54-60.

7- Rodrigues Junior M, Marra AR. Quando indicar a oxigenoterapia hiperbárica? Rev. Assoc. Med. Bras. 2004;50(3):240.

8- Rossi JFMR, Soares PMF, Liphaus BL, Dias MD, Silva CAA. Uso da oxigenoterapia hiperbárica em pacientes de um serviço de reumatologia pediátrica. Rev Bras Reumatol. 2005;45(2):98-102.

9- Mandelbaum SH, Di Santis EP, Mandelbaum MHS. Cicatrização: conceitos atuais e recur-sos auxiliares - Parte II. An. Bras. Dermatol. 2003;78(5):521-522.

10- Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica. Diretrizes de Segurança e Qualidade. In: Fórum de Segurança e Qualidade em Medicina Hiper-bárica. Out 2003; São Paulo (SP), Brasil. São Pau-lo: Sociedade de Medicina Hiperbárica – SBMH; 2003.

Referências

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