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Prepare-se para o novo prazo e layout da ECF!

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Academic year: 2021

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“O MELHOR CONTEÚDO COM A NOSSA INTELIGÊNCIA.”

(Atualizada até 26/04/2016)

Escrituração Contábil Fiscal

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SUMÁRIO

ASPECTOS GERAIS DA ECF ... 3

1. CONHEÇA A ECF ... 3

2. QUEM DEVE ENTREGAR A ECF ... 3

3. PRAZO DE ENTREGA... 6 4. ATRASO NA ENTREGA ... 8 5. RETIFICAÇÃO ... 9 6. ASSINATURA DIGITAL ... 9 7. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ... 9 8. GUARDA DE DOCUMENTOS ... 9

9. ESCOLHA DOS REGISTROS ... 10

10. LEGISLAÇÃO ...11

11. SITUAÇÕES ESPECIAIS ... 12

CUIDADOS NA IMPLANTAÇÃO ... 15

1. SELEÇÃO DE BLOCOS E REGISTROS ... 15

2. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO ... 15

3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL ... 25

4. ANÁLISE E CONCILIAÇÃO DAS CONTAS ... 26

5. TECNOLOGIA ... 26

6. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO ... 30

7. LEGISLAÇÃO ... 30

REQUISITOS DO SISTEMA ... 32

1. O QUE INFORMAR NO ARQUIVO... 32

2. GERAÇÃO DO ARQUIVO ... 32 3. CARACTERÍSTICAS DO ARQUIVO ... 32 4. REGRAS DE PREENCHIMENTO ... 34 5. TABELAS ... 38 6. BLOCOS E REGISTROS ... 42 PERGUNTAS E RESPOSTAS ... 46

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ASPECTOS GERAIS DA ECF

1. CONHEÇA A ECF

A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) foi instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, al-terada posteriormente pelas Instruções Normativas RFB nºs 1.489 e 1.524/2014 e 1.574, 1.595/2015 e 1.633/2016. Essa obrigação acessória faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022/2007.

Ela veio para substituir a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir do ano-calendário de 2014, exceto para as pessoas jurídicas incorporadas, fusionadas, cin-didas ou encerradas no ano-calendário de 2014 (veja subitem 3.1.1).

Para as pessoas jurídicas que apuram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) pela sistemática do lucro real, a ECF é o Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) de que trata o inciso I do art. 8º do Decreto Lei nº 1.598/1977.

A ECF é uma DIPJ eletrônica em forma digital. As fichas da DIPJ estão distribuídas entre os diver-sos blocos e registros da ECF, além de outros dados adicionais. As informações são recuperadas da ECD pela ECF, ou em situações especiais, a critério do contribuinte, importadas ou mediante a edição de textos.

A empresa deverá informar todas as operações que influenciarem a composição da base de cálcu-lo e o vacálcu-lor devido do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL).

Uma das novidades na ECF diz respeito ao preenchimento e o controle, por meio de validações, das Partes “A” e “B” do Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da CSL (e-Lacs). Todos os saldos informados nesses livros serão controlados pelo Registro M500 da ECF, e, no caso da Parte “B”, haverá o batimento de saldos de um ano para o outro.

2. QUEM DEVE ENTREGAR A ECF

A ECF deve ser entregue até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira (Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 3º, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.633/2016, art. 1º).

Estão obrigadas a entregar a ECF todas as pessoas jurídicas e equiparadas, entidades públicas e privadas, inclusive as imunes e isentas, independentemente de serem tributadas pelo lucro real, presumido ou arbitrado (Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 1º, caput).

São equiparadas a- pessoas jurídicas para os efeitos da legislação do Imposto de Renda (art. 150 do RIR/1999):

a) as firmas individuais (atualmente empresários);

b) as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qual-quer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços.

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Para as pessoas jurídicas que apuram o IRPJ pela sistemática do lucro real, a ECF é o Lalur (Instru-ção Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 1º, § 3º).

2.1 Dispensa da apresentação

Estão dispensadas de entregar a ECF as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, as em-presas inativas, os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 1º, § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.524/2014, art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.595/2015, art. 3º)

2.2 Pessoas jurídicas imunes e isentas

O inciso IV do § 2º do art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, havia dispensado as pessoas jurídicas imunes e isentas que não estivessem obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições), nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, de apresentar a ECF relativa ao ano-calendário de 2014. O inciso II do art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, estabelece, por sua vez, que estão dispensadas da apresentação da EFD-Contribuições, as pessoas jurídicas imunes e isentas do Im-posto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00

Assim, as pessoas jurídicas imunes e isentas que estivessem desobrigadas da apresentação da EFD-Contribuições estavam dispensadas também da apresentação da ECF.

Observe-se, todavia, que, caso a pessoa jurídica imune ou isenta viesse a estar obrigada à entrega da EFD-Contribuições, em pelo menos um mês ela estaria , por consequência obrigada também obrigatoriedade da entrega da ECF, mesmo que nos demais meses ela estivesse dispensada da entrega da EFD-Contribuições.

Entretanto, por força da revogação do inciso IV do § 2º do art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, pelo art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.595/2015, a partir do ano-calendário de 2015, as pessoas jurídicas imunes ou isentas passaram a estar obrigadas a apresentar a ECF, mes-mo que desobrigadas da entrega da EFD-Contribuições.

2.3 Pessoas jurídicas inativas

Muitos gestores entendem que a inatividade de uma pessoa jurídica está relacionada apenas com seu faturamento. No entanto, a definição de empresa inativa é um pouco mais abrangente.

Empresa inativa é aquela que não efetua qualquer atividade operacional, não operacional, patrimo-nial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-ca-lendário (art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.306/2012).

Assim, mesmo sem apresentar faturamento, a pessoa jurídica pode ser descaracterizada como inativa ao negociar um item do seu ativo imobilizado, por exemplo, ou apresentar uma aplicação financeira em seu nome, por inconveniência do seu banco.

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Segundo o Fisco, a inatividade não se descaracteriza mesmo que o pagamento de tributo relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória seja paga no ano-calendário a que se referir a obrigação acessória a que está obrigada a entregar.

As pessoas jurídicas inativas estão dispensadas da entrega da ECF. Elas também não entregavam a DIPJ. No seu lugar, entregam anualmente a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ), no período de janeiro a março de cada ano.

O contribuinte não deve confundir empresa inativa com empresa sem movimento. Elas possuem características diferentes.

2.4 Pessoas jurídicas sem movimento

Ao contrário das inativas (pessoa jurídica que não realizar qualquer atividade operacional, não ope-racional, financeira ou patrimonial no curso do ano-calendário), as sem movimento são as pessoas jurídicas em atividade, porém sem auferir receitas.

Diferentemente da inativa, que entrega somente a DSPJ, a pessoa jurídica sem movimento entrega todas as demais obrigações acessórias exigidas para as demais empresas, inclusive a ECF.

2.5 Sociedade em Conta de Participação (SCP)

No caso de pessoas jurídicas que forem sócias ostensivas de Sociedades em Conta de Participação (SCP), a ECF deve ser transmitida separadamente, para cada SCP, além da transmissão da ECF da sócia ostensiva.

Assim, por exemplo, se a sócia ostensiva tiver 3 SCP, deverá entregar 4 ECF, uma para si e outras para cada uma das SCP das quais participa.

2.6 Comitê Olímpico Internacional (CIO), Rio 2016 e Empresas vinculadas

Se entidade não domiciliada no Brasil efetuar, ainda que somente para a realização e organização dos jogos olímpicos, comercialização de produtos ou serviços no Brasil, deverá entregar a ECF de acordo com as seguintes orientações:

a) Registros obrigatórios: 0000, 0010, 0020, 0030, 0930, X480. b) Registro 0000: Preencher conforme instruções deste manual.

c) Registro 0010: No campo 0010.FORMA_TRIB, preencher o código 9 (Isenta do IRPJ). d) Registro 0010: No campo 0010.TIP_ENT, preencher o código “14” (CIO e Entidades Relacio-nadas).

e) Registro 0020: No campo 0020.IND_PJ_HAB (PJ Habilitada no Repes, Recap, Padis, PATVD, Reidi, Repenec, Reicomp, Retaero, Recine, Resíduos Sólidos, Recopa, Copa do Mundo, Retid, REPNBL-Redes, Reif e Olimpíadas), preencher “S” (Sim).

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g) Registro 0930: Informar os dados dos representantes ou procuradores que assinarão digi-talmente a ECF.

h) Registro X480: Preencher conforme instruções do Manual de Orientação do Leiaute da ECF, aprovado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis nº 20/2016.

3. PRAZO DE ENTREGA

A entrega é anual. Deverá ser transmitida até o último dia útil do mês de julho do ano-calendário seguinte ao do ano-calendário a que se refira, devendo ser assinada digitalmente mediante a utili-zação de certificado digital válido.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 3º, caput, e § 1º, Instrução Normativa RFB nº 1.633/2016, art. 1º)

3.1 Situações especiais

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deve ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até o último dia útil do 3º mês subsequente ao do evento.

Se a incorporadora e a incorporada estiverem sob o mesmo controle societário desde o ano-calen-dário anterior ao do evento, a incorporadora não precisa entregar a ECF.

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorrido de janeiro a abril do ano-calendário, a ECF deve ser entrega até o último dia útil do mês de julho do referido ano, mes-mo prazo para entrega da ECF para situações normais relativas ao ano-calendário anterior.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 3º, §§ 2º a 4º, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.633/2016, art. 1º)

3.1.1 Eventos ocorridos no ano-calendário de 2014

Conforme pronunciamento da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), através de notícia pu-blicada no Portal do Sped na internet, nos eventos de encerramento, cisão, fusão, incorporação, etc. que ocorridos no ano-calendário de 2014, a pessoa jurídica deve entregar a DIPJ-2014 e não a ECF. A ECF somente será utilizada para transmissão de situações especiais a partir do ano-calen-dário de 2015.

Vê-se, portanto, uma particularidade, que é a dispensa da entrega da ECF no ano-calendário de 2014, para as empresas que forem encerradas, cindidas, fusionadas ou incorporadas nesse ano. Há que se ressaltar que, no caso de SCP:

a) que foram extintas ao longo do ano-calendário de 2014, não havia obrigatoriedade de en-trega da DIPJ por SCP, e também não havia obrigatoriedade de enen-trega da ECF;

a) somente as SCP existentes em 31.12.2014 devem entregar a ECF relativa ao ano-calendário 2014 (situação normal);

b) desde o ano-calendário 2015, todas as SCP entregam a ECF, inclusive as que forem extintas ao longo do ano da escrituração.

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3.2 FCont

Com a aplicação da Instrução Normativa RFB nº 1.492/2014, até o ano-calendário de 2014, permane-ce a obrigatoriedade de entrega das informações nepermane-cessárias para gerar o FCont de que tratam os arts. 7º e 8º da Instrução Normativa RFB nº 949/2009, por meio do Programa de Validação e Assina-tura (PVA) do Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont), conforme disposto na Instrução Nor-mativa RFB nº 967/2009, para as pessoas jurídicas sujeitas ao Regime Tributário de Transição (RTT). Se a pessoa jurídica optar pela antecipação dos efeitos da Lei nº 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014, os efeitos do RTT ficam extintos, e ela não deve entregar o FCont relativo a este ano. Po-rém, se não houver opção, tudo continua como está, isto é, o RTT continua em vigor, e a entrega do FCont é obrigatória. Assim, a pessoa jurídica entrega em 2015, relativo ao ano-calendário de 2014, o FCont e a ECF.

3.3 DIPJ

As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos desde 1º.01.2014, da en-trega da DIPJ (art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013). A ECF substitui a DIPJ a partir do ano-calendário de 2014.

Atenção!

No caso de encerramento, incorporação, fusão ou cisão de empresas durante o ano-calendário de 2014, a pessoa jurídica deve entregar a DIPJ-2014 desse ano.

3.4 Extinção do RTT

O RTT foi extinto a partir de 01/01/2015, pela Lei nº 12.973/2014. Porém, a pessoa jurídica pode ante-cipar a sua extinção para o ano-calendário de 2014. Para isso, terá que formalizar a opção junto ao Fisco.

Esta manifestação se dá com a entrega da DCTF relativa aos fatos geradores ocorridos no mês de agosto/2014, cuja entrega foi prorrogada para o dia 07.11.2014, conforme dispõe a Instrução Norma-tiva RFB nº 1.499/2014.

Posteriormente, segundo o Fisco, quem optou pelo fim do RTT na DCTF de agosto de 2014, pode retificar ou ratificar a opção, ou fazer a opção ou não, mediante a entrega da DCTF relativa ao fato gerador do mês de dezembro de 2014, que será entregue no mês de março de 2015.

Segundo o Fisco, através da Instrução Normativa RFB nº 1.492/2014, as pessoas jurídicas optantes nos termos do art. 75 da Lei nº 12.973/2014 (antecipação dos efeitos desta Lei em 2014), disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.469/2014, sujeitam-se ao RTT até 31.12.2013, e as pessoas jurídi-cas não optantes, até 31.12.2014.

Se a pessoa jurídica optar pela antecipação dos efeitos dessa Lei, o RTT será extinto a partir do ano-calendário de 2014. Se deixar para 2015, nada muda, isto é, o RTT continua vigente em 2014. Pelo que se depreende, vejamos 2 hipóteses:

a) opção pela Lei nº 12.973/2014 no ano-calendário de 2014: a.1) RTT é extinto; e

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b) não opção pela Lei nº 12.973/2014 no ano-calendário de 2014: b.1) RTT continua em vigor;

b.2) entrega do FCont em 2015; e b.3) entrega da ECF em 2015.

4. ATRASO NA ENTREGA

O atraso na entrega da ECF enseja a aplicação de multa, aplicável de acordo com o regime de tribu-tação adotado pela pessoa jurídica(lucro real, presumido, arbitrado ou imunes e isentas).

4.1 Lucro real

Aplicam-se as multas do art. 8º-A do Decreto-Lei nº 1.598/1977, conforme segue:

a) atraso na entrega - multa de 0,25% por mês-calendário ou fração do lucro líquido, antes do IRPJ e da CSL, no período a que se refere a escrituração, limitada a 10%;

b) incorreção, omissão, erros - multa de 3%, não inferior a R$ 100,00 do valor omitido, inexato ou incorreto.

Atenção! Na correção espontânea da ECF, não há multa.

Atenção! A multa por atraso na entrega (letra “a”) será limitada a:

a) R$ 100.000,00 para as pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior a R$ 3.600.000,00;

b) R$ 5.000.000,00 para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem na hipótese supramen-cionada.

4.2 Lucro presumido, arbitrado e imunes e isentas

Aplicam-se as multas do art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, conforme segue: a) atraso na entrega:

a.1) R$ 500,00 - Lucro presumido e imunes e isentas; a.2) R$ 1.500,00 - Mudança de tributação durante o ano; b) incorreção, omissão, erros:

b.1) multa de 3% do valor das transações comerciais ou financeiras; b.2) multa mínina de R$ 100,00.

4.3 Quadro resumo

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Multas Atraso ou não apre-sentação Incorreção, omissão e erros. Base legal

Lucro real

De 0,25% por mês-ca-lendário ou fração do lucro líquido, antes do IRPJ e CSL, no perío-do a que se refere a escrituração, limitada a 10%. De 3%, não inferior a R$ 100,00 do valor omitido, inexato ou in-correto. Atenção! Na correção espontânea da ECF, não há multa. Art. 6º, caput da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 Lucro presumido, arbitrado, imunes e isentas R$ 500,00 - Lucro presumido e imunes e isentas. R$ 1.500,00 - Mudança de tributação durante o ano. De 3% do valor das transações comerciais ou financeiras. Multa mínina de R$ 100,00. Art. 6º, § 2º da Ins-trução Normativa RFB nº 1.422/2013

5. RETIFICAÇÃO

A retificação da ECF poderá ser realizada em até 5 anos.

Se a pessoa jurídica retificar a ECF de um ano anterior, poderá ser necessário retificar as ECF dos anos posteriores, em virtude do controle de saldos da ECF.

Exemplo:

Em 1º.01.2017, a empresa retificou a ECF do ano-calendário 2014. Nesse caso, a empresa pode ter que retificar as ECF dos anos-calendário 2015 e 2016.

A ECF pode ser retificada a qualquer momento por iniciativa da pessoa jurídica ou do Fisco.

6. ASSINATURA DIGITAL

A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante utilização de certificado digital válido.

7. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos desde 1º.01.2014, da escri-turação do Lalur em meio físico e da entrega da DIPJ.

8. GUARDA DE DOCUMENTOS

O prazo para a guarda de documentos relaciona-se com o prazo de decadência e de prescrição relativo a eventuais ações que lhes sejam pertinentes e à constituição de créditos tributários. Assim, temos, em princípio, nos atentar a 3 dispositivos legais que tratam do assunto, sendo eles:

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a) art. 195, parágrafo único, da Lei nº 5.172/1966 (Código Tributário Nacional - CTN); b) art. 37 da Lei nº 9.430/1996; e

c) art. 4º do Decreto-lei nº 486/1969.

O art. 195 do CTN determina que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os com-provantes dos lançamentos neles efetuados sigam o prazo de prescrição dos tributos.

O art. 37 da Lei nº 9.430/1996 diz que os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros, serão conservados até que se opere a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários relati-vos a esses exercícios.

O art. 4º do Decreto-Lei nº 486/1969 diz que o comerciante é obrigado a conservar em ordem, en-quanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, a escrituração, correspondên-cia e os demais papéis relativos à atividade, ou que se refiram a atos ou operações que modifiquem ou possam a vir modificar sua situação patrimonial.

No CTN, o prazo de decadência encontra-se previsto no art. 173, e o prazo de prescrição consta no art. 174.

Diz o art. 173 que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos. Já o art. 174 diz que a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos conta-dos da sua constituição definitiva. Assim, depreende-se que o prazo de guarda da ECF é de 5 anos.

9. ESCOLHA DOS REGISTROS

A ECF é composta de blocos e registros. Eles são selecionados de acordo com a forma de tributa-ção da empresa (lucro real, presumido, arbitrado, ou imunes e isentas).

O quadro a seguir apresenta as informações de cada uma das formas de tributação:

Blocos Discriminação Lucro Real PresumidoLucro ArbitradoLucro Imunes ou Isentas

0 Abertura e identificação x x x x C Informações recuperadas da ECD (bloco recuperado pelo sistema) x (*) (*) x

E

Informações recuperadas da ECF anterior e cálculo fiscal dos dados recuperados da ECD (bloco recupe-rado pelo sistema)

x x x x

J Plano de contas e mapeamento x (*) (*) x K Saldo das contas contábeis e refe-renciais x (*) (*) x L Lucro líquido x

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Blocos Discriminação Lucro Real PresumidoLucro ArbitradoLucro Imunes ou Isentas

M e-Lalur e e-Lacs x N Imposto de Renda e CSL x P Lucro presumido x T Lucro arbitrado x Q Livro Caixa x(**) U Imunes ou isentas x X Informações econômicas x x x x Y Informações gerais x x x x 9 Encerramento do arquivo digital x x x x

(*) Em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º.01.2014, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido somente era obrigatória para as pessoas jurídicas que distribuíssem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do IRPJ, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita (Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 3º, II). Em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º.01.2016, as pessoas jurídicas estão obrigadas à adoção da ECD caso mantiverem escrituração contábil regular, em detrimento da manutenção de Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária (Instru-ção Normativa RFB nº 1.422/2013, art. 3º-A, II).

(**) As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido puderam apresentar o Bloco Q (trativo do Livro Caixa), facultativamente no ano-calendário de 2015. A apresentação do Demons-trativo de Livro Caixa será obrigatória somente a partir do ano-calendário 2016, para as pessoas jurídicas optantes pela sistemática do lucro presumido que se utilizem da prerrogativa manter livro Caixa, no qual esteja escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária, conforme previsto no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/1995, e cuja receita bruta no ano seja superior a R$ 1.200.000,00, ou proporcionalmente ao período a que se refere.

10. LEGISLAÇÃO

O Sped foi instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, com as alterações do Decreto nº 7.979/2013. A Instrução Normativa RFB nº 1.353/2013, inicialmente, instituiu a EFD-IRPJ. Posteriormente, a Ins-trução Normativa RFB nº 1.422/2013 revogou a InsIns-trução Normativa RFB nº 1.353/2013 e instituiu a ECF.

O Manual de Orientação do Leiaute da ECF foi aprovado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis nº 20/2016, e está disponível para download no link:http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644.

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11. SITUAÇÕES ESPECIAIS

11.1 Arquivo da ECF

Para gerar um arquivo da ECF, crie a ECF no programa (Arquivo/Criar), preencha os dados princi-pais e clique em Ferramentas/Exportar Escrituração.

11.2 Importação da ECF e Recuperação da ECD

O arquivo da ECD não é importado para a ECF e sim recuperado. Primeiramente, deve ser criada uma ECF no próprio programa ou deve ser importado um arquivo da ECF, para, aí sim, recuperar o arquivo da ECD (recuperação de contas, saldos e mapeamento, caso tenha sido realizado na ECD). A ECD recuperada deve estar validada, assinada e transmitida.

Para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido, imunes ou isentas obrigadas a entregar a ECD, a recuperação da ECD na ECF é obrigatória. Nesse caso, o Registro 0010.TIP_ESC_PRE deve ser preenchido com “C”.

Para as pessoas jurídicas não obrigadas a entregar a ECD, o Registro 0010.TIP_ESC_PRE deve ser preenchido com “L”. Nessa situação, os blocos C, E, J e K não serão preenchidos.

11.3 Recuperação de ECD Sem Mapeamento para o Plano de Contas Referencial

Para que não seja necessário digitar todo o mapeamento para o plano referencial na ECF, no caso de recuperação de dados da ECD sem o respectivo mapeamento, pode ser seguido o procedimento abaixo:

1) Importar a ECF.

2) Recuperar ECD, marcando a opção “Utilizar os dados recuperados da ECD para preenchimento do balanço e/ou DRE”. Com essa opção marcada, o programa da ECF copiará as informações para o bloco J e K, mas não calculará o balanço patrimonial e a DRE, pois não existe mapeamento. Os dados dos registros K155 e K355 estarão de acordo com a ECD.

3) Importar somente o bloco J da ECF com o mapeamento correto. O programa da ECF incluirá o mapeamento nos registros K155/K156 e K355/K356 e, consequentemente, calculará o balanço pa-trimonial e a DRE utilizando os saldos da ECD e o mapeamento da ECF.

11.4 Recuperação de ECD Com Encerramento do Exercício Diferente dos Encerramentos

da ECF

Os encerramentos do exercício na ECF seguem o período de apuração do tributo. Por exemplo, se a empresa é do lucro presumido, os encerramentos do exercício da ECF serão trimestrais.

Caso a ECD recuperada tenha encerramento diferente (por exemplo, a ECD recuperada tenha ape-nas um encerramento anual), no momento da validação no programa da ECF, poderá aparecer uma mensagem de advertência, com o valor da diferença entre os saldos finais credores e os saldos iniciais credores. Nesse caso, a pessoa jurídica poderá ajustar os saldos por meio de alteração nos registros K155 e K355 (alteração de saldo de uma ou mais contas).

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Também há a opção de criar uma nova conta do plano de contas da pessoa jurídica (J050) para fa-zer o ajuste. Contudo, neste caso, também será necessário fafa-zer o mapeamento dessa conta para o plano de contas referencial (J051).

11.5 Registro do Prejuízo Fiscal do Período na Parte B do e-Lalur

Quando ocorrer um prejuízo fiscal no período (Registro M300), o procedimento a seguir é: - Criar uma conta de Prejuízos Fiscais de Períodos Anteriores no registro M010.

- Registrar o saldo do prejuízo fiscal do período no registro M410 (Colocar o indicador de lançamen-to como “PF” – Prejuízo do Período).

Atenção: Se houver compensação de prejuízos fiscais em períodos posteriores, deve ser utilizada essa conta criada na parte B para compensação no registro M300 (Linhas de código 173 e 174 do M300), com tipo de relacionamento “1” (com conta da parte B).

11.6 Registro da Base de Cálculo Negativa da CSL do Período na Parte B do e-Lacs

Quando ocorrer uma base de cálculo negativa no período (Registro M350), o procedimento a se-guir é:

- Criar uma conta de Base de Cálculo Negativa de Períodos Anteriores no registro M010. - Registrar o saldo do prejuízo fiscal do período no registro M410 (Colocar o indicador de lan-çamento como “BC” – Base de Cálculo Negativa da CSL).

Atenção: Se houver compensação de base de cálculo negativa da CSL em períodos posteriores, deve ser utilizada essa conta criada na parte B para compensação no registro M350 (Linhas de có-digo 173 e 174 do M350), com tipo de relacionamento “1” (com conta da parte B).

11.7 Mudança de Contador no Período

Não é possível transmitir duas ou mais ECF no caso de mudança de contador no período.

A ECF deve ser transmitida em arquivo único, a menos que ocorra alguma das situações especiais previstas no Registro 0000.

Caso a entidade tenha que recuperar os dados da ECD, devem ser recuperados os dois arquivos da ECD transmitidos (um para cada contador). Contudo, para que a ECF recupere os dados corre-tamente é necessário que os saldos finais das contas que aparecem no primeiro arquivo (primeiro contador) sejam iguais aos saldos iniciais dessas mesmas contas que aparecem no segundo ar-quivo (segundo contador). Se isso não ocorrer, a ECF recuperará somente os dados do segundo arquivo e os ajustes necessários deverão ser realizados na própria ECF ou na ECD, por meio de substituição.

11.8 Plano de Contas e Mapeamento

A ECF recupera o plano de contas do último período existente na ECD.

O fato de uma conta não possuir saldos ou movimentação em um período não implica que a conta não deve ser informada no plano de contas.

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O plano de contas deve retratar o conjunto e a estrutura de todas as contas passíveis de utilização na contabilidade da entidade.

O mapeamento das contas contábeis da entidade para as contas referenciais é feito somente em relação às contas analíticas. Contas sintéticas não devem ser mapeadas.

11.9 Registros de Planos de Contas Referenciais (L100, L300, P100, P150, U100 e U150)

Para as pessoas jurídicas que possuem ECD a recuperar e geram o arquivo da ECF para importa-ção, os registros L100 e L300, no caso de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real; P100 e P150, no caso de pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido; U100 e U150, no caso de imunes ou isentas, não devem constar no arquivo da ECF para importação, pois, caso sejam importados, os valores não serão calculados pelo programa da ECF.

11.10 Conta “Resultado do Exercício”

No plano referencial, a conta “Resultado do Exercício” é sintética, pois representa o resultado da diferença entre as receitas e despesas do período.

Caso a entidade utilize uma conta transitória “Resultado do Exercício” ou “Apuração do Resultado Exercício” para realizar os lançamentos de transferência dos saldos das receitas e despesas do pe-ríodo, essa conta deverá ter J050.COD_NAT = “09” (Outras) e não deverá ser mapeadas.

O sistema não permite o mapeamento de contas com código de natureza “09”.

11.11 O que significa a mensagem “Dados atualizados na linha de acordo com a tabela da

RFB”?

No caso de registros com tabelas dinâmicas, a entidade precisa somente informar o código da linha e o valor, além da identificação do registro, pois a descrição é preenchida pelo próprio progra-ma da ECF.

Contudo, caso a entidade preencha o campo descrição e ele não esteja exatamente igual à descri-ção da respectiva tabela do registro no programa, o sistema fará a atualizadescri-ção da descridescri-ção e emi-tirá a mensagem (advertência) no momento da importação do arquivo da ECF: “Dados atualizados na linha de acordo com a tabela da RFB”.

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CUIDADOS NA IMPLANTAÇÃO

1. SELEÇÃO DE BLOCOS E REGISTROS

Na implantação da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), a empresa deve tomar alguns cuidados, principalmente em relação às informações que serão ou não inseridas no sistema.

Selecionamos alguns desses cuidados, desde a identificação dos blocos e registros que constarão do sistema até a decisão de investir ou não em um sistema de “RP”.

A escolha dos blocos e registros da ECF começa com a forma de tributação da pessoa jurídica. Nas “caixas” pertinentes ao lucro real, presumido, arbitrado e imunes ou isentas, você encontra os blo-cos e registros correspondentes a cada uma delas. Clique na “caixa” respectiva e identifique quais são eles. Antes, porém, é necessário saber se a empresa está enquadrada na forma de tributação correta perante a legislação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas.

Acompanhe, no item seguinte, o funcionamento das formas de tributação das pessoas jurídicas.

2. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO

2.1 Lucro Real

A) CONCEITO

É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais efetua-dos sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais.

B) PERÍODO DE APURAÇÃO

O lucro real das pessoas jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de apura-ção do imposto de renda (Lei nº 9.430/1996, arts. 1º e 2º).

O período de apuração encerra-se:

• nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apuração trimestral;

• no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual;

• na data de extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu acervo líquido;

• na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.

Atenção!

A pessoa jurídica incorporadora fica obrigada à entrega da ECF correspondente ao período trans-corrido durante o ano-calendário do evento, no caso de as pessoas jurídicas, incorporadora e in-corporada, não estarem sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.

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C) PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano-calendário, as pes-soas jurídicas:

• cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00, ou de R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses do período, quando inferior a 12 meses;

• cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desen-volvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, socie-dades de crédito imobiliário, sociesocie-dades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, coope-rativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdên-cia privada aberta;

• que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

• que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou à redução do imposto;

• que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430/1996; • que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pa-gar e a receber, e compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

• que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agro-negócio.

Atenção!

Receita Total é o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável e dos rendimen-tos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, e da parcela das receitas auferi-das nas exportações às pessoas vinculaauferi-das ou aos países e dependências com tributação favore-cida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa.

D) APURAÇÃO DO IRPJ

As pessoas jurídicas devem apurar trimestralmente o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com base no lucro real.

De forma opcional, essas pessoas jurídicas podem efetuar, mensalmente, o pagamento do imposto de renda devido no curso do ano-calendário calculado sobre a base de cálculo estimada, realizando a apuração definitiva apenas ao final do ano-calendário ou na data do evento caso ocorra fusão, cisão, incorporação ou extinção da pessoa jurídica.

Esta opção alcança, inclusive, as pessoas jurídicas que, em qualquer trimestre do ano-calendário, tenham arbitrado o lucro ou tenham se utilizado da faculdade de suspender ou reduzir o valor dos pagamentos mensais, mediante a elaboração de balanços ou balancetes de suspensão ou redução (art. 37, § 5º, e art. 57, § 1º, da Lei nº 8.981/1995, com a nova redação dada pela Lei nº 9.065/1995).

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E) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO ESTIMADA (ANUAL)

A base de cálculo do IRPJ, em cada mês, é determinada mediante a aplicação dos seguintes per-centuais:

• 1,6% sobre a receita bruta mensal auferida na revenda, para consumo, de combustível deri-vado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

• 8% sobre a receita bruta mensal proveniente: - da venda de produtos de fabricação própria; - da venda de mercadorias adquiridas para revenda;

- da industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização; - da atividade rural;

- de serviços hospitalares; - do transporte de cargas;

- das atividades de loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda;

- de outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços;

• 16% sobre a receita bruta mensal auferida pela prestação de serviços de transporte, exceto o de cargas;

• 32% sobre a receita bruta mensal auferida com as atividades de:

- prestação de serviços, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; - intermediação de negócios;

- administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer natu-reza;

- construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra;

- prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, e com-pras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

- prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente.

As atividades de corretagem (seguros, imóveis etc.) e as de representação comercial são conside-radas atividades de intermediação de negócios.

Atenção!

1) No caso de atividades diversificadas, deve ser aplicado o percentual correspondente sobre a receita proveniente de cada atividade.

2) As sociedades cooperativas de consumo e as demais, quanto aos atos não cooperados, utilizam os percentuais de acordo com a natureza de suas atividades.

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3) A contar de 1º.01.2006, o percentual também passou a ser aplicado sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorpora-ção imobiliária, construincorpora-ção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construí-dos ou adquiriconstruí-dos para a revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato (Lei nº 11.196/2005, art. 34).

F) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ POR MEIO DE PERCENTUAL FAVORECIDO As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, podem utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto de ren-da mensal, o percentual de 16%.

Se a receita bruta anual acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite anual de R$ 120.000,00, a pessoa jurídica deverá determinar nova base de cálculo do imposto com a apli-cação do percentual de 32% e apurar a diferença do imposto postergado em cada mês transcorrido no mês em que foi excedido o limite.

Essa diferença deve ser paga em Darf separado, nos códigos 2362 (pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real) ou 5993 (pessoas jurídicas optantes pelo lucro real), até o último dia útil do mês sub-sequente ao mês em que ocorreu o excesso. Após esse prazo, a diferença deve ser paga com os acréscimos legais.

G) DETERMINAÇÃO DO IRPJ DEVIDO • Alíquota (Trimestral ou Anual)

A alíquota do imposto de renda é de 15% sobre o lucro real apurado pelas pessoas jurídicas em geral.

• Adicional (Trimestral e Anual)

A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 (pelo número dos meses do respectivo período de apuração estará sujeita à incidência do adicional, à alíquota de 10%.

Também se encontra sujeita ao adicional a parcela da base de cálculo estimada mensal, no caso das pessoas jurídicas que optaram pela apuração anual do imposto de renda, que exceder a R$ 20.000,00.

A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.

O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa jurídica que explore ativida-de rural (Lei nº 9.249/, art. 3º, § 3º). No caso ativida-de atividaativida-des mistas, a base ativida-de cálculo do adicional será a soma do lucro real apurado nas atividades em geral com o lucro real apurado na atividade rural. H) SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA MENSAL (ANUAL) A pessoa jurídica pode suspender o pagamento do IRPJ, desde que demonstre que o valor do IRPJ devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda devido por estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.

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2.2 Lucro Presumido

A) CONCEITO

É uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do IRPJ e da Contri-buição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.

O imposto de renda é devido trimestralmente. B) INGRESSO NO SISTEMA

A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido é manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do IRPJ devido, correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.

A opção pela apuração do imposto de renda com base no lucro presumido é irretratável para o ano--calendário (Lei nº 9.718/1998, art. 13, § 1º).

C) PESSOAS JURÍDICAS AUTORIZADAS A OPTAR

Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que, não estando obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real, tenham auferido, no ano-calendário anterior, receita total igual ou inferior a R$ 78.000.000,00.

Podem, também, optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que ini-ciarem atividades ou que resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam obri-gadas à tributação pelo lucro real.

As pessoas jurídicas, tributadas pelo lucro presumido, e que, em qualquer trimestre do ano-calen-dário, tiverem seu lucro arbitrado podem permanecer no regime de tributação com base no lucro presumido relativamente aos demais trimestres do ano-calendário desde que sejam atendidas as disposições legais pertinentes (Lei nº 8.981/1995, art. 47, § 2º; Lei nº 9.430/1996, art.1º; IN SRF nº 93/1997, art. 47).

D) PERCENTUAL DE DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO

No ano-calendário, são aplicados os seguintes percentuais na determinação do lucro presumido: • 1,6% sobre a receita bruta mensal auferida na revenda, para consumo, de combustível deri-vado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

• 8% sobre a receita bruta mensal proveniente: - da venda de produtos de fabricação própria; - da venda de mercadorias adquiridas para revenda;

- da industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização; - da atividade rural;

- de serviços hospitalares; - do transporte de cargas;

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• 16% sobre a receita bruta mensal auferida pela prestação de serviços de transporte, exceto o de cargas;

• 32% sobre a receita bruta mensal auferida com as atividades de:

- prestação de serviços pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legal-mente regulamentada;

- intermediação de negócios;

- administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer natu-reza;

- construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra; - prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente.

As atividades de corretagem (seguros, imóveis etc.) e as de representação comercial são conside-radas atividades de intermediação de negócios.

No caso de atividades diversificadas, deve ser aplicado o percentual correspondente sobre a recei-ta proveniente de cada atividade.

E) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO POR MEIO DE PERCENTUAL FAVORECI-DO

As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 podem utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto de renda trimestral, o percentual de 16%.

A pessoa jurídica cuja receita bruta anual acumulada até determinado trimestre do ano-calendário exceder o limite anual de R$ 120.000,00 deverá determinar nova base de cálculo do imposto com a aplicação do percentual de 32% e apurar a diferença do imposto postergado em cada trimestre transcorrido, no trimestre em que foi excedido o limite.

Essa diferença deve ser paga em quota única, por meio de Darf separado, no código 2089, até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso. Após esse prazo, a dife-rença será paga com os acréscimos legais.

F) DETERMINAÇÃO DO IRPJ DEVIDO • Alíquota

O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a base de cálculo.

• Adicional

A parcela do lucro presumido que exceder ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo nú-mero dos meses do respectivo período de apuração estará sujeita à incidência do adicional, à alí-quota de 10%.

• Pagamento do Imposto

O pagamento deve ser feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Fe-derais (Darf), sob o código 2089.

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• Escrituração

A pessoa jurídica que optar pela tributação com base no lucro presumido deve manter:

a) escrituração contábil, nos termos da legislação comercial, ou livro Caixa, no qual deve es-tar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária;

b) Livro Registro de Inventário, no qual devem constar registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de tributação simplificada; e

c) Livro de Apuração do Lucro Real, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores.

2.3 Lucro Arbitrado

A) INTRODUÇÃO

Na ocorrência de qualquer das hipóteses de arbitramento, previstas no art. 47 da Lei nº 8.981/1995, a pessoa jurídica pode, quando conhecida a receita bruta, efetuar o pagamento do imposto de ren-da correspondente com base no lucro arbitrado.

O imposto pago sobre o lucro arbitrado é definitivo, não podendo, em qualquer hipótese, ser com-pensado com recolhimentos futuros.

A apuração do imposto de renda com base no lucro arbitrado abrange todos os trimestres do ano--calendário, assegurada a tributação com base no lucro real ou presumido relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se:

• a pessoa jurídica dispuser de escrituração comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos perío-dos não abrangiperío-dos pela tributação com base no lucro arbitrado; ou

• puder optar pelo lucro presumido.

Atenção!

Sendo tributada pelo lucro real, a pessoa jurídica pode apurar o lucro trimestralmente, ou anual-mente com pagamentos mensais por estimativa, sem considerar o resultado do período em que se sujeitou ao arbitramento.

B) DETERMINAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO

É determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta do trimestre, quando conhecida, do percentual de 9,6%.

Nas seguintes atividades, o percentual é de:

• 1,92% sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

• I9,6% sobre a receita bruta auferida na prestação de serviços hospitalares e de transporte de carga;

• 19,2% sobre a receita bruta auferida na prestação dos demais serviços de transporte; • 38,4% sobre a receita bruta auferida com as atividades de:

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- prestação de serviços, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; - intermediação de negócios;

- administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de qualquer natu-reza;

- construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra;

- prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, e com-pra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a com-prazo ou de prestação de serviços (factoring);

- prestação de qualquer outro tipo de serviço não mencionado anteriormente;

• 45% sobre a receita bruta auferida nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corre-toras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros priva-dos e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.

C) DETERMINAÇÃO DO IRPJ DEVIDO

O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro arbitrado.

• Adicional

A parcela do lucro arbitrado que exceder o valor da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número dos meses do respectivo período de apuração estará sujeito à incidência do adicional à alíquota de 10%.

D) PAGAMENTO

O pagamento é feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), sob o código 5625.

O IRPJ devido, apurado trimestralmente, deve ser pago, em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

Nenhuma quota pode ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 deve ser pago em quota única.

As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Espe-cial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do pri-meiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento.

2.4 Imunes e Isentas

2.4.1 Imunes

São imunes do IRPJ:

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b) os partidos políticos, inclusive suas fundações, e as entidades sindicais de trabalhadores, sem fins lucrativos (CF/1988, art. 150, VI, “c”), desde que observado o disposto no art. 169 do Decreto nº 3.000/1999.

Para o gozo da imunidade, as instituições citadas estão obrigadas a atender aos seguintes requi-sitos, além dos estabelecidos em lei específica, relacionados com o funcionamento das entidades citadas:

a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais;

c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das forma-lidades que assegurem a respectiva exatidão;

d) conservar em boa ordem, até que estejam prescritas eventuais ações que lhes sejam per-tinentes, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas e a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

e) apresentar, anualmente, a DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal do Brasil;

f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contri-buição para a seguridade social relativa aos empregados, bem como cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes;

g) assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de extinção da pessoa jurí-dica, ou a órgão público.

São imunes da CSLL:

As entidades beneficentes de assistência social (CF/88, art. 195, § 7º), as quais, além dos requisitos exigidos para gozo da imunidade do IRPJ, deverão atender aos seguintes requisitos cumulativa-mente:

a) sejam reconhecidas como de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou municipal;

b) sejam portadoras do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência So-cial, fornecidos pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde ou da Educação, de acordo com as respectivas áreas de atuação;

c) atendam, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

• não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remune-ração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respecti-vos atos constitutirespecti-vos;

• apliquem suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território na-cional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais;

• apresentem certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certifi-cado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

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• mantenham escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emana-das do Conselho Federal de Contabilidade;

• não distribuam resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto;

• conservem em boa ordem, pelo prazo de 10 anos, contados da data da emissão, os docu-mentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial;

• cumpram as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária;

• apresentem as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por audi-tor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade quan-do a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixaquan-do pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.

Atenção!

1) O direito à imunidade da CSLL poderá ser exercido pela entidade a contar da data da publicação da concessão da certificação, desde que sejam atendidos os requisitos indicados anteriormente. 2) Constatado o descumprimento pela entidade dos requisitos indicados, a fiscalização da Secre-taria da Receita Federal do Brasil lavrará o auto de infração relativo ao período correspondente e relatará os fatos que demonstram o não atendimento de tais requisitos para o gozo da imunidade. 3) Considerar-se-á automaticamente suspenso o direito à imunidade da CSLL durante o período em que se constatar o descumprimento de requisito para gozo da imunidade, devendo o lança-mento correspondente ter como termo inicial a data da ocorrência da infração que lhe deu causa. 4) As entidades sem fins lucrativos de que trata o inciso I do art. 12 do Decreto nº 3.048/1999 que não se enquadram nas condições para gozo da imunidade devem apurar a base de cálculo e a CSLL devida nos termos da legislação comercial e fiscal.

2.4.2 Isentas

São isentas do IRPJ as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as as-sociações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos (Lei nº 9.532/1997).

A isenção aplica-se, exclusivamente, em relação ao imposto sobre a renda da pessoa jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido, observado o disposto no parágrafo subsequente.

Atenção!

1) As entidades sem fins lucrativos de que trata o inciso I do art. 12 do Decreto nº 3.048/1999 que não se enquadram na imunidade ou isenção da Lei nº 9.532/1997 devem apurar a base de cálculo e a CSLL devida nos termos da legislação comercial e fiscal.

2) As associações de poupança e empréstimo estão isentas do imposto sobre a renda, mas são contribuintes da contribuição social sobre o lucro líquido.

3) As entidades sujeitas à planificação contábil própria apurarão a CSLL de acordo com essa pla-nificação.

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Não estão abrangidos pela isenção do IRPJ os rendimentos e ganhos de capital auferidos em apli-cações financeiras de renda fixa ou de renda variável e os juros de capital distribuídos.

Para o gozo da isenção, as instituições citadas estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos: a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais;

c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das forma-lidades que assegurem a respectiva exatidão;

d) conservar em boa ordem, até que estejam prescritas eventuais ações que lhes sejam per-tinentes, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas e a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

e) apresentar, anualmente, DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

As instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico deverão assegurar a destina-ção de seu patrimônio a outra instituidestina-ção que atenda às condições para gozo da isendestina-ção, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público.

3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

A partir do art. 1.179 da Lei nº 10.406/2002, o Código Civil Brasileiro apresenta a obrigatoriedade do empresário e da sociedade empresária de efetuar a escrituração comercial (contábil). A dispensa está somente em relação ao pequeno empresário a que se refere o art. 970.

A Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A) também exige a formulação dos registros contábeis para as empre-sas de capital aberto ou fechado, regidas por esta lei.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), órgão regulador da atividade contábil, exige que os profissionais da contabilidade adotem a escrituração contábil para todas as entidades (com ou sem fins lucrativos, públicas ou privadas). Em geral, a regra é comum a todas as entidades.

A legislação do IRPJ exige a escrituração contábil para as empresas tributadas pelo lucro real. Po-rém, faculta sua elaboração para as empresas tributadas pelo lucro presumido, lucro arbitrado e para o Simples Nacional. Na sua falta, o Fisco exige a escrituração do livro caixa.

Detalhe importante é que não se deve confundir a escrituração contábil com o simples registro do livro caixa.

Em um mercado global, a necessidade da informação é indiscutível. Nesse sentido, a contabilidade é fundamental para a geração dos conteúdos através dos relatórios contábeis.

A escrituração contábil é composta pelo registro de atos e fatos administrativos que alteram de forma qualitativa ou quantitativa o patrimônio das entidades, e esses registros devem ser expostos através de demonstrações contábeis:

Essa também é a posição do Fisco federal, que exige dos contribuintes a formulação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL através de arquivos digitais a partir da contabilidade, como é o caso da Escrituração Contábil Digital (ECD) e da Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

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Essas obrigações acessórias são geradas a partir de dados extraídos da contabilidade, seja através de avançados sistemas gerenciais, seja pela edição das informações pelo próprio contribuinte. É a contabilidade caminhando para a era digital.

4. ANÁLISE E CONCILIAÇÃO DAS CONTAS

As empresas, no contexto de uma economia moderna e globalizada, almejam o seu padrão de exce-lência. É a busca constante pela “Qualidade Total”. Termos como “erro zero”, “pós-vendas”, “progra-mas de fidelidade”, entre outros, mostram a preocupação do fornecedor com seus clientes.

Na contabilidade não pode ser diferente. Devemos buscar sempre a melhoria de algo que já é bom, tomando-se por base que o objetivo a ser alcançado será sempre de 100%.

Para isso, o fazer contabilidade não é só apresentar resultados, mas, sim, divulgar dados confiáveis e crédulos ao gestor e ao usuário (interno e externo) da informação com vistas à tomada de deci-sões eficazes em seu negócio.

Nesse caso, os dados devem ser conciliados e analisados antes de serem enviados para o usuário final (aqui, se destaca o Fisco como um dos usuários da informação). Minimizará ao contribuinte o impacto de penalidades que poderão ocasionar fissuras na organização.

Lembre-se: Os arquivos digitais elaborados pelo Fisco não analisam conteúdo. Verificam apenas se a estrutura do arquivo é válida. A fiscalização é que auditará o conteúdo através de cruzamentos dos dados apresentados com outras obrigações acessórias.

Portanto, um cuidado antes de enviar o Sped ECF é verificar se os conteúdos da ECD e da própria ECF estão analisados, conciliados, validados, assinados e cruzados com outros arquivos eletrôni-cos ou digitais enviados aos entes federativos.

5. TECNOLOGIA

Independente do porte da empresa, se pequena, média ou grande, a necessidade de tecnologia é fundamental. Afinal, o Fisco se aperfeiçoa a cada dia. A ECF é mais uma delas.

O mercado requer qualidade consistente de produtos e serviços. O usuário da contabilidade re-quer a qualidade e a credibilidade das informações. O Fisco também. Para isso, você deve ficar atento ao “Planejamento e Especificação dos Processos”.

5.1 Planejamento dos Processos

O planejamento dos processos é a ligação entre a engenharia do produto e a manufatura. Diz res-peito à seleção dos processos e ferramentas adequadas para transformar a informação na lingua-gem da escrituração contábil fiscal.

O planejamento do processo pode então ser definido como um procedimento de determinação dos métodos e da sequência de fabricação para gerar informações pertinentes a cada registro de um bloco específico do arquivo da ECF.

Assim, o planejamento da elaboração da ECF pode ser feito pelo processo manual ou através da geração de um arquivo texto (txt).

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Para ambos os casos, será necessário que o contribuinte disponha de: A) GERAÇÃO MANUAL

A pessoa jurídica poderá gerar as informações no arquivo digital do Sped ECF mediante o impute de informações manuais. Para isso, terá de “editar” a escrituração no próprio PVA.

Deve-se ter cuidado ao preencher o Bloco 0000 - Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Entidade, pois este Bloco irá disponibilizar os demais registros a serem preenchidos pela pessoa jurídica.

B) GERAÇÃO ATRAVÉS DE ARQUIVO TEXTO

O arquivo texto é gerado a partir do desenvolvimento do leiaute. Ele pode ser desenvolvido pela empresa ou por um sistema de informações gerenciais (ERP, por exemplo).

No Bloco 0, a pessoa jurídica irá selecionar os registros a serem preenchidos de cada bloco. Aten-ção especial aos códigos de Obrigatoriedade (O); Facultativo (F); Obrigatório Condicional (OC); Facultativo Condicional (FC) e o Não Deve Existir (N), para cada registro individual.

O arquivo a ser importado para o programa gerador do Sped ECF deve ser no formato texto (txt), co-dificado em ASCII - ISO 8859-1 (Latin-1), não sendo aceitos campos compactados (packed decimal), zonados, binários, ponto flutuante (float point) etc., ou quaisquer outras codificações de texto, tais como EBCDIC.

Ademais, o arquivo possui organização hierárquica, assim definida pela citação do nível hierárqui-co ao qual pertence cada registro.

Exemplo:

Seja a estrutura hipotética de um arquivo com registros organizados hierarquicamente nos moldes da ECF, conforme abaixo:

Registro 10 - Nível hierárquico 1 Registro 20 - Nível hierárquico 1 Registro 30 - Nível hierárquico 2 Registro 40 - Nível hierárquico 3 Registro 50 - Nível hierárquico 3 Registro 60 - Nível hierárquico 2 Registro 70 - Nível hierárquico 1 Há três registros pais: 10, 20 e 70. Os registros 10 e 70 não têm filhos.

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Os registros são sempre iniciados na primeira coluna (posição 1) e têm tamanho variável. A linha do arquivo digital deve conter os campos na exata ordem em que estão listados nos respectivos registros.

Durante a validação do arquivo texto, podem ocorrer inconsistências. Se ocorrer “erro”, o sistema estacionará, ou seja, só continuará validando se o erro for solucionado pela pessoa jurídica.

Caso apresente como inconsistência “avisos”, o sistema continuará funcionando. Mesmo assim, recomendamos sua regularização.

Nesse primeiro momento, o sistema estará apenas validando a estrutura do arquivo texto, e não o seu conteúdo.

5.2 Especificação dos Processos

Orientações gerais

Equipamentos com características que não atendam aos requisitos mínimos descritos nos tópicos Hardware e Software a seguir podem estar sujeitos a erros aleatórios e/ou lentidão na execução do programa.

Em testes feitos durante o desenvolvimento do sistema, equipamentos com os requisitos mínimos exigidos a seguir levaram aproximadamente 60 minutos para importar e validar um arquivo de 1 Gb. O tempo necessário para a importação e validação da escrituração varia de acordo com a confi-guração do computador como, por exemplo, capacidade do processador, quantidade de memória disponível, desempenho do disco rígido etc.

Requisitos mínimos Hardware

• microcomputador PC ou compatível; • velocidade (clock interno) de 3 Ghz; • memória RAM de 1 GB;

• espaço disponível em disco rígido de 20 GB;

• monitor VGA, configuração 800 x 600 pixels e, no mínimo, 256 cores, e fontes pequenas; • placa de vídeo com 32 MB de memória;

• mouse serial padrão;

• impressora laser ou jato de tinta;

• unidade de CD-ROM para instalação do programa, quando for o caso. Software

• sistema operacional Windows (2000, XP ou Vista) ou Linux;

• prévia instalação da Máquina Virtual Java (JVM - Java Virtual Machine), versão 1.6 ou superior;

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• para transmissão do arquivo de escrituração, deve haver acesso à Internet, e a versão mais recente do programa Receitanet deve estar instalada;

• o usuário deve buscar a versão atualizada do programa Receitanet no site http://www. receita.fazenda.gov.br.

5.3 Programa

5.3.1 Instalação do Programa

O instalador do Sped ECF encontra-se disponível para download no site do Sped na Internet: http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/Default.htm

O programa é monousuário e deverá ser instalado em cada estação de trabalho em que for utiliza-do.

A instalação é feita por meio de um assistente, que orienta o usuário a cada passo do processo. Como pré-requisito, é necessário que a Máquina Virtual Java (JVM - Java Virtual Machine) já esteja na estação de trabalho.

Caso não encontrar a JVM na estação de trabalho, o assistente exibirá uma mensagem e abortará a instalação.

O instalador da JVM para o sistema operacional Windows encontra-se disponível para download no seguinte site da Internet:

http://www.java.com/pt_BR/download/windows_ie.jsp

Após a instalação da JVM, deve-se reiniciar a instalação da Sped ECF, seguindo os passos indica-dos pelo assistente. Preparação da instalação.

Atenção!

O ícone “Aplicação” do Sped ECF possibilita à pessoa jurídica a alternância para a aplicação do Sped Contábil e vice-versa. É permitido alternar entre ambas as aplicações sempre que necessário.

5.3.2 Desinstalação do Programa

A desinstalação do programa validador do Sped Contábil é feita por meio de um assistente, que orienta o usuário a cada passo do processo.

Para executar o Desinstalador, clique no ícone : Programas_SPED

Sped ECF

Atenção!

Dados referentes às escriturações contábeis fiscais serão apagados. Caso seja necessário, cancele a desinstalação e faça cópias de segurança das escriturações. Feitas as cópias, reinicie a desinsta-lação da ECF, seguindo os passos indicados pelo assistente.

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