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Caminhos da Escola. Episódio 21: Saúde na Escola

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Academic year: 2022

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Caminhos da Escola Episódio 21: “Saúde na Escola”

Resumo

Este vídeo exibe o episódio 21 do programa Caminhos da Escola, que trata do tema “Saúde na Escola”. O episódio aborda a preocupação que devemos ter com a saúde e o fato de que a orientação deve partir não apenas de médicos mas também da escola, onde se concentra a maior parte dos adolescentes que já começam a se preocupar com as questões de saúde, transformações do corpo e problemas com as drogas e a sexualidade. O programa mostrará duas experiências sobre esse assunto. Uma na Escola Estadual Silviano Brandão, localizada em Belo Horizonte/MG e fundada em 1914, que orienta os alunos sobre cuidados com a saúde por meio do “Projeto Gravidez na adolescência e dependência química: melhor prevenir do que remediar”. A outra na Escola Estadual Professor Francisco Ivo Cavalcanti, em Natal/RN, em que o professor Jorge Magno da Costa, ao enfrentar problemas com alunos por indisciplina e uso de drogas dentro da escola, idealizou o “Projeto Vida”. No quadro Debate, a cantora Fernanda Takai é entrevistada pelos alunos da escola estadual Silviano Brandão, conversa com eles, responde às suas perguntas sobre como entrou para o universo da música e fala da importância de a escola oferecer uma educação multidisciplinar que envolva música, dança e arte. O programa apresenta também a terceira e última etapa do quadro Desafio na Escola Estadual General Manoel Soares do Couto, em Belo Horizonte, no qual os alunos tiveram de pesquisar sobre esportes e criar um jogo novo.

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Palavras-chave

Caminhos da Escola, saúde na escola, orientação sexual, esporte e formação de professores.

Nível de ensino

Este vídeo se destina à formação inicial e continuada da equipe gestora, de professores, membros do quadro de funcionários da equipe escolar.

Modalidade

Formação inicial e continuada de professores e/ou gestores de escolas.

Componente curricular

Disciplinas Pedagógicas, currículo e programas, tema transversal: educação sexual, projetos e planejamento.

Aspectos relevantes do vídeo

O principal objetivo do programa é apresentar experiências bem sucedidas de escolas que buscam orientar seus alunos quanto a saúde, sexualidade e prevenção. Uma parte da reportagem acontece na Escola Estadual Silviano Brandão, localizada em Belo Horizonte e fundada em 1914, que orienta os alunos sobre cuidados com a saúde por meio do desenvolvimento do “Projeto Gravidez na adolescência e dependência química: melhor prevenir do que remediar”.

Nessa escola, o apresentador conversa com algumas alunas sobre transformações no corpo, DST, maternidade na adolescência, prevenção, etc. Elas relatam suas dificuldades de se expressar com os pais, procurando esclarecer dúvidas com amigas, com as palestras realizadas e com o projeto desenvolvido na escola para orientação sexual. Há também o

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depoimento dos alunos considerados “baladeiros”, que frequentam festas noturnas. Nesse grupo, tanto há adolescentes que costumam fumar ou ingerir bebidas alcoólicas para se sentir integrante do grupo, como há também aqueles que são mais conscientes e não aderem ao uso de bebida e cigarros só para alcançar esse objetivo.

Outra parte do programa acontece na Escola Estadual Professor Francisco Ivo Cavalcanti, em Natal/RN. Lá conversam com o professor Jorge Magno da Costa, que enfrentou problemas com alunos por indisciplina e por uso de drogas dentro da escola.

Nesse contexto, buscou o apoio da equipe gestora da escola, compreendendo que esse é também um problema educacional e pedagógico, devendo ser encarado pela própria instituição escolar. Assim, idealizou o “Projeto Vida”, que desenvolve ações educativas e preventivas com relação à sexualidade e à prevenção contra o uso abusivo de drogas.

O professor Jorge buscou identificar lideranças entre os estudantes e os questionou sobre o interesse em elaborar uma proposta para oferecer uma forma de ocupação aos alunos e levar a mensagem para que tivessem seus projetos de vida e buscassem uma qualidade de vida melhor. A cada semestre, o projeto forma de 25 a 30 alunos multiplicadores, que ministram palestras para os demais alunos envolvidos no projeto.

Participa, também, do projeto a professora Nancy de Albuquerque, que relatou que, além das palestras teóricas, foram desenvolvidas oficinas de teatro e dança para expressão corporal e vocal em que utilizavam-se textos produzidos pelos próprios alunos para envolvê-los ainda mais.

Mesmo com a implementação do projeto, ainda havia estudantes adolescentes grávidas, por isso a escola possui um banco de distribuição de preservativos aos alunos.

Após essa ação, no decorrer dos anos, percebeu-se uma diminuição significativa de ocorrências de gravidez.

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Os alunos relatam que melhoraram o relacionamento com os familiares e a indisciplina na escola, professores realizavam reuniões também com os pais para orientar como melhorar as relações interpessoais. A preocupação é que os alunos busquem melhorar sua vida, percebam que possuem potencial e que eles mesmos construam um projeto de vida.

No quadro Ponto de Vista, a pedagoga Vânia Teles Moraes diz que é importante que a escola trabalhe com as questões de sexualidade, drogas e gravidez na adolescência de uma forma interdisciplinar envolvendo todos os atores, professores, familiares e alunos. As situações ocorridas devem ser debatidas em sala de aula para que os adolescentes percebam os riscos e os limites de se optar por tal ação.

No quadro Bate Papo, a cantora Fernanda Takai é entrevistada pelos alunos da Escola Estadual Silviano Brandão e conta como entrou para o universo da música, suas preferências musicais, fatos sobre sua época como estudante, fala da importância de a escola oferecer uma educação multidisciplinar que envolva música, dança e arte e, por fim, relata como é seu processo de criação musical e de produção de texto para o jornal.

Apresenta-se a terceira e última etapa do quadro Desafio na Escola Estadual General Manoel Soares do Couto, em Belo Horizonte, na qual os alunos tiveram que pesquisar sobre esportes e criar um jogo novo. Na semana anterior, eles haviam apresentado as regras para os jurados. Nesse episódio, fazem o jogo acontecer. Definiram um juiz, um narrador e um líder para a última etapa. O principal objetivo do desafio consiste em analisar qual jogo é interessante, de fácil entendimento para se jogar e que pode ser produzido. As equipes organizaram a quadra, orientaram os jogadores e o locutor, em seguida, iniciaram as apresentações. Primeiramente foi apresentado o jogo Tripleball, posteriormente, o jogo Floorball. Os jogos foram avaliados por Toninho Almeida,

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comentarista e ex-jogador de futebol, em relação à dinâmica, regras e atuação em campo.

Ao final foi anunciado o vencedor do desafio.

Duração da atividade

A atividade proposta pode ser realizada em um encontro com duração de 4 horas e dividida em três momentos.

O que professor poderá aprender com esta aula

Refletir sobre a experiência bem sucedida de uma escola que busca meios para orientar os alunos quanto a saúde e sexualidade.

Conhecer práticas de projetos que possibilitem a participação ativa de alunos, familiares e professores.

Perceber diferentes formas de dinamizar o ambiente escolar.

Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor/mediador com o aluno/professor

Organização curricular.

Projetos multidisciplinares.

Temas transversais: ética e sexualidade

Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades

Momento 1 – Apresentação (20min)

Antes de iniciar a apresentação do vídeo, pedir para que os professores se apresentem (pode-se realizar uma dinâmica para esse momento) e também fazer um breve

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comentário sobre o conteúdo do vídeo, dizendo que irão assistir a um programa que demonstra a experiência de duas escolas que buscam oferecer orientação à saúde e à sexualidade por meio de projetos educativos.

Solicitar que façam anotações das partes que acharem mais interessante para realização de atividade posteriormente.

Momento 2 – Exibição do vídeo (48 minutos)

Exibir o programa por inteiro e, após o término, solicitar que façam comentários sobre as partes que acharam mais interessantes. E principalmente sobre o bloco Saúde na Escola.

Momento 3 – Atividade (3 horas) Etapa 1

Para iniciar a atividade, solicite que compartilhem suas experiências respondendo às seguintes questões:

- Que situações embaraçosas você já vivenciou junto aos alunos em relação ao tema sexualidade?

- Como essa situação foi encaminhada?

Para discutir o assunto exposto no vídeo, sugerimos que sejam organizados grupos para analisar o trabalho das escolas apresentadas no vídeo sobre os seguintes temas :

Gravidez na adolescência Diversidade de gêneros

Homossexualidade DST

Drogas e fumo Prevenção

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Cada grupo apresenta suas impressões sobre seu tema e dialoga com os demais grupos sobre os outros temas. Em seguida, o mediador poderá direcionar a discussão para seguinte orientação dos PCNs (BRASIL, 2000, p. 131):

[...] Cabe então ao educador responsável a organização dos temas [...] Cabe ao educador identificar essas manifestações como curiosidades acerca dos aspectos relacionados à sexualidade e intervir pontualmente, permitindo que as dúvidas possam ser colocadas e o assunto possa ser tratado de forma explícita e direta [...] O professor deve oferecer espaço para discussão e esclarecimento.

Por fim, solicitar que o grupo exponha suas sugestões e limitações para trabalhar esse tema.

Etapa 2

Solicitar que, em grupos, elaborem um projeto sobre “Saúde e Orientação Sexual”

para ser implementado na escola. De acordo com Hernández (1998, p.73), com os projetos pretende-se:

- dar um sentido ao conhecimento, baseado na busca de relações entre os fenômenos naturais, sociais e pessoais, ajudando-nos a compreender melhor a complexidade do mundo em que vivemos; e

- planejar estratégias para abordar e pesquisar problemas que vão além da compartimentalização disciplinar.

Podemos pensar que um caminho possível para trabalhar os processos de ensino e aprendizagem seja o trabalho com projetos, concebidos como estratégias para construção de conhecimentos.

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Para a educação sexual, podem-se organizar eventos como feiras de ciências, palestras, visitas a organizações não-governamentais ou realizar trabalhos em parcerias, bem como todas as formas de trabalhar a promoção de saúde.

Para elaborar o projeto, é importante considerar os pontos abaixo destacados.

• Indicar um professor que tenha disposição para trabalhar esse assunto e que seja de confiança da escola.

• Os alunos com idade inferior a 12 anos só poderão participar de atividades com autorização por escrito dos pais.

• Não deve ser obrigatória a participação.

• Insistir na necessidade de sigilo e respeito às pessoas que se expuserem.

• Tempo para adaptação.

• Ter uma caixa para dúvidas anônimas.

• Conhecer serviços públicos na região.

• Liberdade para discutir assuntos com os quais se sintam à vontade.

• Aproveitar o momento de aprendizagem para ampliar conhecimentos técnicos, sociais e políticos.

Deixar que os grupos discutam por uma hora mais ou menos e solicitar que elaborem um esboço do projeto considerando também a idade dos alunos envolvidos, período de realização e metodologias adotadas. Após a discussão, pedir que os grupos apresentem suas propostas e conclusões.

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Questões para debate

Sabemos que o professor transmite valores, qual seria a postura do educador para tratar desse assunto?

Por que é importante desenvolver projetos com essa temática?

Qual a importância da família nesse trabalho? Como envolvê-las?

Questões para aprofundamento

Quais recomendações você deixaria para que os professores e equipe gestora pudessem lidar com o tema saúde e sexualidade de modo mais intencional e ajustado às necessidades da comunidade escolar?

Será que, ao trabalhar o tema sexualidade na escola, estaríamos minimizando o bullying?

Bullying* são atos de violência (física ou não) que ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis e uma das formas de bullying é a sexual (abusar , violentar , assediar, insinuar).

Como esse é um tema que deve ser abordado na escola, é necessário avaliar quais as consequências que essa ação pode causar para a vítima.

Sugestões de leituras

BRASIL, Ministério da Educação. Cadernos SECAD 4 – Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Disponível em

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015505.pdf>

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural/ orientação sexual. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

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*Bullying: Cartilha 2010 - Justiça nas Escolas Disponível em <

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000014963.pdf> Acesso em 15/09/2011.

HERNANDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

Projetos de escolas: Projetos educacionais realizados por alunos em escolas estaduais,

municipais e privadas. Disponível em

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=15> Acesso em 07/08/2011.

Consultora: Diane Mota Mello Freire

Referências

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