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Santander Cultural celebra a diversidade cultural brasileira com exposições simultâneas dos mestres nordestinos Gilberto Freyre e Ariano Suassuna

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Santander

Relações com a Imprensa

Tel. 11 3174-6017/2743/8516 E-mail: imprensa@santander.com.br

Nota de Imprensa

Santander Cultural celebra a diversidade cultural brasileira com

exposições simultâneas dos mestres nordestinos

Gilberto Freyre e Ariano Suassuna

Mostras abrem juntamente com a 54ª Feira do Livro de Porto Alegre, que este ano tem

Pernambuco como Estado Convidado

São Paulo, outubro de 2008 – A partir de 31 de outubro, o Santander Cultural – Unidade Porto Alegre celebra a diversidade cultural e a riqueza artística e literária do Nordeste com duas exposições sobre renomados escritores nascidos na região: Gilberto Freyre e Ariano Suassuna. Os projetos aliam-se à Feira do Livro de Porto Alegre, que nessa 54ª edição tem como estado convidado Pernambuco – onde Freyre nasceu e do qual Suassuna é um grande ícone cultural.

A proposta é promover um diálogo reflexivo entre o Nordeste e o Sul do País, por meio de duas personalidades marcantes da cultura brasileira, que revelam nas suas trajetórias e obras dois importantes veios da matriz cultural nordestina, o de Freyre, a partir da Zona da Mata pernambucana, e o de Suassuna, a partir do sertão.

Gilberto Freyre – Intérprete do Brasil apresenta o universo de Gilberto Freyre, autor do clássico e revolucionário Casa Grande & Senzala e considerado o Pai da Antropologia Cultural do País. A mostra é uma realização do Santander Cultural em parceria com o Instituto Brasil Leitor, a Fazer Arte e a Fundação Gilberto Freyre.

São cerca de 200 obras, entre pinturas e documentos originários de suas pesquisas, manuscritos originais e primeiras edições de seus livros, documentos pessoais e fotografias que fazem parte do acervo da Fundação Gilberto Freyre, dirigida por Gilberto Freyre Neto, e da coleção da família. Entre os grandes destaques da exposição estão cartas trocadas com grandes personalidades, como Erico Veríssimo e Carlos Drummond de Andrade.

Como hobby e ao mesmo tempo com a intenção de fazer registro etnográfico, Freyre desenhava, pintava e presenteava amigos e parentes com suas obras. Parte dessa produção artística, pouco conhecida pelo grande público, será exposta no Santander Cultural, assim como outras peças curiosas, como o quadro assinado pelo amigo e pintor modernista Cícero Dias – Engenho Noruega (óleo sobre tela, 1933) –, uma representação gráfica da obra literária Casa Grande & Senzala.

O conteúdo da mostra, sob a curadoria de Julia Peregrino, Elide Rugai Bastos e Pedro Karp Vasquez, estará distribuído em ambientes cenográficos criados por André Cortez com a intenção de representar o universo intimo da casa, no qual o público será convidado a explorar a vida pessoal e o trabalho do escritor. Os visitantes poderão interagir em seus diversos ambientes, percorrendo os cômodos e abrindo portas e gavetas para fazer descobertas sobre o universo do intelectual.

“Mais do que apresentarmos um amplo panorama da obra de um homem ousado e polêmico, à frente de seu tempo, relacionando-a com a história do País, queremos despertar no público o senso de que nosso maior patrimônio está na diversidade de nossas expressões cotidianas”, observa Liliana Magalhães, superintendente do Santander Cultural.

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Gilberto Freyre – Intérprete do Brasil é a terceira grande mostra de artes visuais realizada pelo instituto em 2008. É também a segunda vez que o Santander Cultural dedica uma mostra deste gênero à Feira do Livro – a primeira foi em 2004, durante as comemorações dos 50 anos do evento, com OLHO VIVO – a arte da fotografia, que reuniu os 50 Anos de Europa de Cartier Bresson e 50 Anos da Arte Fotógrafica Brasileira, abrangendo obras do acervo do Museu de Arte Moderna – MAM de São Paulo.

A exposição, que foi criada e exibida originalmente no Museu da Língua Portuguesa, fica em cartaz no Santander Cultural até 15 de fevereiro e terá diversas atividades simultâneas e de estímulo à leitura. Serão oficinas, encontros e sessões interativas com teatro, música e audiovisual no hall do instituto, com a participação de ONGs, atores e escritores convidados.

Ariano Suassuna e o Movimento Armorial

A mostra-homenagem Ariano Suassuna: Iluminogravuras – A Estética Armorial, sobre o escritor, dramaturgo, advogado, professor e atual secretário de Cultura de Recife, conhecido principalmente pelos sucessos O Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, reunirá 153 objetos: 29 desenhos, 10 iluminogravuras e 10 xilogravuras, além de 104 ferros de marcar gado, que deram origem ao chamado alfabeto armorial, revelando um Suassuna menos conhecido: o artista gráfico.

Os ferros de marcar gado, trazidos para a exposição, são itens da tradição nordestina: cada família usava um símbolo próprio para marcar e diferenciar seu rebanho. O interesse pelo tema motivou Suassuna a fazer uma profunda pesquisa, que culminou na criação da tipografia Armorial a partir do livro Ferros do Cariri: Uma Heráldica Sertaneja (1974), por Ricardo Goveia de Melo e Giovana Caldas. Essa tipografia pode ser vista em títulos de diversos sonetos de sua autoria.

A série de iluminogravuras que compõem a mostra, assim como os desenhos, foram desenvolvidos no final da década 1970 e início dos anos 1980. Tinham a intenção de servir de estudos para serem aplicados nas ilustrações de sua obra literária. A iluminogravura – termo criado pelo próprio Suassuna – é a junção das técnicas iluminura e gravura. Criada na Idade Média pelos monges cristãos, a iluminura era usada para decorar os livros escritos a mão. Aliando essa técnica à gravura e à pintura, Suassuna costuma ilustrar pessoalmente os seus romances, como é o caso do Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta, no qual os desenhos ganham papel fundamental na narrativa, sendo mencionados nos textos e “assinados” por um dos personagens.

As obras de Suassuna caminham pelo universo Armonial, movimento proposto por ele na década de 1970, que estrutura de forma erudita a arte fundamentada nas raízes populares da cultura brasileira, na literatura, artes plásticas, teatro, música, dança e cinema, produzindo uma estética única e característica da cultura popular nordestina.

A dimensão estética emprestada à palavra, na visão do artista gráfico Ariano, é apresentada na mostra-homenagem, como disse, certa vez, ser o seu objetivo: “Unir o texto literário e a imagem num só emblema, para que a Literatura, a Tapeçaria, a Gravura, a Cerâmica e a Escultura falem, todas, através de imagens concretas, firmes e brilhantes, verdadeiras insígnias das coisas.”

Para Liliana Magalhães, responsável pela iniciativa da homenagem, e que defende o valor da cultura como instrumento de educação e enriquecimento das identidades, “essa não é apenas mais uma homenagem a Ariano. É celebrar um grande ícone da cultura brasileira unindo-se a ele na difusão da estética do movimento armorial, que demonstra a erudição da arte popular e seus signos carregados de informações de identidade, tão preciosas e necessárias no processo de globalização em que vivemos”.

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Tel. 11 3174-6017/2743/8516 E-mail: imprensa@santander.com.br Valorização das raízes com repercussão mundial

Por meio da valorização das expressões artísticas e culturais regionais e nacionais, tanto Freyre como Suassuna traçaram trajetórias brilhantes e suas obras alcançaram repercussão mundial.

Nascido em 15 de março de 1900 em Recife (PE), Freyre formou-se em Ciências e Letras, no Brasil, e em Ciências Políticas, nos Estados Unidos, onde viveu de 1918 a 1922. Passou várias temporadas na Europa, onde conviveu com artistas e iniciou os estudos de sua obra mais famosa. Foi em Portugal que começou as pesquisas que serviriam de base para Casa Grande & Senzala, publicado em 1933. Tão ousado quanto polêmico, Gilberto Freyre foi reverenciado nos anos 1940 e 1950 e alvo de intensa crítica de intelectuais nas décadas de 1960 e 1970. Poucos autores brasileiros sofreram críticas tão intensas e receberam louvores tão apaixonados quanto Gilberto Freyre. O lançamento de seu livro mais conhecido, Casa Grande & Senzala, em 1933, foi recebido como uma revolução no estudo da história brasileira e saudado pelos críticos e intelectuais mais importantes da época. A história se voltava para a vida cotidiana de escravos e senhores. Saía dos gabinetes e salões para entrar nas cozinhas e alcovas, dando destaque aos prazeres sensuais da culinária e do sexo.

Nem todos, entretanto, aplaudiram Casa Grande & Senzala, que foi taxado de pornográfico e obsceno por alguns críticos. Também foi criticado por intelectuais por apresentar de forma idílica o passado colonial e por defender a existência, no Brasil, de uma democracia racial.

Atualmente, quando o governo implanta políticas de cotas nas universidades e promove campanhas para combater o racismo, a obra de Freyre se mostra atual, mas o debate sobre o tema está longe de uma conclusão — o que só torna mais interessante o estudo do pensamento do sociólogo pernambucano.

Mas o legado de Gilberto Freyre vai muito além. Sua obra completa reúne impressionantes 81 títulos, cuja variedade de temas dá a medida da personalidade eclética do escritor. Vão desde clássicos das ciências sociais, como Sobrados e Mucambos e Problemas Brasileiros de Antropologia; textos sobre personalidades históricas, ensaios, crônicas e artigos de jornal; estudos sobre literatura, urbanismo, ecologia e culinária, além de guias turísticos das cidades que amava, Olinda e Recife. Os livros do escritor foram lançados em 14 países e Casa Grande & Senzala permanece como um dos maiores best sellers brasileiros, somando 48 edições.

Já Ariano Suassuna, aos 81 anos, tem sido festejado e reconhecido como um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, principalmente pelo célebre Auto da Compadecida, de 1955. Premiada desde as primeiras encenações, a peça o projetou não só no País como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema e para a TV.

Outro fenômeno: seu Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta, publicado originalmente em 1971, foi relançado somente em 2005 e teve sua segunda edição esgotada em menos de um mês – algo raro para um volume de quase 800 páginas.

Filho de João Suassuna e de Rita de Cássia Villar, Ariano estava com um pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado da Paraíba no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em conseqüência da luta política às vésperas da Revolução de 1930. Em 1942, sua família se mudou para Recife, onde os seus primeiros textos foram publicados nos jornais da cidade, enquanto ainda fazia os estudos pré-universitários. Paralelamente aos estudos na Faculdade de Direito, escrevia peças teatrais e fundou com artistas amigos o Teatro do Estudante Pernambucano. No ano seguinte, Ariano escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol, posteriormente premiada.

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Formado em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia. Mudou-se de novo para cidade paraibana de Taperoá, onde escreveu e montou a peça Torturas de um Coração, em 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife.

Em 1957, Ariano se casou com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco e diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.

Suassuna sempre se interessou pelo desenvolvimento das formas de expressão populares tradicionais, o que o levou a lançar o Movimento Armorial em 1970. O escritor também foi Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco em 1976 e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.

Serviço

Gilberto Freyre – Intérprete do Brasil e mostra-homenagem Ariano Suassuna: Iluminogravuras – a Estética Armorial

Data: de 31 de outubro a 15 de fevereiro Santander Cultural – Unidade Porto Alegre Local: Rua Sete de Setembro, 1028

www.santandercultural.com.br

Artes Visuais

As mostras de Artes Visuais do Santander Cultural têm o compromisso com o contemporâneo e com a interação com a diversidade das linguagens e conteúdos artísticos culturais. Elas são o fio condutor que irradia temáticas, desdobrando-se em atividades, provocando debates, movimentando os espaços e inspirando as outras áreas do conhecimento em programações multidisciplinares.

Sobre o Santander Cultural

O Santander Cultural é uma instituição vinculada ao Banco Santander no Brasil, voltado à integração e à difusão da diversidade das linguagens e dos conteúdos artístico-culturais, comprometido com a cultura contemporânea, com o conhecimento e com o desenvolvimento sócio-econômico.

Atua nos campos das artes visuais, da música, do cinema e da reflexão, preocupado com a inserção dos diversos segmentos sociais, em parcerias com as áreas de produção cultural brasileira e internacional.

Em sete anos de atuação, o Santander Cultural apresentou 19 grandes mostras de artes visuais, milhares de exibições de filmes, festivais, seminários e cursos, e centenas de shows musicais, workshops e masterclasses. As ações educativas, especificamente, tiveram, no período, a participação de cerca de 350 mil estudantes e professores.

Em parceria com uma rede mais de três mil instituições, o Santander Cultural promove a cultura, a educação e a cidadania a partir de Porto Alegre, em sintonia com a pauta dos principais movimentos sócio-culturais mundiais, com ênfase na responsabilidade social e em busca da sustentabilidade.

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Relações com a imprensa Lide Comunicações

Heloísa Ribeiro / Otávio Almeida / Marco Dabus (11) 2711.1612 / 2711.1615 / 2711.1617

heloisa03@lide.com.br / otavio03@lide.com.br / mdadus03@lide.com.br

Grupo Santander Brasil Relações com a Imprensa

(51) 3287-5721 / 3287-5523 / 3287-5582 Regional Sul

Referências

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