e: (61) 33176174
/6632/6162/6751 - Fax: (61) 33178270
NOTA TÉC
N
ICA N.° 70/2013/DMSC/SITNúmero do Processo (no Documento de Referência Interessado: Inspeção do aprendizagem).
TE): N/C.
Memorando/SRTE/BA/SEINT n.° 001/2013.
rabalho (fiscalização dos contratos de
Aprendizagem.
Estabilidade da
empregada aprendiz gestante. Súmula 244. lnaplicabilidade. Caráter especial do contrato de aprendizagem, que tem por objeto a formação profissional do aprendiz, de modo que não se pode obrigar o empregador a firmar o que seria, na verdade, um novo contrato com regime jurídico diverso da aprendizagem e com objeto diverso (trabalho produtivo ao invés de formação profissional).
1 — Considerações Iniciais Por intermédio do Memora Seção de Inspeção do Trabalho Inspeção do Trabalho solicitand impactos da nova redação da aprendizagem. Esclarece que o tE empresas e instituições formadoras Com vistas a subsidiar re seguintes considerações.
do/SRTE/BA/SEINT n.° 001/2013, o Chefe da a SRTE/BA dirige-se ao Senhor Secretário de posicionamento desta SIT no tocante aos súmula 244 do TST sobre os contratos de ma tem sido objeto de dúvidas constantes de
Nesse sentido, é razoáve concluir que a contratação por prazo determinado dentro da qual se pretende prot ger a gestante é aquela própria dos contratos nos
2
MINIS I - RIO DO TRABALHO E EMPREGO
SECRE ÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
Esplanada dos Ministérios, Blo. F, Anexo, Ala 13, l'' andar, sala 176 - CEP: 70059-900 - Brasília/DF sitra)inglpy,br - F e: (61) 33176174/6632/6162/6751 - Fax: (61) 33178270
2 — Análise.
A questão aqui consista
aprendizagem se estenda par
que a empregada aprendi .
aprendizagem. A questão tem partir do entendimento inseri Superior do Trabalho segundo provisória (da confirmação da quando admitida mediante con
em saber se é ou não possível que o contrato de além do prazo inicialmente fixado na hipótese de
torne-se gestante no curso do contrato de adquirido maior relevância e gerado controvérsia a o na nova redação da Súmula 244 do Tribunal qual a empregada gestante faria jus à estabilidade gravidez até o quinto mês após o parto) mesmo ato por prazo determinado:
SUM-244
e
ESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redaçãodo item III :Iterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012 - Res. 185/2012 — DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
(.-.)
III - A empr gada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no rt. 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucio ais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante c ntrato por tempo determinado.
Em linhas gerais, o que empregadas gestantes contrat premissa que nos parece fun
execução se pretende c substancialmente o mesmo direito à estabilidade, isto confirmação da gravidez (ter isso significa que as funçõ (ainda que se lhe garanta o di a contraprestação paga pel aspectos da disciplina jurídic a
se pode observar é que a proteção outorgada às
:das por prazo determinado deve partir de uma
amental, qual seja, a de que o contrato cuja
ntinuar por força da estabilidade seja ontrato em execução quando da aquisição do é, o mesmo contrato de quando houve a o inicial da estabilidade). Em termos práticos, s atribuídas à empregada sejam as mesmas eito a modificá-las por questões de saúde), que
empregador também, e assim os demais -formal do contrato.
3
MINIS ÉREO DO TRABALHO E EMPREGO
SECR TARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
Esplanada dos Ministérios, BI 'o F, Anexo, Ala B, 1" andar, sala 176 - CEP: 70059-900 - Brasilia/DF
sit(rjrpte,goy_.bis ne: (61) 33176174/6632/6162/6751 - Fax: (61) 33178270
quais o trabalhador possa co a mesma remuneração, esta
menos substancialmente ser
por força da estabilidade.
tinuar a desenvolver as mesmas tarefas e a perceber do sob a égide da mesma disciplina jurídica (ou pelo elhante) durante o período de extensão do contrato
Tal situação não ocorre na aprendizagem. Embora possamos classificar a aprendizagem como contrato por prazo determinado no sentido de que dele deve constar um prazo e para ele existe um lapso de duração máximo estabelecido legalmente (2 anos, conforme §3° do art. 428 da CLT 1 ), é fato que essa limitação temporal se dá considerando, não a proteção do trabalhador ou do empregador, mas em virtude de um aspecto objetivo que é a duração razoável de um programa de aprendizagem.
Aliás, ao comentar a natureza jurídica do contrato de aprendizagem, embora usualmente se venha a classhcá-lo (por motivos evidentes) como um contrato de trabalho por prazo determinaco, predomina a ideia de que se trata de um contrato
sul generis. Ilustrativamente, Alice Monteiro de Barros assinala que para o
empregador, "no contrato de prendizagem, a principal obrigação (...) é propiciar a formação profissional (obriga o de fazer), seguida da obrigação de pagar salário (obrigação de dar)" 2 .
Note-se que, nos dem prazo determinado são limitad ele não permaneça num em esse vínculo se torne mai artificialmente as hipóteses permanentes da sua força de t
is casos do ordenamento jurídico, os contratos por s no tempo com vistas a garantir ao trabalhador que ego por muito tempo sem ter expectativas de que seguro, impedindo o empregador de utilizar e contrato por prazo para suprir necessidades abalho.
Nesse sentido, as dura ões legais dos contratos por prazo determinado
I
são estipuladas justamente ara impedir que o empregador permaneça com o trabalhador lhe prestando serviços por tempo superior ao que a lei
Art. 428 (...)
§ 3 2 O contrato de aprendizagem não )oderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se
tratar de aprendiz portador de deficiênci 3. (Redação dada pela Lei ne 11.788. de 2008)
4
MINIS
SECR I si)lanada dos Ministérios, BI i1(dintç.00v.t?r -
considerou razoável, seja serviço, substituição de
Nesses casos, o empregado a transmutação do contrat indeterminado (que é a regra possibilidade de atribuir efeito possível estender artificialme profissional do aprendiz, is
aprendiz além da duraçãi
disciplina jurídica (a dos c (a prestação de trabalho co
evidente que entender que a um direito da empregada apr deveria com ela firmar um n tal obrigação dos dispositivo
No caso da aprendiz encerramento das atividad indiferente para tanto se, no aprendiz estava ou não ges tradicionais, não se pode se prorrogação daquele vínculo critério objetivo-temporal, q previamente fixado para as a
Mais que isso, do pont de alteração do entendimen da Súmula 244 do TST, é p contratações a termo (por envolvendo situações fátic Trata-se, portanto, de algo contratos precários. Por out uma obrigação legal, para parecendo-nos desproporcio
ERIO DO TRABALHO E EMPREGO
ARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
-o F, Anexo, Ala B, I" andar, sala 176 - CEP: 70059-900 - Brasília/DF one: (61) 33176174/6632/6162/6751 - Fax: (61) 33178270
para uma experiência, seja para uma obra ou utro trabalhador, serviços extraordinários, etc.
que violar o período máximo tem como "penalidade", por prazo determinado em contrato por prazo no Direito Brasileiro). Ainda que se possa identificar a idêntico para a aprendizagem, o fato é que não seria te o programa de aprendizagem que visa à formação
o é, o trabalho prestado por uma empregada
de seu contrato seria então regido por outra ntratos de trabalho em geral) e teria outro objeto caráter eminentemente produtivo). Com isso, fica stabilidade decorrente da condição de gestante seria ndiz acarretaria na constatação de que o empregador vo contrato, não nos parecendo possível depreender que asseguram a estabilidade citada.
em, o termo final do contrato indica basicamente o
•s previstas no programa de aprendizagem. É
omento em que o contrato se encerra, a empregada ante. Diferente dos contratos de prazo determinado uer presumir que a condição de gestante frustrou a de aprendizagem, cujo encerramento se dá por um I seja, o simples adimplemento de um termo final ividades teóricas e práticas que integram o programa.
de vista das expectativas razoáveis, com a mudança das cortes trabalhistas consubstanciada no item III ssível afirmar que o empregador estará, ao optar por prazo determinado), plenamente ciente dos riscos geradoras de estabilidade para as empregadas. que poderá até desestimular a utilização de tais lado, o cumprimento da quota de aprendizagem é a qual é indiferente a vontade do empregador, al que seja obrigado a suportar o risco e o ônus de,
5
MINIS RIO DO TRABALHO E EMPREGO
SECR ARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
Esplanada dos Ministérios, BI o F, Anexo, Ala B, 1" andar, sala 176 - CEP: 70059-900 - Brasília/DF sit(rionte.gov.br - mne: (61) 33176174/6632/6162/6751 - Fax: (61) 33178270
eventualmente, ter de firma um novo contrato, com disciplina jurídica e objeto diversos, com a aprendiz ges .nte.
Dentro desse context desde a confirmação da gra empregada aprendiz quando pelo decurso do prazo de sua
, entende-se aqui que a estabilidade da gestante idez até o quinto mês após o parto não se aplica à
contrato de aprendizagem for regularmente extinto duração previamente estipulado (art. 433 da CLT). À consideração super' r.
, 15 de março de 2013.
Dam e Mato Sampaio Chagas ditor-Fi al do Trabalho
Bra Aprovosent
ília, 15 de março de 2013.
ota Técnica. Encaminhe-se ao DEFIT.
Lui 'Felipe Brandão de Mello Secre rio de Inspeção do Trabalho