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PARTE II ORGANIZAÇÃO DE RESPOSTA

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PARTE II – ORGANIZAÇÃO DE RESPOSTA

1. Conceito de actuação

O conceito de actuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa operação de emergência de protecção civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades dos diversos agentes, organismos e entidades intervenientes e identificando as respectivas regras de actuação. Em ordem a assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento, rápido e eficiente, dos recursos disponíveis será também pertinente tipificar as medidas a adoptar para resolver ou atenuar os efeitos decorrentes de um acidente grave ou catástrofe.

1.1 Comissões de Protecção Civil

As Comissões de Protecção Civil são os órgãos de coordenação em matéria de protecção civil, sendo compostas por elementos que auxiliam na definição e execução da política de protecção civil. As competências e a sua composição estão especificadas na Lei de Bases de Protecção Civil.

O local de funcionamento da Comissão Municipal de Protecção Civil é as instalações da Câmara Municipal do Sabugal, sito Praça da Republica. A Comissão Municipal de Protecção Civil dispõe de uma mesa de reuniões, de um sistema de comunicações composto por rádios e telemóveis e de ligações, via Internet, ao sistema de gestão de frota para emergência, estando ainda, em contacto directo com as entidades envolventes.

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2. Execução do Plano

As operações encontram-se organizadas de acordo com o Decreto-Lei 134/2006 de 25 de Julho que define, no ponto 1 do Art.º 1 que o Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro, adiante designado por SIOPS, é o conjunto de estruturas, normas e procedimentos que asseguram que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional.

2.1 Fase de Emergência

a) Tomar conhecimento da situação.

b) Activar a Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC).

c) Estabelecer prioridades, obtendo os meios e recursos necessários para o desenvolvimento das tarefas necessárias, tais como socorrer feridos, recolher mortos, restabelecer comunicações, desobstruir as vias de comunicação, combater incêndios, restabelecer as redes de abastecimento de água e energia eléctrica, alojar, alimentar e agasalhar desalojados.

d) Assegurar a manutenção da lei e da ordem e garantir a circulação nas vias de acesso necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das populações em risco.

e) Informar e dar instruções ao público através da rádio, divulgando avisos e medidas preventivas de auto-protecção para as populações.

f) Manter-se permanentemente informado sobre a evolução da situação por forma a promover uma actuação eficaz das forças intervenientes

g) Informar o CODIS da Guarda, relatando qual o tipo de acidente grave ou catástrofe, há quanto tempo ocorreu, as acções já tomadas, a área e o número de pessoas afectadas ou em risco, uma estimativa de perda de vidas e da extensão dos danos, o tipo e a quantidade de auxílio necessário uma vez esgotadas as capacidades próprias do Concelho.

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h) Coordenar todas as actividades de gestão dos recursos entre os vários Organismos de Apoio.

i) Disponibilizar as verbas necessárias para o financiamento das operações de emergência.

j) Promover a salvaguarda do património histórico e cultural 2.2 Fase de reabilitação

a) Promover as medidas necessárias à urgente normalização da vida das populações, procedendo ao restabelecimento dos serviços públicos essenciais, nomeadamente, o abastecimento de água, energia e comunicações.

b) Promover o regresso das populações e bens afectados.

c) Promover a demolição, desobstrução e remoção de destroços a fim de restabelecer a circulação e evitar o perigo de desmoronamentos.

d) Proceder à quantificação e análise dos danos elaborando um relatório sobre as operações realizadas.

3. Articulação e actuação de agentes, organismos e entidades

De acordo com o artigo 46º. da Lei de Bases de Protecção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho), são agentes de protecção civil:

a) Os corpos de bombeiros;

b) As forças de segurança;

c) As Forças Armadas;

d) As Autoridades Marítimas e Aeronáuticas

e) O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e demais serviços de Saúde;

f) Os sapadores florestais.

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A Cruz Vermelha Portuguesa exerce, em cooperação com os demais agentes e de harmonia com o seu estatuto próprio da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social.

Os Organismos e Entidades são todos os serviços e instituições, públicos ou privados, com dever especial de cooperação com os agentes de protecção civil ou com competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a atenuação e o socorro às pessoas, aos bens e ao ambiente. Entre eles contam-se:

 Associações humanitárias de bombeiros voluntários;

 Serviços de segurança;

 Instituto Nacional de Medicina Legal;

 Instituições de Segurança Social;

 Instituições com fins de socorro e de solidariedade;

 Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, indústria e energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente;

 Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas, dos portos e aeroportos.

3.1 Missão dos agentes de protecção civil

3.1.1 Fase de emergência

Corpos de bombeiros: desenvolvem acções relacionadas com a prevenção e o combate a incêndios, o socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um modo geral, em todos os acidentes, o socorro a náufragos e buscas subaquáticas, e o socorro e transporte de acidentados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar, no âmbito do sistema integrado de emergência médica.

Forças de segurança (GNR): actuam no sentido de preservação da segurança dos cidadãos e da protecção da propriedade, isolamento de áreas, controle de tráfego

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rodoviário e restrições de circulação, detecção, investigação e prevenção das actividades criminosas, operações de busca, salvamento e evacuação, operações de segurança no teatro de operações e abertura de corredores de emergência/evacuação.

Forças Armadas: colabora, de acordo com os planos próprios e disponibilidade de recursos, no apoio logístico às forças de protecção e socorro, na evacuação da população, na disponibilização de infra-estruturas e meios de engenharia, nas acções de busca e salvamento e apoio sanitário, na reabilitação de infra-estruturas danificadas, na instalação de abrigos e campos de deslocados, no abastecimento de água às populações e no reforço e/ou reactivação das redes de telecomunicações.

Autoridades marítimas e aeronáutica: a autoridade marítima é a entidade responsável pela execução da política de protecção civil em áreas de direito público marítimo, desempenhando funções nos domínios do alerta, aviso, intervenção, busca e salvamento, apoio e socorro; a autoridade aeronáutica (Instituto Nacional da Aviação Civil) é a entidade responsável pela promoção da segurança aeronáutica, competindo-lhe também participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de utilização do espaço aéreo, de busca e salvamento, de protecção civil, de planeamento civil de emergência e de segurança interna, bem como cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de acidentes e incidentes com aeronaves civis.

INEM e demais serviços de saúde: coordena todas as actividades de saúde em ambiente pré-hospitalar, a triagem e evacuações primárias e secundárias, a referenciação e transporte para as unidades de saúde adequadas, bem como a montagem de postos médicos avançados. Cabe também ao INEM a triagem e o apoio psicológico a prestar às vítimas no local da ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas.

Sapadores Florestais: realizam actividades de prevenção dos incêndios florestais, através de acções de silvicultura preventiva. Exercem ainda funções de vigilância,

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primeira intervenção e apoio ao combate a incêndios florestais e às subsequentes operações de rescaldo, sensibilização do público para as normas de conduta em matéria de acções de prevenção, do uso do fogo e da limpeza das florestas.

Cruz Vermelha Portuguesa: exerce a sua intervenção no âmbito do apoio, busca e salvamento, socorro, assistência sanitária e social, colaborando na evacuação, transporte de desalojados e ilesos, na instalação de alojamentos temporários bem como na montagem de postos de triagem, no levantamento de feridos e cadáveres, no apoio psicossocial e na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas.

3.1.2 Fase de reabilitação

Relativamente a esta fase, verifica-se que existe uma grande uniformidade, entre os vários agentes da Protecção Civil, nos objectivos alcançar. Estes prendem-se, essencialmente, à execução de todas as medidas necessárias a fim de haver uma normalização da vida das populações e neutralização dos efeitos provocados pelo acidente no meio, nomeadamente o restabelecimento das infra-estruturas.

Nesta medida, considera-se que esta fase se mantém até que todas as redes técnicas essenciais voltem próximo do normal.

A curto prazo, a reabilitação trata de repor as redes técnicas vitais de apoio à vida das populações.

A longo prazo – que pode durar anos – a reabilitação procura repor as condições existentes antes da catástrofe, tendo a preocupação de aproveitar a oportunidade para adoptar soluções que, na medida do possível, minimizem os efeitos de nova ocorrência

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3.2 Missão dos organismos e entidades de apoio

Os Organismos e Entidades de Apoio têm como função auxiliar numa situação de crise, tanto na emergência como na reabilitação do concelho. A fase da reabilitação cabe principalmente à Câmara Municipal do Sabugal, nomeadamente com o Departamento de Obras da Câmara Municipal do Sabugal, o Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal do Sabugal e o Departamento Administrativo e Financeiro da Câmara Municipal do Sabugal. Na fase de reabilitação podem intervir outras entidades de apoio, tais como:

Assembleia Municipal

 Colabora nas acções de informação e divulgação das medidas de auto-protecção das populações.

Autoridade de Saúde

 È responsável pela sanidade dos locais, incluindo a vacinação e, colaboração com a autarquia, promove desinfecções, desinfestações, ou incinerações;

 Coordena as acções de saúde pública, nomeadamente, o controlo de doenças transmissíveis;

 Organiza um registo das notas e informa as autoridades competentes.

Bombeiros Voluntários

 Procedem à busca e evacuação de feridos e recolha de mortos;

 Coordena as acções de busca e salvamento;

 Coordena as actividades de combate aos incêndios;

 Assegura a segurança da área sinistrada.

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Câmara Municipal de Sabugal

 É responsável por todas as acções de Protecção Civil a nível municipal;

 Disponibiliza meios humanos e materiais, ou requisita-os, se necessário para fazer face à situação de emergência.

Caminhos-de-Ferro Portugueses CP

 Informa o CMOEPC da operacionalidade das linhas que atravessam o concelho e disponibiliza, se necessário os meios ferroviários possíveis para a Constituição de Comboios tendo em conta a evacuação de pessoas e o transporte de roupas e alimentos;

 Garante, na medida do possível a organização de comboios sanitários.

Centro de Saúde

 Organizam e mantêm actualizadas listagens de médicos ou outros técnicos de saúde, tendo em conta as especialidades, local de residência, e todas as formas de contacto possíveis;

 Disponibilizam médicos, ou outros técnicos de saúde, que residam no concelho, no cumprimento das acções que lhes sejam distribuídas;

 Colaboram e reforçam as acções de prestação de cuidados de saúde e socorro nos postos de triagem, e nos hospitais de campanha bem como na prestação de cuidados de saúde.

Divisão de Obras

 Assegurar a obtenção de meios de transporte destinados à superação das necessidades operacionais e logísticas coordenando a sua utilização;

 Assegura com pessoal e equipamento, derrube de árvores, limpeza de ruas, viatura cisterna, limpeza de detritos e outros que possam afectar a circulação e a segurança dos cidadãos;

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 Assegura as transmissões às entidades mais directamente empenhadas nas operações;

 Faz executar, todas as obras que possam afectar a segurança dos cidadãos em geral e de circulação em particular,

 Vistoria e inspecciona construção e obras que possam afectar a segurança dos cidadãos.

EDP

 Restabelece, logo que possível, o fornecimento de energia eléctrica, a todas as entidades e Organismos intervenientes na emergência, e estabelece a energia nos hospitais de campanha, em campos de desalojados ou outros locais de acordo com as directrizes do CMOEPC.

Escolas

 Promovem a segurança e evacuação ordenada da população escolar;

 Disponibilizam as respectivas instalações sempre que o CMOEPC as solicite.

Escuteiros

 Prestam apoio com meios humanos e materiais, designadamente no alojamento de desalojados, na gestão de voluntários e benévolos, no isolamento de áreas, no movimento das populações, na triagem dos sinistrados, nos postos de socorro, nos hospitais de campanha e nas acções de busca e apoio aos salvamentos.

Gabinete Técnico Florestal (GTF)

 Planeia e estuda as operações de combate a incêndios florestais;

 Apoia outras acções de Protecção Civil.

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Guarda Nacional Republicana

A GNR cumpre todas as missões que legalmente lhe estão atribuídas no âmbito do da protecção e socorro, em conformidade com Directiva Operacional própria, potenciando permanentemente a sua actuação articulada no SIOPS;

 A GNR garante:

- A manutenção da Lei e da Ordem, salvaguardando também a actuação das outras entidades e organismos;

- A detecção, investigação e prevenção das actividades criminosas;

- O Controlo de tráfego, restrições ou condiciona a circulação e procede à abertura de corredores de emergência/evacuação para as forças de socorro;

 A GNR coordena e colabora:

- No isolamento de áreas e ao estabelecimento de perímetros de segurança em zonas e períodos críticos;

- Nos processos de identificação e credenciação de pessoal ligado às operações de socorro;

- Na evacuação e movimentação da população, com especial atenção para escolas, lares de idosos, serviços essenciais e pessoas com mobilidade reduzida;

-Na recepção e guarda dos espólios dos cadáveres;

 A GNR presta colaboração;

- Nas acções de aviso, alerta e mobilização de pessoal envolvido nas operações de socorro, bem como no aviso e alerta às populações;

- Nas acções de busca e salvamento;

Instituições de Solidariedade

 Apoiam as acções de organização de abrigos e de bem-estar das populações, de pesquisa de desaparecimento, de gestão de campos de desalojados e na distribuição de bens, roupa, e agasalhos.

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Instituto Estradas de Portugal

 Mantêm a CMOEPC informado do estado das estradas e seus condicionamentos;

 Procede à desobstrução e reparação dos itinerários necessários às acções de socorro e em caso de necessidade organiza itinerários alternativos;

 Reforçam meios da Câmara, na sua área de acção ou em outras em que seja necessária a sua colaboração;

 Colaboram nas acções de aviso e alerta às populações;

 Colaboram no levantamento de danos e na recolha de informações par avaliação da situação.

Juntas de Freguesia

 Cedem as suas instalações ou promovem contactos com outras Entidades ou Organismos da Freguesia para a cedência das suas instalações para a instalação do CMOEPC, para o alojamento de desalojados para escolha de roupa, alimentos ou outros bens de apoio, para as acções de mortuária e identificação e encaminhamento de voluntários ou benévolos.

Operadores privados de radiodifusão sonora

 Colocam à disposição do CMOEPC os meios e recursos das suas empresas para cumprimento das acções que lhes sejam atribuídas.

Operadores Privados de Transporte

 Asseguram o transporte entre os diversos pontos do Concelho e os Concelhos Limítrofes;

 No caso de interrupção dos itinerários principais organiza, logo que possível, transporte por vias alternativas;

 Prestam apoio ao Grupo de Saúde e Evacuação Secundária no transporte de populações desalojadas.

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 Colaboram no transporte de meios de apoio.

Órgão Locais e Regionais de Comunicação Social

 Colaboram na divulgação do alerta às populações difundindo os comunicados emitidos pelo CMOEPC;

 Divulgam as medidas de auto-protecção para as populações bem como toda a informação que seja útil e que se encontra disponível;

 Colaboram na divulgação de instruções respeitantes à localização de postos de triagem, aos abrigos para desalojados, às zonas de concentração, aos cuidados de higiene e aos itinerários que as populações devem evitar ou que podem utilizar.

Portugal Telecom.,S.A

 Estabelece as comunicações necessárias, de acordo com as directivas do CMOEPC, garante prioridades de comunicação aos serviços e entidades intervenientes e informa, sempre que possível, das soluções alternativas.

Radioamadores

 Prestam apoio com meios humanos e materiais no cumprimento de instruções do CMOEPC bem como no apoio em comunicações alternativas entre o CMOEPC, as juntas de freguesia, os campos de desalojados, os centros de acolhimento ou outros locais que se considerem necessários.

Santa Casa da Misericórdia

 Colabora com o grupo de abastecimento e abrigo.

Serviços Municipais de Protecção Civil

 Garante o funcionamento da CMOEPC no âmbito do planeamento operacional e da informação pública;

 Coordena as acções de avaliação da situação;

 Coordena e matem em funcionamento o centro de operações.

Referências

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