Introdução
Por via do recente Decreto-Lei n.º 111/2005, de 8 de Julho, o Governo criou um regime e s p e c i a l d e c o n s t i t u i ç ã o i m e d i a t a d e sociedades comerciais e civis sob a forma comercial, do tipo por quotas ou anónima, q u e v i s a p o s s i b i l i t a r q u e o m e s m o s e j a realizado no próprio dia e por meio de uma significativa redução dos custos inerentes a todo o processo.
Com efeito, o custo do serviço, que deverá ser pago no momento da própria constituição, é de ¤ 360,00 (trezentos e sessenta euros), ao qual acresce imposto do selo à taxa de 0,4% sobre o valor do capital social. Tal montante será reduzido em ¤ 60,00 (sessenta e u r o s ) q u a n d o a a c t i v i d a d e p r i n c i p a l d a sociedade seja qualificável como actividade informática ou conexa, ou ainda como de investigação e desenvolvimento.
Criação do Regime Especial de Constituição Imediata
de Sociedades
A presente Newsletter foi elaborada pela Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados com fins exclusivamente informativos, não devendo ser entendida como forma de publicidade. A informação disponibilizada bem como as opiniões aqui expressas são de carácter geral e não substituem, em caso algum, o aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos, não assumindo a Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados qualquer responsabilidade por danos que possam decorrer da utilização da referida informação. O acesso ao conteúdo desta newsletter não implica a constituição de qualquer tipo de vínculo ou relação entre advogado e cliente ou a constituição de qualquer tipo de relação jurídica. A presente newsletter é gratuita e a sua distribuição é de carácter reservado, encontrando-se vedada a sua reprodução ou circulação não expressamente autorizadas.
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Este projecto funciona já a partir do mês de Julho de 2005 e, numa primeira fase, nos postos de atendimento do registo comercial nos Centros de Formalidades das Empresas de Coimbra e Aveiro e nas Conservatórias do Registo Comercial de Coimbra, Aveiro, Moita e B a r r e i r o , e x c l u i n d o a s u a a p l i c a ç ã o a sociedades cuja constituição dependa de autorização especial, a sociedades cujo capital social seja realizado por entradas em espécie e às sociedades anónimas europeias.
O Processo de Constituição
O s i n t e r e s s a d o s n a c o n s t i t u i ç ã o d e u m a sociedade comercial terão que se dirigir às conservatórias do registo comercial ou aos postos de atendimento do registo comercial a funcionar junto dos centros de formalidades de empresas (independentemente do lugar d a s e d e d a s o c i e d a d e q u e p r e t e n d a m constituir), de modo a escolher uma das firmas pré-aprovadas que se encontram à s u a d i s p o s i ç ã o e u m d o s p a c t o s s o c i a i s
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previamente aprovados e certificados pelos serviços de registos e notariado. Tanto as f i r m a s c o m o o s p a c t o s s o c i a i s p o d e r ã o s e r p r e v i a m e n t e c o n s u l t a d o s n a p á g i n a oficial de Internet criada para o efeito, em www.empresanahora.mj.pt.
A c o n s e r v a t ó r i a d o r e g i s t o c o m e r c i a l assegurará a comunicação e as formalidades s u b s e q u e n t e s a t o d a s a s e n t i d a d e s q u e devam ser notificadas da constituição da sociedade, sem que os interessados fiquem p o r t a l a d i c i o n a l m e n t e o n e ra d o s , o q u e constitui um importante passo em direcção à desburocratização e simplificação dos processos administrativos inerentes a este tipo de formalidades.
Relativamente à denominação social, este procedimento não prevê a possibilidade de reserva anterior, pelo que a escolha apenas p o d e r á s e r e f e c t u a d a n o m o m e n t o d a c o n s t i t u i ç ã o d a s o c i e d a d e j u n t o d o s competentes balcões de atendimento. Como tal, a firma que se pretenda utilizar, apesar c o n s t a r d a p á g i n a d e I n t e r n e t r e f e r i d a , poderá já não estar disponível no momento em que o interessado se dirija ao balcão. D e r e f e r i r q u e , c a s o o i n t e r e s s a d o h a j a p r e v i a m e n t e o b t i d o u m C e r t i f i c a d o d e A d m i s s i b i l i d a d e d e f i r m a , o m e s m o n ã o poderá por ele ser validamente utilizado no âmbito deste procedimento, uma vez que no m e s m o a p e n a s s e t e m p o r a d m i s s í v e l o recurso ao conjunto de firmas previamente aprovadas. Prevê-se, no entanto, que tal faculdade venha a ser permitida já a partir de Janeiro de 2006, isto é, logo após o termo d o p e r í o d o e x p e r i m e n t a l d o p r o j e c t o “Empresa na Hora”.
D a r e f e r i d a p á g i n a d e I n t e r n e t c o n s t a i g u a l m e n t e u m c o n j u n t o d e m i n u t a s d e estatutos sociais, também pré-aprovadas, uma para cada tipo social que se pretenda constituir, e que de modo algum poderão s e r p e r s o n a l i z á v e i s a o s i n t e r e s s e s d o s intervenientes, tendo que ser aceites tal qual.
D o c u m e n t a ç ã o N e c e s s á r i a e
Formalidades Subsequentes
Os interessados deverão levar consigo os seus documentos de identificação e, caso se trate de pessoa colectiva, o respectivo cartão de identificação de pessoa colectiva (NIPC), a certidão do registo comercial, os documentos d e i d e n t i f i c a ç ã o d o s r e p r e s e n t a n t e s e a respectiva acta de deliberação da Assembleia G e ra l ( c a s o o m e s m o s e j a e x i g i d o p e l o s respectivos estatutos).
Quanto a pessoas colectivas estrangeiras, exige-se ainda comprovativo da existência l e g a l d a m e s m a , h a v e n d o q u e s o l i c i t a r, previamente, um número de pessoa colectiva equiparada junto do Registo Nacional de Pessoas Colectivas.
Concluída a constituição, de imediato se receberá uma certidão de registo comercial, o cartão de pessoa colectiva e o número de segurança social da empresa.
Quanto à Declaração de Início de Actividade, a mesma poderá igualmente ser entregue no próprio balcão de atendimento, e no momento da constituição. Caso contrário, o interessado tem ainda a possibilidade de o fazer no prazo de 15 dias após a data da constituição. De igual modo, e dentro dos 5 dias úteis seguintes à constituição, os sócios estão obrigados a depositar, em qualquer instituição bancária, o valor do capital social em nome da sociedade.
Por último, e no tocante às subsequentes publicações legalmente exigidas, é de chamar atenção para o facto de a constituição de uma empresa através do procedimento “Empresa n a H o r a ” d e i x a r d e s e r d e p u b l i c a ç ã o obrigatória no Diário da República, passando a sê-lo no sítio do Ministério da Justiça. Tanto as firmas como
os pactos sociais poderão ser previamente consultados na página oficial de Internet criada para o efeito, em
www.empresanahora.mj.pt.
“... é de chamar atenção para o facto de a constituição de uma empresa através do procedimento “Empresa na Hora” deixar de ser de publicação obrigatória no Diário da República, passando a sê-lo no sítio do Ministério da Justiça.”
Conclusão
O regime criado pelo actual Governo não d e i x a d e p o s s u i r a s s u a s i m p e r f e i ç õ e s , à s q u a i s n ã o d e i x a r á , c o n t u d o , d e s e r alheio o facto de se estar ainda numa fase experimental, de onde se destaca, desde logo, a dificuldade de personalização das firmas e pactos sociais às necessidades dos interessados e às particularidades de cada s o c i e d a d e q u e s e p r e t e n d a p o r e s t a v i a constituir.
Ta l i n c o n v e n i e n t e a p e n a s p o d e r á s e r remediado, em momento ulterior, por meio de alterações aos estatutos.
A principal vantagem do projecto “Empresa n a H o r a ” é a d e g a r a n t i r, t ã o - s o m e n t e , uma fácil e rápida constituição de sociedades c o m e r c i a i s , m u i t o e m b o r a a s s u a s características se revelem, antes de mais e d e s d e l o g o , c o m o p a r t i c u l a r m e n t e vocacionadas para responder a necessidades específicas, próprias de jovens empresários ou pequenas e médias empresas, e não ainda como uma alternativa válida para todo o tipo de interessados.
Breves de Legislação
Decreto-Lei n.º 120/2005, de 26 de Julho – Altera a Directiva n.º 80/723/CEE, da Comissão, de 25 de Junho.
Transparência das relações financeiras entre os poderes públicos e as empresas públicas, bem como relativamente a determinadas empresas.
Este diploma tem como principal objectivo g a r a n t i r q u e o s E s t a d o s m e m b r o s assegurem quer a transparência das relações financeiras entre os poderes públicos e as empresas públicas, por via da imposição de determinados deveres de informação, quer a exigência de que a estrutura financeira e o r g a n i z a t i v a d e q u a i s q u e r e m p r e s a s
“... A principal vantagem do projecto “Empresa na Hora” é a de garantir, tão-somente, uma fácil e rápida constituição de sociedades comerciais, muito embora as suas características se revelem, antes de mais e desde logo, como particularmente vocacionadas para responder a necessidades específicas, próprias de jovens empresários ou pequenas e médias empresas, e não ainda como uma alternativa válida para todo o tipo de interessados.” obrigadas a manter contas distintas seja
reflectida de uma forma adequada nessas mesmas contas. Portaria n.º 597/2005, de 19 de Julho – Revoga a Portaria n.º 262/99, de 12 de Abril. Ta x a s u p l e t i v a d e j u r o s m o r a t ó r i o s r e l a t i v a m e n t e a c r é d i t o s d e q u e s e j a m titulares empresas comerciais.
No intuito de simplificar as tarefas de cálculo dos juros e de permitir uma harmonização legislativa no espaço da União Europeia, ao estabelecer um critério de determinação da taxa de juro convergente com o dos demais Estados membros, este diploma estatui que a t a x a s u p l e t i v a d e j u r o s m o r a t ó r i o s r e l a t i v a m e n t e a c r é d i t o s d e q u e s e j a m titulares empresas comerciais, singulares ou colectivas, nos termos do n.º 3 do artigo 102.º do Código Comercial, passa a ser a taxa de juro aplicada pelo Banco Central E u r o p e u à s u a m a i s r e c e n t e o p e r a ç ã o principal de refinanciamento efectuada antes do 1.º dia de Janeiro ou de Julho, consoante se esteja, respectivamente, no 1.º ou no 2.º semestre do ano civil, acrescida de 7%. N o s e g u i m e n t o d e s t a n o r m a l e g a l , a Direcção-Geral do Tesouro proferiu, e na m e s m a d a t a d o d i p l o m a , o A v i s o n . º 6647/2005, por via do qual se estabelece que a taxa de juro em vigor para o 2.º semestre de 2005 é de 9,05%.
Decreto-Lei n.º 120/2005,
de 26 de Julho – Altera a Directiva
n.º 80/723/CEE, da Comissão,
de 25 de Junho
Transparência das relações financeiras entre os poderes públicos e as empresas públicas, bem como relativamente a determinadas empresas.
Portaria n.º 597/2005, de 19
de Julho – Revoga a Portaria
n.º 262/99, de 12 de Abril
Taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam titulares empresas comerciais.“... a taxa de juro em vigor para o 2.º semestre de 2005 é de 9,05%.”
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Jurisprudência Breve
Acórdão do Tribunal da Relação do Porto d e 0 7 . 0 7 . 2 0 0 5 – I n t e r p r e t a ç ã o d a s cláusulas gerais dos contratos de seguro. N a r e g u l a m e n t a ç ã o d a i n t e r p r e t a ç ã o e i n t e g r a ç ã o d a s c l á u s u l a s a m b í g u a s o u duvidosas presentes num contrato de seguro, a s s u m e p a r t i c u l a r i m p o r t â n c i a a r e g r a interpretativa segundo a qual deverá nesses c a s o s p r e v a l e c e r s e m p r e o s e n t i d o m a i s favorável ao aderente.
A q u e s t ã o e s s e n c i a l s u s c i t a d a p e ra n t e o Tribunal da Relação do Porto era apurar qual o m é t o d o d e i n t e r p r e t a ç ã o d e u m a determinada cláusula geral constante de um dado contrato de seguro, suscitada que seja u m a q u a l q u e r d ú v i d a o u o b s c u r i d a d e relativamente à mesma.
Sendo o objectivo principal da interpretação esclarecer o sentido que uma determinada cláusula possa encerrar, na interpretação das cláusulas de um contrato de seguro haverá, em primeiro lugar, que se apurar o sentido normal da declaração em causa. Isto é: esta a c a b a r á p o r va l e r c o m o s e n t i d o q u e u m declaratário normal, colocado na posição do d e c l a r a t á r i o r e a l , p o s s a d e d u z i r d o comportamento do declarante, salvo se este não puder razoavelmente contar com ele.
Poderão, não obstante, continuar a surgir determinadas cláusulas que, apesar de lhes s e r e m a p l i c a d a s a s r e g r a s g e r a i s d a interpretação, continuam obscuras, ou às quais pode ainda suceder que lhes seja fixado mais do que um sentido.
No Acórdão em apreço, o Tribunal da Relação do Porto considerou que, atentas as posições das partes num contrato desta natureza, e num afloramento do princípio da protecção do contraente mais fraco ou em posição mais desfavorecida, perante o surgimento de uma determinada dúvida na interpretação de uma cláusula contratual, haverá de prevalecer sempre o sentido mais favorável ao aderente.
Acórdão do Tribunal da Relação
do Porto de 07.07.2005 –
Interpretação das cláusulas gerais
dos contratos de seguro
Na regulamentação da interpretação e integração das cláusulas ambíguas ou duvidosas presentes num contrato de seguro, assume particular importância a regra interpretativa segundo a qual deverá nesses casos prevalecer sempre o sentido mais favorável ao aderente.Introduction
By means of recent Decree-Law 111/2005 of July 8, the government has created a new system allowing the immediate formation of companies, both commercial and civil under c o m m e r c i a l f o r m , e i t h e r a s s o c i e d a d e s anónimas or as sociedades por quotas, The aim is to get the company incorporated in just one day, with a significant reduction of the costs inherent in the process.
I n f a c t , t h e c o s t o f t h e s e r v i c e , w h i c h i s payable at the time of the formation, is ¤360 euros (three hundred and sixty euros), to which must be added stamp duty at the rate of 0.4% of the amount of the share capital. The cost falls to ¤60 (sixty euros) in the event that the company’s main business can be qualified as information technology or r e l a t e d a c t i v i t i e s , o r a s r e s e a r c h & development.
Creation of the Special Immediate Company
Formation System
This Newsletter was prepared by Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados for information purposes only and should not be understood as a form of advertising. The information provided and the opinions herein expressed are of a general nature and should not, under any circumstances, be a replacement for adequate legal advice for the resolution of specific cases. Therefore Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados is not liable for any possible damages caused by its use. The access to the information provided in this newsletter does not imply the establishment of a lawyerclient relation or of any other sort of legal relationship. This Newsletter is complimentary and the copy or circulation of the same without previous formal authorization is prohibited.
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This project came into effect in July 2005 and, in a first stage, it is available at the company registries at the Coimbra and Aveiro C o m p a n y F o r m a l i t y C e n t r e s a n d a t t h e Coimbra, Aveiro, Moita and Barreiro Registries of Companies. Excluded are companies whose incorporation requires special authorisation, companies whose capital is paid up in kind and European sociedades anónimas.
The Formation Process
Those wanting to set up a company must call at one of these Registries of Companies or a company registry department at one of the company formality centres (regardless of the l o c a t i o n o f t h e r e g i s t e r e d o f f i c e o f t h e company they wish to set up) to pick one of the pre-approved company names available and one of the memoranda and articles of association approved in advance and certified by the company registry and notary services. Both the names and the company byelaws may be consulted in advance on the official
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Internet page created for the purpose at: www.empresanahora.mj.pt.
The Registry of Companies will later deal with a l l t h e c o m m u n i c a t i o n a n d s u b s e q u e n t formalities that have to be notified to the various entities in respect of the formation of the company, at no additional cost. This is a major step towards reducing bureaucracy and simplifying the administrative procedures inherent in formalities of this type.
The company name cannot be reserved in advance and for this reason actual selection c a n t a k e p l a c e o n l y a t t h e m o m e n t t h e company is being set up at the respective attendance facilities. This means that, despite being listed on the said Internet page, the desired name may no longer be available when the interested party actually calls at the attendance facility.
I t s h o u l d b e m e n t i o n e d t h a t i f yo u h ave p r e v i o u s l y a c q u i r e d a C e r t i f i c a t e o f Admissibility of your intended company name it cannot be used within the scope of this new procedure. Only those on the approved list are admissible. However, it is planned that use of the Certificate of Admissibility will come to be allowed as from January 2006, that is, immediately following the end of the experiments period of the “Empresa na Hora” (Immediate Company) project.
T h e s a i d I n t e r n e t p a g e a l s o p r o v i d e s a number of draft memoranda and articles of association, also approved in advance, one for each type of company to be set up. These cannot be personalised in any way to suit the i n t e r e s t s o f t h e p a r t i e s , a n d m u s t b e accepted as they are.
Documentation Required and Subsequent
Formalities
Take with you your identity documents and, i f a c o r p o r a t e p e r s o n i s i n v o l v e d , t h e respective corporate person identity card (taxpayer number), its company registration certificate, the identity documents of the representative or representatives and the respective minutes of the deliberation of the General Meeting (should this be required by its articles of association).
With regard of foreign corporate persons, proof is required of its legal existence and you must apply, in advance, to the National R e g i s t r y o f C o r p o r a t e P e r s o n s f o r a n equivalent corporate person number. Immediately after the company is set up, you will receive a company registration certificate, the corporate person card and the company’s social security number.
The Start-of-Trading Declaration may also be handed in at the company registration facility at the time of incorporation. Alternatively, you can do so within 15 days of the date of incorporation.
L i k e w i s e , w i t h i n 5 d a y s o f t h e d a t e o f incorporation, the shareholders are obliged to deposit the share capital at any banking institution in the company’s name.
L a s t l y, w i t h r e g a r d t o t h e p u b l i c a t i o n s required by law, attention is called to the fact that the incorporation of the company using the “Empresa na Hora” procedure no longer involves mandatory publication in the Diário da República, though it must be published on the Justice Ministry’s site.
“... Both the names and the company byelaws may be consulted in advance on the official Internet page created for the purpose at:
www.empresanahora.mj.pt.”
“... attention is called to the fact that the incorporation of the company using the “Empresa na Hora” procedure no longer involves mandatory publication in the Diário da República, though it must be published on the Justice Ministry’s site.”
Conclusion
The new system set up by the government undoubtedly has its flaws, particularly since it is going through an experimental period. Of these, the focus is on the difficulty in suiting the name and the memorandum and articles of association to the needs of the interested parties and to the specifics of each company to be set up by these means. The only way to get round this problem would be to alter and memorandum and articles of association at a later date.
The main advantage of the “Empresa na Hora” project is that it provides a quick and easy means of setting up a company, although its characteristics, at the outset, are seen to be particularly suitable for young entrepreneurs and small or medium enterprises, and not as a valid alternative for every type of company to be set up.
Legislation In Brief
D e c r e e - L a w 1 2 0 / 2 0 0 5 o f J u l y 2 6 – A l t e r s C o m m i s s i o n D i r e c t i v e 80/723/EEC of June 25.
Transparency in financial relations between public powers and state-owned companies, and in respect of certain companies. The main aim of this decree-law is to ensure that Member States ensure the transparency of financial relations between public powers and state-owned companies, through the imposition of duties of information, and also t h a t t h e r e q u i r e m e n t i s m e t t h a t t h e financial and organisational structure of any companies obliged to keep separate accounts is adequately reflected in the said accounts.
Order-in-Council 597/2005 of July 19 – Revokes Order-in-Council 262/99 of April 12.
Suppletive default interest rate in respect of credits held by commercial companies. With a view to simplifying the calculation o f i n t e r e s t a n d t o a l l o w i n g l e g i s l a t i v e harmonisation across the European Union, by e s t a b l i s h i n g a c r i t e r i o n t o d e t e r m i n e a n interest rate convergent with that of the other M e m b e r S t a t e s , t h i s o r d e r - i n - c o u n c i l stipulates that the suppletive default interest rate in respect of credits held by commercial companies, natural or corporate, under the terms of Article 102.3 of the Companies Code, shall be the interest rate applied by the European Central Bank in its most recent principal refinancing operation carried out p r i o r t o t h e f i r s t d ay o f J a n u a r y o r J u l y, depending on whether one is in the 1st or 2nd half of the calendar year, plus 7%. In the wake of the new order-in-council, the Directorate General of the Treasury issued N o t i c e 6 6 4 / 2 0 0 5 o n t h e s a m e d a y , determining that the interest rate in effect during the 2nd half of 2005 is 9.05%.
“... The main advantage of the “Empresa na Hora” project is that it provides a quick and easy means of setting up a company, although its characteristics, at the outset, are seen to be particularly suitable for young entrepreneurs and small or medium enterprises, and not as a valid alternative for every type of company to be set up.”
Order-in-Council 597/2005 of July
19 – Revokes Order-in-Council
262/99 of April 12
Suppletive default interest rate in respect of credits held by commercial companies. “...determining that the interest rate in effect during the 2nd half of 2005 is 9.05%.”
Decree-Law 120/2005 of July 26
– Alters Commission Directive
80/723/EEC of June 25
Transparency in financial relations between public powers and state-owned companies, and in respect of certain companies.July2005 04
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CASE LAW IN BRIEF
R u l i n g o f t h e O p o r t o A p p e a l C o u r t o f 7/7/2005 – Interpretation of the general clauses of insurance policies.
I n d e a l i n g w i t h t h e i n t e r p r e t a t i o n a n d integration of ambiguous or doubtful clauses w r i t t e n i n t o i n s u r a n c e p o l i c i e s , t h e interpretative rule whereby the meaning more favourable to the policyholder must prevail is of particular importance in such cases.
The essential issue raised before the Oporto Appeal Court was to determine the method of interpretation of a certain general clause contained in a given insurance policy, after any doubt or obscurity has been raised in connection therewith.
Since the main objective of the interpretation is to clarify the meaning of a given clause, in interpreting the clauses of an insurance policy one must first determine the normal meaning of the declaration in question.
That is: the meaning understood by a normal recipient of the declaration put in the place of the real recipient from the conduct of the declarant, unless the latter cannot reasonably count on it.
Nevertheless, certain clauses may continue to appear that, despite application of the general rules of interpretation, continue to be obscure or could even be given more than one meaning.
In the ruling under appraisal, the Oporto Appeal Court considered that, taking into account the positions of the parties in a contract of this nature, and in applying the principle of protection of the contracting party t h a t i s w e a ke r o r i s i n a l e s s f avo u ra b l e position, the meaning most favourable to the policyholder must always prevail in the event of doubt arising in the interpretation of a contractual clause.
