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RECORRENTE: COMPANHIA DE SEGUROS PREVIDENCIA DO SUL SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PR! VADOS - SUSEP. PENALIDADE ORIG!NAL: Multa no valor de R$ 9.000,00.

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MINISTERIO DA FAZENDA

CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PR! VADOS, DE PREVIDENCIA PR! VADA ABERTA E DE CAPITALIZAcAO - CRSNSP

213 Sessão Recurso no 5857

Processo SUSEP no 154 14.100968/2009-97

RECORRENTE: COMPANHIA DE SEGUROS PREVIDENCIA DO SUL RECORRIDA: SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PR! VADOS - SUSEP

EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. Den(incia promovida por corretora contra corretora concorrente e seguradora. EmissAo de apólices intermediadas por corretora sem habilitaçäo pela SUSEP. Existéncia de processo originado da mesma denüncia, para apurar a conduta da seguradora consubstanciada em "creditar comissOes de corretagem a corretora não habilitada junto a SUSEP". lnfraçao nica, apurada em processos diversos. Recurso conhecido e provido.

PENALIDADE ORIG!NAL: Multa no valor de R$ 9.000,00.

BASE NORMATIVA: Arts. 90 e 88 do Decreto-Lei no 73/66 c/c art. 20 da Lei n°4.594/64.

ACORDAO/CRSNSP No 5304/15. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, decidem os membros do Conseiho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalizacão, por unanimidade, dar provirnento ao recurso da Companhia de Seguros Previdência do Sul, nos termos do voto da Relatora. Presente a advogada Dra. Suelly Molina que sustentou oralmente em favor da recorrente, intervindo nos termos do Regimento Interno deste Conselho o Senhor representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Aratiijo Duarte.

Participaram do julgamento os Conseiheiros Ana Maria Melo Netto Oliveira, Claudio Carvaiho Pacheco, Thompson da Gama Moret Santos, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido, André Leal Faoro e Marcelo Augusto Camacho Rocha. Presente o Senhor Representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Araüjo Duarte, e a Secretária-Executiva, Senhora Theresa Christina Cunha Martins.

Sala das SessOes (Ri), 7 de maio de 2015.

)C 1

VZA~-MARIA MELO NET}XJ OLIVEIRA Presidente e Rel'atora

JOSEED(RDO DE ARAUJO DUARTE Procurador da Fazenda Nacional

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MINISTERIO DA FAZENDA

CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVLDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAcAO

Recurso no. 5857

Processo SUSEP n°. 15414.100968/2009-97

RECURSO ADMINISTRA11VO

Recorrente: Companhia de Seguros Previdência do Sul Recorrido: Superintendéncia de Seguros Privados - SUSEP Interessado: Serevi Corretora de Seguros Ltda

RELATORIO

Em 21 de agosto de 2006 foi protocolada por pane da interessada reclamacão contra as empresas Check Point Corretora de Seguros Ltda e Companhia de Seguros Previdência do Sul, da qual consta a alegacão de concorréncia desleal, em virtude de atos praticados pelas reclamadas que resultariam em prejuizo material e em infracâo as normas que regem a atividade securitária. Quanto ao prejuIzo material, a reclamante informou que está buscando a respectiva reparacão pela via judiciária.

Em 15 de outubro de 2009 (fI. 439), entretanto, foi solicitado o desmembramento do Processo original SUSEP n° 15414.100534/2006-44, em razäo da apreciacão de diferentes infracöes por ambas as empresas, a qual foi atendido (fI. 440). Assim, o processo em tela refere-se unicamente a denunciada Companhia de Seguros Previdéncia do Sul, em relaçâo apenas a suposta infração de emissäo de Apólice de Sequro de Vida em Grupo intermediada por corretora não habilitada pela SUSEP.

A reclamante relatou que apOs 6 (seis) anos de trabalho para tornar viável uma apólice coletiva de seguro de vida para Policials Militares da ADPMFESP, no aniversário da apôlice, em 01/06/2004, foi impedida de continuar a prestar seus serviços de corretagem, sendo preterida pela Check Point Corretora de Seguros Ltda; que, entretanto, nâo estava regularmente constitu Ida.

Questionou, assim, a fato da Corretora reclamada ter recebido proposta pela Companhia de Seguros Previdéncia do Sul, argumentando que esta não exigiu absolutamente nada da Corretora reclamada, apesar de conhecer a legislaçäo vigente, conquanto tivesse cobrado da reclamante o atendimento rigoroso as normas regentes da atividade securitária.

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A acao coordenada das rectamadas estaria, assim, retacionada

a

cooperacão da Seguradora rectamada para que a Corretora reclamada participasse de urna concorréncia sern estar habilitada e ainda a vencesse.

Por fim, corn base nos artigos 21 e 13 da Lei n° 4.594/64, a rectarnante acrescentou que a exercIcio da profissão de corretagern de seguros deve ser condicionado

a

previa habititacâo, devendo ser pagas comissöes apenas aos corretores habilitados. Destacou que a habilitação da Corretora rectamada junto

a

FENACOR/SUSEP, todavia, sornente fol concedida em 30/09/2004, conforme demonstrado

a

ft. 258, indicando que a Seguradora aguardou a abertura da Corretora rectamada para

so

depois creditar-the as corn issOes.

Após as rnanifestaçöes de ambas as rectarnadas, informando que a Corretora Check Point fol cadastrada em 05/10/2004 e o prim eiro pagamento de cornissão foi efetuado apenas em 07/10/2004, o que não caracterizaria quatquer infracão, decidiu a SUSEP oficiar a Seguradora para a apresentação das cOpias das apOtices relacionadas em sua defesa e respectivas propostas, bern corno das faturas e comprovantes de cornissöes pagas

a

Corretora rectarnada (fis. 288/289).

A SUSEP constatou o indIcio de viotacão

a

norma, tendo verificado, corn base nas manifestacOes de defesa das denunciadas (fts. 272/277 e 368/380), que a Corretora Check Point teve sua habititação concedida pela SUSEP em 30/09/2004 (ft. 258), embora a proposta de seguro de vida em grupo já tivesse sido assinada em 13/05/2004 (fts. 335/338), antes portanto da habititação. Tat proposta deu origem

as

apotices de fts. 31 7/320, emitidas em 01/06/2004 e corn vigOncia de 31/05/2004 a 31/05/2007, e de fts. 293/295, emitidas em 28/07/2004 e corn vigéncia de 31 /08/2004 a 31 /08/2005.

Destacou a SUSEP que, apesar da aceitacão de proposta de corretor exigir urn cadastramento prévio, corn vistas

a

anátise da sua regutarizacão perante os Orgãos pübticos competentes, a Seguradora aceitou a proposta da Corretora denunciada sern quatquer análise e, sabendo que a mesma náo era habititada, efetuou o respectivo cadastrarnento oficiat após a data de registro na SUSEP, bern corno pagou comissöes sornente apOs a habititação. Tais cornissOes, entretanto, correspondiarn a perlodo de cobertura do risco anterior

a

habilitacão, nos terrnos do parecer técnico da SUSEP (fis. 41 4/41 9), baseado no Dernonstrativo de Pagamento de Corretagern de outubro de 2004 (fi. 347) e na Dectaracão assinada peto Gerente Contábit da Seguradora (ft. 277).

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DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAcAO

Dessa forma, deddiu a Autarquia pela condenacao da seguradora (fI. 444), por infracão aos artigos 88 e 90 do Decreto-Lei no 73/66 e ao artigo 20 da Lei Federal n° 4.594/64, impondo-Ihe o pagamento de multa prevista no art.

50 inciso II, ailnea "n" da Resolucão CNSP n° 60/01, relativa

a

emissão de

Apólices de Seguro de Vida em Grupo intermediadas por Corretora não habilitada.1

Em 16 de setembro de 2010, a Recorrente apresentou suas razöes recursais (fls. 459/471), repisando Os argumentos trazidos na defesa de

fls. 375/380.

Em sIntese, a Recorrente afirmou que não haveria ábice, nos dispositivos legais ou infralegais apontados como infringidos pela SUSEP,

a

aceitação da proposta em questao, pois tais diplomas "não determ/narn que é proibido

a

seguradora ace/tar pro posta assinada por corretor de seguros não habilitado". Assim, com base no art. 50, inciso II da CE, pelo qual "n/nguern será

obr/gado a fazer ou deixar de fazer algurna co/sa senão em virtude da lei", 0

particular poderia fazer tudo o que a lei não proibisse, não podendo a SUSEP puni-la.

Especificamente em relação ao art. 21 da Lei 4.594/64, relativo

a

exigéncia de prévia obtencáo do tItulo de habilitacâo para o exercIcio da profissâo de corretor de seguros, a Recorrente destacou que o mesmo "não é dir/gido e nem se aplica

as

seguradoras", já que a referida lei regulamenta a profissão de corretor de seguros, dirigindo-se somente aos mesmos.

Explicou que "a obr/gacão da seguradora no contrato de seguro é garantir os riscos", e não "ingerir na escoiha do corretor, o que é ato do est/pulante". Dessa forma, "tendo em vista a aparência de legal/dade da opera ção,

Ia

que a Corretora reclamada apresentou documento corn pro batório de representação da Assoc/acao dos Pot/cia/s Mi//fares Defic/entes FIs/cos do Estado de São Paulo - APMDFESP, auforizando-a a sol/citar cotacoes, proposfas e estudos, aceitou sua pro posta, neste caso, de boa-fe, visto que ma/s vantajosa". Ademais, "tendo sempre a APMDFESP corno estipulante", destacou "que a pro posta não poder/a ser recusada,

ja

que preench/a Os requ/sitos necessár/os para a sua aceitacão, porquanto bastaria estar ass/nada

1 Convém ressaltar, conforme exposto, que, além da infraçao acima descrita, também foram

caracterizadas as seguintes infracOes, apuradas em processos distintos: i) comercializacao/intermediacáo irregular de Contrato de Seguro por Corretora nâo regularmente registrada e ii) efetuaçäo de créditos de comissäo de corretagem a Corretora näo habilitada

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DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAcAO

pelo representante legal do segurado, in casu, o estipulante", conforme o art. 90 do Decreto-Lei 73/66, a qual, portanto, nao teria sido infringido.

Alegou, por fim, nao ter ocorrido qualquer infracäo, e que seria ainda mais inaceitável a instauracão de dois processos distintos para uma ünica conduta. Assirn, tendo em vista que "o que se quer punir é 0 fato da recorrente ter contratado corn corretora,

a

época, ainda nâo habilltada", teria ocorrido uma ünica infraçao, a qual deveria ser penalizada somente uma vez, prevalecendo a unidade processual. 0 pagamento posterior das comissöes tratar-se-ia de mero exaurimento do contrato e, portanto, da infraçâo".

Concluiu corn o pedido de provirnento ao seu recurso, ou, alternativarnente, de extincão do processo referente

a

infracao de pagamento de comissöes de corretagem a Corretora não habilitada, devendo ser aplicada a Teoria da Absorcão, por meio da qual o delito rnais grave absorveria a menor, que seria julgado como pane do major, e não em separado. Dessa forrna, seria aplicada apenas a pena relativa ao delito major.

Em seu parecer (fls. 482/483), a Douta Representacão da PGFN neste Conseiho manifestou pelo juIzo positivo de conhecimento e negativo de provimento ao recurso, em razão da falta de apresentacao de fatos capazes de afastar a ilicitude dos atos praticados pela Reconrente.

Eorelatôrio. Brasilia, 23 de rnaio de 2014 I, ), A A M RIA M LO ET 0 OLIVERA Re lato ía

Representante do Ministério da Fazenda

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Recurso n°. 5857

Processo SUSEP no. 15414.100968/2009-97

RECURSO ADMINISTRATIVO

Recorrente: Companhia de Seguros Previdência do Sul Recorrido: Superintendéncia de Seguros Privados - SUSEP Interessado: Serevi Corretora de Seguros Ltda

EMENTA

Denüncia promovida por corretora contra corretora concorrente e seguradora. Emissão de apOlices intermediadas por corretora sem habilitação pela SUSEP. Existência de processo originado da mesma denüncia, para apurar a conduta da seguradora consubstanciada em "creditar comissöes de corretagem a corretora não habilitada junto

a

SUSEP". lnfração Unica, apurada em processos diversos. Provimento do Recurso.

VOTO

0 recurso

e

tempestivo e atende todos Os requisitos que dele se

espera. Conheco do mesmo.

A legislacao de regencia, sistematizada no Decreto-Lei n° 73/66, artigos 90 e 88 do Decreto-Lei e no art. 20 da Lei no 4.594/64, ainda que permita a contratacao de seguros mediante propostas assinadas pelo segurado ou pelo seu representante legal, prolbe a aceitaçao de proposta e a emissão de apólice intermediada por corretora nao habilitada perante a SUSEP. Tendo sido demonstrado nos autos que a seguradora de fato emitiu determinadas apôlices antes que a corretora obtivesse habilitacao perante a SUSEP,

e

de se entender que a infracao está materializada.

No entanto, entendo procedente a argumentacao da Recorrente no sentido de que não se pode segregar a conduta da emissão da apOlice e a

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conduta do pagamento de cornissão de corretagem, discutida no processo n° 15414.100969/2009-31.

Corn efeito, o pagamento da comissão de corretagem é decorrência natural e esperada da emissão de apOlice intermediada por corretor. E a finalidade da norma, nesse ponto,

e

proibir

as

seguradoras a contrataçao de seguro intermediada por corretor não habilitado pelo órgao regulador. Trata-se, a meu ver, de conduta una - a contratacao - podendo-se, outrossirn, defender-que que, no caso, opera-se o fenômeno da absorcao, tendo em vista que o pagamento absorve a conduta anterior - a emissão da apólice.

Tendo em vista que o processo 15414.100969/2009-31, no qual se apurou infracao por ter a seguradora creditado cornissöes de corretagem a seguradora não habilitada junto

a

SUSEP, foi julgado em 26 de outubro de 2010, corn a aplicacao de penalidade de multa no valor de R$ 5.000,00 (vide termo de julgarnento anexo, ressaltando-se que não houve recurso ao CRSNSP), entendo que não é cabIvel a aplicacao de penalidade no caso vertente, pois tratar-se-ia de dupla puniçao por uma mesma conduta, vedada pelo ordenamento.

Dessa forma, conheco do recurso e, no mérito, dou-Ihe integral provimento.

Eovoto.

Em 07 de maio de 2015.

K

h/

ANA MARIA MELO NETTO OLIVEIRA Relatora

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