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INOVAÇÃO EM MECANOTERAPIA: IMPLEMENTAÇÃO DE RECURSOS E DESENVOLVIMENTO DE UM CICLOERGÔMETRO SUSTENTÁVEL

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Academic year: 2021

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192 Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, n. 1, p. 192-197, jan.-jun. 2019.

Isadora Martins de Souza

Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: isadora.mar.souza@hotmailcom. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1274-1389.

Cleidenice dos Santos Orssatto

Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: cleidenice.orssatto@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4377-2521.

Cíntia de Oliveira Cardoso

Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: cintinha_2008ro@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1015-249X.

Igheovana Queroline Cabral Inacio

Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: Igheovana17@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3181-2303.

Taís Mara Araújo de Lima

Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: taismaraaraujodelima@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9606-8215.

Diego Santos Fagundes

Doutor em Farmacologia e Fisiologia pela Universidad de Zaragoza – Espanha. Professor do curso de Fisioterapia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: diegofagundes@hotmail.com. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6447-2387.

Clediane Molina de Sales

Fisioterapeuta, Especialista em Treinamento Funcional para Aptidão e Reabilitação Física pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: clediane_molina88@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4609-8643.

Copyright1: Submetido em: 30 março 2019. Aprovado em: 10 jun. 2019. Publicado em: 26 jul. 2019. E-mail para correspondência: isadora.mar.souza@hotmailcom.

Descritores (DeCS)2: Modalidades de fisioterapia Desenvolvimento Terapêuticas Baixo custo Mecanoterápicos

RESUMO: Atualmente existe no mercado uma gama de recursos mecanoterápicos que podem ser utilizados para fins terapêuticos. Dentre eles, o cicloergômetro qualifica-se como um equipamento prático e eficaz na reabilitação de diversas patologias. Trata-se de um estudo experimental onde após uma revisão de literatura nas plataformas digitais acerca dos aparatos mecanoterápicos foram escolhidos e adaptados ao cicloergômetro outros três dispositivos mecanoterápicos, a saber, rolo de punho, pronossupinador e exercitador de dedos, com o objetivo de associar variedade de exercícios à praticidade. O aparato recebeu a denominação “Ciclo de Edegar” e apresenta-se nas cores laranja e preto. Possui 4,5kg, 43,5cm de largura, 54cm de comprimento e 52cm de altura de sua base às extremidades. O Ciclo de Edegar é uma proposta inovadora, sustentável e viável para cuidados domiciliares, considerando a restrição e disponibilidade de equipamentos

Imagem: StockPhotos (Todos os direitos reservados).

1 Atribuição CC BY: Este é um artigo de acesso aberto e distribuído sob os Termos da Creative Commons Attribution License. A licença permite o uso, a distribuição e a reprodução irrestrita, em qualquer meio, desde que creditado as fontes originais.

2Descritores em Saúde (DeCS). Vide http://decs.bvs.br.

Relato de Experiência (Fisioterapia e Terapia Ocupacional)

INOVAÇÃO EM MECANOTERAPIA:

IMPLEMENTAÇÃO DE RECURSOS E

DESENVOLVIMENTO DE UM

CICLOERGÔMETRO SUSTENTÁVEL

INNOVATION IN MECHANOTHERAPY:

IMPLEMENTATION OF RESOURCES AND

DEVELOPMENT OF SUSTAINABLE

CYCLOERGOMETER

10.31072/rcf.v10i1.758

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Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10,

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para essa modalidade terapêutica. Conclui-se que o Ciclo de Edegar tem potencial de promover um atendimento abrangente, prático e eficaz, uma vez que diversos autores demonstram a aplicabilidade e os benefícios individuais de cada um dos recursos nos quais foram inspirados e baseados os componentes do dispositivo fisioterapêutico criado. Descriptors: Modalities of physiotherapy Development Therapeutics Low cost Mechanotherapy

ABSTRACT: Currently there are in the market range of mechano-therapeutic resources that can be used for therapeutic purposes. Among them, the cycle ergometer qualifies as a practical and effective equipment in the rehabilitation of several pathologies. This is an experimental study where, after a literary review on the digital platforms, on mechano-therapeutic devices, three other mechano-therapeutic devices were chosen and adapted to the cycle ergometer, namely, wrist roller, pronossupinator and finger exerciser, with the aim of associating variety of exercises to practicality. The device was called "Edegar Cycle" and is presented in orange and black. It has 4.5kg, 43.5cm in width, 54cm in length and 52cm in height from its base to the ends. The Edegar Cycle is an innovative, sustainable and feasible proposal for home care, considering the restriction and availability of equipment for this therapeutic modality. It is concluded that the Edegar Cycle has the potential to promote a comprehensive, practical and effective care, since several authors demonstrate the applicability and individual benefits of each of the resources on which the components of the created physiotherapeutic device were inspired and based

1 INTRODUÇÃO

A fisioterapia é uma profissão do campo das ciências em saúde relativamente nova (1). O

fisioterapeuta é descrito como um profissional apto a realizar atividades com avaliar, diagnosticar (disfunções cinético-funcional), propor e realizar tratamento fisioterapêutico com técnicas e recursos inerentes a profissão. Sendo que essas atividades são garantidas pelo Artigo 3º do Decreto de Lei n. 938 que afirma que “é atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicas com finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física”.

O fisioterapeuta utiliza de recursos e técnicas terapêuticas específicas, como a eletrotermofototerapia e a cinesioterapia (2). Os

recursos cinesioterápicos são a base da reabilitação física na fisioterapia, e possui sua prática pautada na funcionalidade. A cinesioterapia utiliza de diversas modalidades de exercícios terapêuticos, a saber, exercícios passivos, resistidos e ativos, para promover a saúde e o bem-estar físico prevenindo o risco de lesões (3). Estes exercícios podem ser realizados com

o auxílio de dispositivos mecanoterápicos dentro do programa de reabilitação física, tendo como finalidade resistir ou assistir ao movimento fornecendo estímulos a recuperação do indivíduo. Além disso, alguns recursos mecanoterápicos permitem a documentação e mensuração de variáveis (4).

Existe hoje, um leque de dispositivos e recursos mecanoterápicos disponíveis no mercado, com diferentes finalidades e valores. Dentre os recursos mecanoterápicos disponíveis está o cicloergômetro, um dispositivo móvel que possibilita rotações cíclicas. Este recurso pode ser utilizado para executar exercícios passivos, ativos e resistidos tanto em membros inferiores como superiores promovendo

benefícios e auxiliando no processo de recuperação funcional (5).

O cicloergômetro também apresenta resultados positivos quanto ao condicionamento cardiovascular e se mostrou eficiente na recuperação de agravos do trato respiratório, como no caso de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (6).

Existem também recursos mecânicos para fins mais específicos e outros segmentos do corpo, como o rolo de punho, um instrumento utilizado para promover o ganho de força muscular, o movimento de flexo-extensão da articulação do punho e o movimento de abdução e extensão do polegar. Este aparato é indicado e utilizado na reabilitação de casos de sequelas por fraturas, artrites e artroses (4).

O dispositivo prono-supinador é um recurso mecânico utilizado para executar movimentos de pronação e supinação do antebraço (7), é indicado para

afecções que comprometam estes movimentos, como em lesões dos nervos mediano e radial, além de auxiliar em comprometimentos dos movimentos de rotação externa e interna do ombro por distúrbios osteomiotendíneos (6). Já para comprometimentos das

articulações Interfalangianas dos dedos, o exercitador de dedos, pode promover o fortalecimento com variação de resistência através de diferentes tensões das molas, seja em um dedo específico e/ou do movimento simultâneo de todas as articulações da mão (8).

Assim, cabe ao fisioterapeuta escolher o dispositivo a implantar em seus atendimentos e/ou sua implementação ou criação de acordo com suas necessidades diárias, pois é predito Na Resolução CNE/CES 4, de 19 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de fisioterapia que os conteúdos aprendidos durante a graduação em fisioterapia devem estar relacionados com todas as diferentes áreas de conhecimento, saber, ciências da saúde, sociais e humanas, entre outras.

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O Art. 6º da DCN de Fisioterapia traz no parágrafo III que o fisioterapeuta deve possuir conhecimentos sobre a biotecnologia, o qual:

“Abrange conhecimentos que favorecem o acompanhamento dos avanços biotecnológicos utilizados nas ações fisioterapêuticas que permitam incorporar as inovações tecnológicas inerentes a pesquisa e a prática clínica fisioterapêutica”. (p. 3)

Em função do exposto, compreende-se que o fisioterapeuta está apto a escolha, implementação e/ou desenvolvimento de técnicas e/ou recursos/equipamentos. Assim o presente estudo tem como objetivo apresentar o aparato fisioterapêutico que foi criado a partir do uso de recicláveis, com baixo custo e que contempla 4 (quatro) recursos em um único dispositivo adaptado para fins terapêuticos.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa experimental de inovação em recursos fisioterapêuticos realizada em duas fases. Na primeira fase foi realizada uma revisão de literatura com materiais que versassem sobre recursos mecanoterápicos associados reabilitação em fisioterapia. As palavras chaves utilizadas no início da pesquisa foram: Cinesioterapia, Mecanoterapia, aparatos fisioterapêuticos, acessórios terapêuticos e equipamentos para home care. O levantamento foi realizado levando em consideração livros do acervo da Biblioteca Júlio Bordignon da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA) e bases de dados de acesso livre, como: Google acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SCIELO – Scientific Electronic Library Online.

Os estudos que possuíam as palavras chaves e o título condizente com a temática foram selecionados para a leitura de seus resumos. Os materiais foram selecionados de acordo com a prevalência e a praticidade dos equipamentos apresentados nos mesmos, e também foi levada em consideração a data de publicação (prioridade às referências mais atuais). Após a primeira seleção, os artigos foram lidos na íntegra e escolhidos. Aqueles que não eram coerentes com a temática e/ou estavam ultrapassados foram excluídos da pesquisa.

A segunda fase teve início com um esboço (Figura

1) em folha A4 sobre como proceder com a disposição

dos acessórios e formato da base de sustentação do dispositivo a ser confeccionado.

Figura 1 – Esboço da organização do dispositivo

Para a elaboração prática do objeto de estudo foram utilizados os seguintes recursos: uma bicicleta já descartada (inutilizada); um cabo de esmerilhadeira (lixadeira pequena); pedaços de diferentes tipos de madeiras; folhas de inox de um esquadro; prendedores de roupa; parafusos; tinta spray nas cores laranja e preto. Para realizar os cortes e os ajustes necessários foram utilizados equipamentos como esmeril, chave Philips, chave allen, martelo e lixadeira

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O desenvolvimento do “Ciclo de Edegar”, nome dado ao equipamento confeccionado a partir da adaptação de 4 recursos em uma única estrutura, sendo eles cicloergômetro, rolo de punho, prono-supinador e exercitador de dedos. Em sua construção foram utilizadas peças de uma bicicleta em desuso. Uma esmerilhadeira foi utilizada para cortar o quadro inferior da bicicleta e separar a parte do pedal, que, juntamente com parte do tubo inferior, tubo do selim e pedais formou a base do cicloergômetro (Figura 2).

Figura 2 – Componentes da base do

cicloergômetro: tubo inferior do quadro, parte do tubo inferior, tubo do selim e pedais.

A base do dispositivo foi feita utilizando 4 (Quatro) peças de madeira (Figura 3), 2 (Duas) peças de 5x4x54cm (Cinco centímetros de altura por quatro centímetros de largura por cinquenta e quatro centímetros de comprimento) e 2 peças de 2x4,5x39 cm (Dois centímetros de altura por quatro centímetros e meio de largura por trinta e nove centímetros de comprimento). Dispondo as duas maiores peças em paralelo com o cano do quadro da bicicleta parafusado perpendicularmente com dois parafusos sextavados

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com rosca soberba tamanho 14 mm (Quatorze milímetros) para o melhor ajuste do quadro. E as duas peças menores foram acopladas com 4 parafusos sextavados de 13 mm (Treze milímetros) de forma perpendicular, para promover estabilidade e base de sustentação. Para que houvesse segurança e que o mesmo não deslizasse durante o uso, foram dispostas 4 peças emborrachadas, uma em cada extremidade da base.

Figura 3 – Base do dispositivo em madeira

Finalizando a base destinada ao cicloergômetro, os demais acessórios mecanoterápicos de reaproveitamento foram acoplados aos pedais para a formação do rolo de punho, prono-supinador e exercitador de dedos (Figura 4).

Figura 4 – Rolo de punho e exercitador de dedos sendo

parafusado.

Com o cabo de uma esmerilhadeira de 10 cm (Dez centímetros) acoplado por um parafuso sextavado de 13 mm ao pedal criou-se uma adaptação para o rolo de punho. Neste mesmo pedal foi utilizado 4 prendedores de roupa de material plástico em um pedaço de madeira de 2x4,5x10,5 cm (Dois centímetros de altura por quatro centímetros e meio de largura por dez centímetros e meio de comprimento) disposto no pedal por dois parafusos francês. Para fixar os prendedores utilizou-se 4 parafusos plastic médio, um em cada parte superior dos prendedores.

Ao lado oposto deste pedal, com um pedaço de madeira em formato cilíndrico de 2,5x11 cm (Dois centímetros e meio de diâmetro por onze centímetros de comprimento) e duas folhas de inox com 1,5x14 cm (um centímetro e meio de largura por quatorze centímetros de comprimento) confeccionou o prono-supinador, para unir essas partes foram necessários 6 (Seis) parafusos plastic médio.

Com a necessidade de oferecer resistência ao movimento do clicoergômetro e trazer maior estabilidade durante o uso dos acessórios (Prono-supinador, rolo de punho e digiflex) foi vinculado um parafuso sextavado (Com rosca soberba e com a cabeça adaptada para oferecer um apoio aos dedos) ao eixo de rotação do cicloergômetro, pressionando-o oferecendo assim a resistência.

Ao fim da montagem foi separada a parte da base e do ciclo, para a elaboração do acabamento por meio das tintas spray preto (Color Jet) e laranja (Silver

Tools), respectivamente. Após finalizado o Ciclo de Edegar possui as seguintes dimensões: 4,5kg (Quatro

quilos e quinhentas gramas) com 43,5 cm (Quarenta e três centímetros e meio) de largura, 54 cm (Cinquenta e quatro centímetros) de comprimento e 52 cm (Cinquenta e dois centímetros) de altura desde sua base a extremidades. O pequeno comprimento e largura, aliada ao peso relativamente baixo, conferem ao dispositivo fácil portabilidade e, portanto, excelente potencial de aplicabilidade em atendimentos domiciliares. (Figura 5).

Figura 5 – A: Vista superior do Ciclo de Edegar

possibilitando a visualização do pronosupinador (fixado no pedal à direita) e do rolo de punho (fixado no pedal à esquerda). B: Vista lateral do Ciclo de Edegar, evidenciando a base do dispositivo e os componentes do cicloergômetro.

Figura 6 – Posicionamento do paciente no equipamento,

parte do cicloergômetro. A: Sentado com foco em membros inferiores. B: Em pé com foco em membros superiores.

A

B

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Na tabela a seguir estão elencados os grupos musculares recrutados com os dispositivos adaptados (Ciclo de Edegar), bem como, suas aplicações (Tabela 1).

Tabela 1. Aplicação dos dispositivos mecanoterápicos

Dispositivo utilizado

Músculos recrutados Objetivos

Cicloergômetro Deltoide, peitoral maior, coracobraquial, bíceps

braquial, braquial, braquiorradial, tríceps,

ancôneo, pronador redondo, pronador quadrado, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, flexor superficial dos dedos, flexor longo do polegar, palmar longo, extensor dos dedos, extensor ulnar do carpo e extensor radial longo e curto do carpo (10).

Fortalecimento muscular dos flexores e

extensores do ombro e cotovelo e ganho de ADM (Amplitude de movimento) das articulações glenoumeral e úmero-ulnar e úmero-radial (11).

Prono- supinador

Pronador redondo, Pronador quadrado,

braquiorradial, bíceps braquial (11).

Fortalecimento muscular dos prono-supinadores e ganho de ADM (Amplitude de movimento) da articulação proximal e distal do radio e da ulna (12).

Rolo de punho Flexores radial e ulnar do carpo, flexores profundo

e superficial dos dedos, extensores radial longo e curto do carpo, extensores radial ulnar do carpo, dos dedos e do index, abdutor longo do polegar (11).

Fortalecimento muscular dos flexores e

extensores do punho e ganho de ADM (Amplitude de movimento) da articulação radiocarpica e radioulnar distal (12).

Exercitador de dedos

Extensor longo do polegar, extensor curto do polegar, abdutor longo do polegar, flexor longo do polegar, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos, extensor comum dos dedos, extensor do indicador, extensor do dedo mínimo, flexor curto do polegar, abdutor curto do polegar, adutor do polegar, oponente do polegar,

interósseos dorsais, interósseos palmares,

lumbricais, abdutor do dedo mínimo, oponente do dedo mínimo e flexor curto do dedo mínimo (13).

Fortalecimento muscular palmar e ganho de ADM (Amplitude de movimento) das articulações interfalangicas (12).

Com base nos autores que demonstraram a aplicabilidade e os grupos musculares trabalhados em cada um dos equipamentos mecanoterápicos, pode-se sugerir que Ciclo de Edegar inova ao adaptar todos os benefícios isolados dos equipamentos em uma única estrutura podendo trabalhar diversos músculos com um único aparelho, conferindo ao fisioterapeuta maior praticidade de portabilidade de recursos.

Juvenal e Savordelli (2016) demonstraram a eficácia do cicloergômetro no condicionamento cardiovascular em pacientes com lesão medular, onde avaliaram três pacientes (dois paraplégicos e um tetraplégico) e submeteram os a um programa de condicionamento com a utilização do cicloergômetro. Verificaram que os pacientes obtiveram melhora nos índices espirométricos e aumento da pressão expiratória, o que demonstra a eficácia desde recurso no condicionamento cardiorrespiratório em pacientes com lesão medular.

No trabalho realizado por Pires-Neto et al. (2013), foram analisadas as alterações cardiorrespiratórias de pacientes internados em UTIs, durante o exercício ativo com um cicloergômetro. O estudo concluiu que seu uso ativo provoca pequenas alterações cardiorrespiratórias e que a atividade é viável de ser realizada em UTI.

Lacativa (2014) realizou um estudo onde mostrou que a utilização do cicloergômetro associado aos exercícios convencionais melhora o desempenho funcional e a qualidade de vida em idosos submetidos à Artroplastia Total de Quadril (ATQ). Os idosos em pós-operatório de ATQ que foram submetidos aos exercícios no cicloergômetro apresentaram um nível funcional superior, principalmente em relação ao equilíbrio e velocidade da marcha, quando comparado ao grupo que realizou apenas os exercícios convencionais.

Abdo (2016) também realizou um estudo que tinha o objetivo de analisar os efeitos do treinamento com o cicloergômetro, porém seu foco foi na força muscular do quadríceps de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em hemodiálise. E mais uma vez o grupo de intervenção que foi submetido a um protocolo de treinamento com cicloergômetro, obteve melhora significativa da força muscular do quadríceps, se comparado ao grupo que não realizou a intervenção com o equipamento.

Já sobre os demais recursos mecanoterápicos, Jorge et al. (2018) mostraram, ao realizarem uma intervenção fisioterapêutica em indivíduos com doenças do tecido conjuntivo (esclerose sistêmica, lúpus eritematoso sistêmico e dermatopolimiosite) que

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o exercitador de dedos da cor vermelha e preta, associada a outros recursos, aumentou a força de preensão palmar e, consequentemente, melhorou a qualidade de vida dos pacientes. Assim como Zanin et al. (2016) que relataram um caso de artrite gotosa na qual a intervenção fisioterapêutica incluía fortalecimento de dedos com exercitador de dedos de cor amarela. Ao final do tratamento a paciente obteve aumento da força de preensão palmar.

4 CONCLUSÕES

Na atualidade, é esperado que se tratando de recursos mecânicos, estes sejam cada vez mais portáteis e tenham maior funcionalidade. Deste modo, o Ciclo de Edegar traz uma proposta de implementação de equipamentos já existentes a partir

de recursos recicláveis. Tornando-o versátil e permitindo trabalhar de maneira assertiva em contextos como portabilidade de equipamentos para atendimento domiciliar, o qual foca em diferentes grupos musculares em único aparato. A confecção do

Ciclo de Edegar permite também lapidar o perfil

desejado pelas Diretrizes Curriculares em Fisioterapia ao propor a criação de um dispositivo e demonstra o engajamento e preocupação com a reutilização e reaproveitamento de materiais já descartados.

Contudo, verifica-se a escassez de referências que versem sobre a temática “mecanoterapia” e sugere-se a partir desse estudo mais pesquisas acerca do tema, uma vez que, o profissional fisioterapeuta está em processo constante de lapidação de seus saberes e técnicas e os recursos mecânicos são ferramentas importantes utilizadas em seu cotidiano clinico.

REFERÊNCIAS

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2. DECRETO DE LEI N. 938, DE 13 DE OUTUBRO DE 1969. COFFITO: Leis e Decretos.

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9. Resolução CNE/CES 4/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 4 de março de 2002. Seção 1, p. 01.

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11. Lippert LS. Cinesiologia Clínica e Anatomia. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2018.

12. Hamill J, Knutzen KM, Derrick TR. Bases biomecânicas do movimento humano. 4. ed.Barueri: Manole. 2016.

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Como citar (Vancouver)

Souza IM, Orssatto CS, Cardoso CO, Inacio IQC, Lima TMA, Fagundes DS, Sales CM. Inovação em mecanoterapia: implementação de recursos e desenvolvimento de um cicloergômetro sustentável. Rev Cient Fac Educ e Meio Ambiente [Internet]. 2019;10(1): 191-195. doi: http://dx.doi.org/10.31072/rcf.v10i1.758

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