A N A L I S E S D E L I V R O S
S L E E P A N D I T S S E C R E T S : T H E R I V E R O F C R I S T A L L I G H T . M I C H A E L S . A R O N O F F . U m v o l u m e ( 1 4 , 5 x 2 2 cm) e n c a d e r n a d o , com 278 p á g i n a s . N e w Y o r k : P l e n u m P r e s s , 1991. E n d e r e ç o : P l e n u m P r e s s , 233 S p r i n g S t r e e t , N e w York, NY 10013, USA.
A q u a s e t o t a l i d a d e d o s livros m é d i c o s s o b r e sono, d e p u b l i c a ç ã o r e c e n t e , p r o c u r a r e s p o s t a s específicas) p a r a a s p e c t o s científicos b e m d e t e r m i n a d o s , o u técnicos, o u e n s i n a d i a g n ó s t i c o s e t r a t a m e n t o s . Aronoff t r a z u m a s p e c t o d i s t i n t o d o s d e m a i s , com u m t e x t o i n t e r e s s a n t e , a b r i n -do a j a n e l a de p o s s i b i l i d a d e s p a r a d i v a g a r s o b r e o s o n o comoi f u n ç ã o fisiológica, de a d a p t a ç ã o ao m e i o e à s o c i e d a d e . D i s c u t e t a i s f a c e t a s q u a s e d e s c o n h e c i d a s do d o r m i r .
É u m a l e i t u r a leve, p r i n c i p i a n d o com u m a v i s ã o g e r a l do sono, ciclos, e s t á g i o s e s e u s d i s -t ú r b i o s . N e s -t a p o r ç ã o i n i c i a l i n c l u i p o n -t o s j á e x a u s -t i v a m e n -t e e n c o n -t r a d o s e m o u -t r o s -t o m o s , m a s a l c a n ç a a l g u n s t ó p i c o s m e n o s u s u a i s c o m o o s efeitos d a n u t r i ç ã o s o b r e o sono, b e m como a s c o r r e l a ç õ e s e n t r e a s c a r a c t e r í s t i c a s d o d o r m i r e a a t i v i d a d e d o d i a s e g u i n t e , m e d i d a s e m t e s t e s psicológicos d e d e s e m p e n h o . E s c r i t o p a r a o médico, m a s u s a n d o u m l i n g u a j a r coloquial, u n e c o n j e c t u r a s c o m b a s e n a n e u r o f i s i o l o g i a , n a p s i c o l o g i a e n a sociologia. A s c i t a ç õ e s d a l i t e r a t u r a c l á s s i c a são n u m e r o s a s , p a r t i c u l a r m e n t e d a inglesa, e e m p r e g a d a d o s s o b r e a s a r t e s , t r a ç a n d o p a r a l e l o s e c o m p a r a ç õ e s . Sem as t r a d i c i o n a i s f i g u r a s e t a b e l a s , s e u f o r t e é fazer o lei-t o r p e n s a r com b a s e n o d i s c u r s o . A m i m p a r e c e u m lei-t e x lei-t o r e c o m e n d á v e l a o s q u e p o s s u e m co-n h e c i m e co-n t o s ico-niciais de co-n e u r o f i s i o l o g i a e b u s c a m v e r o o b j e t o s o b o u t r o s â co-n g u l o s .
R U B E N S R E I M A O
C E R E B R O S P I N A L F L U I D I N D I S E A S E S O F T H E N E R V O U S S Y S T E M . R.A. F I S H M A N . U m v o l u m e (18,5 x 26,5 cm) e n c a d e r n a d o , com 431 p á g i n a s . P h i l a d e l p h i a : W . B . S a u d e r s , 1992. E n d e r e ç o : W . B . S a u n d e r s , T h e C u r t i s C e n t e r , I n d e p e n d e n c e S q u a r e W e s t , P h i l a d e l p h i a . PA 19106, USA.
F i n a l m e n t e , em 1992, c e r c a de 10O a n o s a p ó s a i n t r o d u ç ã o da p u n ç ã o l o m b a r p a r a f i n s d i a g n ó s t i c o s , R o b e r t A. F i s h m a n p u b l i c a a s e g u n d a edição, r e e s c r i t a e a t u a l i z a d a , da sua o b r a « L í q u i d o C e f a l o r r a q u e a n o e m D o e n ç a s d o S i s t e m a Nervoso», c u j a p r i m e i r a edição, pu-b l i c a d a em 1980 foi, p o r u m a d é c a d a i n t e i r a , o l i v r o de r e f e r ê n c i a p a r a a classe n e u r o l ó g i c a , s o b r e t u d o p a r a a q u e l e s q u e s e d e d i c a m a o e s t u d o d o L í q u i d o C e f a l o r r a q u e a n o . E s t a s e g u n d a edição é p r a t i c a m e n t e u m novo livro, c o n t e n d o a p r o x i m a d a m e n t e o d o b r o d o n ú m e r o d e t a -b e l a s e f i g u r a s e 2400 r e f e r ê n c i a s -b i -b l i o g r á f i c a s s e n d o 800 d e l a s p u -b l i c a d a s a p ó s 1980, d a t a dia p r i m e i r a edição d e s t a o b r a .
O livro, m u i t o d i d á t i c o e i n d i s p e n s á v e l t a m b é m p a r a t o d o s o s r e s i d e n t e s d e N e u r o l o g i a , é d i v i d i d o em dez c a p í t u l o s , t o d o s e s c r i t o s p e l o a u t o r . O c a p í t u l o 1 é d e d i c a d o a a s p e c t o s h i s -t ó r i c o s do e x a m e do L C R i n c l u i n d o os m a i s r e c e n -t e s , a -t é a d a -t a a -t u a l . O c a p í -t u l o 2 é u m a r e v i s ã o s o b r e a s p e c t o s a n a t ô m i c o s , e m q u e s ã o d i s c u t i d o s : a n a t o m i a d o s i s t e m a v e n t r i c u l a r , plexo-corióide, células d o s c a p i l a r e s e n d o t e l i a i s , e p ê n d i m a , m e m b r a n a s p i a - a n a c n ó i d e s e du--r a - m á t e du--r , v i l o s i d a d e s a du--r a c n ó i d e s , l í q u i d o e x t du--r a c e l u l a du--r c e du--r e b du--r a l e l í q u i d o d o ouvido i n t e du--r n o . No c a p í t u l o 3, a s p e c t o s fisiológicos, é a n a l i s a d a a f o r m a ç ã o do L C R , s e j a pelos p l e x o s co-rióides, s e j a e x t r a c o r o i d a l , a s s i m c o m o a a b s o r ç ã o do L C R e s u a s d e t e r m i n a d a s funções. Se-g u e - s e o c a p í t u l o 4, dedicadoi à b a r r e i r a h ê m a t o - c e r e b r a l , em q u e a s p e c t o s morfolóSe-gicos, fisio-lógicos, b i o q u í m i c o s , f a r m a c o l ó g i c o s e p a t o l ó g i c o s s ã o e n f o c a d o s com e x t r e m a clareza. Os c a p c t u l o s 5 e 6 s ã o d e d i c a d o s ao e s t u d o da p r e s s ã o i n t r a c r a n i a n a , a t r a v é s de s u a fisiologia e fisiopatologia, b e m c o m o a t r a v é s d a s p r i n c i p a i s a l t e r a ç õ e s q u e p o d e m s e r o b s e r v a d a s n a s h i -drocefalias, e d e m a c e r e b r a l , p s e u d o t u m o r , h i p o t e n s ã o i n t r a c r a n i a n a e c o n d i ç õ e s r e l a c i o n a d a s . O c a p i t u l o 7 é t o d o ele r e l a c i o n a d o à c o l e t a do L C R , t é c n i c a s e s í t i o s e, s o b r e t u d o , c o m p l i -cações c o m o h e r n i a ç õ e s c e r e b r a i s , h e m a t o m a s u b d u r a l , cefaléia, s a n g r a m e n t o s , diplopia, d o r e s
-do-se os achados em u m a série de p a t o l o g i a s : infecciosas, seja por bactérias, fungos, para-sitas ou v í r u s ; autoimunes, tumorais, leucoses, afecções periféricas e doenças degenerativas, entre o u t r a s . Destaque é dado aos achados do LCR na esclerose múltipla e na síndrome de imunodeficiência a d q u i r i d a . F i n a l m e n t e , no capítulo 10, e n c e r r a o livro com as principais in-dicações e contrainin-dicações do exame, assim como controvérsias e n c o n t r a d a s e perspectivas futuras. Segue-se bibliografia com 2400 referências! em ordem alfabética e índice remissivo.
Do acima enunciado, é com p r a z e r q u e recomendamos esta nova edição do livro de F i s c h m a n p a r a todos aqueles que fazem p a r t e da g r a n d e comunidade neurológica em qualquer de suas sub-especialidades.
É, no entanto, o b r a o b r i g a t ó r i a p a r a aqueles que se dedicam em p a r t i c u l a r ao estudo do LCR.
JOSÉ ANTONIO LIVRAMENTO
I N F E C T I O N S O F T H E C E N T R A L NEERVOUS SYSTEM; W.M. S H E L D , R . J . W H I T L E Y , D.T. DURACK, editores. Um volume (22 x 28,5 cm) encadernado, com 937 páginas. New Y o r k : Raven P r e s s , 1992. E n d e r e ç o : R a v e n P r e s s , 1185 Avenue of the Américas, New York, NY 10086, USA.
Os editores, Scheld, W h i t l e y e Durack, p r e p a r a r a m este compêndio j u n t a m e n t e com 52 colaboradores p a r a s e r o livro de referência de estudiosos de infecções do sistema nervoso central. Tarefa n a d a fácil, porém plenamente! a t i n g i d a p e l a equipe editorial. O livro é dividido em 8 secções com 37 capítulos em seu conjunto. Após p a r t e i n t r o d u t ó r i a escrita pelos edito-res, a b o r d a n d o o manuseio clínico do paciente com infecção do sistema nervoso central, se-guem-se 8 seções constituídas p o r : infecções virais, com 11 ciapítulos; infecções por micoplas-ma, infecções bacterianas, 10 capítulos; síndromes infecciosas m e d i a d a s por toxinas bacteria-nas, 3 capítulos; infecções causadas p o r espiroquetas, 2 capítulos; infecções c a u s a d a s por fungos, 4 capítulos; infecções causadas por protozoários e helmintos, 3 capítulos. Finalizando, 2 capítulos sobre métodos diagnósticos d a s infecções do S N : um sobre o e s t u d o do líquido cefalorraqueano e o último s o b r e estudo® de neuroimagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Cada capítulo contém referências bibliográficas a t u a l i z a d a s e o livro t e r m i n a com índice remissivo de a s s u n t o s s o b r e a m a t é r i a .
Alguns capítulos merecem d e s t a q u e p a r a comentários, devido a s u a forma didática e clareza. O capítulo de m e n i n g i t e s virais e as s í n d r o m e s m e n í n g e a s assépticas, escrito por H.A. R o t b a r t , é um exemplo. N e s t e o a u t o r analisa, do p o n t o de vista clínico, epidemiológico, fisiopatológico, diagnóstico, t e r a p ê u t i c o clínico e preventivo, as d i v e r s a s possibilidades etio-lógicas d e s t a infecção t ã o frequentemente observada. O capítulo 13, sobre infecções causadas p o r micoplasmas, t a m b é m merece d e s t a q u e pelas dificuldades diagnosticas a p r e s e n t a d a s p a r a tais agentes etiológicos, a d e q u a d a m e n t e analisadas. T a m b é m merece d e s t a q u e o capítulo 10, escrito por B.K. Evans, D.EL Donley e J . W . W h i t a k e r , sobre manifestações neurológicas da infecção causada pelos vírus da imunodeficiência h u m a n a : HTV^ e HIV^. Nele, os autores analisam t o d a a g a m a possível de manifestações do p r ó p r i o v í u r s em si, assim como o painel de p r i n c i p a i s agentes oportunistas que ocorrem na doença. Comentam de m a n e i r a didática todos os testes utilizados p a r a o diagnóstico incluindo o PCR, p a r a o qual t a m b é m já foi verificada a presença de r e s u l t a d o s falso-negativos.
E s t e é um livro que deve fazer p a r t e de q u a l q u e r biblioteca neurológica atingindo seu «gold s t a n d a r d » em doenças infecciosas do sistema nervoso, como tão bem comenta R o b e r t G. Petersdorf, prefaciador desta obra.
JOSÉ ANTONIO LIVRAMENTO
M U L T I P L E S C K L E R O S E : E P I D E M I O L O G I E , DIAGNOSTIK, T H E R A P I E . Ed 2. R.M. SCH-MIDT, editor. Um volume (17,5 x 24,5 cm) encadernado, com 386 páginas. S t u t t g a r t : Gustav F i s h e r Verlag J e n a , 1992. E n d e r e ç o : Gustav F i s h e r Verlag, Villengang 2, 0-6900 J e n a , Deutschland.
Rudolf Manfred Schmidt, de W i t t e n b e r g , um dos mais destacados estudiosos da Neurologia da a t é há pouco Alemanha Oriental, r e u n i u g r u p o de notáveis para, com ele, a p r e -s e n t a r -s ú m u l a do-s conhecimento-s a t u a i -s acerca da e-sclero-se m ú l t i p l a (EM). Do e-sforço
Sucessivamente são analisados aspectos da EM p r óp r i os a: epidemiologia, sintomatolo-gia, diagnóstico diferencial, prognóstico, fisiopatolosintomatolo-gia, virolosintomatolo-gia, imunolosintomatolo-gia, imunologia ce-lular, citologia do UJR, imunologia h u m o r a l (sangue e L C R ) , neurofisiologia, TC e RM, patologia, imunopatologia, aspectos psíquicos e sociais, terapêutica, reabilitação, imunossu-pressão induzida.
Frick, analisando aspectos imunológicos dos processos desmielinizantes, atualiza critica-mente os conhecimentos q u e servem de base à discussão de aspectos da imunologia celular
(Neumann), do LCR em p a r t i c u l a r (Schmidt e K u p p e ) , bem como da imunologia humoral do sangue e do LCR ( K u p p e e L u d e w i g ) . Em s u a sequência, esses capítulos permitem visão concatenada de peculiaridades neuroimunes dia EM, dentro do que se conhece no presente. Assim como se concatenam esses capítulos, a sequência dos demais capítulos dá m o s t r a s da importância da linha editorial a d o t a d a no compêndio, devida não só à autoridade d o s a u t o r e s mas, também, à m a e s t r i a do editor, R.M. Schmidt.
Em seu todo, o t e x t o p e r m i t e visão conjunta da capacidade crítica í m p a r da neurologia germânica no presente e que, assim, m a n t é m su a tradição de relevância d e n t r o do contexto d a s neurociências no m u n d o . No entanto, a adoção da l í n g u a alemã p a r a a o b r a r e s t r i n g e a possibilidade de sua difusão, d a d a a prevalência da l í ng u a inglesa no t r a t o de a s s u n t o s cien-tíficos no presente. E s t a prevalência é notada mesmo q u a n t o ao conhecimento avaliado no próprio texto, pois a m a i o r i a d o s a u t o r e s cujas p e s q u i s a s são referidas a p r e s e n t o u seus r e
-sultados em línguas anglo-saxônicas, p a r t i c u l a r m e n t e em inglês1
. De lado ficam conclusões, muitas vezes i m p o r t a n t e s , de pesquisas r e l a t a d a s em outros idiomas. Mesmo assim, é de es-p e r a r que a casa es-publicadora, Gustav F i s h e r J e n a , ao r e a s s u m i r sua es-projeção internacional,
ofereça edição em inglês do livro. E s t a será oportuna, além de propiciar contato m a i s fácil e direto às reflexões conceituais de m e s t r e s da neurologia, como aqueles que se e n c a r r e g a r a m de p r e p a r a r os capítulos q u e compõem o livro. E n q u a n t o isso, ficará seu manuseio — obriga-tório a m e u ver — r e s t r i t o àquele® poucos da geração a t u a l que, em o u t r o s países, dominam o idioma de Goethe.
ANTONIO SPINA-FRANÇA
C U R R E N T T R E N D S I N T H E T R E A T M E N T O F P A R K I N S O N ' S DISEASE. YVES AGID, edi-tor. Um volume (17,5x24 cm) encadernado, com 106 páginas. L o n d o n : J o h n Libbey, 1992. E n d e r e ç o : J o h n L i b b e y & Co L t d , 13 Smiths Yard, Summerley Street, London SW18 4HR, UK.
O a u t o r compilou n e s t e volume p a l e s t r a s proferidas por renomados especialistas no estudo da doença de P a r k i n s o n ( D P ) , em simpósio com o mesmo título, realizado em Veneza de 3 a 5-maio-1991. O conteúdo do livro é dividido em 4 tópicos: mecanismos de morte neu-ronal na D P , e s t r a t é g i a s p a r a o uso da levodopa, conhecimentos básicos sobre agonistas dopa-minérgicos e experiência clínica com agonistas dopadopa-minérgicos.
O primeiro tópico é a b o r d a d o em 3 capítulos trazendo informações a respeito dos con-ceitos a t u a i s concernentes à p a t o g ê n e s e da D P . Admite-se que os principais mecanismos envol-vidos nos eventos que levam à m o r t e dos neurônios dopaminérgicos n i g r a i s s e j a m : toxinas com ação semelhante à metil-fenil-tetra-hidroperidina ( M P T P ) , substância com ação especifica
sobre aquelas células; desequilíbrio e n t r e g e r a ç ã o de radicais livres e o sistema tampão que p r o t e g e os neurônios c o n t r a seus efeitos deletérios; participação de aminoácidos excitatórios como o ácido glutâmico na agressão celular; presença de a n o r m a l i d a d e s do complexo I mito-condrial em neurônios n i g r a i s e mesmo em p l a q u e t a s de pacientes com D P , possivelmente con-ferindo vulnerabilidade à agressão tóxica; e deficiência de fatores tróficos específicos p a r a neurônios nigrais. E s s e s conhecimentos estão lançando as bases da denominada «terapia» p r o -tetora» na D P . E s s a modalidade terapêutica, que, diferentemente da t e r a p i a sintomática, tem como objetivo r e t a r d a r ou m e s m o impedir a evolução da moléstia, inclui em seu arsenal o LDeprenil e agentes a n t i o x i d a n t e s (alfatocoferol e ácido ascórbico) e poderá em futuro p r ó -ximo acrescentar q u e l a n t e s de ferro e a n t a g o n i s t a s de receptores de glutamato.
A terceira seção deste volume a b r a n g e 3 capítulos voltados ao estudo dos agonistas dopaminérgicos em q u e são analisadas em profundidade as características farmacológicas das principais d r o g a s componentes deste grupo, a bromocriptina, o lisuride e o pergolide. O des-t a q u e m a i o r é p a r a esdes-te úldes-timo, q u e é de indes-trodução m a i s recendes-te no mercado.
Na última p a r t e d e s t e livro, em 2 capítulos, é analisado o papel dos agonistas dopaminér-gicos no t r a t a m e n t o da D P .
T r a t a - s e , portanto, de o b r a de v a n g u a r d a que deverá a t r a i r a atenção de todos aqueles interessados em novos conhecimentos a respeito da D P .
E G B E R T O R E I S BARBOSA
C E R E B R A L ISCEQSHIA: T R E A T M E N T AND P R E V E N T I O N . H . J . M . B A R N E T T , V.C. HA-C H I N S K I , editores. Neurologic HA-Clinics, Vol 10, N 1. Um volume (15 x 23 cm) encader-nado, com 299 p á g i n a s . P h i l a d e l p h i a : W . B . Saunders, 1992. E n d e r e ç o : W . B . Saunders, The Curtis Center, Independence S q u a r e West, PA 19106, USA.
O n ú m e r o inicial da Neurologic Clinics, aparecido em 1983 e do qual foi também o editor H . J . M . B a r n e t t , d e d i c a r a s e u s diversos capítulos à isquemia cerebral. O volume atual, editado q u a s e 10 a n o s após, d e m o n s t r a q u a n t o p r o g r e s s o se processou n o s conceitos fisiopa-tológicos, n a s investigações e n a s n o r m a s terapêuticas (clínicas ou cirúrgicas) do acidente vascular cerebral. O novo conceito de p e n u m b r a cerebral, em q u e u m a á r e a do encéfalo está a l t e r a d a pela isquemia m a s não definitivamente lesada, induz à existência de janela terapêu-tica em q u e o dano isquémico pode ser fundamentalmente reduzido. E s t u d o s sobre os blo-queadores dos canais de cálcio d e m o n s t r a r a m sua eficiência e salienta-se a dependência desses efeitos benéficos com a necessária precocidade no t r a t a m e n t o . E s t u d o s cooperativos t ê m sido feitos com novos a g e n t e s antiplaquetários, principalmente tioclipidina, com todias as suas indicações e eventuais complicações.
Após a menção genérica desses tópicos, vários capítulos merecem comentários. Ao todo são 17 capítulos, iniciados por Welch e col., de Michigan, q u e excursionaram sobre a espec-troscopia pela RM na isquemia cerebral. É um processo a n t i g o aplicado em física e química por cerca de 40 anos e só n e s t a última década e m p r e g a d o no e s t u d o da isquemia cerebral. Proporciona elementos p a r a monitorização diagnostica e pana identificação de marcadores de j a n e l a s terapêuticas, assim como fornece elementos prognósticos. P o w e r s e s t u d a a
hemodinâ-mica e o metabolismo da doença cerebrovascular isquéhemodinâ-mica. Através de recentes processos de mensuração do fluxo s a n g u í n e o cerebral regional, conclui que os clássicos conceitos de lesão a r t e r i a l hemodinamicamente significante merecem reavaliação. Salienta t a m b é m os riscos de u m a redução da p r e s s ã o a r t e r i a l sistêmica. I n t e r e s s a n t e , a propósito, o conceito da fração de e x t r a ç ã o de oxigênio que, a t é c e r t o ponto, a u m e n t a à m e d i d a em q u e a pressão da perfusão é reduzida. Buchan (Otawa), p a s s a em revista os processos trombolíticos no t r a t a m e n t o do AVO superagudo. E n t r e o u t r a s a t i t u d e s terapêuticas, revê a ação e a eficiência dos antago-n i s t a s a o s receptores N - m e t i l - D - a s p a r t a t o (NMDA). Biller faz revisão global do t r a t a m e antago-n t o médico d a s isquemias cerebrais e, p o r s u a vez, especialistas franceses (Ameri e Bouser) estu-dam, com & auxílio de neuroimagem, as t r o m b o s e s venosas cerebrais, mais comuns do q u e se
pensava. E m b o r a frequentemente evoluam liavoravelmente p a r a cura, o uso da heparina nesses casos parece ser et ciente. Capítulo que assume g r a n d e importância prática t r a t a do icto no jovem, em i d a d e abaixo de 45 anos. Na estatística de Bougousslavsky e Pi erre, esses acidentes em jovens somam cerca de 10% da totalidade de seus casos e dependem, em s u a maior parte, de embolias cardiogênicas, da dissecção a r t e r i a l e da enxaqueca. Coull e col. investigam o papel dos anticorpos antifosfolípides, s e g u r a m e n t e correlacionados a enfartes cerebrais e/ou a ataques isquémicos t r a n s i t ó r i o s . E n t r e t a n t o , as relações causais e n t r e anticorpos anticardiolipinas ou a anticoagulantes lúpicos ou a a m b o s e a isquemia cerebra l ainda não são bem conhecidas. São, a seguir, revistas complicações neurológicas correlacionadas a c i r u r g i a cardíaca ( F u r l a n e col.).
o papel de heparina, o u s o de trombolíticos e os benefícios do uso da terapêutica a n t i t r o m -bótica na fibrilação a t r i a l . B o r n s t e i n e N o r r i s excursionam p o r campo m u i t o d e b a t i d o : que fazer em pacientes com sopros e estenoses da c a r ó t i d a ? Minuciosamente, revêem as causas desses fenômenos e e s t u d a m as m e d i d a s terapêuticas, clínicas ou cirúrgicas, indicadas. F i n a l -mente, no último capítulo d e s s e livro, B a r n e t t faz revisão de o u t r o t e m a controverso: a prevenção do icto a t r a v é s de c i r u r g i a na doença sintomática do t e r r i t o r i o cíarotídeo. Segundo julga, as anastomoses extra-intracraniamas falharam em s u a indicação. P o r o u t r o lado, a doença sintomática de pacientes com estenoses da a r t é r i a carótida i n t e r n a em g r a u avançado se bene-ficia mais com a e n d a r t e r e c t o m i a , em mãos experimentadas evidentemente, do que com simples terapêuticas medicamentosas. Em pacientes com estenoses mais moderadas, a g u a r d a - s e ainda uma resposta d e c o r r e n t e de estudos comparativos em a n d a m e n t o .
E i s um p e q u e n o livro, claro, didático, atualizado, q u e merece figurar na biblioteca de neurologistas, neurocirurgiões, cirurgiões vasculares e mesmo clínicos gerais.