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Estudo técnico e de cenários econômicos para implantação de uma unidade de tratamento industrial de sementes de soja e trigo 1

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Estudo técnico e de cenários econômicos para implantação de uma unidade de tratamento industrial de sementes de soja e trigo

1

Gilberto Strieder

2

, Rafael Junior Foguesatto

2

, Gizele Ingrid Gadotti

3*

, Maria Laura Gomes Silva da Luz

3

, Carlos Alberto Silveira da Luz

3

, Mário Conill Gomes

3

, Vinícius Saldanha Scherer

2

RESUMO - O objetivo do presente trabalho foi dimensionar e estudar a viabilidade econômica da implantação de um Centro de Tratamento Industrial de Sementes (TIS) em uma Cooperativa localizada na cidade de Ajuricaba, RS, para atender ao mercado consumidor de sementes tratadas industrialmente, oferecendo aos agricultores do Rio Grande do Sul sementes de alta qualidade, por meio de estudo estratégico do mercado, operações de processamento e de mecanização da produção. Pode-se concluir que o mercado de sementes industrialmente tratadas está em franca ascensão e o crescimento econômico nesse setor deve-se ao grande incremento de novas tecnologias no setor de sementes, em especial no setor de tratamento de sementes. Conclui-se que: o dimensionamento desta Unidade para tratamento de sementes se mostrou uma opção interessante para a Cooperativa e a logística de trabalhar com tratamento de soja e trigo se mostrou uma proposta exequível; o projeto apresenta grandes possibilidades de obter êxito. O resultado obtido pela análise econômica demonstrou que o período de retorno do investimento é de 3 anos.

Apesar das flutuações de preço da matéria-prima (semente), dois dos três cenários estudados apresentaram uma taxa interna de retorno maior que a taxa mínima de atratividade, sendo assim, constata-se que o projeto é atrativo; e os cenários real e otimista dão TIR maior que TMA, indicando que vale mais a pena investir no projeto do que deixar o dinheiro rendendo a juros de mercado, rendendo os juros de mercado (11% a.a.). O projeto se mostrou sensível a pequenas variações no preço da matéria-prima.

1Submetido em 19/08/2014. Aceito para publicação em 26/09/2014.

2Acadêmico de Engenharia Agrícola – CEng-UFPel, Rua Benjamin Constant, 897, Pelotas, RS, Brasil

3Professor do CEng-UFPel - Centro de Engenharias-UFPel – Rua Benjamin Constant, 897, Pelotas, RS, Brasil

*Autor para correspondência <gizeleingrid@gmail.com>

Introdução

O Brasil se tornou, em pouco tempo, um dos grandes líderes globais no setor agrícola. Em 2012, o agronegócio representou aproximadamente 23% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e contribuiu fortemente na geração de empregos e divisas para o país (Rodrigues e Campante, 2012).

A produção brasileira de sementes saltou de 1,6 milhões de toneladas na safra de 2001/02, para quase 3 milhões de toneladas, na safra 2010/11, sendo que a produção de sementes de soja, milho, trigo, arroz e forrageiras tropicais permanecem como o principal mercado de sementes do país, responsável por mais de 90% da produção nacional (Rodrigues e Campante, 2012). Este sólido crescimento da produção agrícola brasileira somente foi possível devido ao trabalho árduo e persistente da indústria de sementes.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de soja e segundo maior produtor de trigo do Brasil, responsável por 15,4% e 44,2% da produção nacional, respectivamente, com produção de 12.534,9 mil toneladas de soja e 2.455,3 mil toneladas de trigo na safra 2012/2013 (BRASIL, 2013).

O estado teve uma área cultivada de 4.618.600 hectares de soja e 976.200 hectares de trigo na safra de 2012/2013 (ABRASEM, 2013). A Mesorregião Noroeste Rio-grandense representa grande parcela na produção de grãos no estado, compreendendo 303 municípios com uma área plantada de 3.238.769 hectares de soja e 865.736 hectares de trigo, correspondendo à aproximadamente 70,1% e 88,7% da área total de produção de soja e trigo, respectivamente.

Ainda, segundo a APASSUL (2013), o Estado do Rio Grande do Sul possui hoje 124 produtores e comerciantes de sementes, e destes, 55% estão situados dentro da Mesorregião Noroeste Rio-grandense, mostrando assim a importância da região para a produção de sementes e posteriormente para o tratamento das mesmas.

Desde a safra 2001/2002 o tratamento de sementes é utilizado em aproximadamente 93% das áreas cultivadas com soja, no Brasil (Henning, 2004).

Em relação ao uso de sementes certificadas, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que tem a menor taxa, com apenas 35% de utilização (Safras & Mercado, 2011). Em parte, pode- se justificar essa estatística pelo fato de que o agricultor rio-

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grandense tem histórico e condições climáticas que o estimulam a salvar grãos para utilizar como sementes ou usar sementes ilegalmente. O fator cultural tem grande influência, e pode ser observado pela taxa de utilização de sementes de soja no decorrer dos anos, analisando a safra 2012/13, quando o RS apresentou uma taxa de utilização de semente certificada de trigo de 65%

enquanto que a taxa de utilização de semente certificada de soja foi de 31%, sendo considerada uma taxa de utilização baixa, fazendo um comparativo com o estado do Mato Grosso (MT) que possui uma taxa de utilização de 78% (ABRASEM, 2013).

Devido à baixa taxa de utilização de sementes de soja do sistema oficial, verifica-se que o estado do RS possui amplo mercado de sementes, com grande possibilidade de ampliação.

Considerando que as taxas de utilização média de sementes de soja e trigo são de 50,85 e 125 kg.ha-1, respectivamente, será necessário produzir mais de 234.855 toneladas de sementes de soja e mais de 122.025 toneladas de sementes de trigo para atender à demanda de área plantada no estado do Rio Grande do Sul. Hoje, na microrregião de Ijuí, são utilizadas aproximadamente 5.000 toneladas de sementes certificadas de soja e aproximadamente 9.500 toneladas de sementes certificadas de trigo. Portanto, há ainda 11.000 t (220%) de soja e 5.000 t (190%) de trigo para expansão de mercado (ABRASEM, 2013).

A tecnologia no tratamento de sementes tem como principal objetivo o controle de patógenos nas sementes e no substrato, mantendo assim uma uniformidade do estande inicial da cultura. A praticidade de aplicação de produtos para o controle desses micro-organismos e a aplicação conjunta de mais de um produto, gera um custo pouco significativo em relação à instalação da lavoura, ou seja, menos de 0,5% da instalação da lavoura (Bail, 2013).

No Brasil, 100% das sementes de soja cultivadas são tratadas com fungicidas, 30% com inseticidas e 50% com micronutrientes, com objetivo de proteger o estabelecimento no campo (Baudet e Peske, 2006).

O principal benefício de uma semente de alta qualidade somente o agricultor pode avaliar, e para que a mesma expresse todo o seu potencial genético, deve haver condições favoráveis para que se obtenha como resultado final o que se espera de uma semente (Zambon, 2013).

Até pouco tempo, o tratamento das sementes, quando realizado, era feito in loco, nas fazendas ou em estruturas localizadas próximas das propriedades rurais, porém quase sempre pelo próprio agricultor. A evolução do processo e a necessidade do agricultor, principalmente no que tange ao ganho de tempo, mão de obra e qualidade do tratamento, fez com que houvesse a migração para o Tratamento Industrial de Sementes (TIS) (Zambon, 2013).

Para a implantação de um projeto técnico para o

tratamento industrial de sementes é necessário avaliar os indicadores econômicos em diversas situações que simulam as dificuldades encontradas normalmente por empresas e as respectivas respostas que esses indicadores fornecem, facilitando a observação e versatilidade do projeto.

Entre os indicadores utilizados está o “payback”, que calcula o tempo necessário para recuperação do capital investido, sem levar em consideração o valor do dinheiro no tempo. Outros indicadores usados são: VPL, valor presente líquido; TIR, taxa interna de retorno do investimento e TIRm, taxa interna de retorno modificada, que leva em consideração que o valor presente em cada período não é capitalizado pela TIR, e sim pela TMA, que é a taxa mínima de atratividade (Buarque, 1991; Casarotto Filho e Kopittke, 2000).

O objetivo do presente trabalho foi dimensionar e estudar a viabilidade econômica da implantação de um Centro de Tratamento Industrial de Sementes (TIS) em uma Cooperativa localizada na cidade de Ajuricaba, RS, para atender ao mercado consumidor de sementes tratadas industrialmente, oferecendo aos agricultores do Rio Grande do Sul sementes de alta qualidade, por meio de estudo estratégico do mercado, operações de processamento e de mecanização da produção.

Material e Métodos

Foi realizado o levantamento da região que engloba a Mesorregião Noroeste Rio-grandense, a qual representa grande parcela na produção de grãos no estado, compreendendo 303 municípios para determinar os dados sobre a área plantada de soja e trigo para dimensionar a Unidade de Tratamento de Sementes.

Foi considerado que para atender a demanda de plantio de soja e trigo, a área cultivada na microrregião de Ijuí é de 315.700 ha para soja e de 116.700 ha para o trigo e que as taxas de utilização de sementes de soja e trigo são de 50,85 e 125 kg.ha-1, respectivamente.

Foi considerado que a empresa executará o tratamento sob encomenda de seus clientes, portanto, em princípio, não haverá sobra de semente tratada em estoque.

As etapas para o dimensionamento do tratamento das sementes seguem o sentido de fluxo de acordo com o sistema adotado que consiste nas operações de recepção/

descarga; armazenamento; abastecimento do equipamento com sementes e insumos; tratamento; resfriamento; ensaque;

armazenamento e expedição.

Foram estudadas as características de diversos fabricantes de equipamentos para tratamento de sementes para seleção de um deles.

Para o cálculo de mercado a ser atendido, se considerou que a empresa irá se introduzir no mercado com aproximadamente

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5% das vendas.

Para o cálculo de insumos aplicados na soja se considerou a máxima quantidade de calda que a semente pode receber, assim como os insumos mais indicados para a serem usados na região na qual o projeto irá ser instalado.

Também foram estudados os aspectos legais relacionados ao tratamento de sementes, segundo (Oliveira e Gadotti, 2014).

Foi realizada a orçamentação de equipamentos, obras civis, salários, encargos sociais, custos e despesas para implantação da Unidade de TIS.

Também, foi estudado o layout da empresa e foram elaboradas plantas baixas e cortes da Unidade.

O presente projeto contará com 60% de financiamento do Banco Bradesco, inclusive com o capital de giro, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), com carência de um ano quando será pago somente o valor representado pelos juros (13% a.a.) em 10 anos.

O valor atribuído para TMA – Taxa Média de Atratividade foi de 11% a.a, pois foi a taxa consultada na instituição financeira Banco Bradesco para o volume de capital a ser investido.

Foi analisada a flutuação no preço da matéria-prima nos últimos dez anos. Baseados nestes dados foram avaliados três cenários de mercado. É evidente que o preço da matéria-prima é diretamente proporcional ao aumento do custo de produção, então se torna mais sensato trabalhar com essas duas variáveis para avaliar o projeto.

Cenário 1: levou em consideração o valor médio da matéria-prima nos últimos dez anos, para semente de soja foi de R$ 2,50/kg e de trigo R$ 0,80/kg e o valor do CUB – Custo Unitário Básico R$ 617,28.

Cenário 2: o preço assumido para a matéria-prima nos últimos dez anos, para semente de soja foi de R$ 3,00/kg e de trigo R$ 0,90/kg e o valor do CUB R$ 740,74.

Cenário 3: foi adotada uma perspectiva mais otimista para o negócio, o preço da matéria-prima ficou com uma média abaixo dos preços praticados nos últimos dez anos para semente de soja em R$ 2,00/kg e de trigo em R$ 0,70/kg e o valor do CUB R$ 493,82.

Foi realizada a análise do ambiente interno e externo, levantando-se os pontos fortes e pontos fracos a as ameaças e oportunidades, pela Matriz de SWOT (Thiffany, 1998).

Resultados e Discussão

O estudo de mercado da região de implantação do projeto demonstrou que há demanda para a produção de sementes tratadas, anualmente, de 800 toneladas de soja e 720 toneladas de trigo, pois a área plantada é de 3.238.769 hectares de soja e 865.736 hectares de trigo, correspondendo

à aproximadamente 70,1% e 88,7% da área total de produção de soja e trigo, respectivamente.

Considerando que a semente a ser adquirida para o tratamento será certificada e padronizada, o fluxograma do tratamento de sementes será adaptado, baseado nas operações unitárias básicas citadas anteriormente.

- Recebimento: no recebimento é realizado o controle de entrada das sementes, que serão pesadas em balanças rodoviárias, separadas por cultivar ou lote e também por produtor, recebendo as devidas identificações para que não haja misturas de cultivares, lotes ou produtores.

- Armazenamento: as sementes serão separadas por lotes até receberem o tratamento, sendo armazenadas em “big bags”.

- Tratamento: será utilizado equipamento da empresa Momesso (Figura 1). O tratamento das sementes de soja irá ocorrer com no máximo 60 dias de antecedência do início da semeadura, enquanto que o tratamento das sementes de trigo irá ocorrer com no máximo 90 dias de antecedência do início da semeadura.

As sementes poderão ser tratadas com os seguintes insumos sendo que a escolha específica de um desses produtos se dá através de indicação agronômica, quadro de instrução de uso para pragas (bula), pragas mais nocivas ao desenvolvimento agrícola da região e os produtos mais utilizados, considerando os aspectos legais e todos os cuidados mencionados por (Oliveira e Gadotti (2014).

- Ensaque: será utilizada uma máquina semi-automática, que pode fazer tanto o ensaque em “big bags” de 1000 kg ou em sacaria padrão de papel multifoliado de 40 kg.

- Armazenamento e expedição: como o tratamento deve ser realizado com pouca antecedência ao plantio, as sementes já tratadas ficarão armazenadas por um período curto, sendo acondicionadas em paletes (estrado de madeira) que comportam 55 sacas de 40 kg cada e em “big bags” que comportam individualmente até 1000 kg de sementes.

As plantas baixa e corte mostram a disposição dos equipamentos e as áreas de recepção e armazenamento de produtos na planta civil a ser construída (Figura 2).

Baseado nos dados de semeadura, será necessária a produção de 16.053,34 toneladas de sementes de soja e 14.587,50 toneladas de sementes de trigo. Com esses valores se determinou a capacidade inicial de produção de sementes tratadas da TIS. Para atender 5% de vendas, a produção inicial será de 800 toneladas de sementes tratadas de soja e 720 toneladas de sementes tratadas de trigo.

A aplicação de calda para o tratamento foi calculada em 600 ml/100 kg de sementes de soja, considerando uma densidade dos insumos de 1,1 kg.L-1, cada 100 kg de sementes terá um acréscimo de 0,66 kg no seu peso, gerando assim uma adição de peso de 125,4 kg por dia de tratamento.

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Figura 1. Centro de tratamento de sementes.

Fonte: http://www.momesso.ind.br/cts-full.php

Figura 2. Planta baixa e corte da Unidade de TIS.

A Figura 3 apresenta os fluxos e balanços de massa para o tratamento de soja e de trigo, de acordo com a quantidade em toneladas que será tratada a cada ano, com os produtos a serem utilizados.

Com a implantação da Unidade de TIS, a empresa busca

atender aproximadamente 5% da demanda da microrregião de Ijuí.

Os funcionários necessários para a perfeita operação do TIS são seis, sendo dois funcionários para serviço geral, um auxiliar de operação, um embalador, um técnico agrícola e um operador de empilhadeira, trabalhando 44 horas por semana nos períodos

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de tratamento. No restante do tempo trabalharão na Cooperativa a qual a Unidade de TIS está anexada neste caso.

O valor a ser financiado para implantação do projeto será

em torno de R$1.160.000,00.

Na Tabela 1 estão descritos os valores dos indicadores econômico-financeiros para cada cenário analisado.

(a)

(b)

Figura 3. Fluxograma e balanço de massa anual para: a) soja; b) trigo Tabela 1. Indicadores financeiros da análise econômica do

projeto.

Indicadores Cenário 1

real Cenário 2

pessimista Cenário 3 otimista VPL (R$) 1.818.530,57 -631.196,87 4.134.715,48

TIR (%) 47,13 - 96,81

TIRm (%) 25,28 - 34,68

TMA (%) 11 11 11

Payback (anos) 3 - 2

Analisando os dados da Tabela 1, verifica-se que com os valores de matéria-prima atuais (cenário 1), o projeto mostra- se viável, por apresentar uma TIRm maior que a TMA.

No cenário 2 o projeto apresentou-se inviável, devido ao

aumento do valor da matéria prima, resultando em uma TIR menor que a TMA e um payback maior do que o horizonte de planejamento de 10 anos. O cenário 3 apresentou-se mais viável que o cenário 1, com TIR e TIRm maiores e retorno do capital investido em menor tempo.

A análise SWOT realizada é apresentada na Tabela 2 e foi construída para analisar as condições atuais do setor de sementes tratadas industrialmente, bem como a análise da cadeia produtiva (área plantada no RS). Os consumidores estão dispersos por uma grande área geográfica, e são afetados por fatores socioculturais, ambientais e econômicos diferentes. A segmentação de mercado é, portanto, a divisão do mercado em grupos distintos entre si, com características e comportamentos diferentes.

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Os cenários real e otimista dão TIR maior que TMA, indicando que mais vale a pena investir no projeto do que deixar o dinheiro no banco, rendendo os juros de mercado (11% aa). O projeto se mostrou sensível a pequenas variações no preço da matéria-prima.

Referências

ABRASEM. Associação Brasileira de Sementes e Mudas. Estatística da Produção e Comercialização de Sementes no Brasil. Brasília. Anuário 2013, 2013.

APASSUL. Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul. Brasília. Anuário 2013, 2013.

BAIL, J.L. Relações entre o tratamento de sementes de soja, os parâmetros fisiológicos e sanitários e a conservação das sementes. Ponta Grossa 2013, 39f. Dissertação (Mestrado em Agronomia – Área de concentração:

Agricultura), Universidade Estadual de Ponta Grossa.

BAUDET, L.; PESKE, S.T. A logística do tratamento de sementes. Seed News. v.10, n.1, p.20-23. 2006.

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Projeções do Agronegócio. Brasília, 4.ed., 2013.

BUARQUE, C. Avaliação econômica de projetos: uma apresentação didática. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, p.40–60. 1991.

CASAROTTO FILHO, N.; KOPITTKE, B.H. Análise de investimentos:

matemática financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

HENNING, A.A. Patologia e tratamento de sementes: noções gerais.

Londrina: Embrapa Soja, 2004. 51p. il. (Embrapa Soja, Documentos, 235).

OLIVEIRA, A.L.; GADOTTI, G.I. Aspectos técnicos e legais relacionados ao tratamento de sementes. Seed News, n.3, p.34-35. 2014.

RODRIGUES, J.A.P.; CAMPANTE, P. Mercado de Sementes no Brasil.

Associação Brasileira de Sementes e Mudas, p.32-35. 2012.

SAFRAS & MERCADO. Cenário Setorial. Ano 1, n.5, 2011. Disponível em: <http://www.abrates.org.br/portal/images/stories/agenda/cenario_

Setorial_5_Semente.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2014.

THFFANY, P. Planejamento estratégico: o melhor roteiro para um planejamento estratégico eficaz. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

ZAMBON, S. Aspectos importantes do Tratamento de Sementes. Informativo ABRATES. Londrina, v.23, n.2, p.26, 2013.

Tabela 2. Análise SWOT do projeto de TIS.

Forças Fraquezas

-qualidade de sementes; -custo elevado do maquinário;

-marca conhecida; -tecnologia importada;

-inovação - sementes tratadas

industrialmente; -mão de obra qualificada;

-recursos humanos motivados e

comprometidos com resultados; -baixa fertilidade de solos em áreas novas.

-construção de nova unidade.

Oportunidades Ameaças

-expectativa do aumento do consumo de sementes tratadas pelos produtores do Rio Grande do Sul;

-intempéries climáticas (seca);

-mistura de cultivares;

-produto conhecido pela maioria dos

produtores; -pirataria ou mercado

ilegal.

-condições ambientais favoráveis para a produção de sementes de trigo e soja;

-grande demanda de sementes baseada na procura de trigo e soja de qualidade, como alimento humano e animal.

Conclusão

Pode-se concluir que o mercado de sementes industrialmente tratadas está em franca ascensão e o crescimento econômico nesse setor deve-se ao grande incremento de novas tecnologias no setor de sementes, em especial no setor de tratamento de sementes.

O dimensionamento desta Unidade para tratamento de sementes se mostrou uma opção interessante para a Cooperativa e a logística de trabalhar com tratamento de soja e trigo se mostrou uma proposta exequível.

O projeto apresenta grandes possibilidades de obter êxito.

O resultado obtido pela análise econômica demonstrou que o período de retorno do investimento é de 3 anos. Apesar das flutuações de preço da matéria-prima (semente), dois dos três cenários estudados apresentaram uma taxa interna de retorno maior que a taxa mínima de atratividade, sendo assim, constata-se que o projeto é atrativo.

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