IDEO OGIA NO CONTEXTO
DA
U AÇÃO NO BRASIL.
yxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAReinaldo de Montalvão de Morais Cunha*
Ao iniciar a nossa conversa sobre o instigantebaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 1 I 1 ideologia, gostaria de afirmar que enquantoKJIHGFEDCBA
" '" V I r crítica haverá necessariamente a superação
I I Id ologia. Isto porque, quando o homem questiona
l i mundo, o faz destruindo a matr í . z em que se
" tI nta a própria ideologia. Quando a lei, o
va-1 va-1 " , o poder e o fim se encontram fora do homem, I' II crítica e ação estes elementos retornam à sua
" ,> , m , ao seu fundador, pondo fim ao desejo último
1 1 Ideologia que é sempre o silêncio.
Começaremos a debulhar nosso assunto, a partir I" texto de um dos baluartes da Revolução Francesa.
"Haverá lugares na terra, onde a natureza con-denou seus habitantes a nunca gozar a liberda-de, nunca exercer sua razão? •• Esta diferença de luzes, meios ou riquezas, até hoje observa-da em todos os povos civilizados entre as di-ferentes classes que compõem cada um deles; esta desigualdade, que foi aumentada pelos primeiros progressos da sociedade, ou, por as-sim dizer, foi produzida por eles, é devida à própria civilização, ou às imperfeições atuais da arte social? •• os homens se aproximarão deste estado em que todos terão as luzes ne-cessárias para se conduzir segundo sua própria razão nos afazeres comuns da vida, e mantê-la
I ' 1 1 8 t r a p r o f e r id a n o I S e m in á r io d e S u p e r v is o r e s E d u c a c io n a is d o E s t a d o d o P ia u í .
is nta de preconceitos, para bem conhecer seus direitos e exercê-Ios segundo Sua opinião e Sua consciência; onde todos poderão, pelo de-senvolvimento de suas faculdades, obter meios seguros para prover as suas necessidades; on-de, enfim, a estupidez e a miséria serão ape-nas acidentes, e não o estado habitual de uma porção da sociedade? (Condorcet, Esquise d'un Tableau Historique des Progres de l'esprit Hu-main. 1974, ed. Vrin, p. 204-205.)
Este texto nos mostra como a ideologia se re-vela na própria ação. PõebaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà tona as contradições do liberalismo. Uma concepção de mundo de uma -classe capitalista vitoriosa já não consegue traduzir na prática os interesses da maioria. O texto desnuda o discurso ideológico do liberalismo traduzido no le-ma: IGUALDADE, FRATERNIDADE e LIBERDADE. Não conse-guindo na prática o que apregoa no discurso, o ca-pitalismo busca pelo consenso as disSimulações das contradições. Busca por os homens debaixo de um
po-d e r q u e s e t o r n a n e c e s s â r i o p e r e n i z a r . N o e n t a n t o ,
a história traz à luz aquilo que se quer oCultar, o que obriga a ideologia a se reinventar, a ir em di-reção à novas justificativas.
Ideologia, portanto, é oCultação do real, da contradição. Materializa_se em movimentos políticos que comandam as ações, programam uma sociedade e ordena-lhe um fim.KJIHGFEDCBAl
, Mas ideologia também, é um de-socultar do real, ela é e ao mesmo tempo não é, in-versão de consciência. ~ apenas uma inversão de consciência que permanece no plano do imediato, do aparecer social, de ponta cabeça, como diz Marilena Chauí, indo em direção ao plano do mediato, do ser social, nós diríamos de cabeça-ponta, com possibi-lidade de Conscientização e transformação do real através de ações efetivas na realidade social. Nes-te desoCultar então, surge um novo pensamento, uma nova ação que revela a contradição e produz um mo-vimento da história pela superação destas mesmas COntradições.
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E d u c a ç ã o e m D e b a t e , F o r t , 1 5 - 1 6 j a n . / d e z
o
1 9 8 8
ao conceito de
referência ífi
I
1 II Z rmos uma tema espec co
d trarmos no
s-II II antes e cen s or acharmos que e
I I ~os trouxe, o fazemo p não compreendido.
1 '1 1 1
l o em Marx é um _ p~uco simples tomar de
I I I I l 1 . nao e um d ras
I I M I x , a ideo ogl.~ de idéias fals~fica o _
I 1 1 ia de um conJunt~ onde ficara a açao I
ldade Sendo aSSl.m, nceito é uma
di-I • le este co um
I madora? Para e , i 1 e, portanto,
• . praxis soc a , d s
lu-da proprl.a 1 no desenrolar a o prático fundamenta
análise e
iais. agora buscar a i
vista disto, vamos da sociedade bras-da escola brasileira :lise e crítica prin-I Centraremos a nossa ana Verificaremos que,
" , ' , , ' , ; nte n e s t e s ü l t i : ~ S o : n ~ ~ ~ e n t o s h i s t ó r i c o s a ; :
Ideologia perpass educação voltada p
I tentou construir uma
d inantes, também a
con-d s classes om El moveu a
IlIteresses a f z presente. a
lIção da realidade se e nca como tanto, cresce II I Illd de histórica. Hoje, nu dos trabalhadores
I I a - i de classe d
du-I dia a conscienc a d profissionais a e
I \ I I ortanto, os
" I I ileiros, e, p
bas-0-
também. _ d senvolveram-seI 1 1 , ; o ·ltimos decenios e i e da
gran-Nestes u'u o do capí . taL estrange ro rodutivas. ' u r te , s o b . o J g i o n a l a s n o s s a s f o r c a s p a L t al . , a
t i burguesl.anac força de trabalho, o c: violên-I)senvol~eu-~ep~anejamento gover~:me~t:!,se trans-I cnolog a, divisão do traba o. i da tudo , . L a e s t a t a l e
i
n u m a s o c i e d a d e _ m o d e r n ~ a ' M o d e r-I rmar este pa s tambem a esco a.
mercadorizou. portant~~do foi reduzido ao
eslta-ela quase . to esco ar,
nizando-se, n , d rias: planeJame~ t O uto de coisas-merca o alunos, conteudos, e c. is
í
10 professores e físicos e socia
urr cu , do aos fatos
tratamento dispensa • coisificado. e
- diferem. Tudo e d desenvolvimento
nao se id logia o d no
~ claro que a eo. ito vinha se gestan o
italista ha mu r côndita na
P
rogresso cap 1 Encontrando-se ~
adure-• i naciona. da e se am
territor o ·blica, aflora na segun d
d com segmen-primeira repu - ios Uma socie a e
·ltimos decen •
ce nos .u 25
tos modernos convivendo com segmentos arcaicos e
tradicionais não "não era viável". Era necessário
que ela se modernizasse. O desenvolvimento imposto
ao Brasil seguiu a trajetória da dependência,
tor-nou-se MODERNIZAÇÃO.
As forças produtivas se desenvolveram e com
elas cresceu o capital, mas tal crescimento não se
fez sem Contradições. Simultâneamente a esse
pro-cesso agigantou-se as oposições, os conflitos e as
contradições da sociedade brasileira. Passou-se de
um ESTADO tradicional a um ESTADO forte e
funcio-nal, mas tal passagem produziu uma forte luta
con-tra o poder estatal patrocinado pelas classes
mé-dias burquesas não participativas do poder e pelas
próprias classes subalternas.
O desenvolvimento e o progresso foram impostos
ao país. E quando tudo isto aconteceu, mais uma vez
o ESTADO autoritário entrou em cena: aliando-se,
Como antes, ao capital monopolista estrangeiro ebaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà
grande burguesia nacional pôs fim à rebeldia das
classes sociais dominadas.
O ESTADO brasileiro militar, representante da
grande burguesia nacional e do imperialismo norte
americano, fez da sua apoteose a espada, da sua
conquista a miséria. Da sua fortaleza a fraqueza, a
fraqueza de uma sociedade civil, sob o manto de um
ESTADO forte e autoritário, que tomava a si os
des-tinos da nação: "~ o ESTADO quem diz o que a
socie-dade pode ou não pode fazer".3'
Sob o lema, "desenvolvimento com segurança"
entramos num período de um ESTADO planejador. E
co-mo planejador e instrumento nas mãos do capital, o
planejamento do ESTADO vinha sempre acompanhado de
idéias de eficácia, racionalidade, produtividade e
desempenho, idéias próprias da chamada moderniza_
ção. Enfim, vinha acompanhado de tudo que o capital
poderia fazer para se acumular, extorquindo por um
sobre trabalho a população brasileira, deixando nas
mãos de seu povo a tarefa de "desenvolver" este
país. Livre de suas amarras políticas O ESTADO não
só mercantilizou os produtos materiais, mas também
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. Mercantilizaram-se as
. telectuals. " d
plodutos ln . alia comandava tu o.
o homem. A malS v 'l-encio na
observa-.1 anos em Sl , ADO
I)'pois de tantos lativas do EST ,
ias especu em
1 '" iva das org. az de ação, reaparece
I'\ l I ' pressionada e l~ca~ a classe trabalhad~ra:KJIHGFEDCBA
I sociedade brasl1elra d Sa-o Paulo real1zam
11I 11 1 ~ icos e
I I Ih lhadores meta ur~ d 1 9 7 8 a primeira greve
I I 'I'I m ira semana. de mal~ev: de Osasco em 1 9 6 8 .
111111I ativa depols da.gdade civil contestavam com
setores da SOCle
I I I o L m e DITATORIAL. .
111111Z I l o regi . dimensão desta
SOC1e-A escola brasileir~ como
Na época da colônia
' uiu o mesmo camlnho. "para os índios e
1 d "catequese d rem
I uma esco a e - os brancos estu a
ala de preparaçao para - da República se
• 1 S ~ após a P ro c Lamaç a o " escola
('111uga. o . ~. liberal de uma ~.
t um ldearlo
pratl-IIII Lmplan ar d inda a escola, na
d " permanecen o a
I I to os , .
Ip'nas para a ellte·
ro osta de escola para. as
A Escola Nova uma p p d um capitallsmo
.. um momento e d
I dndes que V1Vlam .1 ainda se manten o
~ 1 tada no BraSl ~ ra
11111loso e imp an _. Assim foi tambem, p~
I
uarão de dependencla. 1.mplantou, apos,
m ~ -. que se
IIIllltera dependencla versão tecnicista. Temos
" O escola nova em sua . da escola
moderniza-' • 1 numa teo rt . a d
111I. uma esco ~, brasileira moderniza a. ~
Illra uma socí . e d a d e o modelo
so-I • -.a com
Fm' consonancl.-. Vlvemos momentos de uma
su-I . , po lítico-~con~ml~o Às escolas aparentemen:e
I v.llorizaçao tecnlca·
d um trato
PS1-IIlIvadas for~m da a~das por uma racional
ida-t ·cnico-pedagogico. Tec tornaram-se mediadora~
struturas escolares. ~ria. dos alunos a
~. scolar reaClona .
su-1111I1pr ati . c a e d pelos professores, .
I
ia
da escola, passan o. t dores educaciona1s. is orlen a _
Ivl ores educaclona, em suas relaçoes
ex-t1l11lnistradorese~colaresformou_se uma "rede de
nte hierarqulzadas, f. último dar uma
vi-c ó e s" que tinha como o Ia quanto à sua
efi-". -. da esco
cisa e mecanlca
1-n ia e produtividade. Era o modelo de gestio em-pr sarial transposta para a escola. Reem-produziam-se, portanto, relações sociais próprias das relações de produçio capitalista, utilizando-se das estruturas burocrático-administrativas, como meios
legitimado-res de um fim maior: a manutenção do sistema
Só-cio-econômico-político vigente.
Na aparência de uma educaçio renovadora, de cunho tecnicista realizava-se entio uma educaçio, mesclando uma teoria determinista da educaçio
en-quanto mecanismo de ajuste social dos indivíduosbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà
sociedade, com uma teoria escolanovista. Pratica-va-se uma educaçio liberal, individualista e psico-logista, numa escola voltada para dentro dela, com uma visio do aluno indivíduo, da matéria lecionada como um fim em si mesma e do professor isolado no seu saber a ser transmitido.
Concomitantemente a este processo, ocorrem mu-danças significativas na política brasileira. O ES-TADO passara da "distensio" à "abertura" buscando formas de conciliaçio, aliança de classes, que tan-to caracterizam o poder estatal brasileiro em mo-mentos de crise hegemônica. Mas as classes e fac-ções de classes dominantes, nio participativas do bloco do poder e as classes e facções de classes dominadas continuavam sua luta contra este ESTADO. As associações (dentre elas as associações de pro-fessores), o sindicalismo e outros organismos da sociedade civil emergem e/ou se fortalecem. Diver-sos líderes sindicais surgem como resultado de prá-ticas políprá-ticas há muito em silêncio, porque repri-midas, no país. ~ o movimento de luta de classes que reaparece no cenário nacional. A crise da dita-dura militar provoca um movimento surpreendente das contradições de classes. Os trabalhadores em educa-çio também se organizam.
Já em 1 9 7 5 , a formaçio de especialistas da educaçio-supervisores, orientadores e administrado-res - nio se fazia sem que oposições e conflitos surgissem. O próprio ESTADO percebera isto e tentou harmonizar a situaçio através dos pareceres 6 7 e
28 E d u c a ç ã o e m D e b a t e , F o r t . 1 5 - 1 6 j a n . j d e z . 1 9 8 8
e 7 1 / 7 6 , do MEC, de autor ia do
profes-h H / 7 5 , e, 7 0 ropondo reforma dos cursos de
or Valnir Chagas
f, Pssores protestaram. Se o
proble-o Os pro e Os
p ·oagogla. especialistas r ia o eram mal
em que os dKJIHGFEDCBA
li'" stava o d o conflito que a realida e
pro-o o devl o a d - do
t uncl0nals flito propon o a formaçao
i resolver o con - - S
t l u z a, fessor nao era a s o luçao. egun-" pecialista no proo Helena Café, da FE/UFG,
mem-ra Marla
do a profesSo o aL Pró Formação do Educador, o
C o te Naclon
\ l , do o r n a , e focalizava no L r i terior da eS-ovamente s
I" blema n lver o mesmo ent re quatro
pare-1 t tando resO . d
I Ila, en .ta a nível nacl0nal pelos e
uca-N- endo acel .
t l l · S . ao s ernamental foí , Sus tada. Somente
Posta gov
dllres a pr o b de n o v o o debate sobre o tema.
m 1 9 7 8 o MEC rea
d re
1 9 7 8 na faculdade de Educação
E vembro e , o •
m no d 1 de Camplnas r eallza-se um
. .dade Esta ua _
d.1Unlvers1 t ma' A Formaçao do Educador.
Ne--. sobre o e . 1
-'minarlo . tituição a serViço do capita e
Ia como lns _ o . _
1 1 ' oesco "Ao lado da visao da :sco1a como L n s ti .
I I 1t::cada. centralizada em si , mesma e com pro-1 pro-1 pro-1 pro-1 ao neutr~,. a visio de um projeto de escola
oeClflCOS,
"I 'mas esp proj eto de s o c iedade aparece.
d r a um n o v o -
-IIIta a pa 1 como reproduçao so eial e
levan-. - o da e sco a .
'rltlca . - crítica da sociedade c a p i . t a "
da Vlsao _
I r d dentro 1 sociais sao tematizados; a edu-II a. Os pr~b edmascomo dimensão da sociedade; o
- - nallsa a 1 '
-, 11;o e a _. é entendido Corno trabalho po l-IIaba lho pedagoglco
I I' 0 " . 4 de Educaçao de todo o pais
-. Faculdades 7 9
Varlas bre o assunto. Em julho de 1 9
estudos so o • - 1 de
I'lomovem de Educação da Unlvers~dade Federa
I I ' culdade d mento e o envia a.o MEC. Nele,
- 1 bora u m oeu - d
1 . \ 1 i s e a .dade da democratizaçao da e
u-1 e a necessl o •
I o s a ta-s .d d do MEC ouvir O s profisslona1S
- ecessl a e d
I i c u o , a ~ de propor reforma dos cursos e
I d çao antes - . ., o
,uca . . a-se com veemenc~a o tecnl.Cl.sm
p dagogia e crltlC
istentes • blema "Formação do Educador" g a - :
Em 1 9 8 0 , ~ prol Todas as universidades já
de-- bí t nac l.ona . - S
" l i I a m 1 o N te ano tambem realiz a-se _ em ao
h I t m o tema. f e~ cia Brasileira da Educaçao. A re-I ' l U o a I Con eren
Fort1 5 - 1 6 j a n . / d e zo 1 9 8 8
' a ã o e m D e b a t e , o
_ _ _ _ ....L ...,"""
formulação dos cursos de pedagogia foi uma das
te-máticas que mais mobilizou os educadores. Como
pro-blema fundamental na reconstrução da sociedade
bra-sileira colocava-se a redefinição da formação do
educador. Após a I Conferência Brasileira da
Educa-ção, Goiânia é escolhida como sede um Comitê
Nacio-nal que unisse os educadores brasileiros num
movi-mento de reformulação dos cursos de formação do
educador, partindo da base e não do MEC ou de
co-missões escolhidas por ele.
Numa linha de ação simultâneabaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà nova formação
do educador a reinvindicação de condições de
traba-lho aparece. Em novembro de 1979, os trabalhadores
da educação realizam a nível nacional sua primeira
greve, fruto do fortalecimento das Associações de
Docentes das Universidades Federais Autárquicas. As
associações de professores de 1Q e 2Q graus também
se fortalecem e realizam greves. Estas associações,
juntamente com outras dos diversos segmentos da
so-ciedade civil, colocavam na ordem do dia
contesta-ções não só ao nível de temas políticos globais,
como também contestações a nível concreto de
traba-lho. Punham em evidência o autoritarismo disfarçado
da divisão do trabalho e o papel importante que
es-sa divisão exercia para o capital. Mostravam as
in-suficiências do modelo sócio-econômico-político do
país e criavam bases para debates nacionais sobre
outros modos de gestão de empresas, outros modos de
organização dos homens na produção. são os
traba-lhadores da educação, juntamente com outros
traba-lhadores dos diversos setores da sociedade civil,
que voltam a se manifestar politicamente.
O que dizer do Brasil e da escola brasileira
neste momento? A sociedade brasileira se
sociali-zou. Socializou-se no sentido de que o
desenvolvi-mento de suas forças produtivas, que tornou o
tra-balho realmente social, exigiu um coletivo para
co-locá-Ias em movimento. Mas tal desenvolvimento,. no
interior de um modo específico de produção
capita-lista gerou contradições. Contradições que se
tor-naram impulsos para a tomada de consciência dos
30 E d u c a ç ã o e m D e b a t e , F o r t . 1 5 - 1 6 j a n . j d e z . 1 9 8 8
concretas de
das formas
que cada ~ia
de pessoas
-aceitar a exploraçao.
noS dispos:~s ~ classe do
trabalha-consclencla de
blh dora brasileira
_ A classe tra a aKJIHGFEDCBA
I I 1\ ro. _ fisionomia nacional.
"os dias de hOJe, -ll-ra como na escola
• - d d braSl e , ~
-1111\I ' na SOCle a e ovimentoS
teorl-• ~ curso m
\11 IIn , esta em _ _stórica dos atuais
mo-I 'I II I - s de superaçao ~l ntos que obrigam o
- mos MOVlme, 1
-l I 1'111que Vlve • _ ntar na ideo o g i . a
- 1 - o a se relnve
"de-\ 1 1 ) \ l I aS1 elr _" - "ABERTURA" ainda com
111\11.t i "DISTENSAO a" ara a "NOVA REPÚBLICA"
Ivll\\'ntoe segurança, p - 1" recentemente
" - paz socla , 1
l i I ma "justlça e - ra "tudo pe o
1\1\ d -nvençao pa
111Id ) na arte a ~rei , con~trução de uma Nova
\ \l . " • que desaguaram_ - quena por sua vez ,
redunda-I 1\111 ão Braslle1.ra "N' Le1.-de Diretrizes e
- - na ova ~
nsequenCla, LDB que nos
- ~ ~ na nova
educaçao. E e al, as energias. Ela
po-"Int' devemos centrar noss rvador atualmente
- ento conse '
\ P ' ar do moVlm _ - te dar uma nova
• Assembléia Const1.tu1.n ,
ut ' na - - 1 -ra
- - educaçao braSl el _. ESTADO
lll1l1lólçaoa _ ~ a voces que, o
\,In lizando, d1.rl~mosd _d muito um discurso
- tem dlfun 1. o ito
II I Iro hOJe, ARA TODOS. Fala-se mu
1\111'I o: U M A ES~O~A P ão odemos e nem de:vemo:
\
" " r
desacredlta-lo. N ~ença e isto so serad scrédito acon , ~ - de
11111I Ir que o e _ _ os da nossa pratlca
Ivel quando ellmlnarm - 1 - Lo se faça o grito.
- - Do Sl enc - d
I " I d o r s o ~i~enclo. rítica associada à açao
a-I t I O da crlt1.Ca. A c sformar a escola da
1 t querem tran
I 1I que rea men e
IId . i d brasileira.
t i sta sociedade e
Cresce o número
1111,1\oe m D e b a t e , F o r t - 15-16j a n _ /d e z- 1988
1. Cf. CAF~, Maria Helena, InterrogaçãobaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà
ção de Pierre Bourdieu e Jean Claude (Dissertação de mestrado). Brasília: de Educação, Universidade de Brasília,
"Reprodu-Passeron Faculdad 1979. NOTAS
2. Octávio Ianni em "O Ciclo da Revolução
Burque-sa" Petrópolis: Vozes, 1984, faz uma a n á lKJIHGFEDCBAís
,
-excelente das produçoes burguesas no Brasil, es-pecialmente neste século. A sua lei~ura é impor-tante para se compreender as relaçoes entre o EstadO e a sociedade civil no Brasil.
BIBLIOGRAFIA
3. Cf. LIMA, Gen. Argus, Artigo publicado no jornal
"O Estado de são Paulo", em 11.09.76, p. 14 apud
IANNI,
o.
"O Ciclo da Revolução Burguesa", Pe-trópolis: Vozes, 1984, p. 96.4. Cf. CAF~, Maria Helena. A reformulação do curso de Pedagogia. In: "Revista Inter-Ação", nQ 05, Faculdade de Educação, Goiânia, 1Q semestre, 1981.
CAF~, Maria Helena. Interrogação à "Reprodução" de Pierre Bourdieu e Jean Claude Passeron (Disser-tação de Mestrado). Brasília: Faculdade de Edu-cação. Universidade de Brasília, 1979.
IANNI, Octávio; "O Ciclo da Revolução Burguesa". Petrópolis: Vozes, 1984.
CUNHA, Reinaldo• ~ediadores na busca da dimensão política da pratica escolar (Dissertação de Mes-trado). Fortaleza: Faculdade de Educação. Uni-versidade Federal do Ceará, 1986.