Indicadores de Sentimento: Confiança e Incerteza

(1)

Indicadores de

Sentimento

:

Confiança e Incerteza

Novembro de 2020

Síntese de Resultados

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Confiança empresarial e do consumidor seguem recuando

Dados dessazonalizados

Em novembro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 1,5 ponto, para 95,6 pontos, e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 0,7 ponto, para 81,7 pontos. Foi o segundo recuo consecutivo de ambos os indicadores, refletindo os riscos de uma segunda onda de covid-19, o fim do auxílio emergencial e o cenário econômico desafiador para 2021.

95,6 81,7 50 60 70 80 90 100 110 120

(3)

Expectativas puxam a queda da confiança empresarial

ISA e IE empresariais dessazonalizados

Sob influência exclusiva da Indústria, os indicadores que medem a percepção das

empresas sobre a situação corrente continuaram melhorando em novembro. O

Índice da Situação atual Empresarial subiu 1,4 ponto, para 98,0 pts., maior nível

desde dezembro de 2013 (99,7 pts.). Já o Índice de Expectativas recuou 3,3

pontos, para 94,6 pontos.

98,0 94,6 50 60 70 80 90 100 110

Ín

di

ce

s

de

S

it

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çã

o

A

tu

al

e

de

E

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ta

ti

va

s

Emp

re

sa

ri

ai

s

(4)

NUCI Industrial continua acima do nível pré-pandemia

Nível de Utilização da Capacidade Industrial, com ajuste sazonal

Mesmo após ceder 0,1 p.p. entre outubro e novembro, para 79,7%, o NUCI

da Indústria ainda seria o segundo maior desde novembro de 2014 (80,3%).

abr/90; 60,3 _{mai/20; 60,3} nov/20; 79,7 50 55 60 65 70 75 80 85 90 m ai /8 0 n o v/ 8 1 m ai /8 3 n o v/ 8 4 m ai /8 6 n o v/ 8 7 m ai /8 9 n o v/ 9 0 m ai /9 2 n o v/ 9 3 m ai /9 5 n o v/ 9 6 m ai /9 8 n o v/ 9 9 m ai /0 1 n o v/ 0 2 m ai /0 4 n o v/ 0 5 m ai /0 7 n o v/ 0 8 m ai /1 0 n o v/ 1 1 m ai /1 3 n o v/ 1 4 m ai /1 6 n o v/ 1 7 m ai /1 9 n o v/ 2 0

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Pressão de Custos na Indústria

Segmentos em que há maior proporção de empresas prevendo aumento de custos no mercado interno e externo nos três meses seguintes (% do total em outubro)

*média dos meses de outubro entre 2001 - 2019

Segmentos com maior pressão de custos no mercado interno Percentual prevendo aumento Diferença em relação à média*

Segmentos com maior pressão de custos no mercado externo Percentual prevendo aumento Diferença em relação à média* Petróleo 92,8 56,9 Vestuário 71,4 56,7

Plástico 85,9 43,2 Limp e perfumaria 61,3 33,3

Têxtil 81,8 58,6 Plástico 59,5 33,9

Vestuário 78,7 64,4 Informática 51,5 38,0

(6)

Consumidor está pessimista

ISA e IE Consumidor dessazonalizado, em pontos

Tanto a percepção dos consumidores com relação à situação corrente quanto as expectativas para os próximos meses pioraram em novembro. O ISA-C registra queda

de 0,6 ponto, para 71,8 pts. O indicador recuperou até agora apenas 43% das perdas ocorridas entre março e maio. Mas o destaque de novembro foi a queda de 0,9 ponto do IE-C, que recuou para 89,3 pts, um nível que reflete pessimismo com os rumos da economia e das finanças familiares nos próximos seis meses..

71,8 89,3 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 Ín d ic es d e Si tu aç ão A tu al e d e Ex p ec ta ti va s d o C o n su mi d o r

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Incerteza econômica sobe pela primeira vez desde abril

Indicador em pontos

O Indicador de Incerteza–Brasil da FGV IBRE subiu 2,0 pontos em novembro de 2020, para 145,8 pontos. Com o resultado, o indicador está 30,7 pontos acima do nível de fevereiro passado (último mês antes da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil) e 9,0 pontos acima do nível máximo anterior à pandemia, alcançado em setembro de 2015. O repique do indicador de incerteza reflete o recrudescimento da pandemia no Brasil e suas consequências para a economia.

(8)

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Indústria é único setor a sustentar a tendência de alta da confiança

Índices de confiança setoriais, dessazonalizados

A Confiança da Indústria continuou crescendo em novembro, atingindo 113,1 pts, o maior nível desde outubro de 2010 (113,6 pts). Os demais setores recuaram no mês. As incertezas com relação aos rumos da retomada econômica face a uma possível segunda onda de covid-19 e à proximidade do fim dos programas emergenciais, influenciaram na calibragem da confiança nos setores do Comércio, Serviços e Construção.

87,9 93,5 93,8 113,1 50 60 70 80 90 100 110 50 60 70 80 90 100 110

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Distância recorde entre confiança da Indústria e demais setores

Indústria vs média de outros setores, dados dessazonalizados

Os setores econômicos vêm se recuperando, desde o início, de forma bastante heterogênea da crise sanitária de 2020. Esperava-se, no entanto, que esta tendência fosse perdendo força na medida em que as atividades fossem se normalizando e a economia fosse gradualmente se recuperando. Não é o que vem ocorrendo. Apenas o setor industrial vem crescendo bem e está confiante com os rumos da economia. A confiança da Indústria atingiu 113,1 pts em novembro., 24,3 pts. acima da média ponderada dos demais setores, um recorde histórico. Chama atenção especialmente a distância de 27,7 pontos para a confiança do setor de Serviços, que já vinha mal e agora está se tornando ainda mais pessimista.

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Níveis de Índices da Situação Atual e de Expectativas setoriais em novembro

Dados dessazonalizados

A percepção sobre a situação atual é

bastante favorável na Indústria. Já o setor

de Serviços e os Consumidores continuam

bastante insatisfeitos com a situação

corrente.

As expectativas de todos os setores

pioraram em novembro, à exceção do

Comércio que, apesar disso, continua sendo

o setor mais pessimista.

72 80 92 93 100 118 0 20 40 60 80 100 120 140 Consumidor Serviços Construção Empresarial Comércio Indústria

Situação Atual

88 89 91 95 96 108 0 20 40 60 80 100 120 Comércio Consumidor Serviços Empresarial Construção Indústria

Expectativas

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Diferenças setoriais se refletem nas perspectivas de contratação

Ímpeto de Contratação (empresas) e de Expectativas com o Mercado de Trabalho (consumidores), saldos de respostas (*), em pontos, com ajuste sazonal

• Proporção de empresas/consumidores prevendo aumento do quadro de pessoal/maior facilidade de se conseguir emprego menos a proporção dos que preveem diminuição do quadro de pessoal/maior dificuldade de se conseguir emprego nos meses seguintes.

Apesar do recuo no mês, a Indústria continua contratando

de forma consistente.

No Setor de Serviços a tendência continua sendo de redução do quadro de pessoal.

Emprego Previsto Indústria Serviços Comércio Construção Empresarial Consumidor

out/19 -3,2 6,1 4,9 8,4 4,3 12,3 nov/19 0,3 7,9 5,7 6,3 5,2 14,8 dez/19 3,2 6,7 9,8 10,4 7,7 17,6 jan/20 7,5 7,8 8,4 14,4 7,3 16,1 fev/20 8,7 9,5 8,9 8,8 7,1 13,0 mar/20 5,8 8,7 1,7 9,8 2,4 4,6 abr/20 -42,6 7,5 -28,0 -48,9 -39,4 -20,7 mai/20 -41,7 -0,1 -18,4 -34,4 -32,5 -14,2 jun/20 -20,5 -45,5 -3,7 -13,2 -14,5 1,2 jul/20 -0,8 -37,9 -1,2 -5,4 -4,9 5,5 ago/20 10,2 -21,1 8,1 -1,8 1,9 6,5 set/20 19,2 -11,4 7,5 7,6 6,9 10,3 out/20 20,5 -8,0 1,3 15,8 6,6 7,5 nov/20 19,8 -0,7 4,2 12,0 7,4 3,6

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Setor de Serviços continua sem perspectivas de contratar

Médias móveis trimestrais do Indicador (saldo) da pergunta sobre tendência do PO (eixo direito) e da variação interanual do Caged (eixo esquerdo)

Os Indicadores de Emprego do Comércio (lead 4), Construção (lead 5) e Serviços (lead 5) Granger causam o CAGED. O indicador da Indústria (lead 5) apresenta causalidade nos dois sentidos.

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3 8 13 18

Parcela "Usando poupança para quitar despesas correntes", em % e MM3

Poupança para quitar despesas correntes - MM3 50 60 70 80 90 100 110

120 Indicadores em médias móveis trimestrais

Situação Econômica Local Atual - MM3 Situação Financeira Atual da Família - MM3

Situação das Finanças familiares anda de lado

Gráfico i) Indicadores de Situação Econômica Geral e Situação Financeira da Família Atuais Gráfico ii) Uso de recursos da poupança para quitar despesas correntes

A proporção dos que estão retirando recursos da poupança para quitar gastos correntes voltou a subir (0,2 ponto),

após acumular quatro quedas consecutivas. Indicador de percepção com a Situação Econômica Atual

sobe apenas 0,2 ponto e o da Situação Financeira da família fica estável em novembro.

(15)

No detalhe:

Evolução dos índices nos

últimos meses

(16)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

105

110

115 ICE

ICE - MM3

Fonte: FGV IBRE

Confiança empresarial recua e se afasta do nível neutro

Dados dessazonalizados. Nível da confiança determinado por tonalidades, entre o pior caso (vermelho) e o melhor (azul).

Muito alto

Alto

Neutro

Baixo

(17)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

105

110

115 ICC

ICC - MM3

Fonte: FGV IBRE

Confiança do Consumidor continua extremamente baixa

Dados dessazonalizados. Aquecimento da confiança por tonalidades, da mais fraca à mais forte.

Alto

Muito alto

Neutro

Baixo

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Evolução dos Índices de Confiança

Dados dessazonalizados

Diferença em pontos do mês em relação ao mês anterior

Período Indústria Serviços Comércio Construção Empresarial Consumidor

ago/20 8,9 6,0 10,5 4,1 7,0 1,4

s et/20 8,0 2,9 3,0 3,7 3,0 3,2

out/20 4,5 -0,4 -3,8 3,7 -0,4 -1,0

nov/20 1,9 -2,1 -2,3 -1,4 -1,5 -0,7

Média móvel trimestral - Diferença em pontos do mês em relação ao mês anterior

ago/20 12,4 8,2 9,7 6,6 9,7 6,0

s et/20 9,7 5,4 5,1 4,8 5,7 4,1

out/20 7,1 2,8 3,2 3,8 3,2 1,2

(19)

Evolução dos Índices de Confiança

Diferença em pontos da média trimestral em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal)

4º Tri m. 19 1,6 1,5 0,2 3,0 0,7 0,5

1º Tri m. 20 2,7 -4,1 -1,6 2,7 -1,1 -4,2

2º Tri m. 20 -9,4 -5,7 -3,7 -6,6 -2,6 -4,7

3º Trim. 20 32,7 22,9 23,1 17,7 26,0 17,0

Diferença em pontos em relação ao mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal)

ago/20 2,8 -7,6 -1,3 0,1 -2,4 -8,7

s et/20 10,7 -6,5 1,6 3,9 1,6 -5,8

out/20 16,4 -6,3 -2,4 7,1 2,9 -6,6

(20)

Evolução dos Índices de Situação Atual

Dados dessazonalizados

Diferença em pontos do mês em relação ao mês anterior

ago/20 8,7 5,8 13,6 5,8 8,9 0,5

set/20 9,5 0,1 4,6 4,6 4,4 1,1

out/20 6,4 2,6 -1,5 5,1 3,6 -0,2

nov/20 4,5 0,3 -5,4 0,0 1,4 -0,6

Média móvel trimestral - Diferença em pontos do mês em relação ao mês anterior

ago/20 9,7 6,6 10,9 5,0 8,2 2,2 set/20 9,4 4,3 8,2 5,0 6,8 0,7 out/20 8,2 2,8 5,6 5,2 5,6 0,5

(21)

Evolução dos Índices de Situação Atual

4º Tri m. 19 _2,0 _2,3 _1,3 _4,1 _1,7 _1,3

1º Tri m. 20 _2,1 _-3,2 _-0,3 _4,9 _-0,4 _0,1

2º Tri m. 20 _-10,0 _-13,0 _-2,6 _-9,9 _-9,8 _-5,3

3º Trim. 20 _26,4 _16,1 _28,3 _11,7 _21,1 _4,6

ago/20 2,8 -12,3 6,8 4,2 -2,2 -6,9

s et/20 11,0 -12,9 11,5 8,8 1,8 -4,7

out/20 18,3 -11,8 9,4 12,6 4,5 -4,9

(22)

Evolução dos Índices de Expectativas

Dados dessazonalizados

Diferença em pontos do mês em relação ao mês anterior

ago/20 9,1 6,2 6,8 2,4 6,3 2,0

s et/20 6,3 5,4 1,1 2,7 4,9 4,4

out/20 2,7 -3,2 -5,8 2,3 -3,1 -1,3

nov/20 -0,7 -4,4 0,9 -2,9 -3,3 -0,9

Média móvel trimestral - Diferença em pontos do mês em relação ao mês anterior

ago/20 14,9 9,6 8,1 8,1 11,0 8,5

s et/20 9,9 6,4 1,6 4,5 6,2 6,2

out/20 6,0 2,8 0,7 2,5 2,7 1,7

(23)

Evolução dos Índices de Expectativas

4º Tri m. 19 1,2 0,6 -0,9 1,7 3,2 -0,1

1º Tri m. 20 3,2 -4,9 -2,9 0,4 -2,0 -6,8

2º Tri m. 20 -8,6 1,6 -4,7 -3,3 -2,2 -4,2

3º Trim. 20 38,5 29,3 16,9 23,3 30,0 24,7

ago/20 2,8 -2,7 -9,3 -4,1 -2,6 -9,5

s et/20 9,2 0,2 -8,9 -1,1 1,1 -6,3

out/20 12,9 -0,4 -13,9 1,3 1,1 -7,4

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CONFIANÇA EMPRESARIAL | Publicação mensal da FGV IBRE – Instituto Brasileiro de Economia

Diretor do IBRE: Luiz Guilherme Schymura de Oliveira | Vice-Diretor: Vagner Laerte Ardeo

Superintendente de Estatísticas Públicas: Aloisio Campelo Jr.

Coordenadora das Sondagens: Viviane Seda Bittencourt

Responsável por análise e divulgação: Aloisio Campelo Jr.

Equipe Técnica: Anna Carolina Gouveia e Luiz Sette Whitaker Costa (estagiário)

Atendimento à imprensa: Insight Comunicação (21) 2509-5399 / assessoria.fgv@insightnet.com.br

Central de Atendimento do IBRE: (21) 3799-6799 / ibre@fgv.br / portalibre.fgv.br

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