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2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO E ENCONTRABILIDADE DA

3.1 Repositório Institucional da UFRN

O RI da UFRN, assim como outros repositórios das Universidades do Brasil, foram projetos mentalizados pelo IBICT para que fossem expostos os resultados dos investimentos aplicados nas Universidades e para disseminação do conhecimento.

Para que a implantação do repositório na UFRN fosse possível seria necessário primeiro concorrer e ser selecionado pela FINEP/PCAL/XBDB Nº 002/2009 (MOURA, 2015) lançado pelo IBICT, o qual instruía como proceder na adequação do RI. As Instituições selecionadas contaram com o auxílio de técnicos em tecnologia da informação e bibliotecários financiados pelo IBICT. A UFRN após concorrer ao edital, recebeu o software, o servidor e treinamento para ao gerenciamento dos repositórios (KOSHIYAMA, 2014).

O repositório da UFRN foi criado em 2010 e foi lançado no Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (Informação Verbal) 1. Com o lançamento do RI, a UFRN estabeleceu a Resolução 059/2010 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) em 13 de abril de 2010 (BRASIL, 2010) a qual estabelecia:

 Art . 1º A criação da Política Institucional de Informação técnico - científica;

 Art. 2º A implantação do RI e a gestão, organizadas por uma Comissão;

 Art. 3º O auto-arquivamento e o acesso livre em níveis nacional e internacional;

 Art. 4º O critério de possuir a capacidade de interoperar com sistemas de todo o mundo seguindo os critérios do open archives ([201-?]) (arquivos abertos);

 Art. 9º A autorização para a BCZM arquivar as produções científicas, desde que, esta, possua a permissão dos autores.

1

Informação cedida pela bibliotecária Maria Aniolly Queiroz Maia na reunião de iniciação e apresentação de estágio obrigatório do curso de Biblioteconomia no ano de 2016.

De acordo com a resolução no artigo 2º (BRASIL, 2010) a gestão do repositório seria responsabilidade de uma comissão que fosse capacitada para gerir a informação disposta no RI, para tanto seria necessário a atuação de profissionais da CI, bem como profissionais responsáveis pela gestão da Universidade (Pró - Reitoria) e pela a administração do Sistema de Biblioteca da Instituição (MOURA, 2015; BRASIL,010).

No entanto, o setor de gerenciamento do repositório da UFRN decidiu se capacitar para gerir e manter o repositório, para facilitar o gerecimento e a tomada de decisões referentes ao RI. Desta forma foi criado um setor específico responsável pelo RI para garantir a organização e autonomia. Em 2014 o IBCT autorizou a inserção da Biblioteca Digital de Tese e Dissertação (BDTD) no repositório, uma vez que esta foi desativada tanto pela fragilidade do solftware, quanto pela infrequente atualização da base de dados (MOURA, 2015).

O repositório da UFRN possui cerca de nove mil documentos (Informação Verbal) 2 que são subdivididos em teses, dissertações, trabalhos apresentados em eventos e artigos dos alunos de pós-graduação, docentes, técnicos administrativos e pesquisadores da instituição, livros eletrônicos e capítulos de livros.

Com isso a missão do RI da UFRN que é armazenar, preservar e disponibilizar a informação científica em nível nacional e internacional torna-se possível, uma vez que profissionais qualificados estão voltados a este objetivo, e estão equipados de ferramentas (políticas, resolução, solftware) passíveis de atualização e aprimoramento constante, o que tem contribuído para o crescimento e disseminação do conhecimento científico.

2

Informação cedida pela bibliotecária Maria Aniolly Queiroz Maia na reunião de iniciação e apresentação de estágio obrigatório do curso de Biblioteconomia no ano de 2016.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O método geral utilizado nesta pesquisa é de caráter indutivista, uma vez que se pretende, com a aplicação realizada no repositório da UFRN, possibilidades de novas pesquisas. Ademais se sabe que grande parte dos repositórios de todo o Brasil se utilizam do mesmo software (Dspace), o que nos permite sugerir que a análise do repositório da UFRN beneficiará a todos os outros RIs do país, se estes precisarem passar por adaptações tecnológicas tais quais estão sendo estudadas nesta pesquisa.

Destarte os métodos específicos utilizados foram: monográfico, uma vez que a pesquisa se trata da análise do caso específico do repositório da UFRN.

A pesquisa bibliográfica foi realizada com o intuito de aprofundamento do conhecimento da área e buscou abranger os temas que referenciavam a pesquisa: arquitetura da informação e seus desdobramentos, Encontrabilidade da Informação e repositórios institucionais, percebendo sua importância para a comunidade acadêmica.

O estudo é estritamente qualitativo, ao caráter exploratório em se tratando da análise que será realizada no ambiente digital do repositório, de modo que buscou-se encontrar aspectos referentes a AIP, assim como meios onde seria possível aplicá-la. O ambiente foi analisado a partir dos pressupostos da Encontrabilidade da Informação, buscando relacionar as possíveis melhorias que a AIP pode favorecer, além de verificar as mudanças em termos de usabilidade e pervasividade.

“A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados” (GERHARDT, 2009, p. 59). Para tanto a coleta foi realizada a partir de documentações indiretas com a busca por bibliografia correspondente (artigos, dissertações, teses e livros) a área bordada, além de documentação, observação direta intensiva e análise exploratória e descritiva do sistema sobre os aspectos da AIP, assim como aspectos da encontrabilidade da informação.

Destarte a pesquisa trata-se de um estudo de caso com aplicação da técnica de análise da interface e observação através de atributos da Encontrabilidade da Informação e Arquitetura da Informação Pervasiva.

por Vechiato, Oliveira e Vidotti (2016). O instrumento de avaliação (checklist) foi idealizado para avaliar a Encontrabilidade da Informação em se tratando de ambientes de informação analógicos, digitais e híbridos. O checklist busca avaliar a partir dos atributos da Encontrabilidade da Informação em relação com os atributos da AIP para encontrar aspectos referentes a mobilidade, convergência, ubiquidade, correlação, consistência e pervasividade dentre outros (VECHIATO; OLIVEIRA; VIDOTTI, 2016).

A avaliação contínua de ambientes informacionais viabiliza que melhorias sejam propostas, possibilitando aos profissionais envolvidos em seus projetos, especialmente os profissionais da informação e da informática, repensar a arquitetura da informação projetada e elaborar ações estratégicas que potencializem as possibilidades dos sujeitos informacionais em encontrar informações nesses ambientes, sejam estes

web sites comerciais, repositórios institucionais, bibliotecas híbridas, arquivos, centros de documentação, edificações, dentre outros. (VECHIATO; OLIVEIRA; VIDOTTI, p. 4).

Com isto, intencionamos que seja realizada análise contínua do ambiente do repositório da UFRN por outros pesquisadores e com a participação de usuários potenciais e reais para proporcionar a todos os usuários o acesso a informação com qualidade e facilidade.

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A análise que se segue foi embasada no checklist de Vechiato, Oliveira e Vidotti (2016), criado com o intuito de analisar ambientes informacionais híbridos de modo que possa abranger tanto ambientes digitais quanto analógicos. Por meio deste instrumento metodológico poderemos compreender quais atributos o RI da UFRN possui e quais as dificuldades enfrentadas. Os atributos neste checklist são correspondentes com os de Encontrabilidade da Informação e AIP, conforme apresenta o Quadro 3 que segue com os resultados prévios da análise do RI da UFRN, os quais são posteriormente detalhados nesta seção a seguir.

Quadro 3 – Checklist para avaliação de ambientes informacionais híbridos: análise do RI – UFRN Atributo Checklist  SIM (S)  NÃO (N)  PARCIALMENTE APLICÁVEL (P)  NÃO APLICÁVEL (NA) Taxonomias navegacionais

A taxonomia navegacional existente possui categorização adequada dos conceitos/termos.

P

A taxonomia navegacional existente possui termos significativos e coerentes que não dificultam seu entendimento.

S

Instrumentos de controle terminológico

São utilizados vocabulários controlados, tesauros e/ou ontologias para a

representação do assunto dos recursos informacionais.

N

Folksonomias

Há recursos de classificação social (folksonomia) que favoreçam a participação dos sujeitos informacionais.

S

As tags geradas pelos sujeitos são disponibilizadas em nuvem de tags para facilitar a navegação social.

N

Metadados

Os recursos informacionais estão

representados por metadados. S

É utilizado padrão de metadados coerente com a proposta do ambiente informacional.

P

institucionais (informáticos e profissionais da

informação)

auxílio aos sujeitos informacionais a partir de tutoriais (ambientes digitais) ou assistência presencial (ambientes analógicos).

Mediação dos sujeitos informacionais

Os sujeitos participam da produção da

informação disponibilizada. S

Os sujeitos participam da organização / representação da informação

disponibilizada.

S

Affordances

As afforfancesaplicadas facilitam o entendimento por diferentes tipos de sujeitos informacionais.

P

Wayfinding

O ambiente utiliza marcos e/ou metáforas que dão pistas ao sujeito para orientá-lo no espaço digital e/ou analógico.

S

Descoberta de informações

O mecanismo de busca utiliza o recurso

autocomplete ou autossugestão. P Na página com os resultados de busca

são apresentadas facetas para o refinamento da pesquisa.

S

Os resultados de busca apresentam diversos tipos de documentos com base na estratégia de busca inicial do sujeito, apresentando-os de forma relacionada.

S

Há informações utilitárias nos espaços

analógicos. NA

Acessibilidade e Usabilidade

O ambiente possui usabilidade. P

O ambiente digital possui recursos de

acessibilidade digital na interface. P O ambiente analógico possui recursos

de acessibilidade. NA

Foram utilizadas as recomendações de

acessibilidade da W3C (WCAG 2.0). P

Intencionalidade

Há indicativos de que a ecologia se preocupa com a intencionalidade dos sujeitos por meio de tecnologias como análise de log de interação ou outras.

P

Responsividade

Possui interface responsiva. S

Permite a continuidade das ações dos sujeitos informacionais entre os diferentes dispositivos.

S

Ubiquidade Há indicativos de que a ecologia possui

tecnologias ubíquas. N

Consistência

As distintas partes da ecologia informacional possuem consistência entre si.

P

Placemaking

Permite que os sujeitos informacionais mantenham-se orientados, construindo sentido de localização na ecologia informacional complexa.

Atende finalidades, contextos e

comunidades específicas. P

Redução e Resiliência

Gerencia grandes conjuntos de informações e minimiza o estresse e frustração na escolha de fontes de informação, serviços e produtos.

S

A ecologia ou partes da ecologia se adapta à sujeitos informacionais

específicos, necessidades específicas e estratégias de busca contextuais.

N

Correlação

Sugere conexões relevantes entre elementos de informação, serviços e bens

P

Ajuda os sujeitos informacionais a alcançar objetivos explicitados ou estimular necessidades latentes.

P

Pervasividade

Possui estrutura ecológica com uma diversidade de ambientes, meios, canais, sistemas, tecnologias, etc.

P

Permite a tendência de movimento, propagação, infiltração, difusão total ou parcial através de vários ambientes, meios, canais, sistemas, tecnologias, etc.

P

Fonte: Adaptado de Vechiato, Oliveira e Vidotti (2016, p. 15-17).

Considerando as respostas constantes no checklist referentes a análise do RI da UFRN, são discutidos a seguir os resultados a partir de cada atributo:

Taxonomias navegacionais

A partir da aba de Comunidades do repositório destacada em amarelo é possível identificar as Taxonomias Navegacionais que foram constituídas a partir de comunidades que representam a estrutura organizacional da instituição e que é permitida a partir dos recursos do software Dspace. É possível navegar seguindo outros caminhos (como pelas listas de autor e assunto disponibilizadas), no entanto a estrutura taxonômica principal no RI é dividida por comunidades e, por conseguinte, por sub-comunidades e coleções, conforme indica a Figura 1:

Figura 1 – Taxonomias Navegacionais

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

No entanto, observa-se na Figura 1que a partir da lógica organizacional do RI a BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações não se encontra logicamente inserida na taxonomia. Uma vez que esta categoria não existe na estrutura da UFRN

Instrumentos de Controle Terminológico

O RI da UFRN não utiliza instrumento de controle terminológico, ficando os próprios pesquisadores como responsáveis para preenchimento de metadados no repositório. Contudo a terminologia passa por uma aplicação realizada pelos profissionais da informação, os quais deverão avaliar se estão adequados, visando a recuperação da informação.

Folksonomias

Há recursos de classificação social (folksonomia restrita) no ambiente em questão. Classificação a qual ao ser realizada pelo usuário detentor do documento, pode ou não permitir que outros alterem e/ou acrescentem termos (WAL, 2005). O processo de indexação é executado pelo autor no preenchimento dos metadados ao realizar o arquivamento dos documentos científicos (exclusivamente pelos usuários que possuem vínculo com a instituição). Desta forma a classificação é considerada folksonomia, por ser realizada pelos próprios usuários os quais são responsáveis pelo preenchimento e controle da classificação de seus documentos.

Metadados

O padrão de metadados utilizado é o Dublin core. Esse padrão foi criado para uniformizar a descrição das informações referentes a cada documento. A vista disso ele colabora com a interoperabilidade entre os sistemas, e aumenta os índices de recuperação da informação e, por consequência, da Encontrabilidade da Informação.

A Figura 2 apresenta um registro informacional com os metadados.

Figura 2 – Metadados

Embora o RI utilize um padrão de metadados, observa-se que não possui um perfil de aplicação, o que ampliaria as possibilidades de representação da informação e interoperabilidade com outros ambientes informacionais.

Mediação dos sujeitos institucionais (informáticos e profissionais da informação).

A mediação do repositório é realizada parcialmente, uma vez que não existem tutoriais disponíveis no próprio repositório (ambiente digital) que auxilie na utilização do ambiente de informação. No entanto, no principal ambiente físico responsável pelo RI da UFRN, ou seja, o Setor de Repositórios Digitais onde são realizados encontros de capacitação para que os usuários possuam autonomia na pesquisa. O ambiente físico (Setor de Repositórios Digitais), no entanto, não foi considerado o ambiente analógico referente ao RI.

Em relação à assistência presencial realizada dos profissionais informáticos responsáveis, existe uma contribuição no tocante a adequação do software para uma maior usabilidade para o sujeito informacional. Destarte, o sistema tem se tornado mais simples e adequado, em conformidade com os recursos (humanos, materiais e financeiros) disponíveis.

Os profissionais de informação contribuem à medida em que eles se preocupam com as políticas de funcionamento do RI. No entanto, existem algumas falhas referentes ao preenchimento dos metadados, sendo que, todos os documentos que são armazenados no RI, ainda que tenham os metadados preenchidos por seus próprios autores, precisam passar por um profissional da informação, que os analisará e corrigirá se necessário.

Apesar disso existem muitos exemplos de metadados de assunto que podem ser considerados inadequados, como representados na Figura 3.

Figura 3 – Mediação dos sujeitos institucionais

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

Na figura, foi utilizada a como palavra-chave o termo Apropriação, no entanto esse termo não pode ser considerado representativo para o documento, uma vez que este não especifica do que se trata especificamente a apropriação.

Mediação dos sujeitos informacionais

A participação do sujeito no ambiente dos repositórios digitais é imprescindível, tanto para o crescimento do ambiente (quantificação das produções científicas), quanto na questão da visibilidade (qualificação da produção científica). Ademais os sujeitos informacionais (usuários) também têm participação ativa em relação à recuperação da informação, dado que a representação da informação provém dos sujeitos informacionais.

Affordances

Grande parte dos affordances (pistas) encontrados no ambiente do RI da UFRN, podem ser considerados simples de utilizar, dado que parte destes configuram-se como botões e links. Podemos perceber através da Figura 4que na homepage existem affordances bem definidas e claras quanto a sua função, com o exemplo de Buscar no repositório, onde é claramente indicado o local onde o usuário poderá realizar suas pesquisas. Todos os exemplos expostos na Figura 5 podem ser considerados indicativos de affordances.

Figura 4 – Exemplos de affordances (homepage)

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

Algumas pistas não são claras, embora não interfiram significativamente na pesquisa, elas são capazes de atrasar e até confundir os usuários. O exemplo da Figura 5demonstra uma falha de adequação do que poderia ser uma affordance.

Figura 5 – Exemplo de Affordance (homepage)

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

O sinal de adição no canto direito da tela não define sua importância para usuários que os visualizem, ele não se caracteriza como um botão, dado que ao clicar em qualquer parte da aba azul (Comunidades do repositório)é possível obter o mesmo resultado. Dessa forma, alguns usuários podem não conseguir reconhecer o sinal de adição como uma affordance, diminuindo suas chances de encontrar a informação desejada.

O RI possui um conjunto de elementos constitutivos do Wayfinding, uma vez que existem elementos capazes de manter a orientação espacial dos usuários. Esse aspecto é melhor visualizado com base na realização da busca simples por parte do usuário, de modo que, para a realização da pesquisa navegacional ou seja, utilizando apenas o mouse, é necessário ao usuário possuir conhecimentos relacionados à organização e categorização estrutural do repositório em questão.

Um dos elementos capaz de favorecer a Encontrabilidade da Informação no RI são os breadcrumbs (migalhas de pão), conforme apresenta a Figura 6.

Figura 6 – Wayfinding

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

Esse elemento possui grande importância, uma vez que mantém o usuário orientado quanto a informações referentes a onde está e de onde veio, destarte esta ferramenta de orientação espacial é capaz de fornecer ao usuário possibilidades de avançar nas buscas e retornar, diminuindo os transtornos.

Descoberta de informações

O mecanismo de busca (simples) possui clareza na sua apresentação, no entanto, ele não apresenta alguns recursos que poderiam ajudar o usuário na recuperação da informação, como o autocomplete, o qual poderia facilitar a tarefa de

busca do usuário e proporcionar uma maior eficiência do sistema. No que se refere a autossugestão como utilizados por alguns buscadores, é perceptível que existem esforços empreendidos neste propósito como visto no exemplo da Figura 7 qual nos mostra o resultado de uma pesquisa simples realizada com um termo escrito erroneamente, neste caso o repositório sugeriu a escrita correta do termo, no entanto ao clicar no termo correto (colocado aparentemente como link), a página não é remetida aos documentos relacionados ao assunto sugerido, fator que pode causar frustração e desperdício do tempo do usuário.

Figura 7 – Recurso autossugestão

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

Quanto à busca facetada, o repositório cumpre a tarefa muito satisfatoriamente, no que tange autor e assunto (Figura 8). No que diz respeito a busca facetada referente a data, o repositório deixa a desejar, uma vez que as datas dos documentos são arquivadas sem padronização de apresentação.

Figura 8 – Busca facetada por Autor e Assunto

Fonte: <https://repositorio.ufrn.br/>. Acesso em: 24 nov. 2016.

A busca realizada no repositório é capaz de retornar tipos variados de documentos, dos quais há disponíveis teses, dissertações, artigos, fator que aumenta as chances dos usuários encontrarem a informação que necessitavam.

Referente a descoberta de informações em espaço analógico, no caso do RI não se aplicada a essa pesquisa, devido a falta da existência de RI físico.

Acessibilidade e Usabilidade

A interface do RI da UFRN não se apresenta, em um primeiro momento, como um ambiente de difícil utilização, visto que seu espaço possui uma interface clara e limpa, do ponto de vista da arquitetura da informação. O RI possui atributos que

contribuem para a usabilidade dos usuários próprios da UFRN, posto que a estrutura organizacional e o funcionamento do ambiente são do conhecimento dos usuários por fazerem parte da instituição.

A usabilidade do ambiente pode ser considerada como parcial uma vez que, considerando os aspectos referentes às affordances, wayfinding e à descoberta de informações já anteriormente relatados e relacionando com a capacidade que o sistema possui de proporcionar um fácil uso pelo sujeito informacional, é perceptível que existem carências que impedem o bom funcionamento deste atributo e, consequentemente, podem dificultar a encontrabilidade da informação disponibilizada.

Quanto a acessibilidade do sistema podemos constatar em que nível o RI se encontra a partir do sistema online AcessMonitor que detecta problemas de acessibilidade de acordo com as normas do WCAG da W3C. Esse sistema possui a capacidade de avaliar aspectos detalhados do repositório, no que se refere a acessibilidade dos conteúdos visuais e auditivos, ao idioma, visando sempre a clareza do ambiente, para que todo e qualquer usuário seja capaz de utilizá-lo, assim como afirmam as diretrizes da W3C (2011). A Figura 9 apresenta detalhes sobre a amostra recolhida do RI da UFRN, levando em consideração que trezentos e trinta e dois elementos passaram pela a análise apenas na pagina inicial do site.

Figura 9 – Validação da Acessibilidade no RI – UFRN

Fonte: <http://www.acessibilidade.gov.pt/accessmonitor/>. Acesso em: 29 nov. 2016

De acordo com a Figura 10, nota-se que são utilizados para demonstração do resultados, índices e níveis. Os índices são numerados de uma a dez sendo que o dez representa que o site em questão está aprovado de acordo com as normas do WCAG

da W3C. E os níveis representam as prioridades: A, AA, AAA, levando em consideração

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