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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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Relatório

Agrupamento de Escolas

General Serpa Pinto

C

INFÃES

A

VALIAÇÃO

E

XTERNA DAS

E

SCOLAS

11 a 13 março

2013

Área Territorial de Inspeção

(2)

1

I

NTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas

General Serpa Pinto – Cinfães, realizada pela

equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 11 e 13 de março de 2013. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere. A equipa de avaliação externa visitou a

escola-sede do Agrupamento, o Centro Escolar da Vila e de Santiago de Piães e a Escola Básica de Tuberais. A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM –A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM –A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE –A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE–A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

(3)

2

C

ARACTERIZAÇÃO DO

A

GRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto foi criado no ano letivo 2002-2003. A população escolar é proveniente de 12 das 17 freguesias do concelho de Cinfães, distrito de Viseu. Atualmente é constituído por 31 estabelecimentos de educação e ensino: 12 jardins de infância, 2 centros escolares, 16 escolas básicas com 1.º ciclo e a Escola Básica General Serpa Pinto, com 2.º e 3.º ciclos (escola-sede). Integra o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), desde 2009.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 1428 crianças/alunos/formandos, distribuídos por 82 grupos/turmas: 256 na educação pré-escolar (15 grupos), 491 no 1.º ciclo (36 turmas); 304 no 2.º ciclo (13 turmas), 281 no 3.º ciclo do ensino regular (12 turmas); 50 nos cursos de educação e formação (três turmas) e 46 em Percursos Curriculares Alternativos (três turmas). O Agrupamento tem em funcionamento uma Unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita. De acordo com o perfil do Agrupamento, cerca de 1% dos alunos não é de nacionalidade portuguesa e 11% têm computador com ligação à Internet em casa. Dos alunos que frequentam o Agrupamento, 56% não usufruem de auxílios económicos, no âmbito da ação social escolar.

O corpo docente é constituído por 160 profissionais, sendo 70% dos docentes dos quadros. A experiência profissional é significativa, pois 69% lecionam há 10 anos ou mais. O pessoal não docente, composto por 81 elementos, é estável, já que 67% possuem contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

Os indicadores relativos à formação académica dos pais dos alunos permitem verificar que 2% têm formação superior e 7% formação secundária e superior. Quanto à ocupação profissional, 3% dos pais exercem atividades profissionais de nível superior e intermédio.

Em 2010-2011, ano para o qual há referentes nacionais calculados, as percentagens de alunos dos 6.º e 9.º anos sem auxílios económicos no âmbito da ação social escolar, de professores do quadro e a média do número de anos de habilitações dos pais situam-se abaixo da mediana. A percentagem de alunos do 4.º ano sem auxílios económicos, no âmbito da ação social escolar, situa-se acima da mediana. A idade média dos alunos dos 4.º e 9.º anos está abaixo da mediana, enquanto a idade dos alunos do 6.º ano está na mediana. Quando comparado com outros do mesmo grupo de referência, o Agrupamento apresenta variáveis de contexto bastante desfavoráveis, embora não seja dos mais desfavorecidos.

3-

A

VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1

R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

A avaliação individualizada das crianças da educação pré-escolar, nas diferentes áreas de conteúdo, é elaborada periodicamente, com base numa matriz comum, fornecendo informação aos encarregados de educação sobre o progresso das aprendizagens das crianças.

No ano letivo 2010-2011, tendo em consideração as variáveis de contexto económico, social e cultural, as taxas de conclusão dos 4.º, 6.º e 9.º anos, bem como os resultados positivos, em Língua Portuguesa e Matemática, nas provas de aferição do 4.º ano, situam-se acima dos valores esperados, quando

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comparados com os das escolas de contexto análogo. Quando comparados com os das escolas do mesmo grupo de referência, verifica-se que a taxa de conclusão do 6.º ano e a percentagem de classificações positivas nas provas de aferição de Língua Portuguesa de 4.º ano se encontram muito acima da mediana. As percentagens de classificações positivas em Língua Portuguesa e Matemática, nas provas de aferição do 6.º ano, encontram-se aquém dos valores esperados e, quando comparadas com os de escolas/agrupamentos do mesmo grupo de referência, encontram-se aquém da mediana.

As percentagens de classificações positivas nas provas finais de Língua Portuguesa e Matemática, no 9.º ano, estão aquém dos valores esperados, mas próximos da mediana, quando comparadas com as das escolas do mesmo grupo de referência.

O Agrupamento, que apresenta variáveis de contexto socioeconómico e cultural que apontam para um contexto desfavorável, regista resultados, em 2010-2011, que se situam globalmente em linha com os valores esperados, quando comparados com os das escolas de contexto análogo e com as do mesmo grupo de referência, o que aponta para uma possibilidade de melhoria.

No último triénio, as taxas de transição e conclusão superaram as nacionais nos diferentes ciclos de ensino. Nos cursos de educação e formação, as taxas de conclusão têm sido de 100%, exceção no ano de 2011-2012, em que apenas três alunos não ficaram aprovados. No mesmo triénio, as percentagens de classificações positivas nas provas de aferição do 4.º ano apresentaram uma tendência descendente, distanciando-se dos valores nacionais em 2012. Porém, os resultados das provas finais do 3.º ciclo têm vindo continuamente a melhorar, factos que se apresentam como uma melhoria face à anterior avaliação externa. Quanto aos resultados das provas de finais do 2.º ciclo, nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, em 2011-2012, apresentaram valores inferiores aos nacionais, ressalvando-se, no entanto, a aproximação aos valores nacionais em Matemática.

De acordo com os elementos disponibilizados pelo Agrupamento, as taxas de abandono escolar e de absentismo têm registado um significativo decréscimo, encontrando-se atualmente em valores residuais.

RESULTADOS SOCIAIS

O desenvolvimento nas crianças e nos alunos de comportamentos e atitudes de rigor, responsabilidade e capacidade de iniciativa passa pelo assumir de tarefas organizativas nos respetivos grupos e turmas, pela eleição do delegado de turma, por tutorias intraturmas, pelo apadrinhamento dos colegas dos 1.º e 5.º anos pelos alunos finalistas (ao longo do ano letivo) e pela participação voluntária nas brigadas

escolares (equipas de alunos para apoio e supervisão do refeitório e dos recreios). A corresponsabilização

dos alunos nas tomadas de decisão acontece, prioritariamente, nas assembleias de delegados para auscultação de sugestões de melhoria e reflexão sobre resultados escolares. A direção promove o desenvolvimento da autonomia e a responsabilidade dos alunos, apoiando a comissão de finalistas e as suas iniciativas.

As crianças e os alunos participam nos múltiplos projetos nacionais e atividades de iniciativa interna, com vista à formação de pessoas capazes, sociáveis e solidárias, o que melhorou em relação à anterior avaliação externa. Promovem-se várias campanhas solidárias para recolha de bens essenciais: roupa, material escolar, equipamento para apoio especializado, congregam-se esforços para resolução de problemas sociais de alguns agregados familiares e estabelecem-se parcerias no âmbito do desporto escolar adaptado. Os alunos colaboram com associações de apoio à terceira idade, cooperam na plantação e conservação de árvores e espaços verdes e responsabilizam-se por animais abandonados. O Agrupamento aposta não só (em oferta complementar) na Educação Cívica e Ambiental, como evidencia preocupações ambientais com ações implementadas nas suas instalações (plantação de árvores de fruto, desenvolvimento de uma horta biológica em estufa, colocação de painéis fotovoltaicos e iniciativas concertadas com associações locais de defesa do ambiente).

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O projeto Toques Musicais (substituição do toque da campainha por toques de música clássica), bem como a assertividade e celeridade na prevenção e resolução de problemas, através da articulação entre diretores de turma e o gabinete de apoio ao aluno e à família, têm facilitado o cumprimento das regras e da disciplina. As normas de conduta são conhecidas e respeitadas, existindo, desta forma, um ambiente educativo organizado, calmo e assente em relações de grande proximidade.

Tendo concluído que apenas o conhecimento informal do percurso realizado pelos alunos, após conclusão da escolaridade oferecida pelo Agrupamento, não permitia aferir o impacto e a qualidade da ação educativa do Agrupamento no percurso de qualificação e formação cívica dos seus educandos, a coordenação do Programa TEIP decidiu iniciar a sistematização deste processo no corrente ano letivo.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

De acordo com os dados dos questionários, aplicados no âmbito da presente avaliação externa, os diversos membros da comunidade escolar revelam elevado grau de satisfação quanto aos seguintes aspetos: qualidade de ensino, funcionamento da biblioteca, circulação de informação, disponibilidade da direção, ambiente de trabalho e qualidade das lideranças. Ressalva-se, como menos conseguido, o serviço de refeições, nos jardins de infância, o funcionamento do bufete e a adequação dos espaços desportivos e de recreio, na escola-sede.

Como forma de reforçar a prossecução da melhoria dos resultados, o Agrupamento aposta, convictamente, na dinamização de atividades de enriquecimento do currículo, impulsionando vários projetos europeus (projeto multicultural Comenius: A unidade através da diversidade, A educação

financeira e o projeto eTwinning O arco-íris da amizade). A par da dinamização de diversos clubes, no

campo da educação artística, ambiente e desporto, o Agrupamento promove diversas visitas de estudo e a participação dos alunos em concursos e torneios de âmbito local, nacional e europeu. De modo a incentivar a melhoria de resultados no 3.º ciclo, estabeleceu com alunos do 9.º ano o contrato particular

de definição de objetivos e metas pedagógicas, cujo prémio visa uma viagem a um país europeu.

A valorização do sucesso dos alunos passa pela criação dos quadros de mérito, pela cerimónia pública de entrega dos certificados de excelência e do prémio de mérito (atribuído pela Autarquia) e pelas exposições e festas de encerramento dos períodos letivos, com grande envolvência dos encarregados de educação. O projeto Um por todos e todos por um, para eleição da melhor turma de cada ciclo, bem como o reconhecimento público dos alunos com maior taxa de frequência da sala de estudo, reforçam o reconhecimento do mérito.

As escolas do Agrupamento contribuem para o desenvolvimento da comunidade em que estão inseridas, através do seu envolvimento nas iniciativas locais de dinamização cultural e formação parental. A escolarização e o reforço de competências da comunidade foram potenciados pelo trabalho do Centro de Novas Oportunidades. O reconhecimento, por parte da sociedade local, nacional e internacional, está patente nas reportagens emitidas por órgãos de comunicação social e nos prémios alcançados (1.º prémio do concurso nacional da EDP e do Plano Nacional de Formação Financeira, bem como um louvor público na Polónia pelo projeto Comenius). Os prémios obtidos são divulgados, através da publicação periódica da revista escolar O sítio onde todos nos encontramos, da atualização permanente da página eletrónica do Agrupamento e da afixação de cartazes.

Em síntese: a ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação deBOMno domínio

(6)

3.2

P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Os documentos orientadores da ação educativa traçam com clareza as orientações educativas gerais, são coerentes entre si e conhecidos pela comunidade escolar. O plano anual de atividades contempla um vasto conjunto de iniciativas, na sua maioria articuladas com o desenvolvimento curricular em sala de aula, complementando e enriquecendo as aprendizagens dos alunos. Os planos de turma obedecem a um esquema concetual comum, integram informação acerca do aluno e do seu desempenho escolar, estabelecem linhas orientadoras comuns para o trabalho a desenvolver no grupo ou turma e revelam contextualização curricular.

A gestão do currículo é assegurada de modo consistente pelas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, que também promovem a articulação para o desenvolvimento do currículo entre os docentes que lecionam os mesmos anos e níveis de escolaridade, verificando-se melhorias em relação à anterior avaliação externa. Os conselhos de ano, no 1.º ciclo, e os grupos de docentes de cada disciplina que lecionam os mesmos anos de escolaridade procedem, cooperativamente, à elaboração das planificações de médio e longo prazo. A adequação destas planificações à turma é levada a cabo pelo professor titular de turma, no 1.º ciclo, e pelos conselhos de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, em função das orientações traçadas no plano de turma e tendo em conta a informação sobre o percurso escolar dos alunos. Na educação pré-escolar, a planificação anual inclui projetos comuns ao Agrupamento e é elaborada em departamento curricular, seguindo as diretrizes constantes das orientações curriculares. As planificações de médio e curto prazo são elaboradas em função do grupo de cada sala. As planificações encontram-se colocadas na página do Agrupamento como prática instituída e generalizada. A transição dos alunos entre ciclos é objeto de ações efetivas e eficazes e constatam-se procedimentos regulares de articulação curricular vertical, ao nível dos grupos de recrutamento. A articulação horizontal processa-se ao nível das atividades do plano anual e dos projetos de diversa índole, mas também através de projetos multidisciplinares integrados no desenvolvimento do currículo em sala de aula. O conselho de articulação curricular impulsiona e supervisiona o conjunto de diligências, no sentido de uma gestão cada vez mais articulada do currículo em todo o Agrupamento.

Os esforços para assegurar a coerência entre ensino e avaliação concretizam-se nas orientações traçadas no plano de estudos e nos planos de turma, na elaboração de matrizes comuns das provas de avaliação e na administração de uma prova de aferição interna comum, no final do segundo período letivo.

Estão instituídas práticas regulares de trabalho cooperativo entre docentes, que se objetivam na planificação das atividades letivas, na análise dos resultados dos alunos, na identificação das dificuldades de aprendizagem, na dinamização de projetos e atividades do plano anual e em práticas generalizadas de criação coletiva e partilha de recursos didáticos e de instrumentos de avaliação.

PRÁTICAS DE ENSINO

A adequação do processo de ensino às características e ritmos de aprendizagem das crianças e dos alunos é objeto de orientações traçadas nos planos de turma e são postas em prática, de modo continuado, estratégias e atividades nesse sentido. As práticas de diferenciação pedagógica em sala de aula são generalizadas.

O apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem é levada a cabo de forma criteriosa, sendo definida a modalidade de apoio mais adequada em função dos resultados da avaliação diagnóstica. As modalidades de apoio educativo que estão implementadas permitem responder, na generalidade, à diversidade de causas que comprometem a aprendizagem esperada dos alunos. No que diz respeito às crianças e alunos com necessidades educativas especiais são mobilizados os recursos com equidade e é elaborada uma monitorização sistemática das medidas implementadas, que se mostra eficaz e

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potenciadora de melhores resultados. A cooperação da equipa de educação especial com o gabinete de

apoio ao aluno e à família, o serviço de psicologia e orientação, os diretores de turma e docentes de

diversas áreas tem contribuído para a eficácia dos apoios disponibilizados aos alunos.

O incentivo ao trabalho dos alunos, no sentido de conseguirem melhores resultados, um objetivo constante no planeamento da ação educativa do Agrupamento, concretiza-se no recurso regular às tecnologias da informação e comunicação, em diversas iniciativas de estímulo à leitura, à escrita e à aprendizagem da matemática e nos diversos prémios instituídos (e.g., prémio frequência da sala de estudo). Existe um conjunto de práticas organizadas que têm potenciado algumas melhorias nas aprendizagens tais como: as práticas de diferenciação pedagógica em sala de aula, modalidades de apoio educativo diversificadas, recurso regular a projetos e iniciativas do plano anual, tutorias e assessorias. Porém, não é evidente a existência de medidas de apoio para os alunos com capacidades excecionais, com vista à otimização dos seus desempenhos.

O recurso a metodologias que implicam o envolvimento ativo dos alunos no processo de ensino-aprendizagem é uma realidade e encontra-se generalizado. É frequente o recurso a metodologias experimentais no ensino e na aprendizagem das ciências, nos vários ciclos e níveis educativos. A valorização do método científico é ainda reforçada por iniciativas desenvolvidas no âmbito do plano anual de atividades e por alunos do 9.º ano junto das turmas do 1.º ciclo. A dimensão artística é bastante valorizada, através do numeroso conjunto de iniciativas levadas a cabo no âmbito do plano anual de atividades.

Os recursos educativos existentes são devidamente rendibilizados, designadamente as tecnologias de informação e comunicação e o tempo disponível de docentes e alunos. A articulação dos responsáveis pela biblioteca/centro de recursos com os departamentos curriculares tem permitido o reforço do seu contributo para as aprendizagens dos alunos e a valorização dos seus desempenhos.

Para além de um controlo regular do cumprimento das planificações e dos programas nas reuniões dos departamentos curriculares, o Agrupamento dispõe de mecanismos institucionalizados de acompanhamento e supervisão da prática letiva em sala de aula, prática instituída após a anterior avaliação externa. A supervisão pedagógica ao nível do acompanhamento e monitorização das atividades letivas em sala de aula, que vai para além da avaliação de desempenho, tem proporcionando a generalização de melhores práticas.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Definidos no plano de estudos, os critérios gerais de avaliação são conhecidos por docentes, alunos e encarregados de educação, em resultado de iniciativas de difusão institucionalizadas. Estes critérios, bem como outras orientações emanadas do conselho pedagógico, são operacionalizados pelo docente titular de turma e pelos conselhos de turma.

Estão generalizadas práticas de diversificação das modalidades e instrumentos de avaliação das aprendizagens dos alunos. Encontram-se consolidadas práticas regulares de avaliação diagnóstica e de avaliação formativa, que se constituem como procedimentos regulares de avaliação dos progressos dos alunos. Constatam-se efeitos consequentes da avaliação diagnóstica e formativa na adequação das planificações curriculares, na mobilização de estratégias educativas diferenciadas e na adoção das medidas de apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Os alunos são envolvidos com regularidade em práticas de autoavaliação. Os instrumentos de avaliação são diversificados e ajustados às especificidades dos níveis educativos, disciplinas e competências a desenvolver. A elaboração de matrizes de avaliação comuns está institucionalizada como modo de aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação. Pelo menos três vezes no ano letivo, são aplicados testes de avaliação comuns a todos os grupos de alunos do mesmo ano de escolaridade, que também realizam uma prova de aferição interna comum, com critérios de correção também comuns. O Agrupamento aderiu aos testes intermédios em algumas disciplinas.

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Os grupos de recrutamento e os conselhos de turma procedem com regularidade à monitorização interna do desenvolvimento do currículo, tomando em conta as planificações iniciais, bem como os resultados de aprendizagem dos alunos. Particularmente na sequência da aplicação de provas de avaliação comuns, procede-se à análise de resultados interescolas e interturmas, sendo o resultado da reflexão traduzido em medidas de aperfeiçoamento. A eficácia das medidas de apoio educativo e os seus efeitos é avaliada informalmente de modo contínuo e, formalmente, nas reuniões (intercalares e nos finais de período) dos conselhos de turma, conselho de articulação e conselho pedagógico, carecendo de melhoria o aprofundamento da análise e reflexão sobre os fatores internos explicativos do insucesso em algumas disciplinas, com vista à melhoria do desempenho dos alunos.

Em síntese: Tendo em conta os juízos avaliativos formulados neste domínio, os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Estes fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM

no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3

L

IDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo do Agrupamento estabelece com clareza os princípios educativos valorizados, as metas globais a alcançar, ambiciosas e algumas das quais já superadas, tanto qualitativas como quantitativas, assim como as áreas e estratégias de intervenção prioritárias. Os documentos estruturantes revelam uma visão estratégica consolidada e uma capacidade alargada do planeamento educativo global. Há um forte investimento para que o plano anual de atividades seja um documento claro na definição de propósitos e na apreciação dos resultados alcançados. O sentido de coesão promovido pelas lideranças é evidenciado pela forma como os diversos atores escolares partilham os valores e as prioridades e se empenham na sua concretização. O sentido de pertença manifestado pelos vários intervenientes educativos, associado a um clima de trabalho acolhedor e familiar, tem favorecido o desenvolvimento de uma cultura participativa propícia à inclusão.

Considerada como uma meta fundamental, a formação integral do aluno é perspetivada pelos professores como uma condição necessária à promoção do sucesso escolar, tendo estes investido fortemente em iniciativas mobilizadoras da comunidade educativa, como estratégia para alargar e intensificar o envolvimento de todos os atores educativos. São exemplo as várias parcerias eficazes e projetos inovadores, com forte impacto na comunidade local. De destacar a promoção de iniciativas estrategicamente concebidas para incrementar o sentido de coesão institucional, fazendo convergir as especificidades culturais dispersas pelas várias escolas para um ideário comum. É notório o esforço da direção na consolidação deste processo, incentivando a participação na vida do Agrupamento e promovendo dispositivos de colaboração ao nível local.

As lideranças intermédias têm contribuído de forma significativa para a concretização das metas de sucesso e objetivos constantes do projeto educativo, sendo visível a sua satisfação com a margem de autonomia de que dispõem. A articulação destas estruturas com a direção sustenta-se no diálogo permanente e na definição clara de áreas de corresponsabilização. É notório o elevado conhecimento que os diferentes responsáveis pelas estruturas de gestão detêm sobre as dinâmicas de funcionamento do Agrupamento, bem como sobre as suas potencialidades educativas.

O ambiente educativo é sereno e acolhedor, um traço identitário que o Agrupamento deseja manter e aprofundar, não havendo registos de conflitos interpessoais. O trabalho colaborativo é visto como um fator promotor da partilha de experiências e da construção coletiva de consensos, o que tem facilitado a

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gestão do Agrupamento. O facto de a direção ser acessível, dialogante e integradora tem contribuído para o desenvolvimento de um clima aberto e pacífico, promotor de um forte sentido de identidade.

GESTÃO

A gestão dos recursos humanos é orientada pelos princípios da equidade e da transparência, tendo sempre em consideração o percurso profissional dos docentes e não docentes e a valorização das competências individuais em benefício da missão do Agrupamento. Verifica-se a existência de princípios orientadores e de critérios explícitos, relativamente à constituição de turmas, à elaboração de horários e à distribuição de serviço, sendo as respetivas propostas objeto de discussão interna e posteriormente aprovadas em sede de conselho pedagógico e de conselho geral.

O processo de avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente permitiu conhecer e gerir as competências profissionais dos trabalhadores. A dinâmica de formação promovida interna e externamente, nomeadamente com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, tem contribuído para o aprofundamento de conhecimentos específicos em áreas prioritárias, bem como para a aquisição de novas competências, fator fundamental para assegurar a rotatividade de funções dos profissionais não docentes.

Sendo marcante a dispersão geográfica das várias escolas agrupadas, os responsáveis têm investido na diversificação dos mecanismos de difusão da informação, privilegiando a implementação de estratégias de comunicação à distância, de que são exemplo, a plataforma moodle, a página eletrónica, o blogue e a revista escolar. De forma a colmatar as dificuldades sentidas por alguns pais e encarregados de educação no acesso a estas formas de comunicação, os professores recorrem igualmente ao contacto telefónico e à caderneta do aluno para difundir informações sobre os educandos.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

As conclusões da anterior avaliação externa, realizada em 2008, foram consideradas pelo Agrupamento, que as ponderou nas ações de planeamento posteriores e na construção de um sistema de autoavaliação, com impacto positivo no desenvolvimento e organização da ação educativa global.

As práticas de autoavaliação estão institucionalizadas e consolidadas, tendo-se verificado uma melhoria desde a anterior avaliação externa. As exigências e as condições relevantes proporcionadas pela circunstância de ser um TEIP favoreceram claramente os processos de autoavaliação e o seu impacto na ação para a melhoria, contribuindo de modo decisivo para o estabelecimento de práticas sistemáticas de autorregulação.

O processo é coordenado por uma equipa específica, em que está representada a comunidade educativa, com a colaboração de um «amigo crítico». O dispositivo de autoavaliação está orientado para a análise dos processos e dos resultados e suporta-se em informação pertinente, tanto quantitativa como qualitativa. São recolhidos e analisados dados documentais relativos à avaliação interna e aos critérios de avaliação, sendo realizado também um inquérito, por questionário, para conhecer a opinião da comunidade educativa sobre os resultados escolares e para recolher informação pertinente sobre os diferentes campos em análise. Os domínios de avaliação são ponderados e verificadas as prioridades de intervenção. A interpretação dos resultados e dos juízos avaliativos é vertida para um relatório de autoavaliação, que é analisado nos diferentes órgãos de direção, administração e gestão e nas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, sendo divulgado junto da comunidade educativa. Verifica-se, com efeito, um conhecimento alargado das principais conclusões do processo de autoavaliação, situação que contribui para uma implicação sustentada da generalidade dos atores educativos na concretização das principais apostas que constituem as prioridades dos planos de melhoria estabelecidos.

Em síntese: tendo em conta os juízos avaliativos formulados neste domínio, os pontos fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais

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generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio

Liderança e Gestão.

4

P

ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

A diversidade e expressão de atividades e projetos destinados a fomentar a participação dos alunos, com impacto ao nível da educação para a cidadania.

O contributo do Agrupamento para o desenvolvimento da comunidade local e regional pelo envolvimento em atividades comunitárias e de dinamização cultural e na formação parental.

A monitorização sistemática das medidas de apoio para aos alunos com necessidades educativas especiais, potenciadora de melhores resultados.

A supervisão pedagógica ao nível do acompanhamento e monitorização das atividades letivas em sala de aula, proporcionando a generalização de melhores práticas.

O forte sentido de identidade, com tradução no bom ambiente organizacional e em lideranças integradoras e mobilizadoras do sentido de missão do Agrupamento, assim como a gestão dos recursos humanos, centrada na valorização das competências das pessoas.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

O aprofundamento da análise e reflexão sobre os fatores internos explicativos do insucesso em algumas disciplinas, com vista à melhoria do desempenho dos alunos.

A consolidação do processo de monitorização do percurso dos alunos, após conclusão da escolaridade, de modo a aferir o impacto da ação educativa proporcionada pelo Agrupamento na qualificação e formação cívica dos alunos.

O apoio a alunos com capacidades excecionais, com vista à otimização de desempenhos.

A Equipa de Avaliação Externa:

António Norberto Patrício, Fernando Diogo e Maria da Graça Costa.

Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, para homologação.

A Subinspetora-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar

Maria Leonor

Venâncio

Estevens Duarte

Digitally signed by Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte DN: c=PT, o=Ministério da Educação e Ciência, ou=Inspeção-Geral da Educação e Ciência, cn=Maria Leonor Venâncio Estevens Duarte Date: 2013.09.23 20:05:30 +01'00'

João Casanova

de Almeida

Assinado de forma digital por João Casanova de Almeida

DN: c=PT, o=Ministério da Educação e Ciência, ou=Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, cn=João Casanova de Almeida Dados: 2013.09.30 13:03:50 +01'00'

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