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Caixa de Crédito Agricola Mútuo de Lourinhã

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Caixa de Crédito Agricola Mútuo de

Lourinhã

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Índice

Órgãos Sociais 3

Convocatória da Assembleia Geral 4

Relatório do Conselho de Administração 5

Enquadramento Macroeconómico 5

5

« Economia Internacional

5

Economia Portuguesa 6

Mercado Bancário Nacional 7

Evolução do Mercado Nacional 8

Mercados Financeiros 9

Principais Riscos e Incertezas para 2016 10

Crédito Agrícola: Evolução Recente 11

Análise Financeira do SICAM: Negócio Bancário do Grupo CA 11 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lourinhã 16

Análise do Balanço 18

Resultados 23

Evolução dos Fundos Próprios e Rácio de Solvabilidade 24 Estrutura e Práticas de Governo Societário

Agradecimentos

25

Agradecimentos 35

Balanço Balanço

36

Demonstração de Resultados 38

Demonstração Fluxos de Caixa 39

Demonstração de Alterações do Capital Próprio 40

Demonstração do Rendimento Integral 41

Anexo às Contas 42

Relatório do Conselho Fiscal 92

Parecer do Conselho Fiscal 94

Certificação Legal de Contas 96

Proposta de Distribuição do Resultado do Exercício de 2015 99

(3)

Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: José Nuno do Rosário e Silva Leitão

Vice-Presidente: Pedro Miguel Neves da Cunha Pimenta

Conselho de Administração

Presidente: José António dos Santos

Vice – Presidente: António Augusto do Nascimento Mateus Vogal: Luís António Damião Costa

Conselho Fiscal

Presidente: Alfredo Manuel Ribeiro Silva Santos Vogal: João Félix Picão de Oliveira

Vogal: Fernando Manuel Mateus da Silva Antunes

(4)

Convocatória da Assembleia Geral

Nos termos estatutários, nomeadamente do artigo 24º ponto 1 dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lourinhã, CRL, convoco os Senhores Associados no pleno gozo dos seus direitos para reunirem em sessão ordinária da Assembleia-Geral, na sede da Caixa de Crédito, sita no Largo da República, nº 14, pelas 15:00 do dia 9 de Março de 2016 com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2015 e do Parecer do Conselho Fiscal;

Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados do Exercício de 2015;

Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;

Apreciação geral da administração e da fiscalização da Caixa Agrícola;

Analisar e autorizar os pedidos de exoneração de Sócios;

Outros assuntos de interesse para a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lourinhã, CRL;

Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto, a Assembleia-Geral reunirá com qualquer número, uma hora depois.

Lourinhã, 15 de Fevereiro de 2016

O Presidente da Mesa de Assembleia-Geral,

(José Nuno Rosário e Silva Leitão)

(5)

Relatório do Conselho de Administração

Senhores Associados,

Em conformidade, com o estipulado na alínea C do Art.º 29º dos Estatutos, o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lourinhã, CRL apresenta aos senhores Associados para apreciação e aprovação o Relatório, Balanço e Contas, referente ao exercício de 2015.

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1.1. Economia Internacional

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no

update do

World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%.

Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os fatores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respetivas economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma diminuição gradual do respetivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de matérias- primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em 2015.

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos preços das matérias-primas.

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da

depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas

(fomentada pelo programa alargado de compra de ativos), aos efeitos favoráveis do nível do

rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do

petróleo) e às políticas de

quantitative easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da

U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

(6)

1.2. Economia Portuguesa

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflete um crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Para a aceleração da atividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspetivas quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num contexto de diminuição da população ativa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward (Janeiro 2016)

(7)

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injeção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da despesa.

1.3. Mercado Bancário Nacional

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da atividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de exceção para os ativos problemáticos (transferência para um veículo de gestão de ativos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as respetivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à

indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de

Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco

Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de

venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o acordado entre as

autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

(8)

1.3.1. Evolução do mercado nacional

O crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos homólogos.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extrativas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respetivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as atividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

(9)

1.4. Mercados Financeiros

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na atividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na cotação das

commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas

eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua atividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de

Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis

de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos mercados acionistas e de dívida pública.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular:

(i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas;

(ii) alargamento do programa de compra de ativos até, pelo menos, Março de 2017;

(iii) reinvestimento dos juros obtidos com os ativos comprados; e

Actividade económica Var. Dez.

2014/2015 Total Crédito Peso % % Crédito Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total -5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

(10)

(iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de Governo nesses países.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respetivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afetar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspetivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no nível

investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por

parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

1.5. Principais Riscos e Incertezas para 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão

(i) no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade;

(ii) no risco de crédito;

(iii) na adequação dos fundos próprios;

(iv) na governação do risco e qualidade de dados; e

(11)

(v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das atividades de investimento (e.g. ESMA

1

, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 2.1. Resultados e Balanço

2.1.1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respetivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs.

24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

1 European Securities and Markets Authority

(12)

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de ativos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma

holding seguradora (CA SeP),

operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas do Grupo.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros)

Valores em milhões de euros Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões líquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

(13)

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

(i) Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas;

(ii) Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

(iii) Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

(iv) Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois fatores:

(i) da mais-valia criada com a venda das ações da CA vida e CA seguros à nova holding;

e

(ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões e imparidades do exercício.

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

2.1.2. Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição

desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os

portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos

não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que

o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais

confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e

que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento ao

Cliente” como a instituição mais bem classificada.

(14)

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas, donde se destacam:

 O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do

“Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

 O workshop

“Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

 A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior)

com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

 O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo,

realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria &

Horexpo Lisboa 2015”;

 A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva,

tendo, em 2015, sido desenvolvida uma ação de formação e apoio à instalação frutícola destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito

Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora

Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um

estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a

Deloitte e com a Informa D&B.

(15)

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.

No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.

Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas ações juntos dos meios de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação.

Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

“Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objetivo promover as soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

“CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas duplas para a Europa.

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua

presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objetivo de aproximar o Grupo ao target

mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais

de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.

(16)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lourinhã

O ano de 2015 foi condicionado por uma conjuntura particularmente gravosa no setor económico e financeiro nacional, afetado pelas dificuldades sentidas pelas empresas e famílias. Esta realidade conduziu a uma forte perturbação no sistema bancário, destacando-se:

- A instabilidade verificada na indefinição quanto ao destino do Novo Banco (ex BES);

- As notícias de alarme sobre a estabilidade financeira do grupo Montepio;

- O encerramento da agência do Banif no nosso concelho, que antecedeu a sua aquisição em Dezembro de 2015 pelo Banco Santander Totta.

Por estes factos verificámos um aumento significativo na procura dos serviços bancários disponibilizados pela nossa rede de balcões.

A Caixa Agrícola da Lourinhã foi reconhecida pelos Lourinhanenses, Associados e Clientes, como um

porto seguro face à instabilidade bancária para sediarem os seus movimentos

bancários na nossa Instituição. Foram abertas mais de 1000 novas contas, um número significativo que nos apraz registar, tendo em vista a nossa dimensão e área geográfica onde nos inserimos.

O desempenho económico da nossa Caixa foi favorável mantendo a trajetória de resultados positivos dos últimos anos. Permite-nos ter um capital social confortável e um rácio de solvabilidade (Tier 1) de 30%, bem acima do valor exigido. Os resultados obtidos tiveram uma participação relevante da atividade comercial complementar – seguros, gestão de ativos e fundos de investimento, onde obtivemos uma evolução positiva de 11% dos comissionamentos auferidos.

Tendo como objetivo a sustentabilidade dos resultados, no futuro, afirmamos que é na defesa da

margem financeira da Instituição que reside a nossa preocupação prioritária. O crescimento do

crédito a preço compensador e a parcimónia do que pagamos pelos recursos, serão um dos

critérios de gestão a adotar. Dito isto, pressupõe-se sempre que teremos de ter os necessários

cuidados na análise de risco do crédito atribuído. Aligeirar os critérios na concessão de crédito é

(17)

criar problemas para o futuro. Continuaremos com a necessidade de reduzir os nossos índices de crédito vencido.

Somos um banco local, gerido por princípios conservadores nos seus procedimentos, adotando,

contudo, uma gestão bancária moderna e rigorosa, sendo para nós, Conselho de Administração

e demais Órgãos Sociais, um orgulho representar esta instituição de crédito de referência no

concelho, servida por um grupo de profissionais qualificados, a quem prestamos o nosso

reconhecimento pelo excelente trabalho desenvolvido.

(18)

Análise do Balanço

2014 2015 Evolução %

ACTIVO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1.016.874 1.292.008 27,06%

Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.285.402 2.373.583 3,86%

Activos financeiros disponíveis para venda 0 2.718.522 100,00%

Aplicações em instituições de crédito 59.207.108 70.782.637 19,55%

Crédito a clientes 55.693.916 57.113.490 2,55%

Crédito Concedido 55.951.336 57.666.753 3,07%

Crédito e Juros Vencidos 4.289.989 4.581.597 6,80%

Provisões para Crédito Vencido e Créd.Cobrança Duvidosa (4.763.276) (5.203.065) 9,23%

Juros de Crédito a Clientes 215.867 68.205 -68,40%

Investimentos detidos até à maturidade 24.565.171 24.866.553 1,23%

Activos não correntes detidos para venda 1.587.271 1.747.516 10,10%

Outros activos tangíveis (Valor Líquido) 1.307.996 1.334.439 2,02%

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 3.413.848 3.413.848 0,00%

Activos por impostos Correntes 0 0 0,00%

Activos por impostos diferidos 945.157 880.092 -6,88%

Outros activos 1.043.777 982.505 -5,87%

TOTAL DO ACTIVO 151.066.521 167.505.193 10,88%

PASSIVO

Recursos de outras instituições de crédito 322.341 4.544.645 1309,89%

Recursos de clientes e outros empréstimos 131.760.796 143.326.095 8,78%

Depósitos à Ordem 32.654.594 39.922.693 22,26%

Depósitos a Prazo 74.264.319 76.551.771 3,08%

Poupanças 24.182.366 26.458.459 9,41%

Outros Recursos de Clientes e Juros a Pagar 659.517 393.172 -40,38%

Provisões 536.396 565.616 5,45%

Passivos por impostos correntes 228.483 83.767 0,00%

Passivos por impostos diferidos 9.404 8.120 -13,65%

Outros passivos 756.823 760.340 0,46%

TOTAL DO PASSIVO 133.614.243 149.288.583 11,73%

CAPITAL

Capital 10.813.045 11.366.870 5,12%

Reservas de reavaliação 482.757 414.575 -14,12%

Outras reservas e resultados transitados 5.476.188 5.629.246 2,79%

Resultado do exercício 680.287 805.919 18,47%

TOTAL DO CAPITAL 17.452.278 18.216.610 4,38%

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL 151.066.521 167.505.193 10,88%

(19)

No final do ano de 2015 o ativo líquido registou um aumento de 10,88% relativamente ao valor final do exercício anterior, apresentando agora um valor aproximado de 167,5 milhões de euros.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são constituídos inteiramente por Obrigações do Crédito Agrícola Vida, subscritas por tempo indeterminado e por prazo nunca inferior a cinco anos.

As Aplicações em Instituições de Crédito registaram um aumento de 19,55% por via do investimento em Depósitos a Prazo na Caixa Central, principais componentes desta rúbrica. O detalhe dos valores pode ser analisado no ponto 10 do Anexo.

No crédito concedido “vivo” registou-se um aumento 3%, situando-se agora nos 57,6 milhões de euros, ficando aquém dos nossos objetivos para esta rúbrica, que se cifravam em 58,6 milhões de euros. Todavia, registamos uma percentagem de garantias obtidas para crédito concedido na ordem dos 83%.

Evolução do Crédito Concedido Vivo

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

81.848

72.394 71.406

62.642

59.706

55.694 57.113

Milhares de Euros

(20)

Registamos um aumento de 6,8% no Crédito e Juros Vencidos, apresentando no final do ano o valor de 4,6 milhões euros.

O quadro seguinte é demonstrativo das garantias associadas ao Crédito Vencido, do qual cerca de 61% com garantias reais, realçando ainda o elevado índice de cobertura de provisões, 91%.

Garantias Valor % do Total Provisões Cobertura

Reais 2.776.681 60,61% 2.390.168 86,08%

Pessoais 1.172.508 25,59% 1.171.441 99,91%

Sem Garantia 632.408 13,80% 626.187 99,02%

Total 4.581.597 100,00% 4.187.796 91,40%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

2.299

3.831

4.520

7.130

4.711

4.290

4.582

Milhares de Euros

Evolução do Crédito e Juros Vencidos

2015 2014

82 1.542

31.166

20.539

120 1.000

3.217

131 1.764

30.393

20.907

111 1.000 1.643

Milhares de Euros

Distribuição do Crédito Concedido

(21)

Os Investimentos detidos até à maturidade são constituídos unicamente por Instrumentos de dívida pública portuguesa e representam a nossa aposta em aplicações mais rentáveis.

Os ativos não correntes detidos para venda são exclusivamente imóveis adquiridos por recuperação de crédito, verificando-se um crescimento do valor bruto durante o exercício de 2015, resultado de dações em pagamento e arrematações por via de execuções judiciais. Os movimentos desta rubrica podem ser consultados no ponto 15 do Anexo às contas.

No valor líquido dos outros ativos tangíveis, constituídos pelos imóveis e equipamento, houve um aumento de cerca de 2%, consequência do valor das aquisições ser superior à das amortizações.

Uma análise mais detalhada dos movimentos efetuados pode ser consultada no ponto 17 do Anexo às contas.

Nos investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos, a que corresponde as nossas participações financeiras nas empresas do Grupo CA, não houve qualquer alteração dos valores aplicados relativamente a 2014. A relação das empresas participadas encontra-se no ponto 19 do Anexo.

Os ativos por impostos diferidos correspondem ao impacto no IRC, possível de recuperar em períodos futuros, resultantes de diferenças temporárias entre o valor de balanço e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os valores apresentados nos recursos de Instituições de Crédito provêm da utilização de uma linha de financiamento do BCE, denominada de TLTRO.

Nos recursos de clientes e outros empréstimos, dominados pelos depósitos, houve um crescimento de quase 9%, apresentando um saldo de 143,3 milhões de euros, ultrapassando largamente o objetivo proposto no orçamento para 2015, que era de cerca de 134 milhões de euros.

Mantivemos a tendência de subida dos recursos que se verificou no ano transato, mesmo tendo em conta a forte concorrência verificada ao longo do ano pelas restantes instituições bancárias.

No futuro vamos continuar com uma política comercial prudente e sustentada que vá ao encontro dos superiores interesses da instituição, dos associados e clientes.

Nas provisões constituídas para riscos gerais de crédito que resultam da aplicação do Aviso 3/95 do Banco de Portugal houve um aumento de 5,45%, resultado do ligeiro aumento verificado no Crédito Concedido, o detalhe destes movimentos pode ser consultado no ponto 30 do Anexo.

O valor dos passivos por impostos correntes corresponde ao valor de IRC a pagar.

Os passivos por impostos diferidos correspondem ao cálculo do IRC a pagar em períodos

futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço e a sua base fiscal,

(22)

utilizada na determinação do lucro tributável. O detalhe desta rubrica pode ser observado no ponto 20 do Anexo.

Nos outros passivos houve um aumento de cerca de 0,46% relativamente ao ano anterior, o detalhe desta rubrica pode ser observada no ponto 33 do Anexo.

O capital social da Caixa Agrícola aumentou 5,12%, em relação a 2014, essencialmente devido à incorporação neste de parte do resultado do exercício anterior.

Dep.à Ordem

Dep.a Prazo e Poupança

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

29.622 30.735 27.641 29.466 30.795 32.655

39.923 96.510

87.955

78.997

75.517 80.268

98.446 103.010

Milhares de Euros

Evolução dos Recursos

Crédito Total Depósitos

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

84.147

76.225 75.926

69.772

64.417 60.241 62.248 126.133 118.689

106.638 104.984 111.063

131.101

142.933

Milhares de Euros

Relação Depósitos/Crédito Total

(23)

Resultados

O Resultado do Exercício de 2015 foi positivo no valor de 805.918,64€, depois de deduzidas as amortizações e provisões e a estimativa para Impostos S/Lucros, representando um crescimento de 18,47% relativamente a 2014.

VALORES EM EUROS

Evolução

CUSTOS E PROVEITOS 2014 2015 %

Juros e rendimentos similares 4.838.095 4.707.266 -2,70%

Juros e encargos similares 1.656.293 1.372.674 -17,12%

Margem financeira 3.181.802 3.334.592 4,80%

Rendimentos de instrumentos de capital 3 4 16,67%

Rendimentos de serviços e comissões 755.347 808.827 7,08%

Encargos com serviços e comissões (185.709) (195.033) 5,02%

Resultados de reavaliação cambial (líquido) 4.143 2.550 38,45%

Resultados de alienação de outros activos (10.484) (3.153) 69,93%

Outros resultados de exploração (61.388) (75.696) 23,31%

Produto bancário 3.683.714 3.872.090 5,11%

Gastos com pessoal 1.254.184 1.151.842 -8,16%

Gastos gerais administrativos 879.882 891.173 1,28%

Depreciações e amortizações 66.167 78.954 19,33%

Provisões líquidas de reposições e anulações (19.019) 29.220 -253,63%

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e

anulações) 559.688 439.789 -21,42%

Imparidade de outros activos liquida de reversões e

recuperações (3.924) 81.803 -2184,85%

Resultado antes de impostos 946.736 1.199.308 26,68%

Impostos correntes 376.180 329.609 -12,38%

Impostos diferidos (109.731) 63.781 -158,12%

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 680.287 805.919 18,47%

A nível da margem financeira verificou-se um aumento relativamente ao ano de 2014, cerca de 4,8%, resultado do aumento dos juros recebidos e diminuição dos juros pagos.

Tivemos um aumento no valor das comissões, derivado essencialmente ao início da política de

cobrança de manutenção de contas à ordem. No entanto, sobressaem ainda nesta rubrica as

comissões relativas à venda de seguros de vida e de ramos reais (cross-selling), mas também

as comissões relativas a cartões e terminais Multibanco.

(24)

Registamos um resultado negativo com a alienação de ativos provenientes da venda de imóveis adquiridos por recuperação de crédito.

Nos gastos com o pessoal, verificou-se um decréscimo de 8,16%, enquanto que nos gastos gerais administrativos houve um aumento de cerca de 1%.

No conjunto das rubricas de correções de valor associadas ao crédito a clientes (provisões para crédito vencido) e imparidade para outros ativos, registamos uma diminuição de 21% face ao ano anterior na variação entre as constituições e anulações/reversões de provisões e imparidades.

Evolução dos Fundos Próprios e Rácio de Solvabilidade/Tier 1

Registamos uma evolução positiva nos nossos Fundos Próprios, assim como no nosso Rácio de Solvabilidade, o que não deixa de ser uma posição confortável face às exigências futuras impostas pelas autoridades financeiras nesta matéria.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 420

321 362 431 550

680

805,9

Milhares de Euros

Evolução dos Resultados Líquidos

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 13.450 13.486 13.459 13.884 13.975

16.467 17.937

Milhares de Euros

Evolução dos Fundos Próprios

(25)

Assim, a Caixa Agrícola dispõe de uma almofada de liquidez e solvabilidade que lhe permite continuar a desenvolver a sua atividade creditícia sem constrangimentos de balanço, embora esta vantagem deva ser usada com grande ponderação.

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURINHÃ, CRL

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lourinhã, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Assembleia Geral

Conselho Fiscal Conselho de

Administração ROC

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

19,36% 20,91% 21,18% 22,76% 24,92%

29,00% 30,00%

Evolução do Rácio de

Solvabilidade / Tier 1

(26)

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: José Nuno do Rosário e Silva Leitão

Vice-Presidente: Pedro Miguel Neves da Cunha Pimenta

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

 Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

 Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte;

 Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

 Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

 Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos

cooperativos de grau superior;

 Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

 Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

 Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o

triénio 2013/2015.

(27)

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: José António dos Santos

Vice-Presidente: António Augusto do Nascimento Mateus Vogal: Luís António Damião Costa

Suplente: Dinis Manuel de Oliveira Santos

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

 Administrar e representar a Caixa Agrícola;

 Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

 Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício

anterior;

 Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

 Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

 Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

 Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

 Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, em regra, uma vez por semana, tendo realizado um total de 50 reuniões no ano de 2015.

Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

Não aplicável

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor

Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

(28)

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Alfredo Manuel Ribeiro Silva Santos Vogal: João Félix Picão de Oliveira

Vogal: Fernando Manuel Mateus Silva Antunes

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2015 um total de quatro reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal.

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é pelo triénio 2013/2015, encontrando-se designados para o cargo:

Efetivo: Diz, Silva & Duarte – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Suplente: Joaquim Santos Silva, Revisor Oficial de Contas

6. Política de remuneração

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

6.1. Em 27 de Março de 2015, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Lourinhã CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto na Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada

pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

(29)

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA LOURINHÃ, CRL

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 siga os seguintes princípios orientadores:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a nova redação do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela mesma;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.

d.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das

(30)

demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art.

115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objetivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

(31)

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga por dia de reunião, através de senhas de presença de valor correspondente a 80% do valor da senha de presença do Conselho de Administração.

Acresce a esta remuneração a possibilidade de acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legais, regulamentares ou convencionalmente exigíveis.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga por dia de reunião, através de senhas de presença, num limite de 56 senhas por ano, de valor por senha correspondente a 10% do nível 18 da tabela salarial do ACTV.

Acresce a esta remuneração a possibilidade de acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legais, regulamentar ou convencionalmente exigíveis.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

(32)

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

b) No exercício de 2014 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo:

- António Augusto do Nascimento Mateus - Caixa Central de Credito Agrícola Mutuo

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

(33)

6.3 Remunerações Pagas

Retribuição Fixa Assembleia Geral e Conselho Fiscal

José Nuno do Rosário e Silva Leitão 436

Pedro Miguel Neves Cunha Pimenta 436

Luis Jorge Venâncio Costa 218

Alfredo Manuel R.Silva Santos 1.525

João Félix Picão de Oliveira 1.525

Fernando Manuel Mateus Silva Antunes 1.525 Conselho de Administração

José António dos Santos 15.068

António Augusto do Nascimento Mateus 15.068

Luís António Damião Costa 15.068

Revisor Oficial de Contas

Diz, Silva & Duarte, SROC 9.631

B) POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

6.4 Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui 2 horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores.

(34)

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 1 salário bruto por empregado. O limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.

7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transato.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

6.5 Remunerações pagas

Retribuição Fixa

Retribuição Variável

Nº de Funcionários

Coordenador Geral 33.669 1.600 1

Coordenador Comercial 28.919 1.554 1

Auditoria / Compliance 21.408 1.143 1

Referências

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