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Noções de Neonatologia. Prof.º Enf.º Diógenes Trevizan

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Noções de Neonatologia

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CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DA

ADAPTAÇÃO

O recém-nascido a termo não só percebe o ambiente, como também

tenta controlá-lo através do seu comportamento. Capaz de ver, ouvir e

distinguir entre gostos e cheiros, o RN responde ao toque e aos

movimentos, se defende de estímulos e dá sinais que, quando

interpretados por um cuidador atento, podem satisfazer às suas

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Capacidades sensoriais neonatais

•Visão

Podem ver objetos cerca de 23 a 30, 5 cm de distância. Prefere o padrão de cores branco-e-preto.

Sensível à luz.

Pode seguir os pais com o olhar. Coordenação muscular.

•Audição

Pode detectar sons desde que as tubas auditivas estejam limpas.

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Olfato

Depois que o muco e o líquido amniótico são limpos das vias nasais,

pode diferenciar os odores agradáveis dos desagradáveis.

Pode diferenciar o cheiro do absorvente de mama úmido da própria

mãe do de outra mãe, uma semana após o nascimento.

Paladar

Paladar começa a desenvolver-se antes do nascimento.

Prefere doce ao amargo ou azedo.

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AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL

A avaliação da idade gestacional determina a maturidade física e

neuromuscular do RN, ajudando a provedores de cuidados de saúde

antecipar problemas perinatais associados ao estado

pré-termo

ou

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Pré-termo (PT) – são todas as crianças nascidas vivas, antes da 38º semana, ou seja, até 37 semanas e seis dias (até 265 dias).

Termo (T) – são todas as crianças vivas nascidas entre 38 e 41 semanas e 6 dias (266 a 293 dias).

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AVALIAÇÃO E EXAME DO RN

Introdução

Alguns minutos depois do nascimento o exame físico é feito pelo

pediatra. É uma avaliação de rotina do estado físico do bebê.

O exame físico e neurológico mais aprofundado é realizado depois, do

nascimento, no berçário ou Uti neonatal, por pediatras ou outros

especialistas.

O exame consiste em avaliar que tipo de pessoa esta criança é, como

ela reage aos estímulos à sua volta e qual sua capacidade de se

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Materiais necessários para o exame físico

Fita métrica

Balança digital

Régua antropométrica

Termômetro

Estetoscópio neonatal

Oftalmoscópio

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Sinais vitais

•Freqüência respiratória -

contagem das respirações por 60

segundos, antes de determinar a freqüência cardíaca apical,

enquanto o recém-nascido está calmo; a freqüência normal é de

30 a 60

respirações por minuto.

•Freqüência cardíaca -

contagem da freqüência apical por 60

segundos, acima do ápice cardíaco; a freqüência normal é de

120 a 160

batimentos por minuto.

•Temperatura -

verificar a temperatura axilar com termômetro

firme à dobra axilar por 3 minutos; a temperatura no

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Medidas antropométricas

•Peso - pesar o recém-nascido no mesmo horário diariamente, antes da alimentação; 95% dos recém-nascidos a termo pesam de 2500

a 4250g.

•Comprimento - colocar o recém-nascido em uma superfície rígida com as pernas totalmente estendidas antes de medir. O recém-nascido apresenta ao termo uma estatura média de 50 cm (sexo

masculino) ou 49 cm (sexo feminino) .

•Perímetro torácico - Os nascidos de termo apresentam perímetro torácico em média de 32 cm. Medido colocando-se a fita métrica

acima dos mamilos e cruzar o bordo superior da escápula.

•Perímetro cefálico - Ao nascimento o perímetro cefálico é 1 a 2 cm maior que o torácico. Os nascidos de termo apresentam perímetro cefálico de cerca de 34 cm, medido em uma linha que passa pela

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Cabeça

• Tamanho da cabeça em relação ao corpo é de normalmente cerca de 25% do tamanho total.

• Verificar presença de deformações moldadas: bossa serossangüínea (aumento de espessura do couro cabeludo, geralmente difuso, constituído de líquido plasmático extravasado que se coleciona no subcutâneo, na região correspondente a apresentação

obstétrica) e cefalematoma ( massa mais bem delimitada, já que é formada por sangue

represado entre o osso e o periósteo, que é fortemente aderente na linha de sutura). Semelhante a uma bolsa cheia de líquido. É mais freqüente nos ossos parietais. • Verificar presença de cranioestenose (soldadura precoce de sutura entre ossos do

crânio), pois o RN apresenta PC anormalmente pequenos. • Observar presença de macrocefalia ou microcefalia

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•Observar presença de craniotabes (zona de tábua óssea

depressível, com consistência classicamente comparada à de uma bola de pingue-pongue encontrada com freqüência em RN normais).

Situa-se em geral nos parietais, nos limites com o occipital. Em criança de mais de 3 meses é, em geral, patológica e significa, na

maior parte dos casos, presença de raquitismo.

•Fontanela anterior (normalmente em forma de diamante, 3 a 4 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura). Fecha-se com mais ou

menos 18 meses.

•Fontanela posterior (normalmente na forma triangular, menor que a anterior). Fecha-se de 6 a 8 meses.

•Verificar presença de fontanela tensa, abaulada – pode indicar aumento da pressão intracraniana. Verificar presença de fontanela

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Olhos

•Observar simetria dos aspectos.

•Permanecem fechados a maior parte do tempo nos primeiros dias. Abrem-se mais facilmente em resposta a um movimento de “balanço” do que pela força.

•Observar presenças de hipertelorismo ocular ( espaço amplo entre os olhos – distância de mais de 3 cm entre os cantos internos dos olhos).

•As escleróticas são azuladas devido à sua delgadez.

•As conjuntivas são sede de pequenas hemorragias, sem significado clínico. •O sinal do “sol poente” ou “fenômeno dos olhos de boneca” – pode ser visto quando a cabeça é virada e os olhos movimentam-se tardiamente para trás. É

mais freqüente em hidrocéfalos, em encefalopatia bilirrubínica e em lesões do tronco cerebral.

•A presença de estrabismo é comum em recém-nascidos normais e pode persistir até cerca de três a seis meses, quando se desenvolve coordenação dos

movimentos oculares.

•As pupilas reagem normalmente à luz, podendo haver anisocoria em lesões obstétricas extensas do plexo braquial.

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Orelhas

• Os pavilhões, nos RN, são muito moles e moldáveis. No prematuro, freqüentemente permanece dobrado o pavilhão sobre o qual repousa a

criança em decúbito lateral.

• A inserção das orelhas pode ser anormal. É baixa, em geral, na agenesia renal bilateral, na síndrome de Down e em anomalias do primeiro arco braquial ou proeminentes e com pontas afiladas na síndrome de Marfan. • A audição é normalmente bem desenvolvida se a tuba auditiva estiver

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Pescoço

O RN apresenta pescoço curto, sendo difícil nessa fase da vida

reconhecer anomalias em que esse segmento é anormalmente curto,

como cretinismo, anomalias congênitas do desenvolvimento da

clavícula, etc.

Não é raro se encontrar no RN fibroma do esternocleidomastóideo

(massa dura encontrada no corpo do músculo e que algumas vezes

pode perturbar a movimentação do pescoço), normalmente é pós

trauma.

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Tórax

•O tórax do RN é de forma cilíndrica e o ângulo costal é de quase 90°. •Uma assimetria pode determinar por malformações de coração,

pulmões, coluna ou arcabouço costal.

•O tipo respiratório é caracteristicamente abdominal. O componente torácico quando presente, deve fazer pensar em problema pulmonar.

•No RN, pode encontrar-se ingurgitamento das mamas, tanto em

meninos quanto em meninas. Esse aumento de volume pode persistir por várias semanas e mesmo meses, e pode haver passagem de um

fluxo de secreção semelhante ao colostro. Nas crianças nascidas de termo, esse fato é comum e, em prematuro, geralmente não ocorre.

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Abdome

• O abdome do RN em decúbito dorsal está aproximadamente no mesmo nível do tórax.

• Abdome abaulado nas primeiras horas pode sugerir obstrução intestinal, enquanto abdome escavado sugere hérnia diafragmática.

• O cordão umbilical é normalmente branco-gelatinoso (apresentando duas artérias e uma veia), podendo ser amarelo-esverdeado em crianças com eritroblastose fetal.

• A presença de artéria umbilical única sugere a presença de mal formações congênitas associadas • O umbigo mumifica-se durante a primeira semana e destaca-se em geral, entre 8 e 10 dias, podendo, às

vezes, permanecer mais tempo, sem nenhum problema, além da necessidade de assepsia da base de implantação.

• Hérnia umbilical ou inguinal, agenesia de músculos da parede podem estar presentes ao exame físico do recém-nascido.

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Nariz

• É geralmente achatado na sua base e situado mais alto na face. Sua ponta é arredondada.

• Obstrução intensa e constante das vias aéreas superiores no recém-nascido deve fazer pensar na possibilidade de oclusão congênita das coanas, que deve ser

pesquisada pela oclusão da boca e de cada narina, separadamente, de preferência à passagem de cateter pelas narinas.

• Coriza intensa pode ser encontrada em recém-nascidos de mães tratadas com Reserpina ( hipertensão arterial).

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Boca, faringe e mandíbula

• A visualização da orofaringe é difícil mas muito importante, pela necessidade de se detectar eventual malformação.

• A salivação do RN é normalmente pobre. Um excesso de saliva ou muco na boca impõe a pesquisa de atresia ( estreitamento) do esôfago.

• Devido a sua delgadez, a mucosa gengival no RN apresenta-se clara em certas áreas, quase branca principalmente nas regiões correspondentes aos molares. A

borda livre da gengiva pode ser serrilhada.

• Também são visualizadas formações no palato duro “pérolas de Epstein” (pequenas formações esbranquiçadas do tamanho de uma cabeça de alfinete) devido ao acúmulo de células epiteliais, que desaparecem em dias ou semanas.

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Orofaringe – nos primeiros dias de vida, pode apresentar-se normalmente avermelhada. As

amígdalas palatinas não são visíveis e irão hipertrofiar-se somente após o contato com

microorganismos. A úvula deve ser sempre visualizada, pois pode ser sede de malformações.

Língua – apresenta-se relativamente lisa sendo as papilas pouco desenvolvidas. Em relação ao

tamanho da boca e da face, a língua é relativamente maior nos RN que em outras idades.

Macroglossia ( aumento) pode sugerir hipotireoidismo ou Síndrome de Beckwith. ( predisposição tumoral)

O maxilar inferior é geralmente pouco desenvolvido no RN. Um grau pronunciado de hipoplasia

de mandíbula recebe o nome de micrognatia( mandíbula menor que o normal). Esse achado se acompanha freqüentemente de glossoptose.( queda da língua) A associação desses dois sinais e fissura palatina recebe o nome de síndrome de Pierre Robin.( vias aéreas)

• A criança pode nascer com dentes, em geral, mal formados. Se bem formados, podem criar

problemas para o aleitamento ao seio, requerendo a extração. O perigo de aspiração de dentes prestes a cair faz com que a extração seja urgente.

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Reto e ânus

• Verificar a permeabilidade do intróito anal. • Verificar presença de malformações

Região sacrococcígena

• Coluna normalmente plana, levemente arredondada. • Presença de manchas.

• presença de massas tumorais sugere a possibilidade de malignidade (teratoma sacrococcígeo). • Nessa região (sacro) podem encontrar-se ainda, meningoceles.

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Genitália feminina

• Grandes lábios normalmente cobrem pequenos lábios.

• O clitóris normalmente é proeminente.

• Pode aparecer nos primeiros dias uma secreção vaginal esbranquiçada, translúcida e no fim da primeira semana pode aparecer sangue vaginal.

• Pesquisar imperfuração himenal e aderência de pequenos lábios.

Genitália masculina

• A bolsa escrotal normalmente é contraída e as hidroceles são freqüentes. Há presença dos dois testículos na bolsa ou nos canais inguinais.

• Geralmente o pênis apresenta um prepúcio com orifício muito estreito e, com freqüência, existem aderências entre a pele do prepúcio e a glande, que irão desaparecendo gradualmente em alguns meses.

• No pênis o meato urinário localiza-se normalmente na ponta da glande. Meato urinário na superfície dorsal da glande – epispádia; meato urinário na superfície ventral da glande – hipospádia.

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Membros

• Verificar flexão, extensão e movimentos; tônus e força muscular; reflexos de preenção palmar e plantar; os pulsos braquial e femoral de ambos os lados.

• Verificar os dedos – presença de polidactilias ( mais dedos), simdactilias ( dedos unidos) malformações ungueais.

• Verificar o bom estado das articulações coxofemorais pela “manobra de Ortolani” - pela abdução das coxas, tendo as pernas fletidas.

• Paralisias obstétricas de vários tipos incidem nos membros, especialmente nos superiores.

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Referências

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