• Nenhum resultado encontrado

Autores: ISSN Descalvado, SP Março, 2017

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Autores: ISSN Descalvado, SP Março, 2017"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Autores:

Autores:

¹ Vanessa Ingrid Jaines

² Marco Antonio de Andrade Belo

1 Discentes do Programa de Mestrado Profissional em Produção Animal (PMPPA) – Unirvesidade Brasil (UNICASTELO)/Descalvado-SP

2 Docente do Programa de Mestrado Profissional em Produção Animal (PMPPA) – Universidade Brasil (UNICASTELO)/Descalvado-SP

ISSN _____________

Descalvado, SP

Março, 2017

(2)

Boletim Técnico da Produção Animal

(Programa de Mestrado Profissional em Produção Animal) Ano 2017

Universidade Brasil (UNICASTELO) Campus Descalvado

Disponibilização on line

Autores / Organizadores Prof. Dr. Vando Edésio Soares

Prof. Dr. Paulo Henrique Moura Dian Profa. Dra. Kathery Brennecke

Profa. Dra. Marcia Izumi Sakamoto Prof. Dr. Gabriel M.P. de Melo Profa. Dra Liandra M.A.Bertipaglia

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Universidade Brasil/ Campus de Descalvado

Jaines, Vanessa Ingrid

Fitoterapia no controle parasitário de copépodes em peixes te- leósteos / Vanessa Ingrid Jaines, Marco Antônio de Andrade Belo.

Descalvado: [s.n.], 2017.

12p. (Boletim Técnico da Universidade Brasil, Departamento de Produção Animal, 24)

1. Aquicultura. 2. Plantas medicinais. 3. Peixe de água doce.

4. Crustáceos. 5. Parasitos. 6. Manejo sanitário. I. Belo, Marco Antônio de Andrade. II. Título.

CDD 639.31

É permitida a reprodução parcial ou total dessa obra, desde que citada a fonte.

(3)

FITOTERAPIA NO CONTROLE PARASITÁRIO DE COPÉPODES EM PEIXES TELEÓSTEOS

RESUMO

O consumo de peixe pela população vem crescendo nos últimos anos e em consequência disto, houve um aumento significativo no número de pisciculturas.

Buscando maximizar os recursos produtivos, piscicultores aumentam a densidade populacional nas piscigranjas, alterando a qualidade da água e favorecendo a transmissão de doenças, dentre estas as parasitárias. Para prevenir e controlar surtos por parasitos é usado frequentemente produtos químicos, que na maioria das vezes alteram as condições ambientais, a saúde do hospedeiro e podem representar um risco para o consumidor do pescado.

Como alternativa terapêutica vem sendo estudado a utilização de fitoterápicos no controle parasitário para minimizar impactos negativos da quimioterapia.

Palavras-chave: aquicultura, plantas medicinais, peixe

de água doce, crustáceos, parasitos, manejo sanitário.

(4)

INTRODUÇÃO

De acordo com Manrique et al. (2015a), a aquicultura é uma das áreas que, nos últimos anos, mas tem se expandido no Brasil, destacando a piscicultura de água doce, em decorrência do desenvolvimento de tecnologias adequadas à intensificação da produção, e Sakabe et al. (2013) enfatiza que a piscicultura é um tipo de exploração animal que vem se tornando cada vez mais importante como fonte de proteínas para o consumo humano.

Embora a tecnologia de produção de peixe tenha evoluído nestes últimos anos, a mortalidade destes organismos em condições de surtos de doenças tem sido elevada (REQUE et al., 2010). Os maiores problemas econômicos e ecológicos estão associados aos patógenos e parasitas que acompanham as espécies cultivadas, que causam prejuízos são provocadas por agentes infecciosos (ASENCIOS et al., 2016; PÁDUA et al., 2016) e parasitários (BELO et al., 2013; PÁDUA et al., 2015;

MANRIQUE et al., 2015b, 2016) podem tornar a atividade onerosa e pouco lucrativa para os piscicultores.

O sucesso na piscicultura depende da implementação de boas práticas de manejo nos viveiros. No conjunto das práticas de manejo, destacam-se o controle da qualidade da água, a realização de quarentena na aquisição de novos lotes,

(5)

fornecimento de alimentação de qualidade e balanceada, garantindo a saúde dos animais e, conseqüentemente, a prevenção de doenças (TAVECHIO et al., 2009).

PRINCIPAIS PARASITAS

Na América do Sul são conhecidas quatro famílias de copépodos parasitas de água doce: Ergaselidae, Vaigamidae, Amazonicopeidae e Lernaeidae, que se fixam ao hospedeiro, podendo ser encontrados em diversos locais do corpo como:

cavidade bucal, cavidade branquial, fossas nasais, nadadeiras e pele (BENETTON e MALTA, 1999). Estes organismos são importantes limitadores da produtividade, pois provocam atraso no crescimento dos peixes e altas taxas de mortalidade (RANZANI-PAIVA et al. 1997; TAVECHIO et al., 2009).

Os copepodídeos são os mais freqüentes dos crustáceos que parasitam os peixes, sendo a Lernaea um dos mais patogênicos para peixes de água doce e marinha. Foi introduzido no Brasil através de carpas importadas da Hungría, e é responsável por grande mortalidade em peixes de cultivo. E hoje se encontra em grande parte das piscigranjas (ALEXANDRINO, 1997).

Depois de instaladas na piscicultura, as parasitoses provocam perdas e, para que sejam eliminadas dos viveiros, devem ser investidos grandes esforços financeiros e de manejo,

(6)

que envolvem alto custo com produtos e com mão-de-obra especializada (TAVECHIO et al., 2009).

FORMAS DE TRATAMENTO E CONTROLE

Nos principais tratamentos contra as parasitoses de peixes, utilizam-se produtos químicos tais como: formalina, sulfato de cobre, verde malaquita, cloramina, pesticidas organofosforados, diflubenzuron (SCHALCH et al., 2005). Esses produtos, além do efeito tóxico aos tecidos dos peixes, principalmente o das brânquias, do tegumento e do fígado, podem acumular resíduos na musculatura, oferecendo risco potencial ao consumidor, caso não sejam respeitados os tempos de carência pós-tratamento (PÁDUA et al., 2014a,b). Além disso, aumentam significativamente o impacto ambiental no entorno da piscicultura onde os resíduos dos tratamentos são descartados (CASTRO et al, 2013). Cabe-se ainda ressaltar que a utilização de produtos químicos deve ser regida por legislação específica e que no Brasil, poucos produtos são registrados para uso em aquicultura (TAVECHIO et al., 2009).

Muitas doenças de peixes estão ligadas ao estresse imposto pelo ambiente de cultivo (BELO et al., 2005b, 2012).

Hoje já se sabe que o sistema imunológico dos peixes é diretamente influenciado por fatores associados ao confinamento

(7)

dos peixes em elevado adensamento populacional (BELO et al., 2014).

Diante disso, alternativas para o controle e prevenção de parasitoses em piscicultura devem ser incentivadas, e o conhecimento acerca de produtos, sejam eles naturais ou não, que auxiliem a qualidade de cultivo e a redução dos custos de produção é importante para manutenção do crescimento e competitividade da aquicultura nacional (TAVECHIO et al., 2009).

TRATAMENTOS ALTERNATIVOS

A fitoterapia é uma alternativa de grande potencial para prevenção ou controle de patógenos na aquicultura. Esta se caracteriza pelo uso de diferentes partes de plantas na prevenção e controle de doenças. Apesar do pouco uso, atualmente, é crescente o interesse sobre as substâncias oriundas de plantas como alternativas ao uso de antibióticos e produtos químicos no combate a patógenos em piscicultura (TAVECHIO et al., 2009). Outra estratégia para controle parasitário pode estar associado à nutrição animal, Belo et. al.

(2005a) observaram diminuição de parasitismo por monogênias em pacus alimentados com 450 mg de vitamina E na dieta quando comparados a animais controles alimentados com 100mg desta nutriente.

Alguns fitoterápicos efetivos estudados para o uso em piscicultura são extraídos de plantas como amendoeira ou sete-

(8)

copas (Terminalia catappa), alho (Allium sativum), cominho-negro (Nigella sativa), equinácias (Echinacea spp.) manjerona (Origanum marjorana) e folhas de nim ou neem (Azadirachta indica) (TAVECHIO et al., 2009).

CONCLUSÃO

Tendo em vista o aumento significativo da aquicultura como atividade econômica, associado à necessidade de desenvolvimento técnico no setor produtivo, principalmente quanto ao manejo sanitário dos animais para controle de copepodídeos, o emprego de fitoterápicos para o tratamento dos peixes é altamente promissor, pois além de representar uma alternativa terapêutica, estes compostos tendem a possuir menor impacto sobre o ecossistema aquático e resultam na maioria das vezes em menor resíduo na carcaça dos animais, aumentando a segurança alimentar para população humana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEXANDRINO, Agar Costa, RAIA Jr., Roberto Bellizia.

Patologia dos peixes. São Paulo : 1997 (apostila) 46p., p.31.

ASENCIOS, Y.O. ; SÁNCHEZ, F.B.; MENDIZÁBAL, H.B.;

PUSARI, K.H.; ALFONSO, H.O.; SAYÁN, A.M.; PEREIRA

(9)

FIGUEIREDO, M.A.P.; MANRIQUE, W.G.; BELO, M.A.A ; CHAUPE, N.S. First report of Streptococcus agalactiae isolated from Oreochromis niloticus in Piura, Peru: Molecular identification and histopathological lesions. Aquaculture Reports, v. 4, p. 74- 79, 2016.

BELO, M. A. A.; Fenerick Jr., J ; SOARES, V. E. ; MORAES, F.

R. . Suplementação com DL-a acetato de tocoferila e parasitismo por Anacanthorus penilabiatus (monogenea:Dactylogyridae) em Piaractus mesopotamicus (Osteichthyes: Characidae). Acta Scientiarum, v. 27, p. 73-79, 2005a.

BELO, M. A. A.; SCHALCH, S. H. C. ; MORAES, F.

R. ; SOARES, V. E. ; OTOBONI, A. M. ; MORAES, J. E. R. . Effect of dietary supplementation with vitamin E and stoking density on macrophage recruitment and giant cell formation in the teleost fish, Piaractus mesopotamicus.. Journal of Comparative Pathology, v. 133, p. 146-154, 2005b.

BELO, M.A.A., MORAES, J.R.E., SOARES,V.E., MARTINS, M.L., BRUM, C.D.; MORAES, F.R. Vitamin C and endogenous cortisol in foreign-body inflammatory response in pacus. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 47, p. 1015-1021, 2012.

BELO, M. A. A.; SOUZA, D. G. F. ; FARIA, V.P. ; PRADO, E. J.

R. ; MORAES, F. R. ; ONAKA, E. M. . Haematological response

(10)

of curimbas Prochilodus lineatus , naturally infected with Neoechinorhynchus curemai. Journal of Fish Biology, v.

82, p.1403-1410, 2013.

BELO, M.A.A.; MORAES, F.R.; YOSHIDA, L.; PRADO, E.D.R.;

MOARES, J.R.E.; SOARES, V.E.; SILVA, M.G. Deleterious effects of low level of vitamin E and high stocking density on the hematology response of pacus, during chronic inflammatory reaction. Aquaculture , v. 422-23, p. 124-128, 2014.

BENETTON, M. L. N., ALTA, J. C. O. Morfologia dos estágios de náuplios e copepodito I de Perulerneae gamitanea Thatcher &

Paredes, 1985 (crustácea: Cyclopoida: Lernaidae), parasita do tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818), (Ostheichtyes: characidae), cultivados em laboratório. Acta Amazônica 29(1): 97-121, 1999.

MANRIQUE, W. G. ; CLAUDIANO, G. S. ; PETRILLO, T.R.

; CASTRO, M.P. ; FIGUEIREDO, M. A. P. ; BELO, M. A.

A. ; MORAES, J. R. E. ; MORAES, F. R. . Response of splenic melanomacrophage centers of Oreochromis niloticus to inflammatory stimuli by BCG and foreign body. Journal of Applied Ichthyology, v. 30, p. 1001-1006, 2014.

(11)

MANRIQUE, W. G. ; CLAUDIANO, G. S. ; CASTRO, MARCELLO PARDI ; Petrillo, T.R. ; FIGUEIREDO, M. A. P. ; BELO, M. A. A. ; BERDEAL, M. I. Q. ; MORAES, J. R. E. ; Moraes, F. R. . Expression of Cellular Components in Granulomatous Inflammatory Response in Piaractus mesopotamicus. Model. Plos One, v. 10, p. e0121625, 2015a.

MANRIQUE, W.G.; FIGUEIREDO, M. A. P.; BELO, M.A.A. ; MARTINS, M.L. MORAES, F.R. First report of Myxobolus sp.

infection in the skeletal muscle of Neotropical freshwater fish Piaractus mesopotamicus. Parasitology Research, v. 114, p.

2041-2044,2015b.

MANRIQUE, W. G.; FIGUEIREDO, M.A.P.; BELO, M.A.A. ; MARTINS, M.L.; AZEVEDO, C. Ultrastructural description of Myxobolus cuneus (Myxosporea) in the skeletal muscle and kidney of tropical farmed fish Piaractus mesopotamicus (Characiformes: Characidae). Parasitology Research , v. 115, p.

2505-2510, 2016.

PADUA, S. B. ; ISHIKAWA, M. M. ; BELO, M. A. A. ; JERONIMO, G. T. ; MARTINS, M. L. ; PELISARI, T. ; KASAI, R. Y.

D. ; CARRIJO-MAUAD, J. R. . Parasitological assessment and host-parasite relationship in farmed cachara catfish fingerlings Pseudoplatystoma reticulatum (EIGENMANN & EIGENMANN 1889). Neotropical Helminthology, v. 8, p. 37-45, 2014a.

(12)

PADUA, S. B. ; MENEZES FILHO, R. N. ; BELO, M. A. A. ; NAGATA, M. M. . Nutritional additive increases the survival rate and decreases parasitism in tilapia during the masculinization.

Aqua Culture Asia Pacific, v. 10, p. 24-27, 2014b.

PADUA, S. B. ; MENEZES FILHO, R. N. ; JERONIMO, G.

T. ; TABOGA, S. R. ; MARITNS, M. L. ; BELO, M. A. A. . Pathological assessment of farmed yellowtail tetra Astyanax altiparanae infested by Acusicola sp. (Ergasilidae). Aquaculture Reports, v. 2, p. 63-66, 2015a.

PADUA, S. B. ; MENEZES FILHO, R. N. ; MARTINS, M.

L. ; BELO, M. A. A. ; ISHIKAWA, M. M. ; NASCIMENTO, C. A. ; SATURNINO, K. C. ; CARRIJO-MAUAD, J. R. . A survey of epitheliocystis disease in farmed Nile tilapia ( Linnaeus, 1758) in Brazil. Journal of Applied Ichthyology, v. 31, p. 927-930, 2015b.

PADUA, S. B. ; MARTINS, M. L. ; VALLADÃO, G. M. R. ; UTZ, L.

; ZARA, F. J. ; ISHIKAWA, M. M. ; BELO, M. A. A. . Host-parasite relationship during Epistylis sp. infestation in farmed cichlid and pimelodid fish. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 51, p. 520- 526, 2016.

(13)

RANZANI-PAIVA, M.J.T. ISHIKAWA, C.M. CAMPOS, B.E.S.

EIRAS, A.C. Haematological characteristics associated with parasitism in mullets, Mugil platanus, from the estuarine region of Cananéia, São Paulo. Brazil. Rev. Bras. Zool, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 329-339, 1997.

REQUE, V. R. ; MORAES, J. E. R. ; BELO, M. A. A. ; MORAES, F. R. . Inflammation induced by inactivated Aeromonas hydrophila in nile tilapia fed diets supplemented with Saccharomyces cerevisiae. Aquaculture, v. 300, p. 37-42, 2010.

SAKABE, R; MORAES, F.R.; BELO, M. A. A.; PILARSKI, F.;

MORAES, J. R. E . Kinetics of chronic inflammation in Nile tilapia fed n-3 and n-6 essential fatty acids. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 48, p. 313-319, 2013.

TAVECHIO, W. L. G.; GUIDELLI, G.; PORTZ , L. Alternativas para a prevenção e o controle de patógenos em piscicultura. B.

Inst. Pesca, São Paulo, 35(2): 335 - 341, 2009.

Referências

Documentos relacionados

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

O emprego de um estimador robusto em variável que apresente valores discrepantes produz resultados adequados à avaliação e medição da variabilidade espacial de atributos de uma

“Uma vez realizada uma generalização, somente pode ser descrita como boa ou má, não como certa ou errada, uma vez que as alterações introduzidas na informação têm

For teachers who received their training in different periods, four different basic professional identities were identified: a) identity centred on an education of austerity

Por exemplo, a nível das novas áreas (em particular a AP) não é fácil porque pede muito mais trabalho dos professores e pede uma nova postura da parte do professor (que passa a

After this matching phase, the displacements field between the two contours is simulated using the dynamic equilibrium equation that bal- ances the internal

Pinturas, depilatórios, unguentos mamilares, colorantes para o cabelo e até pomadas à base de vidro em pó (que, aparentemente, permitiam simular a virgindade) (Braunstein, 1990),