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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

DAYANE NUNES DA SILVA

A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO PERVASIVA PARA A ENCONTRABILIDADE DA INFORMAÇÃO EM REPOSITÓRIOS

INSTITUCIONAIS: uma análise do Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

NATAL/RN 2016

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DAYANE NUNES DA SILVA

A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO PERVASIVA PARA A ENCONTRABILIDADE DA INFORMAÇÃO EM REPOSITÓRIOS

INSTITUCIONAIS:uma análise do Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para à conclusão do Bacharelado.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato.

NATAL/RN 2016

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FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação da Publicação na Fonte.

UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

S586c Silva, Dayane Nunes da.

A contribuição da Arquitetura da Informação Pervasiva para a

Encontrabilidade da Informação no Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN)/ Dayane Nunes da Silva. – Natal, RN, 2016.

58f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato.

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciência da Informação.

1. Arquitetura da Informação – Monografia. 2. Arquitetura da Informação pervasiva - Monografia. 3. Encontrabilidade da Informação - Monografia. 4.

Repositórios Digitais - Monografia. I. Vechiato, Fernando Luiz. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 004.5

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DAYANE NUNES DA SILVA

A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO PERVASIVA PARA A ENCONTRABILIDADE DA INFORMAÇÃO EM REPOSITÓRIOS

INSTITUCIONAIS:uma análise do Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para à conclusão do Bacharelado.

Aprovada em: ______/__________/______.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato (Orientador) Departamento de Ciência da Informação Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________

Ms. Raimunda Fernanda dos Santos Departamento de Ciência da Informação Universidade Federal do Rio Grande do Norte

____________________________________________

Esp. Clediane de Araújo Guedes Marques Biblioteca Central Zila Mamede

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus e a seu filho Jesus por ter me dado forças, e me sustentado nos momentos de aperto e por ter me dado coragem, força e fé para vencer as dificuldades e ter mostrado o caminho de luz a seguir.

Em segundo lugar a minha amada mãe por todos os esforços empreendidos na minha formação pessoal e acadêmica e a todos meus queridos familiares que me deram apoio e incentivo para persistir, acreditar e confiar, me ajudando nas minhas variadas necessidades.

Ao Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato por ter me aceitado como orientanda da iniciação científica e monografia, bem como por ter suportado e suprido pacientemente minhas incertezas e necessidades cognitivas.

Aos demais professores e profissionais da informação em que tive contato, por toda a aprendizagem e encorajamento que me proporcionaram.

Aos meus queridos amigos por terem compreendido minha impaciência e minha ausência durante o período do curso e por estarem sempre ao meu lado me ajudando a ver a dificuldades sobre novas perspectivas.

Á Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ) da UFRN pela oportunidade de ser voluntária na Iniciação Científica.

A todos muito obrigada.

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RESUMO

Os ambientes de informação como objetos de estudo da Arquitetura da Informação tem sofrido mudanças referentes à adaptação aos avanços da tecnologia. Nesse contexto, emergiu a Arquitetura da Informação Pervasiva como uma nova abordagem da Arquitetura da Informação a qual segue a vertente da transmissão da informação nos ambientes de informação híbridos (analógico e/ou digital). A vista disto buscou-se encaminhar esta pesquisa para o ambiente de informação do Repositório Institucional da UFRN, pois este se caracteriza como um ambiente de informação com acesso nacional e internacional que pertence a academia científica, portanto a adaptação deste ambiente de informação às novas demandas tecnológicas deve ser considerada prioridade. A pesquisa tem por objetivo compreender como a Arquitetura da Informação Pervasiva pode auxiliar na encontrabilidade da informação no referido repositório institucional. A pesquisa trata-se de um estudo de caso com aplicação da técnica de análise da interface e observação através de atributos da Encontrabilidade da Informação e Arquitetura da Informação Pervasiva dispostas em checklist criado para análise de ambientes híbridos. Diante disto, os resultados obtidos destacam que o Repositório da UFRN possui poucos aspectos da Arquitetura da Informação Pervasiva, o que pode comprometer a encontrabilidade da informação no contexto tecnológico atual.

Conclui-se que em face da importância deste ambiente para a instituição, a Arquitetura da Informação Pervasiva deve ser trabalhada neste ambiente pelos profissionais responsáveis, uma vez que seu bom funcionamento pode influenciar significativamente na Encontrabilidade da Informação disponível. Todavia, são necessários estudos com usuários para validar os resultados obtidos na análise apresentada neste trabalho.

Palavras-Chave: Arquitetura da Informação. Arquitetura da Informação Pervasiva.

Encontrabilidade da Informação. Repositórios Institucionais. Repositório Institucional da UFRN.

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ABSTRACT

The information environment, as the Information Architecture study object, has suffered changes regarding to the adaptation to the techniques and technology advances. In this context the Pervasive Information Architecture arises as a new approach to information architecture that follows the information transmission in hybrids information environments (analogical and/or digital). In view of that, this research is addressed to the Institutional Repository of UFRN information environment for being characterized as an information environment with national and international access that belongs to the scientific academy. Thus, its adaptation to new technological demands must be considered as a priority. The research aims to understand the Pervasive Information Architecture can help in the Information Findibility in said Institutional Repository.in the Institutional Repository of Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) and analyse the contributions and influences for the Information Findability in this environment. The research is a case study with application of the interface and observation analysis technique through the Information Findability and Pervasive Information Architecture Can compromise the findability of information in the current technological context, attributes arranged in a checklist created for the analysis of hybrid environments. On the face of that, the results highlight that the repository of UFRN has few aspects of Pervasive Information Architecture, which has led to a lagged findability. It is concluded that in the view of the repository information environment importance the Pervasive Information Architecture must be worked in this environment by responsible professionals, since the proper functioning of the architecture can influence significantly in the Information Findability available.

However, studies with users are necessary to validate the results obtained in the analysis presented in this paper.

Keywords: Information Architecture. Pervasive Information Architecture.

Information Findability. Institutional Repositories. Institution Repository of UFRN.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Taxonomias Navegacionais... 38

Figura 2 – Metadados... 39

Figura 3 – Mediação dos sujeitos institucionais... 41

Figura 4 – Exemplos de affordances (homepage)... 42

Figura 5– Exemplo de Affordance (homepage)... 42

Figura 6 – Wayfinding... 43

Figura 7 – Recurso autossugestão... 44

Figura 8 – Busca facetada por Autor e Assunto... 45

Figura 9 – Validação da Acessibilidade no RI – UFRN... . 46 Figura 10 – Estado dos pontos de verificação na validação da Acessibilidade no RI – UFRN... . 47 Figura 11 – Detalhamento da verificação de acessibilidade... 48

Figura12 – Responsividade (RI)... 49

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Atributos de Encontrabilidade da Informação... 24 Quadro 2 – Atributos essenciais da Arquitetura da Informação

Pervasiva... 25 Quadro 3 – Checklist para avaliação de ambientes informacionais

híbridos: análise do RI – UFRN... 35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AI – Arquitetura da Informação

AIP – Arquitetura da Informação Pervasiva

BCZM – Biblioteca Central Zila Mamede

BDTD – Biblioteca Digital de Teses de Dissertações

CDD – Classificação Decimal de Dewey

CDU – Classificação Decimal Universal

CI – Ciência da Informação

CONSEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

IBICT – Instituto Brasileiro de informação em Ciência e Tecnologia

UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

RI – Repositório Institucional

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 10

2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO E ENCONTRABILIDADE DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO... 14

2.1 Arquitetura da Informação... 14

2.1.1 Abordagem Pervasiva... 17

2.2 Encontrabilidade da Informação e Arquitetura da Informação Pervasiva: relações... 21

3 REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS... 28

3.1 Repositório Institucional da UFRN... 31

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 33

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 35

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 54

REFERÊNCIAS... 55

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1 INTRODUÇÃO

A Arquitetura da Informação Pervasiva (AIP) é um estudo contemporâneo, que surgiu a partir da Arquitetura da Informação (AI) clássica e retrata a maleabilidade da informação em diversos dispositivos. Nesta perspectiva, a informação passa a ser (e precisa ser) permeável (ou pervasiva) aos dispositivos e ambientes.

No contexto tecnológico em que nos encontramos, observa-se que os ambientes informacionais, tanto analógicos quanto digitais, são os que mais necessitam rapidamente se adequar as demandas tecnológicas de seus usuários, não só para uma recuperação eficaz da informação, mas também para que o ambiente em questão não entre em desuso.

A partir desta preocupação foi decidido pela análise de um ambiente significativo para a comunidade acadêmico-científica de uma instituição, que é o Repositório Institucional (RI). Este possui a característica de ser uma fonte de informação vital para o crescimento da ciência, uma vez que é a partir dele que surgem novas descobertas científicas, bem como favorece a preservação da memória de uma instituição de ensino e/ou pesquisa.

Os RIs permitem o depósito de documentos diversos a partir das políticas informacionais estabelecidas e, consequentemente, seu armazenamento, promovendo a recuperação e a Encontrabilidade da Informação científica. Nesta perspectiva, o RI é considerado uma fonte de informação segura e confiável.

No entanto, esta ferramenta precisa se adequar tanto em sua estrutura externa, no que diz respeito à interface do usuário, quanto em sua estrutura interna, no que tange à representação e à organização da informação.

A adequação a qual este trabalho se refere se trata da pervasividade e suas características peculiares que são capazes de permitir ao usuário uma maior flexibilidade e interação com o ambiente informacional.

Toda a estruturação do repositório poderá interferir de maneira positiva ou negativa na Encontrabilidade da Informação. Por esta razão, todo o seu sistema e ferramentas precisam ser construídos “[...] a partir da percepção do usuário, por meio de estudos do usuário e aplicação dos conceitos de usabilidade. Permitindo assim, a

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redução de esforços para alcançar o objetivo final do usuário, que é o acesso à informação.” (KOSHIYAMA, 2014, p. 95).

Para Koshiyama (2014), o sistema do RI precisa ser construído a partir da necessidade do usuário por meio de estudos realizados sobre ele, onde serão priorizadas suas necessidades de acordo com o contexto em que se encontram inseridos, para que desta forma seja possível o acesso.

A AI subsidia a preocupação com as necessidades dos usuários, pois tem a responsabilidade de habilitar o acesso à informação e buscou nos aprofundamentos de seus estudos desenvolver variações que sejam possíveis de serem aplicadas aos novos ambientes do contexto contemporâneo. Desta forma “[...] o Arquiteto da Informação investiga as necessidades de acesso e uso da informação para modelar interfaces para que sejam funcionais e agradáveis ao usuário no deslocamento navegacional.” (OLIVEIRA, 2013, p. 57).

Uma vez que os aparatos tecnológicos vêm se modificando constantemente, os repositórios precisam ser adaptáveis para essas variedades de tecnologias. Destarte, decidiu-se estudar as contribuições da AIP para a Encontrabilidade da Informação, aplicando seus aspectos teóricos e práticos no âmbito do RI da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), uma vez que o repositório é um ambiente criado exclusivamente para o depósito e busca de informação científica e possui o intuito de fazer com que as pesquisas realizadas pela comunidade científica daquela instituição possam ser vistas em qualquer lugar, ou seja, este ambiente de informação é capaz de levar ao público externo e interno o conhecimento do que está sendo produzido por esta instituição.

A realização deste estudo foi motivada, portanto, a partir do surgimento de uma nova perspectiva de AI, a qual busca abranger todos os espaços de informação de forma pervasiva. Nesta perspectiva, entendemos que o RI, como uma ferramenta de gerenciamento, compartilhamento e, consequentemente, visibilidade da informação, possui a responsabilidade de promover a usabilidade e a Encontrabilidade da Informação de forma ecológica e necessita se adequar a estas novas demandas.

Embora o tema seja relativamente novo, já é possível encontrar pesquisas de caráter científico que confirmem essa nova abordagem tanto de cunho conceitual e

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exploratório, como até mesmo em aplicação de pesquisas em ambientes digitais.

A pesquisa realizada no repositório da UFRN poderá ser aplicada e/ou implementada em outros RIs, o que beneficiará pesquisadores/usuários de outras instituições que já possuem um repositório ou que desejam implantar.

Com a facilidade de acesso e a compreensão da arquitetura do ambiente do repositório, consequentemente a Encontrabilidade da Informação será muito mais facilmente atingida, uma vez que o usuário entenderá a estrutura do ambiente em que ele está acessando e saberá como e onde acessar para conseguir os resultados que deseja.

Entretanto surge a questão, o RI da UFRN possui em sua estrutura a capacidade de agregar a AIP? Para responder a essa questão aplicou-se o método de abordagem indutivista, uma vez que a partir de um único objeto de pesquisa (no caso o RI da UFRN) foi possível induzir que os tantos outros repositórios existentes passam pelos mesmos desafios de adaptabilidade arquitetural em relação às novas tecnologias. Os procedimentos necessários para realização da pesquisa foram pesquisa bibliográfica e exploratória realizada a partir do auxílio de um checklist elaborado por Vechiato, Oliveira e Vidotti (2016) com o qual os dados foram coletados.

Com a implementação de uma arquitetura com a abordagem pervasiva no repositório sugere-se que este passará a ter uma maior usabilidade, assim como Encontrabilidade da Informação para os usuários.

Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa é compreender como a AIP pode contribuir para a Encontrabilidade da Informação no RI da UFRN. Para atingir esse objetivo, seguem os objetivos específicos:

 Investigar e correlacionar os conceitos Encontrabilidade da Informação e AIP;

 Construir um diálogo teórico entre os dois conceitos no campo da CI, com vistas a sua aplicação em ambientes de RI;

 Identificar elementos da AIP no RI da UFRN, verificando se eles contribuem para e Encontrabilidade da Informação nesse ambiente.

Este trabalho se estrutura da seguinte forma: a presente seção apresenta aspectos introdutórios da pesquisa, abordando sua temática, problema, objetivos,

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justificativa e metodologia; a seção 2 apresenta os conceitos de Arquitetura da Informação, Arquitetura da Informação Pervasiva e Encontrabilidade da Informação de forma correlacionada e associada aos estudos do campo da Ciência da Informação; a seção 3 abarca conceitos sobre Repositórios Institucionais e apresenta o RI da UFRN;

a seção 4 detalha os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa; a seção 5 apresenta e discute os resultados da análise do RI-UFRN; por fim, a seção 6 apresenta as considerações finais da pesquisa.

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2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO E ENCONTRABILIDADE DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

As práticas realizadas e estudadas pela Ciência da Informação (CI) são realizadas por séculos no que se refere aos processos informacionais, no entanto o reconhecimento deste campo científico foi sendo construído aos poucos e recebeu a contribuição de diversas personalidades tais como Paul Otlet. Ele visava a organização da informação e sua disseminação para facilitar o acesso de todos, seu desejo era criar um Livro Universal. Junto a Henri La Fontaine, publicou a Classificação Decimal Universal (CDU), trabalho baseado na Classificação Decimal de Dewey (CDD) e criou o Repertório Bibliográfico Universal, entre outras realizações (MACEDO, 2005).

Paul Otlet contribui significativamente para o estabelecimento da área de Documentação que, posteriormente, conduziu para o surgimento da CI. A CI, por sua vez, se desenvolveu a partir do aumento da documentação técnico-científica no período pós Segunda Guerra Mundial (MACEDO, 2005).

Esta enorme quantidade de documentos trouxe algumas preocupações em se tratando da organização e recuperação dos mesmos, o que levou diversos pesquisadores a investir seus estudos para solucionar esta dificuldade.

A ideia central após a guerra era investir financeiramente e cientificamente em pesquisas relacionadas a tecnologia e crescimento intelectual. Esse investimento ocasionou em mudanças muito significativas para o tratamento da informação e incentivaram estudos para o aprimoramento desta área.

As tecnologias da Web favoreceram os avanços dos estudos no campo da CI, que vem possibilitando o desenvolvimento de teorias e práticas para o aprimoramento dos ambientes informacionais. A AI emerge nessa perspectiva, visto que fornece aspectos teóricos e práticos para o projeto, o desenvolvimento e a avaliação desses ambientes.

2.1 Arquitetura da Informação

AI é uma área que surgiu na segunda metade do século XX e que se originou a

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partir dos pressupostos aplicados a arquitetura clássica conhecida também como arquitetura tradicional. Inicialmente a AI foi visualizada através de uma perspectiva arquitetônica com aplicação para a informação. Uma das primeiras evidências de citação do termo foi mencionada por Richard Saul Wurman em 1976 que o definiu como

"[...] a ciência e a arte de criar instruções para espaços organizados" (WURMAN, 1997 apud ALBUQUERQUE; LIMA-MARQUES, 2011, p. 61).

Nesta concepção, observa-se uma interação entre a ciência, que sugere a comprovação técnica dos pressupostos teóricos e a arte que diz respeito à capacidade humana de criação e aprimoramento de determinado objeto (ambiente). A partir desta perspectiva, de acordo com Ciência (2001, p. 153), ciência refere-se ao "[...] conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experiência. [...] Saber e habilidade que se adquire para o bom desempenho de certas atividades". Já a arte conceitua-se como “[...] Capacidade ou atividade humana de criação plástica ou musical [...]. Habilidade; engenho" (ARTE, 2001, p. 64).

Percebe-se que a arte e a ciência produzem uma corrente em se tratando da AI, pois ambas dizem respeito a técnica. A ciência constitui-se a partir da conceituação e estudo (teoria) do que é a referida técnica, para que serve como, quando e por que utilizá-la, e como aprimorá-la, já a arte refere-se à aplicação prática das técnicas.

Inicialmente, ao mencionar a AI, Wurman (1997 apud ALBUQUERQUE; LIMA- MARQUES, 2011) não visionava aplicá-la aos ambientes digitais de forma tão abrangente como tem sido feito, como arquiteto sua intenção era simplesmente trazer o que a arquitetura tradicional tinha de estrutural para adequar à informação tal como a metodologia e a habilidade desta área para aprimoramento e organização da informação. No entanto, no decorrer do tempo foram surgindo contextos e necessidades diferentes as quais a AI precisou se adaptar.

De acordo com Oliveira, Vidotti e Bentes (2015), a AI com o passar do tempo e a partir do desenvolvimento de estudos aplicados foi sofrendo algumas modificações no conceito estabelecido por Wurman (1997 apud ALBUQUERQUE; LIMA-MARQUES, 2011).

Uma dessas modificações foi a divisão da arquitetura em abordagens. Estas abordagens foram surgindo naturalmente de acordo com as necessidades e a evolução

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informacional que se seguia. De acordo com os estudos a AI foi dividida em quatro abordagens.

A primeira abordagem é conhecida como arquitetural uma vez que visionava trazer mais intimamente os aspectos da arquitetura clássica para a informação. Desta forma a abordagem arquitetural possui a característica de moldar a informação para que esta possa representar o contexto e molda-se a este a partir das necessidades sentidas. A abordagem arquitetural tem a característica marcante da arquitetura clássica de unir o agradável aos olhos com a possibilidade de tornar o objeto em questão útil para o usuário (OLIVEIRA; VIDOTTI; BENTES, 2015).

A segunda abordagem seria a sistêmica que valoriza cada processo pelo qual a informação passa. A importância dessa abordagem está na capacidade de poder observar a realização do processo de forma específica, por partes, para só então poder avaliar os resultados. Na AI com abordagem sistêmica o foco é o sistema e como são realizados os micro processos para o bom funcionamento integral do sistema. Desta forma a comunicação funcional dos micro-processos influenciará nos resultados oferecidos aos usuários (OLIVEIRA; VIDOTTI; BENTES, 2015).

Já para a terceira nomeada de abordagem informacional, o usuário é o foco central e os sistemas são apenas processos utilizados para atingir o objetivo final que é a comunicação entre usuário e informação. Esta comunicação acontece através do ambiente de informação e o modo como ele é capaz de representar a mesma.

A abordagem informacional deixou de ser suficiente a partir do momento em que os ambientes passaram a se tornar mais complexos. Este processo começou com as tecnologias da informação e comunicação e da web. Com essa evolução a AI passou por um novo processo de mudança de abordagem, ou seja, da abordagem informacional a abordagem pervasiva, (que é quarta abordagem), sendo esta a que estamos vivenciando (OLIVEIRA; VIDOTTI; BENTES, 2015).

As mudanças visualizadas como abordagens foram e são extremamente úteis na estrutura dos ambientes informacionais, tanto analógicos, quanto digitais, ou mesmo na interligação destes dois.

No subitem que segue iremos detalhar a abordagem contemporânea destacando suas características principais, heurísticas e os conceitos principais.

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2.1.1 Abordagem Pervasiva

A AI é uma subárea da AI considerada clássica, a qual se desenvolveu a partir das necessidades arquitetônicas e artesanais emergentes dos usuários, uma vez que seu desempenho se deu pela necessidade de aprimorar os novos ambientes em que a informação está disponível (OLIVEIRA, 2015).

A AI tem a responsabilidade de favorecer a encontrabilidade e o acesso à informação. Desse modo, seus estudos se aprofundaram até chegar na necessidade de se adequarem aos ambientes informacionais contemporâneos. Com isso, a AI precisou passar por variações que as abordagens arquitetural, sistêmica e informacional não eram capazes de resolver (OLIVEIRA; VIDOTTI; BENTES, 2015), o que incentivou o surgimento do que podemos chamar de nova abordagem, uma abordagem que fosse capaz de 'entender' os novos ambientes e trabalhar para que estes pudessem interagir entre si e consequentemente com os usuários.

Sobre a perspectiva de hibridização de ambientes, ou seja, a comunicação entre ambientes digitais e analógicos em uma mesma lógica informacional, ressalta-se a AIP, que se trata de “[...] uma abordagem atual que estuda as ecologias informacionais complexas, sobretudo os processos de hibridização dos lugares humanos, digitais e não digitais, em que os sujeitos vivem, trabalham e divertem-se.” (OLIVEIRA; VIDOTTI, BENTES, 2015, p. 74).

O que se pode entender da fala de Oliveira, Vidotti e Bentes (2015) é que a AIP é responsável pela convergência entre ambientes e sujeitos informacionais (usuários), de modo que os lugares informacionais possam trabalhar conjuntamente e não como um ambiente isolado, formando as ecologias informacionais complexas, que seriam a junção e contribuição destes ambientes, que vão conversar entre si adaptando a informação de forma que o usuário que os utilizar não perceba e não sofra com a mudança de ambientes.

De forma mais específica, a AIP se refere à informação em toda a sua caracterização e a capacidade desta de estar presente em todos os lugares e poder ser acessada sem causar transtornos aos usuários ou ao próprio sistema, pois possui os mesmos aspectos visuais e funcionais, capazes de permitir a continuação linear e,

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consequentemente, a interação entre ambientes e usuários.

Esta (ou qualquer outra) AI pode ser utilizada e aplicada “a qualquer 'ambiente informacional', sendo este compreendido como espaço localizado em um 'contexto';

constituído por 'conteúdos' em fluxo; que serve a uma comunidade de 'usuários'."

(MACEDO, 2005, p. 172).

A AIP pode ser trabalhada em qualquer ambiente, pois seu objeto de estudo não é o ambiente em si, mas a informação nela disposta, o qual possui a característica pervasiva, ou seja, a informação precisa possuir a capacidade de compenetrar e se adaptar em todo e qualquer ambiente. A compenetração mencionada é possível também se os ambientes que buscam se comunicar possuam a interoperabilidade, ou seja, possuam capacidade de troca de dados e informações entre ambientes.

Respectivamente, a questão de adaptabilidade diz respeito à responsividade que seria outro conceito que possui ligação com a AIP. Responsividade se refere a capacidade de um ambiente de informação se adaptar aos diversos formatos dos dispositivos tecnológicos, tornando a informação compreensível independente do ambiente, ou seja o ambiente é responsivo quando é capaz de moldar a informação ao ambiente independente de qual seja (OLIVEIRA, 2013).

Diante desta perspectiva é perceptível que esta nova abordagem de AI está em consonância com o nosso contexto atual, uma vez que possuímos os mais variados tipos de ambientes trazidos a partir das tecnologias de informação e estes ambientes possuem lógicas estruturais e características arquitetônicas diferenciadas.

A AIP pode ser entendida sobre diversos olhares, dentre estes é possível citar a experiência do usuário quando utiliza um ambiente de informação perpassando por diversos aparatos tecnológicos, os quais estão organizados de formas diferenciadas (para se adaptar ao aparato), mas possuem a mesma informação. Esta experiência pode ocorrer do físico para o digital, ou do digital para o físico.

Na AIP, “[...] a complexidade que articula espaços, ambientes e produtos tecnológicos imprime a necessidade de ampliar o binarismo rotulagem/navegação para considerar com maior atenção as questões comportamentais e cognitivas dos sujeitos.”

(OLIVEIRA, 2013, p. 144). Considerando esta afirmação, a AIP vinculada a todos os seus atributos no desejo de manter a capacidade que o sujeito possui de localização

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dentro da ecologia (considerando uso de espaços), ambientes e tecnologias de forma convergente e consistente. (OLIVEIRA, 2013).

O foco da utilização das novas tecnologias na transformação e adequação da AI em ambiente de informação pervasivo é o usuário. Por conseguinte, os profissionais de AI, juntamente com os de tecnologia da informação, passam pelo desafio de estruturar os ambientes digitais a partir da caracterização trazida pela pervasividade da informação, contextualizando o ambiente a partir dos seus usuários respectivos na perspectiva de favorecer a Encontrabilidade da Informação.

Através da prática profissional, Resmini e Rosati (2011) conseguiram destacar diversas heurísticas que podem nortear o arquiteto da informação ao trabalhar com a pervasividade em ambientes de informação e dentre estas se destacam cinco que são:

place-making, consistência, resiliência, redução e correlação.

É sabido que cada usuário como individuo de uma sociedade tem uma forma diferente de percepção do meio que vive. A modificação na forma de percepção é moldada a partir das experiências de cada um no meio social. Esta perspectiva trazida pelo usuário na sua forma de enxergar e se localizar no ambiente é um dos aspectos que a AIP estuda, nisto podemos remeter ao place-making, que é uma das heurísticas percebidas por Resmini e Rosati (2011) e diz respeito a senso de localização espacial e a noção de continuidade do mesmo.

O place-making busca estudar na prática aspectos do ambiente que permitam ao usuário manter-se seguro independentemente do ambiente onde ele esteja, pois este será capaz de perceber através de características específicas de cada ambiente que local da ecologia informacional este se encontra, ajudando no aumento da orientação espacial (RESMINI; ROSATI, 2011).

Para tanto e considerando a diversificação de possibilidades de uso de um mesmo ambiente, seria interessante para os usuários que estes não tivessem perda no raciocínio lógico inicial de um mesmo ambiente ao precisar utilizar outra tecnologia que o apresente a mesma interface, organização lógica e representação da informação, desta forma são necessárias que estes lugares informacionais (ambientes) possuam consistência, sendo esta também outra heurística destacada pelos autores supracitados (RESMINI; ROSATI, 2011).

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A consistência trabalhando conjuntamente com o place-making permitirá que os sujeitos informacionais dêem continuidade a sua busca e recuperação aproveitando ao máximo dos ambientes digitais e analógicos se assim for necessário.

Como já mencionado, os usuários possuem uma diversificação cultural e contextual que é muito dinâmica, no entanto é por meio dessa variação cultural que cada usuário enxergará o ambiente de informação, desta forma a terceira heurística destacada é conhecida como resiliência.

Resiliência trata-se da capacidade que um objeto tem de retornar ao seu estado inicial após passar uma experiência modificadora, ou seja, este objeto não se modificará a ponto de tornar-se outro. Do mesmo modo para a AI a resiliência trata-se da capacidade do ambiente de informação se adaptar aos diversificados tipos de usuários, adequando-se a cada necessidade, mas sem modificar sua essência (RESMINI; ROSATI, 2011).

Além dos ambientes possuírem a capacidade de adequação aos usuários, a continuidade das informações e o senso de localização, o ambiente pervasivo deve ser capaz de contribuir ao máximo com a Encontrabilidade da Informação. Para tanto são necessários estudos que ajudem na redução de informação desnecessária, pois esta pode fazer com que os usuários percam o interesse pela busca. Esta necessidade é retratada na heurística de redução que estuda maneiras para reduzir a frustração dos sujeitos informacionais (RESMINI; ROSATI, 2011).

Por fim a correlação é a heurística que trata de integrar os ambientes para que estes façam sentido numa ecologia informacional, permitindo ao usuário uma experiência completa e satisfatória. Ela contribui significativamente para a Encontrabilidade da Informação, uma vez que ela permite que o sujeito informacional encontre as informações que procurava, bem como descobrir novas informações.

(RESMINI; ROSATI, c2011).

Na subseção que segue são abordados os aspectos que permeiam a Encontrabilidade da Informação e sua relação com a AIP.

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2.2 Encontrabilidade da Informação e Arquitetura da Informação Pervasiva:

relações

O termo Encontrabilidade da Informação foi apresentado por Vechiato (2013) em sua tese de doutorado intitulada de Encontrabilidade da Informação: contributo para uma conceituação no campo da Ciência da Informação, o qual teve embasamento na obra Morville do ano 2005 intitulada: Ambient Findability. A partir destes estudos foi possível compreender que Encontrabilidade da Informação caracteriza-se como algo que é passível de ser encontrado da melhor e mais simples forma possível.

Os referidos autores mencionam que a "[...] encontrabilidade da informação sustenta-se fundamentalmente na interseção entre as funcionalidades de um ambiente informacional e as características informacionais" (VECHIATO; VIDOTTI, 2014, p. 164), ou seja, são as características de um referido ambiente informacional que vão definir o nível de encontrabilidade que um ambiente é capaz de proporcionar ao usuário.

Partindo desta premissa os ambientes de informação precisam ser trabalhados a partir da perspectiva do usuário, de modo que ele encontre o que procura e até informações adicionais sem maiores dificuldades. Essas informações adicionais seriam as descritas por Maslow ([201-]) que são as informações para suprir as necessidades que o usuário não sabia que tinha, mas de uma vez que passa a ter contato com esta ele supre algumas ou mesmo todas suas necessidades informacionais.

A Encontrabilidade da Informação torna-se uma tarefa de difícil aplicação, uma vez que precisa considerar que todos os usuários compreendem a informação e o contexto em que está inserido de diferentes formas e que estas considerações influenciam no modo como este usuário irá buscar a informação e consequentemente que tipo de informação será recuperada.

Portanto, se um ambiente informacional é construído a partir de um estudo do comportamento informacional dos usuários potenciais, decerto contemplará elementos de interface que criarão sentimentos positivos e permitirá acessibilidade à informação disponível, o que amplia a Encontrabilidade da Informação no ambiente, o qual pode se tornar uma fonte de informação segura para a satisfação das necessidades informacionais e do uso propriamente dito (VECHIATO; VIDOTTI, 2014).

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Desta forma o comportamento informacional juntamente com o contexto em que este está inserido são elementos significativos no que se refere a Encontrabilidade da Informação para o planejamento arquitetural de um ambiente de informação. Percebe- se com isto que a Encontrabilidade da Informação está intrinsecamente ligada ao ambiente em que esta está exposta o que por sua vez demarca uma estreita relação entre os dois conceitos.

Inicialmente compreende-se que AIP busca trabalhar na comunicação de ambientes de modo que estes possam formar o que conhecemos como ecologia de ambientes de informação. Por sua vez as ecologias podem ser entendidas como a junção de determinados ambientes de informação que buscam comunicar-se para promover a Encontrabilidade da Informação.

Destarte a Encontrabilidade da Informação pode ser visualizada como uma resposta positiva aos esforços deste trabalho de comunicação entre os ambientes, assim como a arquitetura pode ser entendida como um meio de alcançar a encontrabilidade (VECHIATO; VIDOTTI, 2014; VECHIATO; OLIVEIRA; VIDOTTI, 2016).

Os atributos de ambos os conceitos relacionam-se na medida em que um é a resposta do bom funcionamento do outro. Assim como afirmam Vechiato, Oliveira e Vidotti (2016, p. 12):

A Arquitetura da Informação Pervasiva é uma abordagem da Arquitetura da Informação. Por sua vez, a arquitetura da informação é um aspecto da Encontrabilidade da Informação que se faz atributo da Arquitetura da Informação Pervasiva.

A AIP busca promover melhor adequação do ambientes de informação de forma que ele possa comunicar-se com outros ambientes, promovendo uma relação de bem estar ao usuário. Uma vez que o site deve ser capaz de ‘compreender’ as necessidades dos usuários para posteriormente atende-las, isso é possível através de estudos da intencionalidade do sujeito. "A teoria da Intencionalidade fundamenta a importância em se enfatizar as experiências e habilidades dos sujeitos informacionais no projeto de ambientes e sistemas de informação" (VECHIATO, OLIVEIRA, 2016, p. 8).

Para isso a arquitetura busca aprimorar seus atributos de gestão da informação nos sistemas. Em relação a isto podemos citar as taxonomias navegacionais que se trata de um tributo da Encontrabilidade da informação que é também utilizado para

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promover a AIP. As taxonomias se referem a organização e representação terminológica da informação no ambiente arquitetural. Esta compreende ser a organização top-down (de cima para baixo), ou seja, é a organização estruturada pelos mediadores informáticos e pelos profissionais da informação (mediadores da informação), que entendem da organização da informação no site.

Outro atributo se refere aos instrumentos de controle terminológico, como vocabulários controlados e ontologias para a representação da informação na estrutura interna através da linguagem de programação e metadados com o intuito da recuperação da informação de assunto. (VECHIATO; OLIVEIRA; VIDOTTI, 2016).

Em relação a estrutura terminológica temos também a folksonomia, conhecida também por classificação social, a qual a organização bottom-up (de baixo para cima) se baseia. É a classificação que parte dos usuários, normalmente utilizada em forma de tag. A folksonomia é uma representação muito útil para a recuperação da informação, pois esta ajuda a compreender a lógica de representação da informação dos sujeitos informacionais (VECHIATO; VIDOTTI, 2014).

Além das terminologias,o ambiente precisa se valer de outros atributos para satisfazer o usuário tal como as affordances, conhecidas também como pistas.

Affordances ajudam os usuários a se localizarem no site em questão, perceber elementos significativos, como saber onde pesquisar, como recuperar a informação desejada. É a partir deste atributo que o sujeito informacional vai compreender a estrutura organizacional externa, possibilitando o uso intuitivo da interface (VECHIATO;

OLIVEIRA, 2016).

Outro atributo é wayfinding, que trata das sinalizações, visando a orientação espacial. O sujeito recuperará sinais da interface do ambiente aos quais o fará saber de onde veio, onde está e para onde deseja ir.

Todos esses conceitos podem ser trabalhados em qualquer ambiente de informação, seja analógico, digital ou híbrido. Os atributos já mencionados, juntamente com a mobilidade, a convergência e a ubiquidade devem proporcionar ao usuário uma experiência completa. Nisto consiste a relação entre os conceitos de AIP e Encontrabilidade da Informação, os quais nos estudos dos seus conceitos busca obter o mesmo propósito que é a encontrabilidade da informação.

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Quadro 1 – Atributos de Encontrabilidade da Informação

Atributo Descrição

Taxonomias navegacionais

Utilizadas em estruturas de organização top-down, se referem à organização das categorias informacionais com vistas a facilitar a navegação e a descoberta de informações. Essas categorias, por exemplo, são organizadas geralmente em menus ou no corpo das páginas Web, nas comunidades e coleções de repositórios ou nas legendas utilizadas para descrição dos assuntos nas estantes das bibliotecas, organizadas previamente a partir de um sistema de classificação. Conforme Aquino, Carlan e Brascher (2009), as taxonomias navegacionais devem ser apoiadas nos seguintes aspectos: categorização coerente dos assuntos em relação ao entendimento dos sujeitos; controle terminológico para redução de ambiguidade; relacionamento hierárquico entre os termos; e multidimensionalidade, possibilitando que um termo possa ser associado a mais de uma categoria de acordo com o contexto de uso.

Instrumentos de controle terminológico

Compreendem os vocabulários controlados, como os tesauros, as taxonomias e as ontologias, para apoiar a representação dos recursos informacionais.

Folksonomias

Estão relacionadas à organização social da informação e propiciam ao sujeito a classificação de recursos informacionais, bem como encontrar a informação por meio da navegação (uma nuvem de tags, por exemplo) ou dos mecanismos de busca, ampliando as possibilidades de acesso. São utilizadas em estruturas de organização bottom-up. Quando associadas aos vocabulários controlados e às tecnologias semânticas, potencializam as possibilidades de encontrabilidade da informação.

Metadados

Compreendem a representação (descritiva e temática) dos recursos informacionais e são armazenados em banco de dados para fins de recuperação da informação.

Mediação dos informáticos

Está associada ao desenvolvimento de sistemas, dispositivos, bancos de dados e interfaces com utilização de linguagens computacionais, com vistas à gestão e à recuperação da informação.

Mediação dos profissionais da

informação

Ocorre em ambientes informacionais em que há sujeitos institucionais envolvidos na seleção, estruturação e disseminação da informação.

Mediação dos sujeitos informacionais

Está relacionada às ações infocomunicacionais que os sujeitos informacionais empreendem em quaisquer sistemas e ambientes informacionais, por exemplo no que diz respeito à produção e à organização da informação e do conhecimento em ambientes colaborativos, gerados a partir de seus conhecimentos, comportamento e competências que caracterizam sua Intencionalidade.

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Affordances

Funcionam como incentivos e pistas que os objetos possuem e proporcionam aos sujeitos a realização de determinadas ações na interface do ambiente. Essas ações estão relacionadas à orientação, localização, encontrabilidade, acesso, descoberta de informações entre outras.

Wayfinding

Associado a orientação espacial, utilizando-se de aspectos que facilitem a localização, a encontrabilidade e a descoberta de informações por meio da navegação na interface do ambiente.

Descoberta de informações

Está condicionada aos demais atributos de encontrabilidade da informação no que diz respeito às facilidades que a interface (navegação e/ou mecanismos de busca) oferece para encontrar a informação adequada às necessidades informacionais do sujeito, bem como a possíveis necessidades informacionais de segundo plano.

Acessibilidade e Usabilidade

Relacionados à capacidade do sistema permitir o acesso equitativo à informação (acessibilidade) no âmbito do público-alvo estabelecido em um projeto com facilidades inerentes ao uso da interface (usabilidade).

Intencionalidade

A teoria da Intencionalidade fundamenta a importância em se enfatizar as experiências e habilidades dos sujeitos informacionais no projeto de ambientes e sistemas de informação.

Mobilidade, Convergência e

Ubiquidade

Estão associados ao meio ambiente, externo aos sistemas e ambientes informacionais, mas que os incluem, dinamizando-os e potencializando as possibilidades dos sujeitos em encontrar a informação por meio de diferentes dispositivos e em diferentes contextos e situações.

Fonte Adaptada: Vechiato e Vidotti (2014)

O Quadro 1representa os atributos pertencentes a Encontrabilidade da Informação , como são representados e como funcionam. A junção destes em um único ambiente de informação proporciona a encontrabilidade da informação, mas quando agregados aos Atributos da AIP, (representados no Quadro 2), este ambiente passa a possuir uma personalidade pervasiva, que é capaz de interagir com usuários e com ambientes diversos, simultaneamente.

Quadro 2 – Atributos essenciais da Arquitetura da Informação Pervasiva

Atributo Enunciado

Status científico Abordagem teórica e prática da disciplina científica pós-moderna Arquitetura da Informação.

Ecologia informacional

Objeto/ fenômeno de investigação da Arquitetura da Informação Pervasiva. Conjunto de relações entrecruzadas de sujeitos,

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Complexa processos, estruturas informacionais, estruturas tecnológicas, ambientes, canais, dispositivos e quaisquer elementos pertencentes aos ambientes analógicos, digitais ou híbridos. Se estrutura por meio de um tecido interdependente, interativo e retroativo entre o objeto de conhecimento e seu contexto, as partes e o todo, o todo e as partes, as partes entre si.

Pervasividade

Capacidade ou tendência de mover-se, propagar-se, infiltrar-se, difundir-se total ou inteiramente através de vários meios, canais, sistemas, tecnologias, etc.

Ubiquidade Capacidade de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, onipresença.

Responsividade Capacidade de adaptação ao contexto de mobilidade, dispositivo ou ambiente.

Everyware Tendência geral de convergência para o processamento da informação dissolvida em meio aos comportamentos dos sujeitos.

Place-making Capacidade de redução da desorientação, de construção do sentido de localização na ecologia informacional complexa.

Consistência Capacidade atender as finalidades, os contextos e as pessoas para as quais é projetado na ecologia informacional complexa.

Resiliência

Capacidade de moldar-se e adaptar-se a sujeitos informacionais específicos, necessidades específicas e estratégias de busca contextuais.

Redução

Capacidade de gerenciar grandes conjuntos de informações e minimizar o estresse e frustração associada com a escolha de um conjunto cada vez maior de fontes de informação, serviços e produtos.

Correlação

Capacidade de sugerir conexões relevantes entre elementos de informação, serviços e bens para ajudar os sujeitos informacionais a alcançar objetivos explicitados ou estimular necessidades

latentes.

Interoperabilidade

Capacidade de uma ecologia ou de partes de uma ecologia se comunicar e trabalhar efetivamente no intercâmbio de dados ou informações com outra ecologia ou com outra parte de outra ecologia sistema, geralmente de tipo diferente, projetada e produzida de forma diferente.

Semântica Processo de atribuição de significados, via linguagem, aos objetos e fenômenos que nos são apresentados como realidade.

Acessibilidade

Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliários, equipamentos urbanos e elementos tecnológicos.

Usabilidade Capacidade dos elementos da ecologia serem usados com eficiência, eficácia e satisfação dos sujeitos.

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Encontrabilidade

Processo que se situa entre as funcionalidades de um ambiente informacional tradicional, digital ou híbrido e as características dos sujeitos, comporta desde a produção até a apropriação da

informação e possibilita a recuperação da informação por meio dos mecanismos de busca.

Fonte: Adaptado de Oliveira (2014)

Ambos os quadros foram citados por Vechiato, Oliveira e Vidotti (2016) em publicação recente, que teve como objetivo elaborar um instrumento de avaliação (checklist) para a avaliação da AIP e Encontrabilidade da Informação em ambientes informacionais híbridos. O checklist foi utilizado nesta pesquisa para análise do RI da UFRN.

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3 REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS

Armazenar informação não é uma tarefa consideravelmente simples, isso levando em consideração os vários tipos de armazenamentos que somos capazes de realizar. Os seres humanos foram criados possuindo a aptidão de armazenamento interno (na memória biológica), em se tratando das informações genéticas repassadas de geração em geração, quanto as memórias realizadas no cérebro humano (consciente ou inconscientemente). O homem, a partir da observação e da necessidade, foi construindo ao longo dos séculos, ferramentas cada vez mais capazes, funcionais e tecnológicas de armazenar informações palpáveis. A exemplo disto temos os repositórios que são ferramentas digitais criadas para armazenar informações dos mais variados tipos.

De acordo com Repositório (2001, p. 598), o termo significa "[...] depósito, [...]

repertório, coleção". É um local que pode ser físico ou digital e que é utilizado para depósito de coleções de qualquer natureza. Para a comunidade científica um repositório trata-se um espaço bem mais específico do que um simples depósito de documentos, trata-se de um espaço onde é depositado conhecimento científico inovador, produzido por uma comunidade de pesquisadores experientes.

Tal como afirma Koshyiama (2014, p. 24), um RI

[...] é responsável por reunir toda a produção intelectual da comunidade universitária (docentes, técnicos e alunos de pós-graduação), tendo como missão o armazenamento, preservação e disponibilização, na Internet, de textos completos de acesso livre.

O repositório desta forma refere-se a uma das fontes de informação em que a comunidade científica tem grande confiança tanto no depósito quanto no acesso. Este possui muitas outras finalidades para a comunidade científica assim como para a instituição em si, que ao possuí-lo passa a receber credibilidade e reconhecimento de outras instituições de porte semelhantes, além de recursos para aprimorar cada vez mais as pesquisas realizadas pela base científica da instituição. Além disso, possui a característica de preservar a memória institucional. Desta forma, “[...] os repositórios digitais não são publicações, são como bibliografias especializadas, ou melhor, são serviços de indexação e resumo constituídos pelas próprias comunidades científicas."

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(WEITZEL, 2006, p. 61).

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts e a Hewlett-Packard criou o software Dspace que consiste em uma plataforma adaptável, organizada e capaz de ser moldada a partir das necessidades organizacionais latentes da instituição assim como as dos usuários. Ele é preparado para atender a necessidade de escolas, laboratórios, departamentos, centros e programas científicos (RODRIGUES et al, 2004).

A criação dos repositórios visava, ao contrário dos periódicos científicos, o livre acesso, de forma que este seja gratuito e aberto a todos. Este é um dos aspectos que impulsionaram o repositório como fonte de informação científica de sucesso, pois muitas publicações científicas determinam um custo para se ter acesso. Esta atitude restringe a disseminação do conhecimento a um público que possa manter essa informação. Com isto muitos dos pesquisadores que não possuem recurso são impedidos de acessar o que a comunidade científica produziu de mais atual.

A própria comunidade científica passa a questionar a lógica do sistema de publicação científica tradicional, em que editores científicos comerciais retêm os direitos autorais patrimoniais, atribuem preços excessivos e impõem barreiras de permissão sobre publicações de resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos, limitando a visibilidade e a circulação do conhecimento científico (LEITE, 2009, p.

14-15).

Neste sentido percebe-se que apesar do objetivo das publicações periódicas online que começaram a surgir na década de 90 de acordo com Leite (2009) ter sido a disseminação da produção científica, é visível os obstáculos que impediam o sucesso de tal objetivo. Uma vez que mesmo aqueles pesquisadores que conseguiam ter acesso ao conhecimento científico pago, eram impedidos de compartilhar, ou mesmo de utilizar desse recurso de forma mais livre, pelos efeitos restritivos dos direitos autorais patrimoniais.

O acesso Aberto ou open acess é um recurso característico e diferencial dos RIs e diz respeito

[...] a disponibilização livre pública na Internet, de forma a permitir a

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qualquer usuário a leitura, download, cópia, distribuição, impressão, busca ou criação de links para os textos completos dos artigos, bem como capturá-los para indexação ou utilizá-los para qualquer outro propósito legal (LEITE, 2009, p. 15).

Estes são aspectos muito importantes para que os ambientes informacionais atuais possam permitir usabilidade. No entanto é necessário aos potenciais autores, que tais parâmetros lhes sejam informados, através da política de desenvolvimento do repositório, pois estas se referem ao nível de exposição ao qual as produções e descobertas científicas vão estar expostas, assim como a exposição do próprio pesquisador.

Outro parâmetros de igual importância, e que é capaz de agilizar o crescimento do repositório é o auto-arquivamento, que consiste na possibilidade do próprio usuário como pesquisador depositar suas produções no repositório de forma independente.

A prática do auto-arquivamento vem sendo incentivada pelos repositórios de todo Brasil, incentivo este impulsionado pelo Instituto Brasileiro de informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) o qual teve a iniciativa de traduzir e customizar as plataformas do Dspace e E-print oferecendo recursos técnicos para a instalação e uso nas universidades e institutos (LEITE, 2009).

O Dspace permite a criação e adequação de alguns tipos comuns de repositórios os quais podem ser: institucional, e possuem como característica principal a aquisição e o armazenamento de materiais produzidos na instituição responsável na qual está inserida; repositórios temáticos os quais possuem menor expansão do que um RI uma vez que eles são responsáveis por armazenar documentos de uma única área.

Normalmente os repositórios temáticos são utilizados em disciplinas ou em projetos que exijam o armazenamento de documentos científicos. Por fim os repositórios de teses e dissertações utilizados para armazenar produções acadêmicas referentes a pesquisas da pós-graduação, ou seja, teses e dissertações (LEITE, 2009).

Diante destes indicativos o repositório mais recorrente no meio acadêmico é o institucional, uma vez que este é capaz de armazenar uma quantidade mais abrangente e diversificada de tipos de documentos. Por conseguinte, devido a importância científica significativa destes tomamos como objeto da pesquisa científica o RI da UFRN, o qual é utilizado para depósito e armazenamento da produção científica da instituição de

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ensino.

3.1 Repositório Institucional da UFRN

O RI da UFRN, assim como outros repositórios das Universidades do Brasil, foram projetos mentalizados pelo IBICT para que fossem expostos os resultados dos investimentos aplicados nas Universidades e para disseminação do conhecimento.

Para que a implantação do repositório na UFRN fosse possível seria necessário primeiro concorrer e ser selecionado pela FINEP/PCAL/XBDB Nº 002/2009 (MOURA, 2015) lançado pelo IBICT, o qual instruía como proceder na adequação do RI. As Instituições selecionadas contaram com o auxílio de técnicos em tecnologia da informação e bibliotecários financiados pelo IBICT. A UFRN após concorrer ao edital, recebeu o software, o servidor e treinamento para ao gerenciamento dos repositórios (KOSHIYAMA, 2014).

O repositório da UFRN foi criado em 2010 e foi lançado no Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (Informação Verbal) 1. Com o lançamento do RI, a UFRN estabeleceu a Resolução 059/2010 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) em 13 de abril de 2010 (BRASIL, 2010) a qual estabelecia:

 Art . 1º A criação da Política Institucional de Informação técnico - científica;

 Art. 2º A implantação do RI e a gestão, organizadas por uma Comissão;

 Art. 3º O auto-arquivamento e o acesso livre em níveis nacional e internacional;

 Art. 4º O critério de possuir a capacidade de interoperar com sistemas de todo o mundo seguindo os critérios do open archives ([201-?]) (arquivos abertos);

 Art. 9º A autorização para a BCZM arquivar as produções científicas, desde que, esta, possua a permissão dos autores.

1 Informação cedida pela bibliotecária Maria Aniolly Queiroz Maia na reunião de iniciação e apresentação de estágio obrigatório do curso de Biblioteconomia no ano de 2016.

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De acordo com a resolução no artigo 2º (BRASIL, 2010) a gestão do repositório seria responsabilidade de uma comissão que fosse capacitada para gerir a informação disposta no RI, para tanto seria necessário a atuação de profissionais da CI, bem como profissionais responsáveis pela gestão da Universidade (Pró - Reitoria) e pela a administração do Sistema de Biblioteca da Instituição (MOURA, 2015; BRASIL,010).

No entanto, o setor de gerenciamento do repositório da UFRN decidiu se capacitar para gerir e manter o repositório, para facilitar o gerecimento e a tomada de decisões referentes ao RI. Desta forma foi criado um setor específico responsável pelo RI para garantir a organização e autonomia. Em 2014 o IBCT autorizou a inserção da Biblioteca Digital de Tese e Dissertação (BDTD) no repositório, uma vez que esta foi desativada tanto pela fragilidade do solftware, quanto pela infrequente atualização da base de dados (MOURA, 2015).

O repositório da UFRN possui cerca de nove mil documentos (Informação Verbal) 2 que são subdivididos em teses, dissertações, trabalhos apresentados em eventos e artigos dos alunos de pós-graduação, docentes, técnicos administrativos e pesquisadores da instituição, livros eletrônicos e capítulos de livros.

Com isso a missão do RI da UFRN que é armazenar, preservar e disponibilizar a informação científica em nível nacional e internacional torna-se possível, uma vez que profissionais qualificados estão voltados a este objetivo, e estão equipados de ferramentas (políticas, resolução, solftware) passíveis de atualização e aprimoramento constante, o que tem contribuído para o crescimento e disseminação do conhecimento científico.

2 Informação cedida pela bibliotecária Maria Aniolly Queiroz Maia na reunião de iniciação e apresentação de estágio obrigatório do curso de Biblioteconomia no ano de 2016.

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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O método geral utilizado nesta pesquisa é de caráter indutivista, uma vez que se pretende, com a aplicação realizada no repositório da UFRN, possibilidades de novas pesquisas. Ademais se sabe que grande parte dos repositórios de todo o Brasil se utilizam do mesmo software (Dspace), o que nos permite sugerir que a análise do repositório da UFRN beneficiará a todos os outros RIs do país, se estes precisarem passar por adaptações tecnológicas tais quais estão sendo estudadas nesta pesquisa.

Destarte os métodos específicos utilizados foram: monográfico, uma vez que a pesquisa se trata da análise do caso específico do repositório da UFRN.

A pesquisa bibliográfica foi realizada com o intuito de aprofundamento do conhecimento da área e buscou abranger os temas que referenciavam a pesquisa:

arquitetura da informação e seus desdobramentos, Encontrabilidade da Informação e repositórios institucionais, percebendo sua importância para a comunidade acadêmica.

O estudo é estritamente qualitativo, ao caráter exploratório em se tratando da análise que será realizada no ambiente digital do repositório, de modo que buscou-se encontrar aspectos referentes a AIP, assim como meios onde seria possível aplicá-la. O ambiente foi analisado a partir dos pressupostos da Encontrabilidade da Informação, buscando relacionar as possíveis melhorias que a AIP pode favorecer, além de verificar as mudanças em termos de usabilidade e pervasividade.

“A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados” (GERHARDT, 2009, p. 59). Para tanto a coleta foi realizada a partir de documentações indiretas com a busca por bibliografia correspondente (artigos, dissertações, teses e livros) a área bordada, além de documentação, observação direta intensiva e análise exploratória e descritiva do sistema sobre os aspectos da AIP, assim como aspectos da encontrabilidade da informação.

Destarte a pesquisa trata-se de um estudo de caso com aplicação da técnica de análise da interface e observação através de atributos da Encontrabilidade da Informação e Arquitetura da Informação Pervasiva.

A análise realizada no RI da UFRN foi aplicada a partir do Checklist produzido

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