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ESCOAMENTO TURBULENTO

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Academic year: 2021

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(1)

ESCOAMENTO TURBULENTO

a turbulência em geral surge de uma instabilidade do escoamento em regime laminar, quando o número de Reynolds torna-se grande. As instabilidades estão relacionadas com interações entre termos

viscosos e termos de inércia não lineares nas equações de quantidade de movimento linear.

Os efeitos advectivos altamente não lineares, são efeitos

amplificadores de perturbações é geradores de instabilidades. Por outro lado os efeitos difusivos são amortecedores ou inibidores da formação de instabilidades.

O escoamento turbulento é governado pelas equações de

conservação já apresentadas, porém é sempre 3D e transiente

(2)

Atualmente existem basicamente três métodos para se analisar um escoamento turbulento, os quais serão descritos a seguir.

Custo Computacional

RANS

LES

DNS

100 %

0 %

baixo alto extremadamente alto Grau

de Modelagem

DNS (Direct Numerical Simulation): cálculo de todas as escalas de comprimento da turbulência.

LES (Large Eddy Simulation): cálculo dos turbilhões de grandes escalas, com uma modelagem dos turbilhões de escala menor.

RANS (Reynolds Averaged Navier-Stokes):

modelos da turbulência estatística baseado nas equações de Navier-Stokes médias no tempo.

Os modelos de turbulência baseados nas equações de Navier-Stokes médias no tempo RANS (Reynolds Averaged Navier-Stokes) são baseados na

decomposição da velocidade em um valor médio e uma flutuação

Equações Médias de Reynolds

' u u

u

Para o engenheiro, muitas vezes é suficiente conhecer o comportamento do valor médio. A flutuação u’ (muitas vezes da ordem de 1% a

(3)

Equação de Conservação de Quantidade de Movimento Linear As equações de Navier-Stokes médias no tempo são obtidas através da média temporal das equações de conservação:

Equação da continuidade (incompressível)

x 0 u

j j

j

j i k ij

k i

j j

i j

i i j

i i j

x

u u x

u x

u x

u x

x g p x

u u t

u





)

(

 

 

 

 

3 2

O termo é denominado tensão de Reynolds, e envolve os componentes das flutuações da velocidade que não são conhecidas.

'

' j

i u

u

(4)

Modelos de Viscosidade Turbulenta

Os modelos de viscosidade turbulenta são baseados no conceito da

viscosidade turbulenta introduzido por Boussinesq em 1877. Boussinesq propõe para o núcleo turbulento uma analogia entre as tensões

turbulentas e as tensões existentes no regime laminar.

Vimos que a tensão viscosa para um fluido Newtoniano é

V I

3 V 2

V T

div ]

) grad ( grad

[

ij k ij

t k i

j j

t i j

i x

u x

u x

u u

u

3

2 3

2

k ij k i

j j

ij i

x u 3

2 x

u x

u

Fazendo uma analogia entre a tensão laminar e turbulento, a tensão turbulenta é definida como:

 

i2 1 u 2 v 2 w 2

1 u' ' ' '

é a energia cinética turbulenta,

(5)

i i

j j

ef i j i

j j i

i g

x u x

u x

x P x

u u t

u

Equação de Conservação de Quantidade de Movimento Linear

) (x,t

t

ef

3

2 3

2

k t k

x p u

P viscosidade efetiva ef:

é a viscosidade molecular

t é a viscosidade turbulenta.

VISCOSIDADE TURBULENTAt Vc Lc

Os modelos podem ser classificados em modelos:

modelos algébricos, modelos de zero equações diferenciais

modelos de uma equação diferencial

modelos de duas equações diferenciais

modelos de n equações diferenciais

(6)

Modelos De Duas Equações

Estes modelos consistem na solução de duas equações diferenciais para avaliar a viscosidade turbulenta. Na

elaboração de um modelo de duas equações, faz sentido continuarmos utilizando a equação para a energia cinética

, devido ao pouco empiricismo usado na sua obtenção.

Como podemos utilizar qualquer combinação do tipo para a segunda variável, várias propostas surgiram ao longo dos anos:

Freqüência de vórtices f ( f = ½ -1) (Kolmogorov, 1942)

Produto energia versus escala de comprimento   (Rodi e Spalding, 1970)

Vorticidade w (w    -2 ) (Wilcox, 1988)

Dissipação e (e   3/2-1 ) da energia cinética turbulenta (Harlow e Nakayama, 1968 e Launder e Spalding, 1974)

(7)

Modelo e

O modelo e é sem dúvida o modelo que tem recebido maior atenção devido, principalmente, aos trabalhos de Jones e Spalding (1972,

1973) e Launder e Spalding (1974). Neste modelo a velocidade

característica continua sendo Vc  1/2 e o comprimento característico é obtido em função da dissipação (e  u 3 / u 3 / e   3 /2 / e .

A viscosidade turbulenta é

e

c 2 t

 

e





j t

j

j j x x

P ρu

x t

ρ

 e

e

e ee

e e

e c1 P c2

xj xj

u j x j

t

t





j i i

j j

t i

x u x

u x

P u

as constantes empíricas são: c=0,09 ;

c1e=1,44 ; c2e =1,92 ; =1,0 e e =1,3

(8)

Modelo e

O modelo e padrão utiliza nas fronteiras a lei da parede padrão.

Isto consiste em utilizar as solução obtidas para u+ em função de y+ na região da parede

sub-camada laminar u y para y 5

núcleo turbulento u 2,5 ln y 5,0 para y 50

A figura abaixo ilustra os perfis acima, juntamente com os dados experimentais. Note que na região entre5 y 50 , correspondente a região amortecedora, os pontos experimentais não coincidem com nenhuma das duas curvas, pois é uma região de transição, mais difícil de ser modelada.

Recomenda-se o modelo padrão para altos números de Reynolds, com y+ > 11,5

(9)

Modelo w

O modelo w pode ser derivado da equação de e

A viscosidade turbulenta é

w

t *

 

 













w w

w w

w

w

w

e

e

e

w e

1 1

1 1

1 1

1 1

2

2 2 1

c c

c P

c x j

x j u j

x j t

t ( ) ( )

Mesma equação de  que o modelo e, reescrevendo o termo de destruição em função de w

Modelo recomendado para escoamento cisalhantes livres, com y+ < 5

Modelo w SST

Combinação dos modelo e e w . Na região da parede emprega w e longe da parede e

(10)

ESCOAMENTO HIDRODINÂMICAMENTE DESENVOLVIDO TURBULENTO

a tensão na parede é

nos escoamentos hidrodinâmicamente desenvolvidos em tubos

horizontais, tanto no regime laminar quanto turbulento, a queda de pressão é somente devido às tensões tangenciais nas paredes da tubulação.

 

r

r r x p 1 0

2 r x p

) 2

( R

x R p

s r

No entanto, o perfil de velocidade varia substancialmente para cada regime de escoamento pois a relação entre a tensão cisalhante e o gradiente de

velocidade não é a mesma. Como já foi visto, no regime turbulento u

u

(11)

Para avaliar o perfil de velocidade, precisamos de um modelo de turbulência para determinar a viscosidade turbulenta. Por outro lado, podemos utilizar dados empíricos.

Para um tubo liso, o perfil de velocidade pode ser aproximado pela “lei de potências” de forma análoga ao regime turbulento na camada limite

n

R r u

u 1 /

max

1

 

umax

U

O expoente n depende do número de Reynolds, baseado na velocidade máxima

e no diâmetro, de acordo com a figura

(12)

Conhecido o perfil de velocidade, a velocidade média pode ser facilmente obtida

R

A

T T

m A u dA u r d r

u Q

T 0

2

) 1 2

( ) 1 (

2 2

max

n n

n u

um

Naturalmente que a relação entre a velocidade média e máxima depende do expoente n.

Quanto maior o número de Reynolds, maior é o expoente n e mais achatado é o perfil de velocidade, maior é a tensão cisalhante. Note que a relação entre a velocidade média e máxima para o regime laminar em um tudo

circular é 1/2.

A figura ao lado ilustra uma comparação entre o perfil de velocidade no regime laminar e no regime turbulento para diferentes expoentes.

(13)

Na prática, com muita freqüência, especifica-se o expoente n =7 independente do número de Reynolds.

Vale ressaltar que a hipótese de velocidade uniforme na seção transversal é uma péssima aproximação no caso de regime laminar. Já para o regime

turbulento, é uma aproximação razoável, especialmente para altos Reynolds.

O lei 1/n aproxima bem o perfil de velocidade em quase todo o domínio, com exceção da região próximo à parede, não sendo possível estimar o atrito a partir deste perfil.

Utiliza-se então dados empíricos para estimar o fator de atrito, o qual depende não só do número de Reynolds, mas da rugosidade relativa da tubulação.

O fator de atrito nada mais é do que uma queda de pressão adimensional ou tensão cisalhante na parede adimensional

2

2 1

4 1

s

u u

x D p f

) /

(Re, D

f

f e

(14)

A rugosidade relativa depende do material da tubulação e do diâmetro da mesma

O fator de atrito pode ser avaliado a partir do diagrama de Moody

(15)

A representação gráfica é conveniente e facilita a determinação do fator de atrito, no entanto, quando desejamos utilizar de forma

sistemática em um programa de computador por exemplo, é

desejável, representar a informação do diagrama de Moody por uma correlação.

A correlação mais utilizada é a fórmula de Colebrook

A correlação de Colebrook é uma equação transcendental, isto é, não é possível explicitar o valor do fator de atrito. É necessário resolver de forma iterativa. Miller recomenda como estimativa inicial para o

processo iterativo, a seguinte expressão

Com essa inicialização, obtém-se um resultado dentro de 1% com 2

9 ,

Re0

74 , 5 7

, 3 log /

25 , 0

D

fo e

0,5

5 ,

0 Re

51 , 2 7

, 3 log /

0 , 1 2

f D

f

e

(16)

Exercício 1: Deseja-se bombear água a 20 C [= 1000 kg/m3;  = 0,001 Pa s]

em um tubo circular liso. O diâmetro interno é D = 3 cm. A tubo possui L = 20 m de comprimento. Deseja-se uma vazão de = 0,4 kg/s. Qual a potência de

bombeamento necessária? m

FV P AV P Pot

2 1 2

1

2 2

m m

h V

f D L

P dx dp V

dx D dp

f





2300 10

6

4 1 4

,

Re

D m A

D D m

V

t h

m

025 0 10

6

1, 4 ,

Re f

s m A D

V

m t 4 0,566 / 2

s m

m 4 3

10 4

V W D f L P

Pot m 1067

2 2

,

(17)

Exercício 2: Determine o nível h do reservatório para manter a vazão indicada:

Tubulação lisa: e=0

Q= 0,03 m3/s

D = 75 mm

Entrada do tubo: k = 0,5

Saída: patm

Viscosidade:  = 10-3 kg/(ms)

Massa específica:  = 103 kg/m3

L=100m

Q h

z D= 75 mm

,2

W m g

p g

V

g z p

g V

g z h

e

L

2 2

2

2 1 1

2

1 1

2 2

1

2

entrada tubo L L

L

atm e

h h

h

h z z

P p p W

2 1

1 2

1 2

0 0

,

;

t V C SC

d  V n d A

.

  0

)

, ( D

f L g k

h V g

hV L 1 2

2

2 2 2

2

2 1

g V D f L

hL m

tubo 2

2

s m A

V Q A

V A V A

V A V Q

t 0 cte 0 679

2 2 1

2 2 1 2

2 1

1 ; ; ,

;

;

2300 10

09

5 5

,

Re

VmDh

e

Re f0,5

51 , 2 7

, 3

D log /

0 , f 2

1 h

5 , 0

g k V

hL m

AC 2

2

(18)

D m f L g k

h V g

h V L 44 6

075 0 01311 100 0

5 0 81 1 9 2

79 6 2 1

2

2 2 2 2

2

2

1 ) ,

, , , , (

, )

, (

509000 05

51 0 2

1 2 5

0 ,

log , , ,

f f

•estimativa inicial de Miller

2 9 , 0 h

o Re

74 , 5 7 , 3

D log / 25 , 0 f

e

0 10

09

5 5

e

, ;

Re VmDh

01305 0

509000 74 25 5

0

2 9

0 ,

log ,

, ,





fo

e

0,5

f Re

51 , 2 7

, 3

D log / 0 , f 2

1 h

5 , 0

01312 5 0

013050 0

509000 51 0 2

1 2 5

0 ,

, , log ,

, ,

f

f

•segunda iteração:

•terceira iteração: f convergiu

f

01311 5 0

013120 0

509000 51 0 2

1 2 5

0 ,

, , log ,

, ,

(19)

Exercício 3: Água com = 1000 kg/m3 e n/ = 1 x 10-6 m2/s é bombea- da entre dois reservatórios com a vazão Q = 5,6 x 10-3 m3/s através de uma tubulação de L=120 m e D= 50 mm de diâmetro. A rugosidade

relativa do tubo é e / D=0,001. Calcule a potência necessária da bomba.

Dados de coeficiente de perda de carga:

•Entrada canto vivo: k=0,5

•Saída canto vivo: k=1,0

•Válvula globo aberta: k=1,0

•Joelho a 90o: k=0,9

•Válvula de gaveta ½ aberta: k=0,1

(20)

,2

W m g

p g

V

g z p

g V

g z h

e

L

2 2

2

2 1 1

2

1 1

2 2

g k V g

V D f L h

h h

m H

z z m z

m z

P p p

ac t L t

L L

atm

AC

tubo 2 2

30 36

6

2 2

1 2 2

1 1

2

2 1,

;

;

;

t V C SC

d  V n d A

.

  0 0 4 285 0

2 2 1

2 2 1

1

V V

s m D

V Q A

V A V A V Q

cte t t t

t ; ; ; , ;

 





We Q g H hL1,2 Qg H f DL kac V2t2g

Q m

001 0

10 41

1 5

. /

, Re

D

D Vt e

021

0,

f

HP W

W

Wb e 654 087

2 85 2 1 0 9 0 2 0 1 0 1 5 075 0 0 01 120 0 30 10

6 5 10

2 3

3 ,

, , , ,

, , ,

,

,

Bomba: trabalho é fornecido: <0

(21)

Exercício 4: Considere a

instalação da figura ao lado. O tubo possui uma rugosidade relativa de e/D = 0,001 e possui um diâmetro D= 100 mm.

Determinar a vazão máxima da instalação. Considerar as perdas localizadas somente na válvula de gaveta.

H=2,4m

L=180m

D=100mm

Q

t V C SC

d  V n d A

.

  0 0 0

1 2 2 1 2

2 1

1

A V A V A

V A V Q

t ; cte ; ;

,2

W m g

p g

V

g z p

g V

g z h

e

L

2 2

2

2 1 1

2

1 1

2 2

Lvalvula L

L

atm e

h h

h

H z z

P p p W

tubo

2 1

1 2

1 2

0 0

,

;

g

V D f L

hL m

tubo 2

2

)

( D

L f L

H V g

eq

1

2 ) 2

, ( D

L f L g

h V g

H V L eq

1

2 2

2 2 2

2

2 1

g V D f L

hLAC eq m 2

2

e

Re f0,5

51 , 2 7

, 3

D log /

0 , f 2

1 h

5 , 0

Não conhece a vazão, não tem como calcular o Reynolds, para determinar f

VmDh Re

(22)

)

( D

L f L

H V g

eq

1

2 2

Estimativa inicial: fluido ideal sem perda ou um valor de f típico

(0,02):

1808 1

088 47 1 8

0 1 180

088 47 1

2

2 f

f D

L f L

H V g

eq 

,

, ) (

, )

(

s m V

f 0,02 2 1,26 / h m

mD V

V 5

10

Re

105 26 1

, Re

2ª estimativa inicial: Re 1,26105 f 0,022V2 1,075m/s Re 1,075105 3ª estimativa inicial: Re 1,075105 f 0,023V2 1,052m/s convergiu

Referências

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