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GABARITO. aviso importante

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GABARITO

GABARITO

aviso importante

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GABARITO COMENTADO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Pontos abordados:

1. Normas processuais civis. Natureza jurídica, fontes, princípios processuais civis e interpretação. Direito processual intertemporal. Princípios infraconstitucionais do Processo Civil.

2 Jurisdição. Conceito, características, princípios, limites e espécies. Meios alternativos de solução de conflitos: autotutela, autocomposição (conciliação e mediação), arbitragem e tribunais administrativos. 3 Ação. 3.1 Conceito, natureza, elementos e características. 3.2 Condições da ação. 3.3 Classificação. 4 Pressupostos Processuais QUESTÃO GABARITO 1 E 2 B 3 B 4 C 5 A 6 D 7 D 8 CORRETO 9 ERRADO 10 D 11 E 12 E 13 C 14 A 15 E 16 ERRADO 17 CORRETO

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18 ERRADO

19 ERRADO

20 CORRETO

5 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

QUESTÃO 1

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: PGE-AP Prova: FCC - 2018 - PGE-AP - Procurador do Estado

Afirma-se, de modo pacífico na doutrina, que “O magistrado está limitado, na sua decisão, aos fatos jurídicos alegados e ao pedido formulado”. (DIDIER Jr., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Edit. Jus Podivm, 1 v., 17.ed., 2015, p. 553)

Essa lição concerne ao princípio

Olá pessoal, vamos começar a resolver as questões de Processo Civil, iniciando por um assunto fácil e muito importante para firmar toda a base do seu raciocínio no Processo Civil: princípios.

a) da inércia processual.

ERRADO.

O princípio da inércia processual ou da inércia da jurisdição, previsto no art. 2º do NCPC, afirma que o processo não pode ter início de ofício pelo juiz, sendo necessário que alguma das partes demande em juízo, salvo as exceções legais. Tal princípio decorre do fato de que o direito de ação é disponível, cabendo apenas ao interessado decidir se o exercerá no caso concreto.

#ISSOÉUMPLUS: a única exceção ao princípio da inércia expressamente prevista no CPC 73 era o

início do processo de inventário de ofício pelo juiz. Todavia essa previsão não foi repetida no NCPC. Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

b) da eventualidade

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O princípio da eventualidade ou regra da concentração da defesa está consagrado no art. 336 do NCPC, e de acordo com este princípio deve o réu alegar toda a matéria de defesa na contestação de forma cumulativa e alternativa, sob pena de preclusão consumativa.

Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.

O art. 342 apresenta 3 exceções ao princípio da eventualidade, ou seja, 3 situações nas quais a matéria de defesa poderá ser aduzida em outro momento que não a contestação:

Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente;

II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. Devido ao princípio da eventualidade, é natural que sejam cumuladas defesas incompatíveis do ponto de vista lógico. Por exemplo, quando alguém aduz que não cometeu dano moral, mas subsidiariamente requer que o valor seja minorado. Todavia, o réu não poderá criar para cada matéria defensiva situações fáticas distintas. Afirma-se que o limite da regra da concentração da defesa é a lealdade processual e a boa-fé.

c) do dispositivo ou da livre iniciativa da parte.

ERRADO.

No sistema dispositivo, a atuação do juiz é condicionada à vontade das partes, as quais são responsáveis por iniciar o processo, delimitar seu objeto e dar andamento ao feito. No sistema inquisitivo, por sua vez, o juiz, que possui atuação ampla e irrestrita, é a figura central do processo, sendo o responsável pela sua instauração e condução, sem necessidade de participação das partes.

Diz-se que o Brasil adotou o sistema misto, com preponderância do sistema dispositivo, pois o processo tem início através da atuação das partes, todavia desenvolve-se por impulso oficial.

d) da inafastabilidade da jurisdição.

ERRADO.

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de apreciar lesão ou ameaça a direito. De acordo com Daniel Neves1:

“o princípio da inafastabilidade tem dois aspectos: a relação entre a jurisdição e a solução

administrativa de conflitos e o acesso à ordem jurídica justa, que dá novos contornos ao

princípio, firme no entendimento de que a inafastabilidade somente existirá concretamente por meio do oferecimento de um processo que efetivamente tutele o interesse da parte titular do direito material.”

Importante lembrar exceção prevista na CF quanto à não exigência da prévia utilização da via administrativa. Trata-se do caso de ações relativas à disciplina e às competências desportivas, as quais para receberem tutela jurisdicional necessitam previamente de esgotamento das vias administrativas, através da Justiça Desportiva.

Art. 217. (...) § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

e) da adstrição ou congruência.

CORRETO.

O princípio da adstrição ou congruência ou correlação está previsto no caput do art. 492 do NCPC e afirma que o magistrado ao decidir a demanda deve ater-se aos pedidos formulados pelo autor, e eventualmente pelo réu, no caso de reconvenção ou pedido contraposto. O que ficar fora do objeto da demanda não será alvo de prestação jurisdicional.

Daniel Amorim Assumpção Neves lembra que os limites da sentença devem respeitar não só o pedido, mas também a causa de pedir e os sujeitos que participam do processo. Em relação à causa de pedir, a correlação se limita aos fatos jurídicos, porque na aplicação do fundamento jurídico o juiz, conhecendo dos fatos, aplica o direito, não ficando vinculado aos dispositivos legais apontados pelo autor para defender o seu direito (iura novit curia – o juiz sabe o direito; da mihi factum dabo tibi ius – dá-me os fatos que te dou o Direito).

Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

Esse princípio comporta exceções:

1) pedidos implícitos: é permitido que o juiz conceda o que não foi pedido pelo autor. Ex: honorários

1 Neves, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel Amorim Assumpção Neves – 8 ed. – Salvador. Ed. JudPodivm, 2016.

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advocatícios, juros de mora, correção monetária, prestações que se vencerem no curso do processo.

#SELIGANAJURIS: 1. À luz dos artigos 128 e 460 do CPC/73, atuais, 141 e 492 do NCPC/15, o

vício de julgamento extra petita não se vislumbra na hipótese do juízo a quo, adstrito às circunstâncias fáticas (causa de pedir remota) e ao pedido constante nos autos, proceder à subsunção normativa com amparo em fundamentos jurídicos diversos dos esposados pelo autor e refutados pelo réu. O julgador não viola os limites da causa quando reconhece os pedidos implícitos formulados na inicial, não estando restrito apenas ao que está expresso no capítulo referente aos pedidos, sendo-lhe permitido extrair da interpretação lógico - sistemática da peça inicial aquilo que se pretende obter com a demanda, aplicando o princípio da equidade. (...) (AgInt no AREsp 1152145/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 07/06/2018, DJe 13/06/2018)

2) fungibilidade: o juiz pode conceder tutela diferente da que foi pedida pelo autor no caso das ações possessórias e das ações cautelares.

3) demandas que tenham objeto obrigação de fazer/não fazer: o juiz pode conceder tutela diversa da pedida pelo autor.

#ISTOÉUMPLUS: A inconstitucionalidade reflexa também é uma exceção ao princípio da adstrição. GABARITO: LETRA E

QUESTÃO 2

Ano: 2017 Banca: TRF - 2ª Região Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto

Sobre o direito intertemporal, considere as normas do Código de Processo Civil e o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e assinale a opção correta:

a) As disposições do CPC-2015 devem ser aplicadas imediatamente após a sua entrada em vigor a todos os processos em tramitação.

ERRADO.

A alternativa está errada ao dizer que se aplica a todos os processos em tramitação. O Novo Código exclui a sua aplicação nos processos que observam o procedimento sumário ou procedimento especial revogado pelo CPC, de modo que nesses dois casos aplica-se o CPC de 1973.

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pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.

§ 1º As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e

aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas

até o início da vigência deste Código.

b) São cabíveis honorários sucumbenciais recursais somente contra decisões publicadas a partir da entrada em vigor do novo código.

CORRETO.

A alternativa está de acordo com o entendimento do STJ, que inclusive editou enunciado administrativo sobre o tema:

Enunciado administrativo nº 7 do STJ: “Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir de 18 de março de 2016, será possível o arbitramento de honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do novo CPC.”

Pessoal, essa alternativa está com a redação um pouco truncada e por isso foi alvo de recurso administrativo. Na verdade os honorários sucumbenciais recursais são cabíveis nos recursos interpostos contra decisões publicadas a partir da entrada em vigor do NCPC. A alternativa esqueceu da expressão “nos recursos interpostos”, mas mesmo assim a questão não foi anulada.

#DIZERODIREITO:

Para fins de arbitramento de honorários advocatícios recursais, previstos no § 11 do art. 85 do CPC/2015, é necessário o preenchimento cumulativo dos seguintes requisitos:

1) Direito Intertemporal: a decisão contra a qual se recorre deve ter sido publicada após 18/03/2016, nos termos do Enunciado administrativo 7 do STJ: “Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir de 18 de março de 2016, será possível o arbitramento de honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do novo CPC”;

2) o não conhecimento integral ou o improvimento do recurso pelo Relator, monocraticamente, ou pelo órgão colegiado competente;

3) a verba honorária sucumbencial deve ser devida desde a origem no feito em que interposto o recurso;

4) não haverá majoração de honorários no julgamento de agravo interno e de embargos de declaração oferecidos pela parte que teve seu recurso não conhecido integralmente ou não provido;

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5) não terem sido atingidos na origem os limites previstos nos §§ 2º e 3º do art. 85 do CPC/2015, para cada fase do processo;

6) não é exigível a comprovação de trabalho adicional do advogado do recorrido no grau recursal, tratando-se apenas de critério de quantificação da verba.

STJ. 3ª Turma. EDcl no AgInt no REsp 1573573/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 04/04/2017.

c) As disposições de direito probatório adotadas no novo código somente serão aplicadas aos processos instaurados a partir da sua entrada em vigor.

ERRADO.

O ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria do isolamento dos atos processuais ou princípio do efeito imediato ou, ainda, princípio do tempus regit actum, segundo o qual a nova legislação processual aplica-se imediatamente aos processos em curso, ou seja, a nova lei será aplicada aos atos processuais que ainda serão realizados, ficando válidos os atos já realizados conforme a lei anterior.

No caso das provas, o Código foi expresso em prever que será aplicado quanto às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da sua entrada em vigor, confirmando, assim, a teoria do isolamento dos atos processuais.

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de sua vigência.

d) No tema intertemporal, o CPC adotou o sistema puro do isolamento dos atos processuais.

ERRADO.

O sistema do isolamento dos atos processuais não foi adotado de forma pura, pois o NCPC prevê exceção no §1º do art. 1.046.

Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.

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§ 1º As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e

aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas

até o início da vigência deste Código.

e) No tema, o novo CPC adotou o sistema das fases processuais.

ERRADO.

Conforme mencionado o NCPC adotou o sistema do isolamento dos atos processuais. Vejamos os outros sistemas relacionados ao direito intertemporal:

Sistemas de aplicação da lei no tempo:

1) Unidade processual: o processo será regido até o fim pela lei que estava em vigor quando de seu início.

2) Sistema das fases processuais: cada fase processual será regida pela lei em vigor no momento em que a fase teve início. São fases processuais: a postulatória, a ordinatória, a de saneamento, a instrutória e a decisória.

3) Sistema do isolamento dos atos processuais ou princípio do efeito imediato ou princípio do tempus regit actum: a nova lei processual será aplicada imediatamente aos processos em curso, independentemente da fase processual. Serão válidos os atos já praticados sob a vigência da lei anterior. Os atos que ainda serão praticados observarão a lei nova.

GABARITO: LETRA B. QUESTÃO 3

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: CESPE - 2017 - DPE-AC - Defensor Público

No que se refere à jurisdição civil nacional, assinale a opção correta.

a) Pode ser de caráter administrativo ou judicial.

ERRADO.

No Brasil, a jurisdição não possui caráter administrativo, mas apenas judicial. O Direito brasileiro adotou o sistema da jurisdição una, ou seja, dentro da estrutura estatal apenas o Poder Judiciário possui o monopólio da função jurisdicional. No sistema da dualidade da jurisdição existem outros órgãos

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estatais que exercem a função jurisdicional exclusivamente sobre lides que envolvem a administração pública, chamando-se essa jurisdição de jurisdição administrativa.

b) A desconstituição de uma sentença transitada em julgado por meio de ação rescisória é um exemplo de exercício dessa jurisdição.

CORRETO.

A ação rescisória é uma ação judicial que tramita perante o Poder Judiciário, de modo que nada mais é do que um exemplo de exercício da jurisdição estatal. Outrossim, trata-se de jurisdição civil, pois não trata de direito penal. A desconstituição de sentença transitada em julgado no âmbito penal se dá através de ação de revisão criminal e não de ação rescisória.

c) Em decorrência do princípio da inevitabilidade, essa jurisdição não alcança a todos os indivíduos.

ERRADO.

Pelo contrário, o princípio da inevitabilidade afirma justamente que levada uma lide ao judiciário os sujeitos que compõem tal conflito passam a ser parte da relação jurídica processual, devendo suportar os efeitos da decisão judicial, não podendo se negar por própria vontade a fazer parte do processo.

d) O exercício dessa jurisdição inclui a expedição de cartas rogatórias, responsáveis por determinar que os órgãos jurisdicionais brasileiros cumpram atos processuais.

ERRADO.

De fato, a expedição de cartas rogatórias faz parte do exercício da jurisdição, todavia elas são dirigidas a órgão jurisdicional estrangeiro e não brasileiro como menciona a alternativa. As cartas de ordem e precatória é que são dirigidas a órgão jurisdicional brasileiro para que pratique ou determine o cumprimento de ato relativo a pedido de cooperação judiciária.

Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial.

§ 1º Será expedida carta para a prática de atos fora dos limites territoriais do tribunal, da comarca, da seção ou da subseção judiciárias, ressalvadas as hipóteses previstas em lei.

§ 2º O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede.

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§ 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.

Art. 237. Será expedida carta:

I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2º do art. 236;

II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;

III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão jurisdicional de competência territorial diversa;

IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.

Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual da respectiva comarca.

e) Trata-se de direito inerente e exclusivo dos cidadãos brasileiros.

ERRADO.

A jurisdição não é um direito, podendo ser conceituada como “a atuação estatal visando à aplicação do direito objetivo ao caso concreto, revolvendo-se com definitividade uma situação de crise jurídica e gerando com tal solução a pacificação social”2. Outrossim, a jurisdição não se aplica exclusivamente aos

cidadãos brasileiros, mas também aos estrangeiros, desde que a situação se enquadre nas previsões de competência do NCPC, assim vejamos:

Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;

II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.

2 Neves, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel Amorim Assumpção Neves – 8 ed. – Salvador. Ed. JudPodivm, 2016.

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Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.

Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando:

a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;

b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;

II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;

III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

GABARITO: LETRA B. QUESTÃO 4

Ano: 2018 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2018 - UEM - Advogado

São elementos da ação:

a) possibilidade jurídica do pedido, legitimidade ad causam e interesse processual. b) legitimidade ad causam e interesse processual.

c) partes, causa de pedir e pedido.

d) partes, causa de pedir e interesse processual. e) partes, legitimidade ad causam e causa de pedir.

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#COMENTÁRIOS:

• São elementos da ação: partes, causa de pedir e pedido.

• São condições da ação: legitimidade ad causam, possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir. O NCPC não utiliza as expressões “condição da ação” e “carência da ação” utilizadas pelo CPC/73. Todavia, ainda há menção à legitimidade de agir, ao interesse de agir e à possibilidade jurídica do pedido, em momento e lugar distintos. Legitimidade ad causam e interesse de agir passam a ser utilizados em “Pressupostos processuais” (permitem decisão de inadmissibilidade) e a possibilidade jurídica do pedido no estudo da “Improcedência liminar”.

GABARITO: LETRA C. QUESTÃO 5

Ano: 2018 Banca: INAZ do Pará Órgão: CORE-MS Prova: INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico

Ao longo do tempo, várias teorias surgiram a respeito da natureza jurídica da ação e da sua relação de dependência com o direito de ação.

A teoria expressamente consagrada pelo Código de Processo Civil que defende que a existência do direito de ação não depende da existência do direito material, mas sim das condições da ação, é:

a) Teoria eclética.

b) Teoria abstrata do direito de ação. c) Teoria concreta da ação.

d) Teoria imanentista.

#COMENTÁRIOS:

A teoria adotada pelo Novo CPC e também pelo CPC de 1973 é a teoria eclética criada por Liebman. Vejamos abaixo um resumo das principais teorias do direito de ação, assunto de fundamental conhecimento para qualquer prova de concurso!

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Teorias do Direito de Ação

Teoria imanentista/civilista - o direito de ação é o próprio direito material em movimento,

consequência da manifestação do direito material, ou seja, não existe um direito de ação autônomo. Se trata de um mesmo direito em diferentes estados (estático – material; em movimento – processual). O direito de ação é um poder do indivíduo contra seu adversário. Há muito tempo essa teoria já foi superada.

Teoria concreta da ação/do direito concreto de ação - Criada por Wach na Alemanha. De acordo

com essa teoria o direito de ação corresponde ao direito a um julgamento PROCEDENTE de mérito, ou seja, para existir o direito processual depende do direito material (são direitos autônomos, mas não são independentes). Trata-se de um direito do indivíduo contra o Estado e ao mesmo tempo um direito contra o adversário, que estará submetido à decisão estatal e aos seus efeitos jurídicos.

Teoria da ação como direito potestativo - Desenvolvida por Chiovenda, é uma ramificação da

teoria concreta. Para essa concepção, a ação configura um direito autônomo, diverso do direito material; mas o direito de ação não é um direito subjetivo (porque não lhe corresponde a obrigação do Estado) e muito menos de natureza pública. Dirige-se contra o adversário, correspondendo-lhe a sujeição. Salienta-se que o direito de ação Salienta-se exaure com o Salienta-seu exercício.

Teoria do direito abstrato / Teoria abstrata do direito de ação - considera autônomos e

independentes o direito de ação e o direito material. Assim, o direito de ação é o direito abstrato de obter um pronunciamento do Estado, ou seja, o direito de provocar a atuação do Estado-Juiz. Para essa teoria o direito de ação é abstrato, amplo, genérico e incondicionado, não existindo nenhum requisito que precise ser preenchido para sua existência. Os abstrativistas negam a existência das condições da ação.

Teoria eclética/mista – criada por Enrico Tullio Liebman. Adotada pelo NCPC e pelo CPC de 1973,

de acordo com a maior parte da doutrina, por todos Daniel Neves. De acordo com essa teoria o direito de ação corresponde ao direito a um julgamento de mérito da causa (não importa se favorável ou desfavorável), todavia esse julgamento de mérito fica sujeito ao preenchimento das condições da ação. Assim, o direito de ação não depende da existência do direito material correlato, mas sim da existência das condições da ação.

Essa teoria diferencia o direito de petição (incondicional e irrestrito – direito de ação no plano constitucional) do direito de ação (que depende do preenchimento das condições da ação).

Para essa teoria não importa o momento em que as condições da ação são analisadas, pois se o processo for extinto por falta de uma delas não haverá julgamento de mérito, logo não haverá direito processual de ação. Haverá apenas o direito de petição, ou direito constitucional de ação, que é o direito

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de obter uma manifestação de qualquer órgão do poder público. O art. 485, VI, do NCPC comprova a adoção da teoria eclética: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

(...)

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

Teoria da asserção – também conhecida por teoria della prospettazione, é considerada uma teoria

intermediária entre a abstrata pura e a eclética. De acordo com essa teoria as condições da ação devem ser analisadas in status assertionis, ou seja, a partir das alegações trazidas pelo autor da demanda na petição inicial. Dessa forma, verificada a ausência de alguma das condições da ação, o processo deverá ser extinto sem julgamento do mérito por carência de ação, ou seja, entende essa teoria que ausentes as condições da ação não haverá direito de ação. Nesse aspecto a teoria em nada difere da teoria eclética. Contudo, se o magistrado necessitar de uma cognição mais aprofundada para concluir ou não pela carência de ação, as condições da ação passam a ser entendidas como matéria de mérito, de forma que o processo será extinto com o julgamento de mérito, gerando coisa julgada material.

#SELIGANAJURIS: Esta teoria tem ampla aceitação no STJ.

5. Tem prevalecido na jurisprudência do STJ o entendimento de que a aferição das condições da ação deve ocorrer in status assertionis, ou seja, à luz das afirmações do demandante (Teoria da Asserção). Nesse sentido: AgRg no AREsp 205.533/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 8/10/2012; AgRg no AREsp 53.146/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 5/3/2012; REsp 1.125.128/RJ, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe 18/9/2012.

Importantes consequências da teoria da asserção: diminuição da quantidade de sentenças

terminativas por carência de ação (serão substituídas por sentenças de improcedência, caso as condições da ação sejam analisadas levando em consideração fatos trazidos por outra parte que não o autor) e a perda da natureza de condições da ação após a citação do réu, pois passam a ser enfrentadas no mérito, de forma que deixam de ser matéria de ordem pública, estando sujeitas, portanto, à preclusão.

Crítica: a teoria da asserção não pode modificar a natureza das condições da ação a depender dos

momentos em que elas são analisadas.

#ATENÇÃO: Conforme entendimento do Fredie Didier, a teoria da asserção se aplica mesmo após

a apresentação da defesa pelo réu. Ele dá o exemplo do réu que alegue a carência da ação, falta de legitimidade ativa ad causam. Se o juiz examinar essa alegação apenas a partir da afirmação feita pelo autor, a teoria da asserção está a ser aplicada. Não é, pois, o momento que a caracteriza, mas, sim, a

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produção ou não de prova para a verificação do preenchimento das condições da ação.

GABARITO: LETRA A.

5 QUESTÕES DO BANCO CICLOS

QUESTÃO 6

Sobre as normas fundamentais do Processo Civil, assinale a alternativa correta:

a) Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida e isso se aplica quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante.

ERRADA.

A assertiva em sua primeira parte está correta ao mencionar o princípio da proibição da surpresa das decisões. Todavia, cita um exemplo de exceção ao dito princípio, presente no parágrafo único do art. 9º do NCPC:

Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese

firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.

b) Os juízes e os tribunais atenderão, obrigatoriamente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.

(18)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

ERRADO.

O Código prevê expressamente que os juízes e tribunais atenderão PREFERENCIALMENTE à ordem cronológica de conclusão. Logo, não se trata de observância obrigatória conforme diz a assertiva, o que a torna incorreta.

Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.

#ISTOÉUMPLUS: Enunciados da ENFAM e FPPC sobre o assunto:

Enunciado 382, FPPC - (art. 12) No juízo onde houver cumulação de competência de processos dos juizados especiais com outros procedimentos diversos, o juiz poderá organizar duas listas cronológicas autônomas, uma para os processos dos juizados especiais e outra para os demais processos. (Grupo: Poderes do juiz)

Enunciado 32, ENFAM- O rol do art. 12, § 2º, do CPC/2015 é exemplificativo, de modo que o juiz poderá, fundamentadamente, proferir sentença ou acórdão fora da ordem cronológica de conclusão, desde que preservadas a moralidade, a publicidade, a impessoalidade e a eficiência na gestão da unidade judiciária.

Enunciado 33, ENFAM- A urgência referida no art. 12, § 2º, IX, do CPC/2015 é diversa da necessária para a concessão de tutelas provisórias de urgência, estando autorizada, portanto, a prolação de sentenças e acórdãos fora da ordem cronológica de conclusão, em virtude de particularidades gerenciais da unidade judicial, em decisão devidamente fundamentada.

Enunciado 34, ENFAM- A violação das regras dos arts. 12 e 153 do CPC/2015 não é causa de nulidade dos atos praticados no processo decidido/cumprido fora da ordem cronológica, tampouco caracteriza, por si só, parcialidade do julgador ou do serventuário.

c) A solução consensual dos conflitos será medida excepcional a ser adotada.

ERRADO.

A solução consensual dos conflitos não será medida excepcional, devendo ser sempre incentivada pelos juízes, advogados, defensores públicos e membros do MP, podendo ocorrer antes do processo judicial, ou durante.

Art.3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. §1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.

(19)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

§2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.

§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

d) A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

CORRETO.

A alternativa apresenta a redação do art. 14 do NCPC, que trata do princípio do isolamento dos atos processuais, ou tempus regit actum.

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

GABARITO: LETRA D. QUESTÃO 7

Acerca da jurisdição e da ação, assinale a alternativa correta:

a) carece de interesse o autor da ação que se limita a pleitear a declaração da autenticidade de documento.

ERRADO.

Não carece de interesse o autor que pleiteia a declaração de autenticidade de documento, estando inclusive prevista no NCPC essa possibilidade de ação declaratória:

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento.

(20)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

normativa, desde que demonstrado interesse.

ERRADO.

Só é permitido pleitear direito alheio em nome próprio com autorização normativa. Trata-se de legitimação extraordinária ou substituição processual.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

c) é inadmissível a ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação do direito.

ERRADO.

De acordo com o art. 20 do NCPC, é sim possível a ação meramente declaratória mesmo que tenha ocorrido violação do direito. Trata-se de uma opção do autor ingressar com ação declaratória ou condenatória.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. Caso emblemático: jornalista Vladimir Herzog. O laudo informava que o judeu havia se suicidado, e para o judeu o suicídio é um ilícito. Assim, Clarisse Herzorg, esposa do jornalista, ingressou com ação declaratória contra a União, visando a declaração de responsabilidade do ente pela morte do seu marido. Perceba-se que já havia a possibilidade de proposição de ação condenatória. A União alegou que não havia interesse. O juízo de primeiro grau deferiu o pleito, declarando a responsabilidade da União pela morte do jornalista. Depois, Clarice resolveu pedir indenização com base na sentença.

A sentença meramente declaratória nos casos do art. 20, do NCPC, pode ser executada tal qual uma sentença condenatória? É tão título executivo quanto a condenatória? Sim. Sempre que a sentença é declaratória, mas reconhece um direito a uma prestação, ela é um título executivo. Ex.: uma sentença declaratória que afirma que o autor deve sim ao Fisco; o Fisco pode executar; é um risco que se corre.

O direito à declaração não prescreve, mas o direito à prestação sim. Ação meramente declaratória ajuizada quando já poderia ter sido ajuizada uma ação condenatória não interrompe a prescrição. Isso porque não houve comportamento do credor que revelasse a sua vontade de buscar a efetivação da prestação. E todos os fatos interruptivos da prescrição se justificam em um comportamento do credor direcionado ao cumprimento da prestação pelo sujeito passivo.

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

(21)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;

Pouco importa a natureza da decisão, de condenatória ou meramente declaratória.

Súmula 242 STJ - Cabe ação declaratória para reconhecimento de tempo de serviço para fins previdenciários.

Os efeitos da sentença declaratória são ex tunc (só declara o que já existe). Exceção: art. 27 da Lei 9.868/99, que permite a modulação temporal dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade.

d) o interesse do autor pode se limitar à declaração do modo de ser de uma relação jurídica.

CORRETO.

A alternativa reflete o texto do art. 19 do NCPC, logo está correta. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento.

e) havendo substituição processual, ao substituído não será admitido intervir como assistente litisconsorcial.

ERRADO.

A questão contraria o previsto no parágrafo único do art. 18 do CPC, logo está errada.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

GABARITO: LETRA D. QUESTÃO 8

(22)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

É admissível a juntada de documentos novos, inclusive na fase recursal, desde que não se trate de documento indispensável à propositura da ação, inexista má-fé na sua ocultação e seja observado o princípio do contraditório.

CORRETO.

A questão traz previsão do CPC, diretamente relacionada ao contraditório e à boa-fé na relação processual:

Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.

QUESTÃO 9

Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra, processar e julgar as ações decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil.

ERRADO.

A alternativa está em desacordo com o art. 22 do CPC.

Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando:

a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;

b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;

II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.

(23)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

#NÃOCONFUNDA #SELIGANAJURIS: A Justiça brasileira é absolutamente incompetente para

processar e julgar demanda indenizatória fundada em serviço fornecido de forma viciada por sociedade empresária estrangeira a brasileiro que possuía domicílio no mesmo Estado estrangeiro em que situada a fornecedora, quando o contrato de consumo houver sido celebrado e executado nesse local, ainda que o conhecimento do vício ocorra após o retorno do consumidor ao território nacional. A vulnerabilidade do consumidor, ainda que amplamente reconhecida em foro internacional, não é suficiente, por si só, para alargar a competência da justiça nacional prevista nos arts. 21 a 23 do CPC 2015. Nas hipóteses em que a relação jurídica é firmada nos estritos limites territoriais nacionais, ou seja, sem intuito de extrapolação territorial, o foro competente, aferido a partir das regras processuais vigentes no momento da propositura da demanda, não sofre influências em razão da nacionalidade ou do domicílio dos contratantes, ainda que se trate de relação de consumo. STJ. 3ª Turma. REsp 1.571.616-MT, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 5/4/2016 (Info 580).

QUESTÃO 10

Assinale a alternativa CORRETA:

a) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do autor.

ERRADO.

Nas hipóteses previstas na assertiva o foro competente é o de domicílio do réu.

Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.

b) A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.

ERRADO.

A alternativa traz a definição de compromisso arbitral (art. 9º da Lei 9.307/1996). A cláusula compromissória, por sua vez, é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

(24)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.

c) Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

ERRADO.

O NCPC pacificou a polêmica relativa a esse tema, afirmando que o ato praticado antes do termo inicial do prazo é considerado TEMPESTIVO.

Art. 218. (...) §4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. d) No mandado de segurança, os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença.

CORRETO.

A redação apresenta o teor do art. 7º, §3º da Lei 12.016/2009.

Art. 7º. (...) §3º Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença.

GABARITO: LETRA D.

5 QUESTÕES INÉDITAS MÚLTIPLA ESCOLHA

QUESTÃO 11

São características da jurisdição, exceto:

a) imparcialidade.

ERRADO.

A imparcialidade é uma das características da jurisdição e segundo ela o órgão jurisdicional que solucionar a lide deverá ser neutro em relação as partes, não podendo ser tendencioso.

(25)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

ERRADO.

A definitividade também é uma característica da jurisdição, sendo a principal diferença entre as decisões de âmbito administrativo e de âmbito jurisdicional. As decisões jurisdicionais são definitivas, pois acobertadas pelo manto da coisa julgada, o que garante a segurança jurídica.

Importante ressaltar que essas decisões podem ser modificadas dentro da própria seara jurisdicional nos casos de ação rescisória ou anulatória ou ação de nulidade de sentença arbitral.

c) regular contraditório

ERRADO.

O regular contraditório também é uma característica da jurisdição, sendo um pressuposto para a definitividade das decisões. Importante ressaltar que nos casos previstos no parágrafo único do art. 9º do CPC, o contraditório é postergado, mas não inexistente.

d) indeclinabilidade

ERRADO.

A indeclinabilidade é uma característica da jurisdição e significa que o órgão jurisdicional não pode se eximir de julgar a questão posta em juízo, alegando lacuna ou obscuridade, devendo nesses casos aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito, ou alegando falta de provas. Trata-se da proibição do non liquet.

e) delegabilidade

CORRETO.

É a resposta correta para a questão, pois NÃO consiste em uma característica da jurisdição. Na verdade a jurisdição é indelegável, não podendo ser transferida por aqueles a quem a lei ou as partes não incumbiram da heterocomposição.

GABARITO: LETRA E. QUESTÃO 12

(26)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

Assinale a alternativa errada, no que tange à ação no processo civil:

a) no plano constitucional o direito de ação é ilimitado.

b) no plano processual o direito de ação é limitado pelos pressupostos processuais e condições da ação.

c) entende-se atualmente que o direito de ação e o direito material subjacente são autônomos. d) não há processo sem que haja partes tanto no polo ativo, quanto no polo passivo.

e) o pedido divide-se em mediato e imediato. Sendo o primeiro o bem da vida almejado, ou seja, o efetivo objetivo que se pretende com a ação, ex: dinheiro. Enquanto que o imediato corresponde ao tipo de pronunciamento jurídico desejado, ex: sentença condenatória.

#COMENTÁRIOS:

a) no plano constitucional o direito de ação é ilimitado.

CORRETO.

Entende-se que no plano constitucional o direito de ação é ilimitado, pois corresponde ao direito de petição previsto no art. 5º, inciso XXXIV, alínea a, da Constituição Federal. Sendo assim, o direito de ação corresponde à possibilidade de apresentar reclamação a qualquer órgão público.

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

b) no plano processual o direito de ação é limitado pelos pressupostos processuais e condições da ação.

CORRETO.

Já no plano processual a doutrina entende que o direito de ação é limitado pelos pressupostos de admissibilidade do processo, que são os pressupostos processuais e as condições da ação.

(27)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

Importante lembrar que essa diferenciação entre direito de ação processual e constitucional leva em consideração a teoria eclética de Liebman, que é a teoria adotada no Brasil, conforme visto anteriormente.

c) entende-se atualmente que o direito de ação e o direito material subjacente são autônomos.

CORRETO.

Há muito foi superada a ideia de dependência entre o direito de ação e o direito material. Atualmente a teoria eclética adotada em nosso ordenamento entende pela independência entre o direito de ação e o direito material, sendo plenamente possível a existência de um e a ausência do outro.

d) não há processo sem que haja partes tanto no polo ativo, quanto no polo passivo.

ERRADO.

A assertiva está errada, pois é sim possível a existência de processo sem partes do polo passivo, como no caso das ações de controle concentrado de constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF) e em alguns feitos de jurisdição voluntária como por exemplo no pedido de alvará para alienação de bens de incapazes.

e) o pedido divide-se em mediato e imediato, sendo o primeiro o bem da vida almejado, ou seja, o efetivo objetivo que se pretende com a ação, ex: dinheiro; enquanto que o imediato corresponde ao tipo de pronunciamento jurídico desejado, ex: sentença condenatória.

CORRETO.

A assertiva está correta explanando a diferença entre pedido mediado e imediato.

GABARITO: LETRA E. QUESTÃO 13

No que concerne à teoria da substanciação da causa de pedir assinale a alternativa correta:

a) não é adotada no ordenamento jurídico brasileiro. b) não está prevista expressamente no NCPC.

c) de acordo com referida teoria, a causa de pedir é composta pelos fatos e fundamentos jurídicos do pedido.

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FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

d) de acordo com referida teoria, a causa de pedir é composta apenas pelos fundamentos jurídicos do pedido.

#COMENTÁRIOS:

A teoria da substanciação da causa de pedir foi adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, estando expressamente prevista no art. 319, inciso III, do NCPC. De acordo com essa teoria a causa de pedir é composta pelos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, sendo que os fatos jurídicos são também chamados de causa de pedir remota e os fundamentos jurídicos de causa de pedir próxima. Dessa forma, para uma causa de pedir ser igual a outra deve haver correspondência entre esses dois elementos, quais sejam, fatos e fundamentos jurídicos.

Art. 319. A petição inicial indicará: (...)

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

A teoria da individualização da causa de pedir, que contrapõe-se à teoria da substanciação da causa de pedir, afirma que a causa de pedir corresponde apenas ao direito afirmado em juízo, ou seja, ao fundamento jurídico.

De acordo com o exposto resta evidente que o gabarito da questão é a letra C, pois é a única alternativa que apresenta informação correta a respeito da teoria em tela.

GABARITO: LETRA C. QUESTÃO 14

São pressupostos processuais de existência do processo:

a) órgão investido de jurisdição, capacidade de ser parte e demanda b) órgão investido de jurisdição, capacidade processual e demanda c) capacidade processual, demanda e imparcialidade

d) competência, imparcialidade e capacidade postulatória e) interesse de agir, petição inicial apta e citação válida

(29)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

#COMENTÁRIOS: Segue um resumo dos pressupostos processuais feito com base no livro de

Daniel Neves:

» Pressupostos processuais: podem ser de existência, validade ou eficácia.

Pressupostos de existência:

a) órgão investido de jurisdição; (Pressuposto subjetivo do juiz)

b) Capacidade de ser parte (personalidade processual) (pressuposto subjetivo da parte) c) Petição inicial (demanda); (Pressuposto objetivo intrínseco)

Pressupostos de validade: a) Subjetivos:

a.1) Subjetivos da parte: • capacidade processual • capacidade postulatória

a.2) Subjetivos do Juiz: • Competência

• Imparcialidade

b) Objetivos:

b.1) Extrínsecos:

• negativos (impedimentos processuais – coisa julgada, litispendência, transação, convenção de arbitragem, ausência de pagamento de custas em demanda idêntica extinta) • positivos (interesse de agir)

b.2) Intrínsecos: • Petição inicial apta • citação válida • regularidade formal

(30)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

01. Pressupostos processuais subjetivos

1.1 Pressupostos processuais subjetivos do juiz

• Investidura - órgão investido de jurisdição – pressuposto de existência do processo. • Imparcialidade – pressuposto de validade

1.2. Pressupostos processuais subjetivos das partes

• Capacidade de ser parte (legitimatio ad causam) (personalidade judiciária ou personalidade jurídica) - pressuposto de existência. Capacidade de gozo e exercício de direitos e obrigações (art. 1º do Cc), todo sujeito.

• Capacidade de estar em juízo (legitimatio ad processum) - Pressuposto processual de validade. Vício sanável.

# OBS.: Os cônjuges são civilmente capazes. São, portanto, também processualmente capazes. Essa é a regra. A lei, no entanto, retira a aptidão para a prática de determinados atos processuais (polo ativo de demanda real imobiliária precisa do consentimento do outro, a não ser que o imóvel esteja fora da comunhão). Nesses casos, embora capazes, faltar-lhes-ia legitimidade processual (ad processum).

• Capacidade postulatória: Pressuposto processual de validade. As partes precisam ser assistidas por DP ou Advogado. É dispensado em alguns casos: Juizados, ADI/ADC, HC. Ato praticado por advogado sem procuração nos autos: ineficaz.

Art. 104. (...) § 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

02. Pressupostos processuais objetivos

2.1 Pressupostos processuais objetivos extrínsecos: Pressupostos de validade. Analisados fora da relação jurídica processual. Existem os negativos, pois precisam estar ausentes da relação processual para que ela seja válida, também chamados de impedimentos processuais. São eles:

• Coisa julgada material. #OBS.: a doutrina majoritária entende que nesse caso é pressuposto processual de validade, o que inclusive é corroborado pelo art. 966, IV, NCPC, que prevê a ação rescisória contra decisão que afronta a coisa julgada. Logicamente só é possível rescindir uma ação que exista, logo trata-se de pressuposto processual de validade.

Mas a doutrina minoritária entende que se trata de pressuposto processual de existência, porque a decisão que afronta a coisa julgada é tão viciada que não reúne elementos mínimos para existir, nesse sentido Nelson Nery e Arruda Alvin. Inclusive a 3ª Turma do STJ entende nesse sentido ao decidir que a

(31)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

2ª sentença com trânsito em julgada é inexistente por ferir a coisa julgada. • Litispendência

• Perempção • Transação

• Convenção de arbitragem

• Ausência de pagamento de custas processuais em demanda idêntica extinta anteriormente por sentença terminativa (art. 486, §2º, NCPc).

• E também existem pressupostos objetivos extrínsecos positivos, isto é, que devem existir para que o processo seja válido a exemplo do interesse de agir.

o Interesse de agir: (pressuposto objetivo extrínseco positivo) é uma condição da ação que se preenche através da observância da utilidade (que o processo pode propiciar algum tipo de proveito ) e da necessidade do processo.

2.2. Pressupostos processuais objetivos intrínsecos: analisados dentro da relação processual. • Demanda – ato de demandar, ir a juízo. Pressuposto processual de existência.

• Petição inicial apta - Pressuposto processual de validade. Art. 330, § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

• Citação válida - Pressuposto processual de validade. A citação possui 2 propósitos: comunicar e convocar. E possui dupla natureza: condição de eficácia do processo em relação ao réu e requisito de validade da sentença contra o réu. Em alguns casos a citação é dispensável – ex: arts. 330 e 332 NCPC. • Regularidade formal - Pressuposto processual de validade.

Ante o exposto a última alternativa que apresenta apenas pressupostos de existência do processo é a de letra A.

(32)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

QUESTÃO 15

Assinale a alternativa errada:

a) de acordo com o tipo de tutela jurisdicional requerida, as ações são classificadas em ação de conhecimento, ação cautelar e ação de execução.

CORRETO.

De acordo com o tipo de tutela jurisdicional requerida, a doutrina classifica as ações em: a) Ação de conhecimento: pede-se o reconhecimento/certificação de direito.

b) Ação cautelar: pede-se a proteção de um direito. c) Ação de Execução: pede-se a efetivação do direito.

Hoje a ideia é de que as ações têm mais de um propósito, servindo a mais de um tipo de tutela. Por isso hoje se fala muito no termo Ação Sincrética, pois há uma mistura dos tipos de tutela.

b) as ações de conhecimento são classificadas em condenatórias, constitutivas e declaratórias.

CORRETO.

As ações de conhecimento se dividem em:

a) condenatória: visa o reconhecimento e efetivação de um direito a uma prestação (obrigação de fazer, não fazer ou dar dinheiro ou coisa). No Brasil, desde 2005, todas as ações que envolvem prestação são condenatórias e também sincréticas.

b) constitutivas: tem o objetivo de obter a certificação e efetivação de um direito potestativo. c) declaratória: tem por objeto o reconhecimento da existência, inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica ou a declaração de autenticidade ou da falsidade de documento. Busca-se a solução de uma incerteza, por meio de declaração judicial e não a prestação de um direito (prescrição) ou a afirmação de um direito potestativo (decadência). Por isso, diz-se que são imprescritíveis. Ex.: ação de usucapião, ação de consignação em pagamento, ação declaratória de união estável, ação declaratória de inexistência de relação jurídica (muito comum no âmbito tributário), a ADC.

c) de acordo com os fundamentos jurídicos, a ação pode ser classificada em real, pessoal ou possessória.

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FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

CORRETO.

De acordo com os fundamentos jurídicos, isto é, com a causa de pedir próxima, a doutrina classifica as ações em:

a) ação real: o fundamento jurídico é um direito real;

b) ação pessoal: o fundamento jurídico é um direito pessoal; c) ação possessória: o fundamento jurídico é o direito de posse. d) antes da citação não existe relação jurídica processual.

ERRADO.

De acordo com a formação gradual do processo, mesmo antes da citação já existe relação jurídica processual, todavia esta é angular (apenas entre o Estado-juiz e o autor). Essa relação se torna completa com a citação do réu, tornando-se triangular. Em suma, a relação jurídica processual se forma gradualmente, primeiro entre o Estado e o autor, e em seguida há a integração do réu, completando a relação.

e) o NCPC adotou a dinamicidade do interesse de agir e da legitimidade.

CORRETO.

De acordo com a dinamicidade da legitimidade e do interesse de agir, esses elementos devem ser verificados continuamente nas relações processuais. O CPC/73 trazia uma percepção estática destes requisitos, acreditando ser possível a sua alteração tão somente nos momentos da propositura e da contestação da ação

Art. 3º, CPC/73. Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.

Já no NCPC (art. 17) adotou-se a dinamicidade da legitimidade e do interesse, podendo variar a qualquer tempo, no âmbito do processo judicial.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

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FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

5 QUESTÕES INÉDITAS CERTO/ERRADO

QUESTÃO 16

A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, mas não poderá ser estimulado pelos juízes, a fim de não violar o princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição.

ERRADO.

O Novo Código Civil tem como um de seus pilares a valorização das formas alternativas de solução de conflitos, ou seja, a possibilidade de as partes chegarem a um acordo por outras vias que não a judicial. Dessa forma o NCPC previu expressamente a atividade dos mediadores e conciliadores, além disso determinou que os métodos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados pelos advogados, defensores públicos, membros do Ministério Público e também pelos juízes, não havendo que se falar em violação ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, pois o magistrado não se furta a decidir, mas apenas estimula que as partes cheguem a um acordo que seja vantajoso e satisfatório para ambas.

#ISTOÉUMPLUS: Sistema multiportas de solução dos conflitos: significa a possibilidade de solucionar

o conflito por outros meios que não através do processo judicial, de forma que é possível que as partes optem para solucionar a lide através da conciliação ou da mediação, não sendo a via judicial a única disponível. Há assim uma abertura do sistema de acesso à justiça.

QUESTÃO 17

O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

CORRETO.

A assertiva está correta, pois reflete a redação do art. 10 do NCPC. O NCPC consagrou o princípio da proibição da surpresa das decisões, de modo que antes de decidir o juiz precisa dar oportunidade às partes para se manifestar, mesmo que se tratar de matéria de ordem pública, ou seja, matérias em relação às quais o juiz pode decidir de ofício.

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FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

pelas partes, mas para decidir o magistrado precisa oportunizar às partes que se manifestem sobre o fundamento da decisão.

Atenção para as exceções previstas no art. 9º:

Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à tutela provisória de urgência;

II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701.

QUESTÃO 18

A ação proposta perante tribunal estrangeiro induz litispendência. Consequentemente, obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas.

ERRADO.

A assertiva se opõe ao que dispõe o art. 24 do NCPC, vejamos:

Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.

Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.

Assim, não esqueça que ação que tramita em tribunal estrangeiro NÃO induz litispendência no Brasil, podendo ser submetida ao judiciário brasileiro idêntica questão, ressalvados os casos previstos em tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.

Importante atentar também para o parágrafo único que afirma que a sentença estrangeira pode ser homologada no Brasil, mesmo que a questão seja objeto de processo judicial no Brasil.

ISTOÉUMPLUS: Somente com o trânsito em julgado de ação nacional é que se obsta a homologação

de sentença estrangeira. E somente com o trânsito em julgado da homologação é que se obsta a propositura de ação nacional com o mesmo objeto.

(36)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

GABARITO

QUESTÃO 19

A jurisdição não é monopólio do Estado. ERRADO.

Muito importante atentar para a diferença entre jurisdição e exercício da jurisdição. A jurisdição é sim um monopólio do Estado, todavia o Estado pode autorizar que entes privados a exerçam, logo o exercício da jurisdição pode não ser um monopólio.

O Brasil optou por permitir que entes privados exerçam a jurisdição através da arbitragem, assim no Brasil o exercício da jurisdição NÃO é um monopólio do Estado. Mas a jurisdição é sim monopólio.

Vamos fazer uma breve revisão sobre o tema? #SELIGANATABELINHA:

JURISDIÇÃO

Conceito

Segundo Fredie Didier, jurisdição é função atribuída a um terceiro imparcial, para, mediante um processo, reconhecer, proteger e efetivar situações jurídicas concretamente deduzidas, de modo imperativo e criativo, em decisão

insuscetível de controle externo e com aptidão para coisa julgada.

#SELIGA: Jurisdição condicionada, também chamada de instância administrativa de curso forçado, é a imposição do exaurimento das instâncias administrativas previamente ao ajuizamento da ação. O texto constitucional

não impõe qualquer ressalva ou restrição ao acesso à jurisdição, assim as imposições que restrinjam esta garantia devem ter previsão constitucional ou passarem pelo crivo da proporcionalidade e dos princípios da máxima efetividade e mínima restrição dos direitos fundamentais. O único exemplo de jurisdição condicionada na Constituição está previsto no artigo 217, parágrafo primeiro, o qual determina o prévio esgotamento das instâncias da justiça desportiva para que seja possível o ajuizamento de ações que envolvam lides esportivas. Outros dois exemplos de jurisdição condicionada são encontrados na jurisprudência do STF e STJ, são eles: a constitucionalidade da necessidade de recusa administrativa ao acesso ou retificação da informação para que seja impetrado Habeas Data (HD 87 AgR, rel. a Min. Carmem Lúcia, j. em 25/11/2009) e a prévia negativa do pedido de benefício previdenciário ou omissão na análise do requerimento pelo INSS por mais de 45 dias, (nesses casos o requerimento administrativo prévio somente será dispensado se a pretensão fundada em tese notoriamente rejeitada pelo INSS).

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