Fusão Nuclear, Energia Limpa
Ricardo Delorenzi Aguiar r_daguiar@hotmail.com
Máquinas Térmicas – Prof. Paulo Roberto Lagos
Resumo
Este artigo tem como finalidade o estudo da fissão nuclear em busca de energia limpa. Como sabemos a energia nuclear é utilizada em usinas termoelétricas através da fissão e fusão geralmente do átomo de urânio e assim gerando energia térmica que aquece a água e move a turbina gerando eletricidade. Vários países utilizam esse tipo de matriz energética por razões geográficas ou por ser a única opção para obter energia elétrica. A pesar de ser um tipo de energia com pouco emissão de CO2 e impacto ambiental vários países pretendem substituir ela em razão de alguns acidentes naturais e assim liberando material radioativo e
contaminando a população local e a área ao redor.
Palavras-chave: Energia Nuclear, Fontes renováveis, energia limpa.
Abstract
This article aims to study the nuclear fission in search of clean energy. As we know nuclear energy is used in power plants through fission and fusion generally the uranium atom and thus generating thermal energy that heats the water and moves the turbine generating electricity.
Several countries use this type of energy matrix for geographical reasons or because it is the only option for electricity. Despite being a type of energy with low CO2 emissions and environmental impact several countries intend to replace it due to some natural hazards and thus releasing radioactive material and contaminating the local population and the
surrounding area.
Keywords: Nuclear Power, Renewable sources, clean energy
Introdução
Energia renovável é aquela que vem de recursos naturais que são naturalmente reabastecidos, isto é, são capazes de se regenerar como: sol, vento, chuva, marés e energia geotérmicas. É importante notar que nem todos os recursos naturais são renováveis, por exemplo, o urânio, carvão e petróleo são retirados da natureza porem existem em quantidades limitadas. Dados obtidos em 2008, cerca de 19% do consumo mundial de energia veio de fontes renováveis, com 13% provenientes da tradicional biomassa.
Segundo autoridades do setor, a energia nuclear é a "única energia não renovável que não emite os gases do efeito estufa e é hoje reconhecida como uma fonte limpa e segura de energia", com uma experiência de mais de 400 usinas e cerca de 12 000 anos/reator durante as últimas 5 décadas". Atualmente, no mundo, são mais de 400 usinas nucleares em
funcionamento, a maior parte delas nos EUA, França, Inglaterra e países do leste europeu.
Países onde não recursos naturais com um sistema hídrico vasto capaz de utilizar em hidroelétricas ou outros modelos de energia renováveis conforme figura 1 mostra a seguir.
Figura 1 - Energia nuclear no mundo
Um dos benefícios das usinas termonucleares como ela não depende de fatores de
transformação de energia como represas, as usinas termonucleares podem ser construídas
perto dos centros de consumo diminuindo o custo de transporte de energia.
Energia nuclear é aquela liberada em uma reação nuclear, ou seja, em processos de transformação de núcleos atômicos. Os átomos de alguns elementos químicos apresentam a propriedade de transformar massa em energia através de reações nucleares. Existem duas formas de aproveitar essa energia para a produção de eletricidade: a fissão nuclear, onde o núcleo atômico se divide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual dois ou mais
núcleos se unem para produzir um novo elemento. A fissão do átomo de urânio é a principal técnica empregada para a geração de eletricidade em usinas nucleares. É usada em mais de 400 centrais nucleares em todo o mundo, conforme figura 2 a seguir.
Figura 2 – Fissão do Urânio
Assim como os combustíveis fósseis, o urânio utilizado na geração de eletricidade pelas usinas nucleares não é uma energia renovável, embora tenha baixo custo e grandes reservas mundiais. A construção dessas usinas, no entanto, demanda um investimento inicial elevado e sua manutenção é cara.
As desvantagens da energia nuclear é as elevadas temperaturas da água utilizada no aquecimento dos processos de transformação nuclear causam a poluição térmica, pois esta água é lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e interferindo no equilíbrio ambiental. A formação de resíduos nucleares perigosos também pode causar a poluição radioativa caso ocorra algum acidente.
Esses resíduos são um dos principais inconvenientes desta energia, visto que atualmente não existem planos totalmente seguros para armazená-los, e como eles têm um período de vida de até 300 anos após serem produzidos, podem prejudicar as gerações futuras.
Há um grande risco de acidente, pois qualquer falha humana ou técnica poderá causar uma
catástrofe sem retorno. Quando exposto à radiação, o corpo humano é afetado, sofrendo alterações até mesmo no DNA das células. Os efeitos da radiação são classificados como agudos ou crônicos. Os crônicos se manifestam ao longo de anos após uma exposição não direta mas significativa de radiação. Já os agudos são imediatos, podem variar de
queimaduras nas mucosas até alterações na produção do sangue, com rompimento das plaquetas (células que atuam na coagulação do sangue) e queda na resistência imunológica.
Estes efeitos ocorrem naqueles indivíduos que tiveram contato com material radioativo ou que se expuseram a grande quantidade de radioatividade.
Um exemplo disso é a energia das águas. No Brasil, as condições naturais
privilegiadas incentivaram instalação de hidroelétricas, responsáveis hoje por cerca de 75% da energia elétrica do país. As usinas hidroelétricas são fontes renováveis de energia, mas nem por isso são completamente limpas. Cada represa construída faz surgir grandes lagos que alagam vastos terrenos de mata virgem e contribuem para a destruição da biodiversidade, além de deixarem desabrigadas populações inteiras.
Quanto à Alemanha, apesar de ser líder mundial em energias solar e eólica, possui 17 reatores nucleares. O governo alemão foi um dos primeiros – senão o primeiro – a decidir não mais investir em energia nuclear após Fukushima, abandonando o seu plano de expansão.
Agora eles deram um passo além: anunciaram que irão desligar todos os seus reatores
nucleares até 2022. Atualmente, existem no país 17 reatores, 8 deles já desativados. Até 2021, 6 outros serão desativados. Em 2022, os 3 restantes. Este plano dará tempo para que o país invista ainda mais em energia solar e eólica, de modo a não sofrer com falta de energia.
A Suíça também decidiu desativar os seus 5 reatores nucleares e não construir mais nenhum.
O último reator será desativado em 2034 e o governo suíço também investirá mais em energia
limpa. Foi o próprio governo suíço, aliás, que salientou que a energia nuclear não é mais
viável no longo prazo e que as energias renováveis estão se tornando mais baratas.
Conclusão
A energia nuclear possui vários pontos positivos como a baixa poluição ambiental através de CO2, baixo custo em transporte de energia, grande quantidade de urânio. Mas devido a acidentes naturais as grandes potências irão aposentar esse tipo de energia por ser perigosas quando ocorre liberação da radiação devido a acidentes afetando a população.
Referências