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Essa idéia leva à fórmula familiar para a área A de um círculo em termos de seu raio r:

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5

INTEGRAIS DEFINIDAS, INDEFINIDAS E SUAS APLICAÇÕES

O conceito de integral tem suas origens no Método da Exaustão, tendo Arquimedes como um de seus grandes desenvolvedores. A motivação deste método foi o cálculo de áreas e volumes de figuras e sólidos com fronteiras curvas.

Todo polígono tem um número associado denominado Área. A área de um retângulo, por exemplo, é definida como sendo o produto da medida da sua base pela da sua altura. Já a área do triângulo é determinada pela metade do produto da medida da sua base pela da altura relativa à base. Como todo polígono pode sempre ser decomposto em triângulos, sua área é a soma das áreas desses triângulos.

2 .h b A= A bh b.h 2 . . 2 = =

= = 3 1 2 i i ih b A

Já o círculo é um pouco mais complexo. Os gregos resolveram o problema de determinar sua área de uma maneira muito natural. Primeiro eles aproximaram essa área, inscrevendo no círculo um quadrado. Depois melhoraram a aproximação, passo a passo, dobrando e redobrando o número de lados, isto é inscrevendo um octógono regular depois um hexadecágono regular (polígono com 16 lados), e assim por diante. As áreas dos polígonos inscritos aproximam-se da área exata do círculo com uma precisão cada vez melhor.

Essa idéia leva à fórmula familiar para a área A de um círculo em termos de seu raio r:

² r A

Mas, para conseguir essa exatidão, considera-se que o círculo tenha inscrito nele um polígono regular com um número grande de lados. O qual é subdividido em triângulos isósceles com vértice no centro do círculo. A soma das áreas desses triângulos resulta numa aproximação da área do círculo.

(2)

Este é o Método da Exaustão, cujo nome fornece uma boa descrição desse processo, porque a área do círculo é exaurida pelas áreas dos polígonos inscritos.

5.1 O Problema da Área

Seja y= f(x) uma função não-negativa definida num intervalo fechado b

x

a≤ ≤ . Calcular a área da região sob o gráfico de f, acima do eixo das abscissas e entre as retas verticais

x

=

a

e x= .b

Sendo [a,b], como definido, um intervalo fechado e a função f contínua

nesse intervalo, para cada ponto c pertencente ao intervalo [a,b], devemos

ter ) ( ) ( lim f x f c c x→ =

Para determinar a área da região hachurada abaixo da curva, pode-se utilizar o método da exaustão como segue:

Método da exaustão para o problema da área sob a curva - Dividir o intervalo [a, b] em n subintervalos iguais;

- Em cada subintervalo construir o retângulo mais alto que fica inteiramente sob o gráfico;

- Anote a soma Sn das áreas desses retângulos. Essa soma aproxima a área

sob o gráfico e a aproximação é melhorada tomando-se valores cada vez maiores de n;

- Calcule a área exata sob o gráfico achando o valor limite ao qual tendem as somas aproximadas Sn quando n tende ao infinito

n n

A

A

+∞ →

= lim

(3)

Exemplo: Usando o método da exaustão vamos calcular a área A sob a curva y=x² no intervalo [0, 1].

É fácil perceber que 0 < A < 1, pois A

está contida num quadrado de lado

Para aproximar melhor a área A,

dividimos a região sob a curva em 4

faixas, utilizando para isto as retas

verticais 4 1 = x , 2 1 = x e 4 3 = x .

Podemos aproximar cada faixa por

um retângulo com base igual à largura

da faixa e altura igual ao lado direito da

faixa. As alturas desses

retângulos são os valores da função

² ) (x x

f = nos extremos direitos

dos subintervalos:                 ,1 4 3 4 3 , 2 1 , 2 1 , 4 1 , 4 1 , 0 e .

Chamando de R1 a soma das áreas

desses retângulos, temos:

Como a área A é menor que R1

podemos afirmar que

Podemos também aproximar A usando

os retângulos menores, cujas alturas

são os valores de f nos extremos esquerdos dos

Sendo assim,

Podemos repetir esse

procedimento para um número maior de

Com 8 faixas, obtemos as somas:

(4)

3984375 ,

0

3 ≈

R para os retângulos maiores.

2734375 ,

0

4 ≈

R para os retângulos menores.

Assim, melhoramos nossa aproximação da área A sob a curva para: 3984375 , 0 2734375 , 0 < A<

Para obter melhores estimativas, basta aumentar o número de faixas. A tabela ao lado mostra os resultados para

o cálculo da área A usando n retângulos. Observe que com 1000 retângulos obtivemos um bom estreitamento da desigualdade.

Uma estimativa adequada é obtida fazendo-se a média aritmética dos valores desfazendo-se intervalo. Portanto, 3 1 3333335 , 0 ≈ ≈ A .

Há outra forma de comprovar que a soma das áreas dos retângulos é aproximadamente 1/3 : utilizando o limite da soma dos n retângulos, quando n tende ao infinito no sentido positivo. Veja:

Rn é a soma dos n retângulos superiores. Cada retângulo tem largura igual a 1/n e alturas determinadas pela função f(x)=x² nos pontos 1/n , 2/n , 3/n , ..., n/n. Isto é, as alturas são:

2 2 2 2 ,..., 3 , 2 , 1                         n n n n n . Assim: 2 2 2 2 1 ... 3 1 2 1 1 1       + +       +       +       = n n n n n n n n n Rn Fatorando temos: .

(

1² 2² 3² ... ²

)

² 1 . 1 n n n Rn = + + + +

Como a soma dos quadrados dos n primeiros números inteiros positivos é

(

)(

)

6 1 2 1 ² ... ² 3 ² 2 ² 1 + + + +n =n n+ n+ Obtemos:

(

)(

)

6 1 2 1 ³ 1 + + = n n n n Rn Ou seja:

(

)(

)

² 6 1 2 1 n n n Rn = + + n Área 10 0,2850000 < A < 0,3850000 50 0,3234000 < A < 0,3434000 100 0,3283500 < A < 0,3383500 100 0 0,3328335 < A < 0,3338335

(5)

Calculando o limite de Rn quando n tende ao infinito, temos:

(

)(

)

3 1 2 . 1 . 6 1 1 2 1 1 6 1 lim 1 2 1 6 1 lim ² 6 1 2 1 lim lim = =      +       + =       +       + = + + = +∞ +∞ +∞ +∞ → n n n n n n n n n R n n n n n

O mesmo pode ser mostrado para as somas dos n retângulos inferiores.

Assim, a área A da região sob a curva é definida pelo limite da soma das áreas dos retângulos aproximantes. O que nos leva a concluir que

3 1 =

A .

5.2 A Antiderivada

A antidiferenciação é a operação contrária da diferenciação. Por exemplo, dada f(x)=12x2 +2x e F(x)=4x3+x2 +5, temos que

x x x

F'( )=12 2 +2 , então, dizemos que F(x) é antiderivada de f(x)=12x2 +2x.

Concluímos que uma função F será chamada de antiderivada de uma função f num intervalo I, se F'(x)= f(x) para todo x no intervalo I.

Observe que se G(x)=4x3 +x2 17 possui derivada G'(x)=12x2 +2x, então

G(x) também é antiderivada de f (x), embora G(x) ≠F(x). A única diferença entre F(x) e G(x) é o valor da constante, +5 e -17. Concluímos então que toda função do tipo H(x)=4x3+x2 +C é antiderivada de f. Antidiferenciação é o

processo de encontrar o conjunto de todas as antiderivadas de uma função. O símbolo

denota a antidiferenciação e escrevemos

f(x)dx=F(x)+C,

(6)

dx x

f( ) dentro de

para dizer que a função f (x) é a derivada com relação a

x de alguma função. Às antiderivadas também chamaremos de integrais. Encontraremos as antiderivadas utilizando algumas regras:

I) A integral da derivada de x é igual a x mais uma constante arbitrária C.

C x dx= +

.

II) Se n for um número racional,

+ + = + C n x dx x n n 1 1 , n≠−1.

A afirmação acima diz que a derivada de C n xn + + + 1 1 é xn. Confira o resultado. Exemplo:

x2dx= Exemplo:

dx=

xdx= x 2 2 1 Exemplo:

xdx=

x3dx= 1 3

III) A integral da constante a vezes a função é igual a constante a vezes a integral da função.

( )

x dx a f

( )

xdx af

=

.

(7)

IV) A integral da soma é a soma das integrais.

Se f1 e f2 forem definidas no mesmo intervalo, então

( )

( )

( )

( )

[f1 x +f2 x ]dx=

f1 xdx+ f2 x dx.

Ex:

(

4x3+x2 −17

)

dx=

4x3dx+

x2dx+

−17dx=

Atividades

1. Faça a antidiferenciação e verifique o resultado calculando a derivada da sua resposta. a)

(3x+ dx5) b)

(5x4 −8x3+9x2−2x+7)dx c)

+ dx x x x( 1) d)

+ dt t t 3 4 2 7 5 e)

3x4dx f)

2x7dx g)

dx x3 1 h)

dx t5 3 i)

u2du 3 5 j)

103 x2dx k)

dx x 3 2 l)

dy y 3 m)

6t23 tdt n)

7x3 xdx o)

(4x3+x2)dx p)

(3u5−2u3)du q)

y3(2y2−3y)dy r)

x4(5−x2)dx s)

(3−2t+t2)dt

(8)

t)

(4x3−3x2+6x−1)dt u)

(8x4 +4x3 −6x2−4x+5)dx v)

(2+3x2−8x3)dx x)

x(x+ dx1) y)

(ax3+bx2+c)dx z)

(x2 − dxx) 3 a1)

      dx x x 1 b1)

      + + dx x x 5 3 2 2 3 c1)

      + dx x x4 2 1 1 3 d1)

 + − dx x x x2 4 4 e1)

       + dy y y y4 2 2 1 f1)

      + dx x x 3 3 1 g1)

 − dt t t 3 3 1 27

Observe que quando calculamos uma integral, por exemplo:

3x dx=x2+C

, onde C é qualquer valor real. Para cada valor de C obtemos uma curva diferente, neste caso deslocamos a curva f(x)=x2 em C unidades para cima

e para baixo na direção do eixo y. No mesmo plano cartesiano faça um esboço dos gráficos de f(x)=x2+Cpara C ={−3,0,2,5}

(9)

A equação f(x)=x2+C representa uma família de curvas. Para obtermos a

curva específica que passa pelo ponto (2, 6), fazemos: 2

4 6 2

6= 2+C =CC= . A equação procurada então é f(x)= x2 +2 que

esboçamos no gráfico acima.

Atividades

2. Em qualquer ponto (x, y) de uma determinada curva, a reta tangente tem uma inclinação igual a 4x – 5. Se a curva contém o ponto (3, 7), ache a sua equação.

Lembrete: A inclinação da reta tangente a uma curva em qualquer ponto (x, y) é a derivada nesse ponto.

3. O ponto (3, 2) está numa curva em qualquer ponto (x, y) sobre a curva a inclinação da reta tangente é igual a 2x – 3. Ache uma equação da curva.

4. A inclinação da reta tangente num ponto qualquer (x, y) de uma curva é

x

3 . Se o ponto (9, 4) está na curva, ache uma equação para ela.

5. Os pontos (-1, 3) e (0, 2) estão numa curva e em qualquer ponto (x, y) da

curva x dx y d 4 2 2 2 −

= . Ache uma equação da curva. Sugestão: faça dx dy dx y d ' 2 2

= e obtenha uma equação envolvendo y’, x, e uma constante arbitrária C1. Dessa equação, obtenha uma outra envolvendo y, x,

1

(10)

Antiderivadas de Funções Trigonométricas

As integrais abaixo são consequencias diretas das derivadas das funções trigonométricas conhecidas.

I) Função Seno.

Se f (x) = sen(x) então

senx dx=−cosx+C.

II) Função Cosseno.

Se f (x) = cos(x) então

cosx dx=senx+C.

III) Função Secante ao quadrado. Se f (x) = sec2(x) então

sec2x dx=tgx+C

. IV) Função Cossecante ao quadrado..

Se f (x) = cosec2(x) então

cossec2x dx=cotgx+C

. V) Função Secante vezes a tangente.

Se f (x) = sec(x)tg(x) então

secx tgx dx=secx+C.

VI) Função Cossecante vezes cotangente.

(11)

Exemplo:

(

3secx tgx5cosec2x

)

dx=

Algumas identidades trigonométricas frequentemente usadas no cálculo de antiderivadas trigonométricas: 1 cosecx= senx 1 sec cosx x= 1 cotgx= tgx ) cos( ) ( ) ( x x sen x tg = ) ( ) cos( ) ( cot x sen x x g = ) cos( 1 ) sec( x x = ) ( 1 ) ( cos x sen x c = 1 ) ( cos ) ( 2 2 x + x = sen x x tg2( )+1= sec2 x x g2( ) 1 cosec2 cot + =

(

1 cos(2)

)

2 1 ) ( 2 t t sen = − ) cos( ) ( ) cos( ) ( ) (a b sen a b sen b a sen ± = ± ) ( ) ( ) cos( ) cos( )

cos(a±b = a bsen a sen b

) cos( ) ( 2 ) 2 ( x sen x x sen = ) ( ) ( cos ) 2 cos( x = 2 x sen2 x Exemplo:

dx= senx x sen gx 3 2 cot 2 Exemplo:

(

tg2x+cotg2x+4

)

dx= Atividades

6. Faça a antidiferenciação e verifique o resultado calculando a derivada da sua resposta.

(12)

b)

(

5cosx−4senx

)

dx= c)

dx= x senx 2 cos d)

dx= x sen x 2 cos

e)

(

4cosecxcotgx+2sec2 x

)

dx= f)

(

3cosec2t−5sect tgt

)

dt= g)

(

2cotg2θ−3tg

)

dθ= h)

tgθ− θ θdθ= cos cos 4 3 2

Regra da Cadeia para a Antidiferenciação Para calcular a derivada de (1 2)10

10 1 )

(x x

f = + aplicamos a regra da cadeia, e

obtemos: (1 ) (1 )' (1 ) (2 ) 10 10 ) ´(x x2 9 x2 x2 9 x f = + ⋅ + = + ⋅ . Para calcular

(1+x2)9(2x)dx

, vemos que fazendo g(x)=(1+x2) e que g'(x)=2x, temos

g(x)9g'(x)dx

. Ainda fazendo g(x) = u, temos u =(1+x2) e

dx x du xdx du= ⇒ = 2

2 . Fazendo as substituições temos:

=

u du=u +C = +x +C x du x u9 9 10 (1 2)10 10 2 ) 2 ( .

Resultado: Se g for uma função diferenciável e se n for um número racional, C n x g dx x g x g n n + + = +

1 )] ( [ ] ) ( ' [ )] ( [ 1 , para n≠−1.

Note que fizemos uma substituição, u =(1+x2) e, na prática, é utilizado o

termo “integral por substituição”, ao invés de regra da cadeia para integrais. Exemplo: Calcule

3x+4dx. Fazendo

(

x+

)

2dx 1 4 3 , utilizamos a substituição u = x3 +4 Exemplo: Calcule

x2(5+2x3)8dx .

(13)

Exemplo: Calcule

xcos(x2)dx . Exemplo: Calcule

x2 1+xdx . Fazemos u=1+xx=u1x2 =(u1)2, e prosseguimos os cálculos. Atividades

7. Calcule a integral por substituição, ou seja, utilizando a regra da cadeia:

a) dx x x sen

b)

1−4ydy c)

3 3x4dx d)

3 62xdx e)

5r+1dr f)

x x2+9dx g)

3x 4x2dx h)

x2

(

x3

)

10dx 1 i)

x

(

2x2 +1

)

6dx j)

5x3 (94x2)2dx k) dx x x

( 2 +1)3 l) dy y y

4 5 3 ) 2 1 ( m) ds s s

3 2 +1 n)

(

xx+

)

3dx 4 2 4 4 o)

x4 3x5−5dx p)

x x+2dx q) dt t t

+3 r)

(

)

dr r r

7 1 2 s)

x3

(

x2

)

12dx 2 t)

x2 3−2xdx u)

x

(

+x

)

4dx 1 3 5 3 v)

cos4θdθ x)

sen xdx 3 1 y)

x2senx3dx 6 z)

tcos4t2dt 2 1 a1)

sec25xdx b1)

cosec22θdθ c1)

ycosec3y2cotg3y2dy d1)

r2sec2r3dr e1)

x

(

+senx

)

5dx 2 cos f1)

(

)

dx x senx

+ 2 cos 1 4 g1) 2 3 1 1 x dx x

+ h1) 1 1 2 t dt t

i1)

2senx3 1+cosxdx

j1)

sen2x 2−cos2xdx

(14)

l1)

sen3θcosθdθ m1)

(

tg x+ g x

)

2dx 2 cot 2 n1) dx x sen x

4 1 4 1 cos 2 1 o1) dx x sen x

1cos23 3 p1) dt t t

sec23 q1)

(

)

dx x x x x

3++322+1 2 r1)

x

(

x2+

)

x2−x4dx 2 4 1 s1)

+s

(

s+

)

2ds 1 3 t1)

(

)

(

y

)

dy

y

+

3 2

3

3

u1)

(

2t2+1

)

31t3dt v1) dr r r

3+2 4 3 1 ) 2 ( x1) dt t t t t     −       +

2 2 2 3 1 1 y1) dx x x

+ 2 3 2 3 ) 4 ( z1) dx x x

2 3 2 1

a2)

sen x sen(cosx)dx

(15)

Integral da Função Exponencial e Logarítmica

Função exponencial é toda a função cuja variável independente esteja no expoente, ou seja, uma função da forma f(x)=ax onde a > 0, a1 é uma

função exponencial e o número real a é a base. A integral de tal função é dada por C

a a dx ax = x +

ln , onde a e a log ln = , ou seja, ln a é o logaritmo neperiano de a, que nada mais é que o logaritmo cuja base é o número de euler. Exemplo:

dx=

dx x x 2 3 3 10 10 , fazendo a substituição dx du dx du x u= ⇒ = ⇒ = 3 2 2 3 2 3 , temos: u du= udu= u +C

10 32 ln1010 3 2 3 2 10 .

Retornando a substituição, finalizamos: C

x + ⋅ 10 ln 10 3 2 2 3 .

Quando a base da função exponencial é o número de euler e, temos a função exponencial natural f(x)=ex. Utilizando a função acima, temos:

C e C e C e e dx ex = x + = x + = x+

ln 1 . Exemplo:

e dx = x 2 3 , fazendo a substituição u= xdu= dxdu =dx 3 2 2 3 2 3 , temos: eu du= eudu= eu+C

32 32

32 . Retornando a substituição, finalizamos: C e x + ⋅ 2 3 3 2 .

Quando a base do logaritmo é o número de euler e temos logea, que

chamamos de lna. Tal função é conhecida como logarítmica natural ou logaritmo neperiano e obedece as mesmas regras de logaritmos. Se u for uma função de x diferenciável, e f(u)=lnu, então u du

u df u u du df ' 1 ' 1 = = , aplicando

a antiderivada em ambos os lados da igualdade, C u u f du u u df =

⇒ = +

1 ' ( ) ln .

Observação: Lembramos que o domínio da função logarítmica são os reais positivos excluindo o zero. Portanto, os valores considerados para as equações abaixo que estão nos logaritmos neperianos devem ser apenas as imagens reais e positivas. O sinal de valor absoluto que aparece nos livros de cálculo foi omitido.

(16)

Exemplo: Calcule

+ dx x x 1 3 2 .

Fazemos a seguinte substituição de variáveis: dx x du dx x du x u= + ⇒ = ⇒ 2 = 2 3 3 3 1 . Então du u C x C u x du u x dx x x + + = + = = ⋅ = +

ln( 1) 3 1 ln 3 1 1 3 1 3 1 3 2 2 3 2 . Exemplo: Encontrar

+ + dx x x 1 2 2 Como 1 2 2 + + x x

é uma fração racional imprópria, pois temos duas raízes no polinômio do numerador e uma raiz no polinômio do denominador (isso caracteriza a fração racional imprópria), dividimos o numerador pelo denominador, 1 3 1 1 2 2 + + − = + + x x x x . Então:

= − + + + + + − = + + dx x x x C x x dx x x ) 1 ln( 3 2 1 1 3 1 1 2 2 2 . Exemplo: Calcule

dx x x ln

Faz-se a substituição: xdu dx

x dx du x u= ln ⇒ = ⇒ = . Então temos:

= xdu= udu= u +C= x +C x u dx x x 2 (ln )21 2 1 2 1 ln .

A partir da integral do logaritmo neperiano, podemos obter a fórmula da integral de funções trigonométricas que não foram vistas até então:

I) Função tangente: dx x senx dx tgx

= cos .

Fazendo a substituição de variáveis: dx senx du dx senx du x u = − ⇒ − = ⇒ = cos temos:

=− = + =− + − ⋅ = u C x C u du senx du u senx dx x senx ) ln(cos ln ) (

cos , por propriedade

de logaritmo, fazemos C x C x C x C x x f + = +      = + = + − = − lnsec cos 1 ln ) ln(cos ) ln(cos ) ( 1 . Exemplo: Calcule

tg3x dx=

II) Função Cotangente: dx

senx x dx

gx

cot = cos

Fazendo a substituição de variáveis: dx

x du dx x du senx u= ⇒ = ⇒ = cos cos temos:

(17)

= ⋅ = = u+C= senx +C u du x du u x dx senx x ) ln( ln cos cos cos . Exemplo: Calcule

cotg3x dx

III) Função Secante:

secx dx=ln(secx+tgx)

Multiplicamos e dividimos tal função por (secx + tgx).

 = ++ + + = dx tgx x xtgx x dx tgx x tgx x x dx x sec sec sec sec sec sec sec 2 . Fazendo a substituição dx x xtgx du dx x xtgx du tgx x u = + ⇒ + = ⇒ + = 2 2 sec sec sec sec sec , temos:

= = + = + + + ⋅ + du u C x tgx C u xtgx x du u xtgx x ) ln(sec ln 1 sec sec sec sec 2 2 . IV) Função Cossecante:

coscx dx=ln(coscx−cotgx)+C

Multiplicamos e dividimos tal função por (coscx - cotgx), de forma análoga a função trigonométrica anterior.

Exemplo: Calcule

x sen

dx 2

(18)

Atividades

8. Calcule o valor das integrais abaixo: a)

− x dx 2 3 b)

+10 7x dx c) dx x x

23+4 d) dx x x

2 2 e) dx x x

533 −1 2 f) dx x x x

2( 11) g) dt sent t

1+2cos h) dt t t sen

cos 33−1 i)

(cotg5x+cosec5x)dx j)

(tg2x+sec2x)dx k) dx x x sen

2−cos3 2 2 l) dx x sen x

cos 33+3 m) dx x x

22 −4 3 n) dy y y

35+24 o)

x x dx ln p)

x(1dx+ x) q) dx x x

ln23 r) dx x x x

(2(1+lnln2 )) s) dx x x x x

[(ln ) ++ln ] 1 ln 2 2 t) dx x x x x

3 −2 3++15 −2 2 3 5 u) dx x x tg

(ln ) v) dt t t g

cot x)

e2−5xdx y)

e2x 1+dx z)

+ dx e e x x 2 1 a1)

e3xe2xdx b1)

e dx e x x 2 3 3 ) 2 1 ( c1)

x2e2x3dx d1)

+ dx e e x x 3 2 e1)

+ex dx 1 f1)

32xdx g1)

anxdx h1)

atetdt i1)

5x4+2x(2x3+1)dx j1)

x x3dx 10 2 k1)

azlnz(lnz+ dz1) l1)

ey2ey3eydy m1)

dx x x) ln( 4 n1)

(

(

)

)

dx x x x x

4+ +2+ 2 2 1 2 3 1 3

(19)

Se tivermos uma função do tipo h(x)= f(x)⋅g(x), a sua derivada é dada pela regra do produto para derivadas: h'(x)=(f(x)⋅g(x))'= f'(x)⋅g(x)+ f(x)⋅g'(x), donde temos, isolando f'(x)⋅g(x): f'(x)⋅g(x)=(f(x)⋅g(x))'−f(x)⋅g'(x).

Aplicando integral em ambos os membros:

dx x g x f x g x f dx x g x f'( ) ( )

[( ( ) ( ))' ( ) '( )]

⋅ = ⋅ − ⋅ . Como a integral da soma é a

soma das integrais:

f'(x)⋅g(x)dx=

(f(x)⋅g(x))'dx

f(x)⋅g'(x)dx=

f'(x)⋅g(x)dx=f(x)⋅g(x)− f(x)⋅g'(x)dx. Se fizer v= f(x)⇒dv= f'(x) e também u=g(x)⇒du=g'(x), e assim a fórmula fica da forma:

udv=uvvdu. Então para usar tal fórmula, basta identificar na integral

quem será u e quem será dv. Exemplo:

x lnxdx Fazemos x dx du x u= ln ⇒ = e também 2 2 x v xdx dv= ⇒ = , logo

= − ⋅ x dx x x x xdx x 2 ln 2 ln 2 2

e então é só utilizarmos o método de substituição conhecido. Exemplo:

x3ex2dx Exemplo:

x cosxdx Exemplo:

x2exdx Exemplo:

exsenxdx Atividades

9. Calcule a integral por partes: a)

xe3xdx

b)

xcos2xdx

c)

x secxtgxdx

(20)

e)

lnxdx f)

(lnx)2dx g)

xsec2xdx h)

x ln2 xdx i)

(

)

+ dx x xex 2 1 j)

x2sen3xdx k)

senxln(cosx)dx l)

sen(lnx)dx m)

excosxdx n)

x5ex2dx o)

x dx x 2 3 1 p)

dx e x sen x 2 q)

x2senxdx r)

e dx e x x 1 2 s)

cos xdx

Integração de Funções Racionais por Frações Parciais

Uma função racional é uma função da forma ( ) (( )) x Q x P x H = , onde P(x) e Q(x) são polinômios. Quando o grau do numerador for maior ou igual ao grau do denominador, temos uma fração racional imprópria, então para realizar a integração, fazemos a divisão do numerador pelo denominador, até obter uma fração racional própria, ou seja, uma fração racional cujo grau do numerador é menor que o grau do numerador. É com frações racionais próprias que vamos

(21)

trabalhar. Por exemplo, em

− + + − dx x x x x 4 1 3 10 2 2 4

efetuando a divisão temos:

− +

dx x x dx x 4 23 3 ) 6 ( 2 2

. É com expressões como o integrando da segunda parcela que vamos trabalhar. Preocuparemo-nos em escrever funções racionais próprias na forma de soma de frações parciais. Iniciamos fatorando o denominador em produto de fatores lineares e quadráticos. Então serão considerados os casos: I) Em ( ) (( )) x Q x P x

H = , os fatores de Q(x) são todos lineares e nenhum é repetido. Então a soma de frações parciais é dada por:

n n n b x a A b x a A b x a A x Q x P + + + + + + = ... ) ( ) ( 2 2 2 1 1 1 Exemplo:

− − − x x x dx x 2 ) 1 ( 2 3 II) Em ) ( ) ( ) ( x Q x P x

H = , os fatores de Q(x) são todos lineares e alguns são repetido. Supondo que (aix+bi) seja repetido p vezes, então:

i i p i i p p i i p i i ax b A b x a A b x a A b x a A + + + + + + + + − − 2 1 1 2 1 ) ( ... ) ( ) ( Exemplo:

− − 3 2 3 ) 2 ( ) 1 ( x x dx x III) Em ( ) (( )) x Q x P x

H = , os fatores de Q(x) são quadráticos e nenhum fator é repetido. Os fatores quadráticos permanecem porque não é possível obter raízes reais para eles, então eles devem permanecer como uma equação do segundo grau. A fração parcial que possui polinômio de segundo grau no denominador fica da forma:

c bx ax B Ax + + + 2 . Exemplo:

− + + + + = + + − − − 1 2 2 ) 2 2 )( 1 ( ) 3 2 ( 2 2 2 x C x x B Ax dx x x x x x

(22)

IV) Em ( ) (( )) x Q x P x

H = , os fatores de Q(x) são quadráticos e nenhum, ou alguns dos fatores são repetidos. Se um fator quadrático de Q(x), que pode ser

(

ax2 +bx+c

)

repetido p vezes, então teremos a soma de p frações parciais da forma:

(

) (

)

ax bx c B x A c bx ax B x A c bx ax B x A p p p p + + + + + + + + + + + + −1 2 2 2 2 2 1 1 ... . Exemplo:

(

(

)

)

+ − − dx x x x x 2 2 5 4 2 Atividades 1. Calcule a integral: a)

−4 2 x dx b)

− + 6 2 2 x x dx x c) dx x x

5242 e) dx x x x x

3(4 −22)2

(23)

f)

− + − dw w w w 4 7 2 11 4 2 g)

− − − − dt t t t t 2 5 3 5 26 9 2 2 h)

− − − dx x x x x 3 2 4 1 2 6 i)

− + + dx x x x 1 2 2 2 j)

+ 2 3 3x x dx k)

− − + dx x x x x 3 2 4 1 l)

x2(x+1)2 dx m)

− + − dx x x x x 2 3 2 1 3 n)

+ + − − dx x x x x 2 2 ) 1 )( 3 2 ( 7 3 o)

(t+2)2(t+1) dt p)

− + dz z z 2 2 4) ( 1 3 q)

− + − + − 2 5 4 ) 5 11 5 ( 2 3 2 x x x dx x x r)

+ − + + − − + dx x x x x x x x 3 5 17 4 5 3 2 3 2 3 4 s)

− + − dx x x x x 4 5 4 2 1 2 2 t)

+ + − − + + + − dx x x x x x x x 4 4 11 6 9 17 52 30 24 2 3 4 2 3 u)

+ −8 1 16x4 x2 dx v)

+ x x dx 3 2 x)

(

x(x+24+

)

4) dx x z)

−1 16x4 dx w)

(

)

− + − − − 8 4 2 4 4 2 3 2 x x x dx x x a1)

(

(

)

(

)

)

+ + + + 1 1 2 1 2 2 t t dt t t b1)

+ + + dw w w w w 4 4 13 3 3 3 c1)

− + − + 1 ) ( 2 3 2 x x x dx x x d1)

+ 2 4 9x x dx e1)

+ +x x x dx 2 3 f1)

+ + + 2 3 4 4 4 ) 3 ( x x x dx x g1)

+ + + − x x x dx x x 3 5 2 2 ) 2 2 ( h1)

+ − + + ) 3 2 )( 3 ( ) 9 2 ( 2 2 3 x x x dx x x i1)

+ − − + − 2 2 2 3 ) 5 2 ( ) 10 15 5 ( z z dz z z z ji)

(t+1)3 dt k1)

− − + 1 27 ) 1 2 ( 3 2 x dx x x l1)

+ 2 2 5 ) 1 ( x x e dx e m1)

(4 2+9)2 18 x dx n1)

+ + + + + 4 6 4 ) 2 3 2 ( 2 3 2 x x x dx x x o1)

(6 +4( 3++98)( +224+3)+32) 2 3 4 w w dw w w w w A Integral Definida

Para que possamos compreender a integral definida, entenderemos primeiramente a soma de Riemann.

Imagine uma função qualquer, por exemplo f(x)=10x2. Para obtermos a

área do gráfico de tal função com o eixo x no intervalo que vai de ¼ até 3, Riemann sugeriu o seguinte processo:

(24)

1) Observamos que f é definida no intervalo [ ¼ , 3], ou seja, todos os valores do intervalo tem valor real para a função dada, e portanto a função é contínua no intervalo. Podemos esboçar o gráfico para observar:

2) Dividimos o intervalo [ ¼ , 3] em n subintervalos. Para tal fazemos x0 =a e b

xn = , e escolhemos qualquer um dos (n – 1) pontos intermediários entre ¼ e

3 de modo que x0 <x1<...<xn−1<xn. Os pontos x0, x1, x2, ..., xn−1, xn

não são necessariamente eqüidistantes. Podemos escolher por exemplo: 25 , 0 4 1 0 = = x , x1 =1, 1,5 2 3 2 1 1 2 = = = x , 1,75 4 7 4 3 1 3= = = x , 2,25 4 9 4 1 2 4 = = = x , 3 5 = x . No gráfico temos:

3) O comprimento de cada subintervalo, será denotado por Δix, donde temos

que Δ1x=x1−x0, Δ2x=x2−x1, ...., Δix =xixi−1. O conjunto desses

subintervalos forma uma partição do intervalo que podemos chamar de partição

Δ. Para o exemplo, temos os valores de delta: 0,75 4 3 4 1 1 0 1 1 = − = − = = Δx x x , 5 , 0 2 1 1 2 3 1 2 2 = − = − = = Δ x x x , 0,25 4 1 2 3 4 7 2 3 3 = − = − = = Δ x x x , 5 , 0 2 1 4 2 4 7 4 9 3 4 4 = − = − = = = Δ x x x , 0,75 4 3 4 9 3 4 5 5 = − = − = = Δ x x x . E assim, temos que 2,75 4 11 4 1 3− = = =

Δ , que é o mesmo que obtemos fazendo

75 , 2 75 , 0 5 , 0 25 , 0 5 , 0 75 , 0 5 4 3 2 1+Δ +Δ +Δ +Δ = + + + + = Δ = Δ x x x x x . Ao

comprimento de cada subintervalo calculado anteriormente chamamos norma e indicamos por ||Δix||.

4) Em cada partição Δix escolhemos um ponto qualquer ξi, tal que i

i

i x

x−1<ξ < . Para o exemplo, podemos tomar

2 1 1 = ξ , pois 1 2 1 4 1 < < , o que quer dizer que x0 <ξ1<x1. Satisfazendo a condição xi−1<ξi <xi, podemos

escolher 1,25 4 5 4 1 1 2 = = = ξ , 1,75 4 7 4 3 1 3= = = ξ , ξ4 =2 e 2,75 4 11 4 3 2 5 = = = ξ .

(25)

Calculamos o valor da função em cada um dos pontos ξi, fazendo 2 ) ( 10 ) ( i i f ξ = − ξ . Então temos: 4 3 9 2 1 10 2 1 2 =       − =       f , 16 7 8 4 5 10 4 5 2 =       − =       f , 16 15 6 4 7 10 4 7 2 =       − =       f ,

( )

2 =10

( )

22=6 f e 16 7 2 4 11 10 4 11 2 =       − =       f .

5) Observamos que o produto fi)⋅Δix é a área do retângulo de base Δix e

altura f(ξ . Somando as áreas dos retângulos formados por cada uma das i)

partições podemos aproximar a área formada entre o gráfico de f(x)=10x2

e o eixo x, no intervalo [ ¼ , 3]. Então f(ξ1)⋅Δ1x+f(ξ2)⋅Δ2x+ f(ξ3)⋅Δ3x+ f(ξ4)⋅Δ4x+ f(ξ5)⋅Δ5x=

( )

28,667 3 86 3 32 18 4 3 16 7 2 2 1 6 4 1 16 15 6 2 1 16 7 8 4 3 4 3 9 = = =            +       +             +             +             , que é a área aproximada.

O somatório da área formada por cada partição, da forma

= Δ ⋅ = Δ ⋅ + + Δ ⋅ + Δ ⋅ n i i i n n x f x f x f x f 1 2 2 1 1) ( ) ... ( ) ( ) (ξ ξ ξ ξ é denominada soma de

Riemann, por causa do matemático Georg Frederic Bernhard Riemann (1826 - 1866).

O gráfico da função pode estar abaixo do eixo x, fazendo com que no somatório, a área de uma dada partição seja descontada e não somada, então não teríamos a área entre o gráfico e o eixo x, como podemos ver na figura abaixo:

No exemplo, f(ξ3), f(ξ4), f(ξ5), f(ξ8),f (ξ9),f (ξ10) são negativos gerando

parcelas negativas. Por causa desses casos é que estamos interessados no valor absoluto das parcelas e assim fazemos

= Δ ⋅ n i i i x f 1 ) (ξ . Observe que quanto maior o número de partições Δix, menor a norma dessas partições

(26)

|| ||Δix , e mais o somatório

= Δ ⋅ n i i i x f 1 )

(ξ se aproxima da área real entre o gráfico e o eixo x. Então a área entre o gráfico e o eixo x no intervalo [a, b], onde a função é definida pode ser aproximado por

= → Δ ⋅Δ n i i i x f x i || 0 1 || maxlim (ξ) .

Assim, consideramos que a norma da partição de maior comprimento tende a zero, logo o comprimento das demais partições também tenderá a zero, e os retângulos irão se ajustando entre o gráfico e o eixo x, de forma que o somatório de suas áreas seja uma boa aproximação da área entre o gráfico e o eixo x. O limite acima expressa a integral definida num intervalo.

Definição: Se f for uma função definida no intervalo fechado [a, b], então a integral definida de f de a até b, denotada por

b

( )

a f x dx, será dada por

( )

= Δ → = ⋅Δ n i i i x b a f x dx i f x 1 0 || ||

maxlim (ξ) , se o limite existir.

Na notação de integral definida

ab f

( )

x dx, f

( )

x é chamada de integrando, a

de limite inferior e b de limite superior. O símbolo

, utilizado para a integração é o mesmo utilizado para o cálculo da antiderivada. Seu formato é parecido com S, que lembra soma, pois a integral definida é o limite de uma soma. Para calcular a integral definida, temos que na verdade calcular o limite de uma soma, o que nem sempre torna-se viável de se fazer. Podemos calcular a integral definida através da antiderivada, por isso também o sinal ser usado em ambos os casos. O segundo teorema fundamental do cálculo define o cálculo da integral definida pela antiderivação ou pelo cálculo da integral indefinida da seguinte forma:

Segundo Teorema Fundamental do Cálculo: Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e seja g uma função tal que g'(x)= f(x) para todo x em [a, b]. Então b f

( )

t dt g(b) g(a)

a = −

.

Ou seja, basta calcular a antiderivada, e fazer o valor da antiderivada no extremo superior menos a antiderivada no extremo inferior. Dessa forma a antiderivada fica conhecida também como integral indefinida.

Exemplo: Encontre o valor de

3x dx 1

2

e interprete o resultado geometricamente.

As mesmas propriedades da antiderivada, ou seja, da integral indefinida são válidas para a integral definida. Então, abaixo verificamos abaixo algumas propriedades da integral definida que são diferentes que a da antiderivada:

(27)

I) Se a > b, então

ab f(x)dx=−

ba f(x)dx se

ba f(x)dx existir. Exemplo: Verifique que

=−

3

1 2 1 3 2dx x dx x .

II) Se f(a) existe, então a f x dx

a

( ) .

Exemplo:

1x dx 1

2

III) Se a função f for integrável nos intervalos [a, b], [a, c] e [c, d], então

ab f(x)dx= ac f(x)dx+ cb f(x)dx, onde a < c < b. Exemplo: Verifique que

=

2 +

1 3 2 2 2 3 1 2dx x dx x dx x

IV) Se a função f for integrável nos intervalos [a, b], [a, c] e [c, d], então

ab f(x)dx= ac f(x)dx+ cb f(x)dx, não importando a ordem de a, b e c. Exemplo: Verifique que

=

2 +

1 3 2 2 2 3 1 2dx x dx x dx x

V) Se as funções f e g forem integráveis no intervalo fechado [a, b] e se

) ( )

(x g x

f para todo x em [a, b], então:

ab f(x)dxabg(x)dx

Exemplo: Comprove o resultado para f(x)= x2 +1 e para g(x)=x2 no

intervalo [1, 3] e faça o gráfico das funções.

(28)

1. Calcule o valor da integral definida usando os resultados: 3 2 1 2 =

x dx 2 3 2 1 =

xdx

0 senxdx =2 π cos 0 0 =

π xdx π π 2 1 0 2 =

sen xdx a)

x x dx − − + 2 1 2 4 5) 2 ( b)

x dx − − 2 1 2) 8 ( c)

x x dx − − + 2 1 2) 2 1 5 2 ( d)

x x dx − − − 2 1 2 4 1) 3 ( e)

2−1 x+ 2dx ) 1 2 ( f)

x x dx − + − 2 1 2 ) 2 1 3 1 5 ( g)

x x dx − − + 2 1( 1)(2 3) h)

2−13x(x−4)dx i)

π senx+ x+ dx 0 (2 3cos 1) j)

π xdx 0 2 cos 3 k)

0π x+ 2dx ) 4 (cos l)

0(senx2)2dx π

2. Calcule as integrais definidas abaixo: a)

5 dx 2 4 b)

dx − 4 37 c)

dx − 2 2 5 d)

−1 dx 5 6 e)

dx − 10 5 f)

3 dx 3 g)

7 xdx 3 2 h)

5 xdx 23 i)

4x dx 0 2 j)

x dx − 1 2 3 k)

xdx − + 6 3 3 l)

x dx − + 1 2 3 2 ) 1 ( m)

x x dx − − + 0 4 2 4 8 16) ( n)

x x dx − − + 4 1 2 4 ) 16 8 ( o)

3senxdx 6 π π p)

−3 xdx 2 3 cos π π q)

4 xdx 1 ( 2) r)

x dx − + 2 1 2 5 s) dx x x

− + 2 1 2 t) dx x x

− − + 2 5 3 5 u)

−2 xx dx 2 3 9cos ) cos 4 ( π π v)

2 sen xdx 2 3 3 π π x)

4 xx + x+ dx 2 1( 3 6 2 9 1) y)

x x dx − + 1 1 3 1 3 4 ) 4 ( z)

2 x x + dx 0 3 2 1 2 w)

03x 1+xdx a1)

2sen xx dx 0 3 cos π b1)

3 xx+ dx 0 2 4 1) 3 ( c1)

4 xx + dx 0 2 3 1) ( d1)

36 x2 − x dx ) 2 ( e1)

x x dx − + − 3 1 2 5 1) 3 ( f1) dx x x

12 +2 2 1 g1)

y y dy − − 5 3 3 4 ) ( h1) dz z z

1 + 0 ( 2 1)3

(29)

i1)

14 x(2+x)dx j1)

10 xdx 1 5 1 k1)

0 5t t2 +1dt l1)

w w dw − − 0 2 2 4 3 m1)

31( y+2)3 dy n1)

2 sen xdx 0 2 π o1)

π xdx 0 2 1 cos p1)

2t t + dt 1 3 2 1 q1) dx x x

3 1 (3 2 1)3 r1) dy y y y y

1 ++ + 0 3 3 2 2 4 3 ) 2 ( s1) dw w w w

4 − 2 3 4 t1) dx w w

15 + 0 (1 )34 u1)

5x xdx 4 2 4 v1)

03(x+2) x+1dx x1)

x x dx − + + 1 2( 1) 3 y1) dx x x

1 ++ 0 3 1 1 z1)

1e dx 0 2 w1)

1e2 x dx a2)

3 1 e x dx b2)

e dx x x 1 ln c2)

2 2 ) (ln e e x x dx d2)

3 + − 0 2 dx e ex x e2)

2 − 0 4 2 dx xe x f2)

+ 2 1 e e dx e x x

(30)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTON, H. Cálculo: Um Novo Horizonte. 8 reimp. Porto Alegre: Bookman, 2007.

GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo. Volume 1. 5 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos Científicos, 2001.

HUGHES-HALLETT, D. [et al.]. Cálculo Aplicado. Rio de Janeiro: LTC, 2005. STEWART, J. Cálculo. Volume 1, 6. ed. São Paulo: Pioneira, 2006.

Lista de Sites

Matemática Essencial: Disponível em

http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/superior.htm (acesso em março/2011).

e-Cálculo: Disponível em http://ecalculo.if.usp.br/ (acesso em março/2011).

Cálculo A. Disponível em

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