1. Leia atentamente o texto.
A verdade é esta: nenhum deus ama o saber ou deseja ser sábio (pois que já o é), nem
qualquer outro que possua o saber se dedica à filosofia, do mesmo modo que não são também
os ignorantes que a ela se dedicam ou que aspiram a ser sábios! «Vamos, Diotima»,
interpelei-a. «Como qualificaremos então esses que se dedicam à filosofia, se não são sábios nem
ignorantes?» Ela exclamou: «Isso salta até aos olhos de uma criança! São intermediários entre
ambos os extremos, como indubitavelmente sucede com o Amor: pois se a sabedoria se conta
entre as mais belas coisas e se o Amor é amor ao Belo, forçosamente terá de ser filósofo e,
como filósofo, situar-se no meio-termo entre sábio e ignorante.»
Platão, O banquete, Edições 70, 1991, Lisboa.
1.1 Selecione a resposta correta.
1. De acordo com o texto de Platão, o filósofo é: [A] um sábio.
[B] um ignorante.
[C] um intermediário entre o saber e a ignorância. [D] alguém satisfeito com o que sabe.
2. A filosofia é amor à sabedoria, pois: [A] cada problema coloca novas questões. [B] o filósofo deseja e procura saber.
[C] amar o saber é o mesmo que possuir o saber. [D] quem ama a filosofia é sábio.
1.2 A partir do texto, explique o significado etimológico da palavra «filosofia».
I
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ Iniciação à atividade filosófica
2. No quadro seguinte, assinale com
V
as afirmações verdadeiras e com
F
as afirmações
falsas.
A filosofia:
1. serve-se do pensamento e da linguagem para produzir conceitos e teses
sustentadas por argumentos.
2. não requer reflexão.
3. constrói-se na relação dialógica entre um eu e um tu. 4. é um saber assistemático, carecendo de métodos próprios. 5. exige do filósofo consciência dos problemas da sua época. 6. ajuda a conhecermo-nos a nós mesmos.
7. alcança respostas definitivas para os problemas.
3. Indique a disciplina filosófica a que corresponde cada afirmação.
1. Estuda as questões relacionadas com o conhecimento em geral. 2. Aborda as maneiras de o ser humano viver de acordo comdireitos e deveres.
3. Questiona a relação do ser humano com a transcendência e com
o sagrado.
4. Trata das causas ou princípios primeiros da realidade. 5. Trata as formas de organização da vida comunitária, das
instituições e do poder.
6. Ocupa-se da problemática da obra de arte.
7. Dedica-se à reflexão acerca da produção e validação do
conhecimento científico.
4. Estabeleça a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições.
1. Conceito a) Conjunto coerente de argumentos que visam expor um
determinado assunto.
2. Argumentar b) Capacidade de perguntar e de formular corretamente
uma questão.
3. Discurso c) Atividade de formar conceitos.
4. Problematizar d) Construir proposições relacionadas de modo a justificar
uma conclusão ou tese.
5. Conceptualizar e) Conteúdo expresso numa frase declarativa, ou seja, o
que é afirmado (ou negado).
6. Proposição f) Representação mental geral, designada habitualmente
por ideia.
2. Quais são as características que contribuem para a especificidade do saber filosófico?
Explique-as.
3. Leia atentamente o texto.
Sem avaliar o que é correto ou incorreto, o que se pode dizer é que a filosofia estrutura as
capacidades mentais. Existe uma expressão interessante – «cabeça bem arrumada» – para
designar alguém que sobressai, não tanto pela acumulação de saberes, mas pela sua capacidade
de discernimento, pelo senso comum, pela disposição e facilidade para aprender qualquer coisa.
(…)
A filosofia liberta. Além disso, cada época tem os seus carcereiros, a libertação é uma
necessidade humana. (…) A verdade nos tornará livres (…) O que mais importa ressaltar é
que a liberdade deve ser a nossa liberdade, não a de outro qualquer e que uma tal liberdade se
consegue através do conhecimento do mundo e de nós mesmos. No entanto, há que ter em
consideração que esta liberdade nos conduzirá muitas vezes à solidão. Tudo o que é valioso
tem um preço.»
Javier Sádaba, Filosofia para um jovem, Editorial Presença, 2005, Lisboa.
3.1 Selecione a opção correta.
1. Avaliar o que é correto ou incorreto refere-se ao conteúdo do discurso, isto é:
[A] ao que dizemos.
[B] ao modo como dizemos. [C] ao método que usamos. [D] à gramática.
2. Quando o autor afirma que a filosofia estrutura as capacidades mentais, refere-se ao domínio:
[A] da religião. [B] da lógica. [C] da estética. [D] da arte.
3.2 Identifique o tema do texto.
3.3 Indique a tese principal de cada um dos parágrafos do texto.
3.4 De que nos liberta a filosofia?
3.5 Imagine que pretende convencer um amigo acerca da utilidade da filosofia.
Que argumentos irá usar?
1. Selecione a opção correta.
1. A ação humana é:[A] uma conduta mais ou menos voluntária e intencional. [B] aquilo que fazemos quando estamos distraídos. [C] por exemplo, a queda de neve durante o inverno.
[D] o que um agente faz, consciente e voluntariamente, com motivo e intenção.
2. A deliberação consiste em: [A] justificar a ação.
[B] explicar a boa intenção do agente.
[C] julgar e avaliar o que é mais conveniente. [D] julgar o comportamento alheio.
3. Existe livre-arbítrio quando o agente: [A] não está sujeito a nenhum condicionalismo. [B] escolhe dentro dos condicionalismos existentes. [C] não precisa de deliberar e decidir.
[D] não tem consciência do que está a fazer.
I
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ A ação humana e os valores
A ação humana – Análise e compreensão do agir
Ficha formativa
2
1. Leia atentamente o texto.
Involuntárias são (...) aquelas ações que se geram sob coação ou por ignorância. Um ato
perpetrado sob coação é aquele cujo princípio motivador lhe é extrínseco. Um princípio desta
natureza é tal que o agente, na verdade passivo, não contribui em nada para ele. Como se
ventos ou homens poderosos o levassem para qualquer sítio.
Aristóteles, Ética a Nicómaco, Livro III, cap. I, Quetzal Editores, 2004, Lisboa.
1.1 A partir da análise do texto, diga o que se entende por ação.
1.2 Mencione os fatores que condicionam a ação.
1.3 Distinga ação voluntária de ação involuntária.
1.4 Defina o conceito de condicionantes da ação.
1. Leia atentamente o texto.
Parece (...) ser o Humano o princípio das ações e que a deliberação tem como objeto as
ações suscetíveis de serem praticadas pelo próprio.
Aristóteles, Ética a Nicómaco, Livro III, cap. III, Quetzal Editores, 2004, Lisboa.
1.1 Por que razão não podemos deliberar pelos outros?
1.2 Explique por palavras suas o que significa dizer que o ser humano é «o princípio
das ações»?
II
1. Leia atentamente o texto.
Ortega y Gasset [filósofo espanhol, 1883-1955] enfatiza que é falso colocar os valores,
assim como o seu caráter positivo e negativo, em função do agrado ou desagrado, do desejo
ou da repulsão. Para ele, os valores são objetivos, estão presentes nos objetos e não são
estados subjetivos.
Daí segue-se que não é o nosso desejo ou agrado que dá valor às coisas. O valor está
presente nos objetos, independentemente do sentimento que nutrimos. (...)
Entretanto, para identificar um valor presente nas coisas é preciso fazer (…) uma avaliação
das coisas.
Fernanda de Araújo Melo, Ortega y Gasset e a teoria subjetiva dos valores, em: http://www.e-torredebabel.com/OrtegayGasset/Estudios/Araujo-Ortega-TeoriadoValor.htm.
1.1 Selecione a opção correta.
1. O texto aborda a problemática filosófica: [A] da natureza dos valores.
[B] da hierarquização dos valores. [C] do relativismo cultural.
[D] do conflito de valores.
2. As duas conceções acerca dos valores em confronto neste texto são: [A] o relativismo dos valores e o objetivismo axiológico.
[B] a conceção objetiva dos valores e o subjetivismo axiológico. [C] a polaridade e a universalidade dos valores.
[D] a historicidade e o caráter absoluto dos valores.
I
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ A ação humana e os valores
Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa
Ficha formativa
3
3. Segundo Ortega y Gasset:
[A] a teoria do objetivismo axiológico é verdadeira. [B] os valores dependem da apreciação subjetiva. [C] é o sentimento que confere valor às coisas.
[D] é inútil avaliar, pois os valores já estão nos objetos.
4. A expressão «caráter positivo e negativo» refere-se: [A] à hierarquia dos valores.
[B] aos sentimentos de agrado ou de desagrado. [C] à polaridade dos valores.
[D] à crise de valores.
1. Leia atentamente o texto.
Em todos estes casos e noutros similares elege-se uma forma de atuar face a outras
possíveis, que no momento ou definitivamente são postas de parte, e o sujeito da ação (isto é,
o indivíduo humano que pensa e atua) legitima racionalmente a sua façanha, ou o seu feito,
invocando valores (…).
Fernando Savater, O meu dicionário filosófico, D. Quixote, 2010, Lisboa.
1.1 Relacione os conceitos de deliberação e de critério valorativo.
1.2 Apresente uma situação de conflito de valores, referindo claramente os valores em
confronto.
2. Leia atentamente o texto.
Os valores podem tornar-se realidade. Uma obra científica, uma obra de arte, uma ação
moral representam realizações de valores. Toda a cultura é isto, e o seu respetivo conceito não
tem, nem pode ter, outro sentido. A cultura humana é, na sua íntima essência, uma realização
de valores.
Johannes Hessen, Filosofia dos valores, Ed. Arménio Amado, 1980, Coimbra.
2.1. Que relação estabelece o autor entre os valores e a cultura?
2.2 Mencione os exemplos de cultura apresentados pelo autor e dê outros exemplos de
manifestações culturais.
1. Leia atentamente o texto.
A linguagem, o mito, a arte e a religião constituem partes deste universo, formam os
diversos fios que tecem a rede simbólica, o tecido complicado da experiência humana. O
homem já não pode enfrentar-se com a realidade de um modo imediato; não pode encará-la,
digamos, cara a cara. Em vez de lidar com as coisas elas mesmas, em certo sentido, o homem
conversa constantemente consigo mesmo. Envolveu-se em formas linguísticas, em imagens
artísticas, em símbolos míticos ou em ritos religiosos, de tal forma que não pode conhecer
mais nada, senão através da interposição deste meio artificial.
Ernst Cassirer, Antropologia filosófica, Fondo de Cultura Económica, 1975, México.
1.1 Elabore um comentário ao texto em que problematize o seguinte tema: os valores e
a cultura como «universo» humano, «tecido complicado da experiência humana» e
«meio artificial».
1. No quadro seguinte, assinale com
V
as afirmações verdadeiras e com
F
as afirmações
falsas. Corrija as afirmações falsas.
1. Ação é o conjunto dinâmico de formas que um grupo social adotou para
tratar de todos os problemas que lhe são comuns, que recebe e transmite às gerações seguintes.
2. Usamos o termo «cultura» para designar os comportamentos intencionais
que realizamos consciente e voluntariamente.
3. Segundo Kant, a vontade é fonte de ação, isto é, um «poder para começar
espontaneamente uma série de coisas ou estados sucessivos».
4. Chamamos ação à atividade metabólica do organismo e ao comportamento
instintivo dos animais.
5. As virtudes e os vícios, a solidariedade e o individualismo, a honestidade e a
mesquinhez,
a espiritualidade e o consumismo pertencem a uma categoria que a filosofia designa por
valores.
6. O termo «ação» designa os movimentos involuntários que fazemos
enquanto dormimos.
7. O termo «ação» designa a atividade consciente, intencional e voluntária do
sujeito ou agente.
8. Chover é uma ação porque acontece.
2. Estabeleça a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições.
1. Hierarquia devalores
a) Atividade que exige consciência, intenção, motivo,
deliberação e decisão por parte de um agente.
2. Ação b) Atividade que praticamos por coação ou por ignorância. 3. Livre-arbítrio c) Proposição que expressa a apreciação ou avaliação de um
objecto.
4. Juízo de valor d) Os valores encontram-se organizados segundo a
importância que o sujeito lhes atribui.
5. Absolutividade e) Atributo da atividade que o agente pratica por opção. 6. Voluntária f) Capacidade inerente à natureza humana de fazer
escolhas.
7. Historicidade g) Característica dos valores a que se refere a expressão «as
coisas são valiosas em si mesmas».
8. Atividade h) Característica dos valores a que se refere a expressão
I
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ A ação humana e os valores
A ação humana – Análise e compreensão do agir. Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa
Ficha formativa
4
1. Selecione a opção correta de forma a obter afirmações verdadeiras.
1. A historicidade e a polaridade dos valores referem-se, respetivamente: [A] à teoria do objetivismo axiológico e à absolutividade dos valores.
[B] à conceção subjetivista e ao caráter universal dos valores. [C] à hierarquia e à polaridade dos valores.
[D] ao caráter temporal dos valores e ao facto de todo o valor ter um contravalor a
ele associado.
2. Segundo a conceção objetivista, os valores:
[A] têm uma realidade independente do sujeito que valora. [B] são programas orientadores da ação.
[C] são critérios subjetivos para avaliar uma ação.
[D] só existem na medida em que o sujeito faz uma apreciação.
3. A hierarquia de valores:
[A] é a mesma para todos os elementos de uma sociedade.
[B] estabelece uma ordenação dos valores segundo a sua importância. [C] mantém-se inalterada ao longo da vida dos sujeitos.
[D] permite-nos reconhecer que todos os valores têm um contravalor associado.
4. Afirmar que os valores são relativos:
[A] significa que todas as sociedades se guiam pelos mesmos critérios valorativos. [B] significa que os valores dependem do indivíduo, da sociedade ou da cultura. [C] é equivalente a afirmar que os valores são subjetivos.
[D] é falso, pois ninguém pode negar que haja valores absolutos, como a vida ou a
felicidade.
1. Leia atentamente o texto.
Uma mulher estava a morrer com um tipo especial de cancro. Havia um medicamento que,
segundo pensavam os médicos, podia salvá-la. Era uma forma de radium que um
farmacêutico, na mesma cidade, descobrira recentemente. A manipulação do medicamento era
cara, mas o farmacêutico cobrava dez vezes mais do que o preço do custo. Pagava 200 euros
pelo radium e cobrava 2000 euros por uma pequena dose de medicamento.
O marido da senhora doente, Heinz, recorreu a toda a gente que conhecia para pedir
emprestado o dinheiro, mas só reuniu 1000 euros, o que era apenas metade do custo. Disse ao
farmacêutico que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para o vender mais barato ou se
podia pagá-lo mais tarde. Mas o farmacêutico disse: «Não, descobri o medicamento e vou
fazer dinheiro com ele.» Então, Heinz fica desesperado e pensa em assaltar a loja do homem e
roubar o medicamento para a sua mulher.
Lawrence Kohlberg, citado por Maria Odete Valente, «Educação para os valores», O ensino básico em Portugal, Edições Asa, 1989, Lisboa.
1.1 Indique dois tipos de valores em conflito na situação descrita.
1.2 Imagine que Heinz decide roubar o medicamento. Explique que critérios
valorativos poderão ter orientado a sua ação.
1.3 Se fosse um agente policial e apanhasse Heinz a roubar, que decisão tomaria?
Justifique.
1. Leia atentamente o texto.
Se as coisas não são valiosas em si, porque valem? Valem porque eu – como sujeito
empírico individual as desejo e, nesse caso, seria o meu desejo, a minha necessidade ou o meu
interesse o que confere às coisas valor (…).
A. S. Vázquez, Ética, Zahar Ed., 1981, Rio de Janeiro.
1.1 Confronte as perspetivas objetivista e subjetivista dos valores. No seu texto, deverá
apresentar um exemplo de juízo de valor e, a partir dele, argumentar a favor de
uma das conceções.
III
1. Leia atentamente o texto.
A ética kantiana marcou a importância do dever desinteressado, mas nada diz sobre o que
se deve fazer em contextos diferentes ou em situações dilemáticas. E esse é o seu principal
problema.
João Magalhães, Horizontes da ética – Para uma cidadania responsável, Editora Afrontamento, 2010, Porto.
1.1 Qual é o significado do conceito de «dever desinteressado»?
1.2 Identifique a crítica do autor do texto à moral kantiana.
1. Leia atentamente o texto.
A moral utilitária reconhece, de facto, aos seres humanos, o poder de sacrificar o seu maior
bem em prol do bem dos outros. Apenas recusa admitir que o sacrifício seja, em si, um bem
ou tenda a aumentar a quantidade total de felicidade.
John Stuart Mill, O utilitarismo, Gradiva, 2005, Lisboa.
1.1 Defina o conceito de moralidade utilitarista.
1.2 Qual é o princípio moral adotado pelo utilitarismo?
1.3 Compare a ética utilitarista com a ética kantiana quanto:
a) ao princípio da moralidade;
b) ao critério de moralidade.
1.4 Aplique os conceitos de «ética deontológica» e de «ética consequencialista» a cada
uma das perspetivas éticas que estudou e justifique.
I
II
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ Dimensões da ação humana e dos valores
A dimensão ético-política da ação – Análise e compreensão da experiência convivencial
Ficha formativa
5
1. Leia atentamente o texto.
Uma perspetiva deontológica procurará a correção e a incorreção mediante uma regra
básica que estaríamos dispostos a adotar como princípio. Assim, e a título de exemplo,
Immanuel Kant propôs o chamado «imperativo categórico». Uma das várias formulações que
Kant propôs para este imperativo foi: «Age sempre segundo aquela máxima que possas ao
mesmo tempo querer que se torne uma lei universal». Dito de outra maneira, as nossas ações
serão morais se forem de tipo tal que queiramos que todas as pessoas as sigam em todas as
circunstâncias.
George Alexander (org.), Que diria Sócrates, Gradiva, 2008, Lisboa.
1.1 Escolha a única opção que lhe permite obter uma afirmação correta.
1. Uma teoria deontológica define a moralidade em função:[A] das normas morais.
[B] do projeto pessoal que orienta a existência humana.
[C] da quantidade de felicidade que a ação pode trazer para o maior número de
pessoas.
[D] do respeito que devemos ter pela lei moral.
2. É consequencialista a teoria ética que faz depender o valor moral de uma ação:
[A] dos resultados previsíveis.
[B] do facto de podermos escolher o que fazer. [C] da liberdade humana.
[D] do respeito pelos princípios.
3. A ética kantiana é deontológica porque define como moral a ação que: [A] cumpre a lei moral.
[B] respeita o dever como fim em si mesmo.
[C] ajuda os outros pelo prazer de os ver mais felizes.
[D] está de acordo com a disposição sensível do ser humano.
4. O imperativo categórico da moralidade enuncia:
[D] a forma a que deve obedecer a ação para ter valor moral.
5. Segundo Kant, o que fundamenta a dignidade humana é: [A] o altruísmo.
[B] o poder de optar entre o bem e o mal. [C] a autonomia da vontade.
[D] o desejo de ser feliz.
1. Leia atentamente o texto.
O valor da vida de um individuo diminui à medida que a idade aumenta? Não é verdade
que a maior parte das pessoas escolheria salvar um indivíduo de dois anos a um de sessenta?
Há alguma justificação para esta escolha?
(…) As respostas a este tipo de perguntas diferirão segundo o estilo de teoria moral que se
lhes aplicar. Seguindo uma perspetiva consequencialista, uma vida humana será avaliada de
acordo com o balanço final de benefícios e danos que dela se derivar. Pessoas que façam
coisas muito boas terão vidas muito valiosas; pessoas que não as façam, não. Pessoas que
façam coisas muito más terão vidas com valor negativo. Deste ponto de vista, a vida de um
criminoso de vinte anos de idade teria muito menos valor do que a vida de Madre Teresa de
Calcutá, mesmo quando ela já está a ficar muito idosa.
George Alexander (org.), Que diria Sócrates, Gradiva, 2008, Lisboa.
1.1 Responda às questões abordadas no texto, segundo a perspetiva kantiana da ética.
1. Leia atentamente os textos A e B.
Texto A
A inovação de Rawls radica, assim, no estabelecimento desse «princípio de diferença»,
segundo o qual a redistribuição correspondente ao Estado de Bem-Estar não tem de ter como
modelo o «café para todos», não tem de ser «igualitária», mas sim equitativa: há que partir
desigualmente para dar mais aos que menos têm.
Victoria Camps, Los valores de la educación, Ed. Anaya, 2000, Madrid.
Texto B
[Segundo Rawls, e de acordo com] o princípio da diferença, a propriedade deve ser
distribuída de modo a que os mais desfavorecidos fiquem o melhor possível. (…)
E segundo Nozick, isto interferirá com a liberdade das pessoas. (…)
Recordemos que para Rawls o princípio da liberdade tem primazia sobre o princípio da
diferença.
[Segundo Nozick], sustentar o princípio da diferença restringe a liberdade (…).
Jonathan Wolff, Introdução à filosofia política, Gradiva, 2004, Lisboa.
1.1 Identifique o problema a que se referem os textos A e B.
1.2 Indique a crítica de Nozick ao princípio da diferença de Rawls.
1.3 Faça uma breve exposição da teoria da justiça de Rawls e tome uma posição crítica.
1. Leia os textos A, B e C sobre as teorias estéticas. Complete o esquema a partir das
indicações dadas.
TEXTOS TEORIA
ESTÉTICA FINALIDADE DAARTE OBJEÇÃO A
A atividade artística está baseada no facto de que uma pessoa, ao receber através da audição ou da visão a expressão ou sentimento de outra pessoa, é capaz de experienciar a emoção que moveu aquele que a expressou. Lev Tolstói • • Expressar e despertar nos outros sentimentos e emoções
• Perante uma obra de arte, os sentimentos do artista e do público não são necessariamente idênticos
B
Em cada um destes objetos, uma particular combinação de linhas e cores, certas formas e relações entre formas, despertam as nossas emoções estéticas. Clive Bell • • Provocar experiências estéticas a partir dos aspetos formais da obra • C
O poeta é imitador, como o pintor ou qualquer outro imaginário (…).
A epopeia, a tragédia e ainda a comédia, a poesia ditirâmbica e a maior parte da aulética e da citarística, todas elas são, em geral, imitações. Aristóteles • • Reproduzir fielmente o objeto da natureza •
I
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ Dimensões da ação humana e dos valores
A dimensão estética – Análise e compreensão da experiência estética
Ficha formativa
6
2. Leia atentamente o texto.
Entre a natureza e a arte há o homem e a sua permanente recusa a renunciar. Entre o
homem e a obra há a força indomável e transformadora que o caracteriza. O mundo é para ele
uma realidade maravilhosa que ele próprio sente, ele próprio interpreta, ele próprio
transforma. Mesmo que em certos momentos passageiros de dolorosa depressão e aparente
abulia o queira ou julgue querê-lo, o homem não pode submeter-se nunca à desumana
condição de reflexo mecânico. Está aí a sua força. O seu itinerário é de luta e de risco. Esta
limitação é um sinal de glória. O homem não pode copiar. O homem cria.
Mário Dionísio, A paleta e o mundo, vol. I, Publicações Europa-América, 1913, Lisboa.
2.1 Elabore um comentário ao texto em que estejam presentes os seguintes conteúdos,
pela ordem que entender:
a relação entre a ação humana e a criação artística; uma definição de arte;
uma breve exposição da teoria da arte como imitação; uma crítica à teoria da arte como imitação.
3. Confronte objetivismo e subjetivismo estéticos.
4. Leia atentamente o excerto do poema seguinte.
Se faça isto ou não devo, é a maneira como escrevo.
Sou inconsciente como a gravidez adolescente
porque eu acredito no que 'tá escrito quando recito,
o que eu admito e podes crer que não facilito.
Sou esquisito, sem limite, cuspo à toa num beat,
não é cultura de elite, é mais cultura de street.
Ficar em baixo, a única coisa a que eu me candidato,
qual é o meu formato? Sujo e barato!
Se paca tu procuras, enganaste-te na área
porque a paca que tu queres não 'tá nesta faixa etária.
Necessária vigilância com dez olhos ou mais,
soltando as cordas vocais sem impressões digitais.
Se hip-hop é vazio, eu sou a tua cabeça.
Se não me queres ouvir, eu faço com que aconteça.
Se hip-hop é lento, eu sou a tua compreensão.
Se hip-hop é violência, a voz é a munição.
1. No quadro seguinte, assinale com
V
as afirmações verdadeiras e com
F
as afirmações
falsas.
1. Teísmo é a doutrina que defende a existência de um Deus único. 2. Agnosticismo é a doutrina que nega a existência de Deus.
3. O ateísmo defende que não podemos saber se Deus existe ou não. 4. O argumento ontológico defende a existência de Deus partindo de uma
definição.
5. Um argumento por analogia baseia-se nas semelhanças entre duas coisas
comparadas.
6. Refuta-se o argumento ontológico demonstrando a diferença entre uma
ideia e a realidade.
7. O argumento cosmológico defende que o sentido de um desígnio
intencional que encontramos na natureza sugere que o mundo tem um «arquiteto» ou criador (Deus).
8. Descartes defende que sendo Deus, por definição, um ser perfeito,
omnisciente e omnipotente e sumamente bom, tem de existir.
9. O argumento ontológico é um argumento a posteriori. 10. Segundo Friedrich Nietzsche, sem Deus a vida é absurda.
11. No contexto da religião, o sagrado designa o plano da existência de
entidades sobrenaturais.
1. Redija um pequeno texto sobre o conceito de religião.
2. Defina e relacione os conceitos de transcendência e de imanência.
3. Distinga os conceitos de sagrado e de profano.
I
II
Nome ________________________________________ N.o_________ Turma_______ Avaliação_________ Dimensões da ação humana e dos valores
A dimensão religiosa – Análise e compreensão da experiência religiosa
Ficha formativa
7
1. Defina os conceitos de teísmo, ateísmo e agnosticismo.
2. O que é um argumento por analogia?
3. O que afirma o argumento do desígnio?
1. Qual é a posição de Sartre sobre o sentido da existência?
2. Quais são as principais críticas ao argumento do desígnio?
3. O que entende Kant por postulados da razão prática?
4. Kant defende a existência de Deus? Justifique.
5. Qual é a função de Deus na filosofia moral de Kant?
1. Leia atentamente o texto.
A pergunta sobre o sentido acaba onde acaba o mundo ou poder-se-á continuar a perguntar
pelo sentido mais além? O que caracteriza a mentalidade religiosa (por oposição direta à
filosófica) não é responder «Deus» à pergunta sobre o sentido ou intenção do universo: o que
é propriamente religioso é acreditar que, depois de dada tão sublime resposta, já está
justificado deixar de perguntar.
Fernando Savater, As perguntas da vida, Publicações D. Quixote, 1999, Lisboa.
1.1 Tendo em conta o texto, desenvolva o seguinte tema: «A relação entre a religião e o
sentido de existência».
Deve ter em atenção os conceitos que estudou e as posições sobre a religião dos
autores estudados. Problematize e faça uma reflexão pessoal sobre o tema.
III
IV
1. Qual é a diferença entre atividade voluntária e atividade involuntária?
2. O que é uma ação?
3. O que entende por livre-arbítrio?
4. Indique o que entende por determinismo radical e quais as objeções a esta doutrina.
5. Defina determinismo moderado e apresente as objeções a esta doutrina.
6. Um dia vai a uma festa e conhece uma pessoa. Durante a conversa com essa pessoa, ela
afirma que o vosso encontro naquela festa era inevitável, pois tudo no universo está
sujeito ao mais rigoroso determinismo. Sendo defensor(a) do libertismo, obviamente
discorda dessa afirmação.
Imagine uma conversa em que as duas posições (determinismo e libertismo) sejam
defendidas. Apresente os respetivos argumentos e objeções.
7. Distinga juízo de facto de juízo de valor e dê um exemplo para cada um deles.
1. Leia atentamente o texto.
Ben decidiu ir direto ao assunto:
– Tenho um dilema. Sei que um amigo vai roubar, mas prometi-lhe que não o denunciaria.
Se o denunciar, estarei a faltar à minha promessa. Nunca se deve faltar às promessas. Se não o
denunciar, estarei a deixá-lo roubar e roubar é errado. Preciso que me digam como agir.
– Estou absolutamente convencido de que há sempre uma maneira correta de agir – disse
Jeremy.
– Acredito que certas coisas são intrinsecamente erradas: faltar a uma promessa, roubar,
matar, coisas assim – afirmou Ian.
– Mentir, roubar e matar pode ser a maneira correta de agir. Tudo depende das
circunstâncias: só as consequências da ação importam – explicou Jeremy.
– É indiscutivelmente errado roubar, de modo que, provavelmente, não devias ter
prometido a ninguém – disse Ian.
I
II
Nome ________________________________________ N.
Ficha formativa
o_________ Turma_______ Avaliação_________global
(I)
– É exatamente isso – concordou Jeremy. – Como é que o sistema de regras pode ajudar a
saber o que fazer? É com certeza ridículo ter regras de comportamento que não possam ser
infringidas sejam quais forem as consequências.
Lucy Eyre, No dia em Sócrates vestiu jeans, Casa das Letras, 2007, Lisboa. (Excerto adaptado)
1.1 Identifique o tema e o problema tratados no texto.
1.2 Jeremy e Ian representam duas teorias éticas diferentes. Transcreva do texto o que
caracteriza cada uma delas.
1.3 Que teoria ética defende Ben?
1.4 Qual a objeção de Jeremy à ética deontológica?
1. Leia atentamente o texto.
A filosofia política não reflete o desinteresse dos políticos acerca do problema da
desigualdade social. Na verdade, o problema da distribuição equitativa dos salários e da
riqueza é um dos aspetos relevantes do debate dos filósofos políticos desde os anos setenta.
(…)
Alguns filósofos [consequencialistas], com base no princípio da utilidade, defendem que se
deve cobrar impostos aos ricos para ajudar os pobres. Tomar 100 dólares de um rico para dar a
um pobre apenas diminuirá a felicidade do rico, conjeturam, mas aumentará muito a
felicidade do pobre. John Rawls também defendeu a distribuição, mas baseando-se num
consentimento hipotético. Argumenta que na hora de criar um hipotético contrato social numa
imaginária situação de igualdade, todos acordariam um princípio que apoiasse de alguma
forma a redistribuição.
Michael Sandel, Justiça. Qual a coisa certa a fazer, Debolsillo, 2012, Barcelona.
1.1 Explique por que razão o problema da desigualdade é um problema
político--jurídico e não apenas um problema ético-moral.
1.2 Concorda com as posições defendidas pelo utilitarismo de Stuart Mill? Apresente os
argumentos em que se baseia para defender a perspetiva utilitarista.
1.3 A teoria de Rawls é deontológica porque há princípios de justiça imparciais que
devem presidir à organização de uma sociedade justa. Quais são as objeções de
Rawls ao utilitarismo?
2. Selecione a única opção que lhe permite obter uma afirmação verdadeira.
1. Os princípios da justiça foram aprovados num contrato hipotético e de forma imparcial porque:
[A] os contratantes se encontravam numa posição original sob o efeito do «véu de
ignorância».
[B] os contratantes sabiam que iriam ser pobres. [C] os contratantes eram altruístas e generosos. [D] a justiça é apenas uma ilusão.
2. A teoria da justiça de Rawls foi alvo de inúmeras críticas. Os defensores do neoliberalismo condenam:
[A] a importância que Rawls atribui à liberdade do indivíduo. [B] a tributação dos ricos para repartir pelos pobres.
[C] o facto de Rawls tolerar a desigualdade desde que beneficie os mais
desfavorecidos.
[D] o seu próprio empobrecimento.
3. Os neoliberais defendem que cobrar impostos para redistribuir a riqueza e aumentar as oportunidades dos pobres não é aceitável porque:
[A] viola a liberdade do indivíduo, que tem o direito de usufruir do seu dinheiro
desde que ganho honestamente.
[B] cada indivíduo deve viver com o que consegue ganhar. [C] não motiva o indivíduo a trabalhar e a produzir.
[D] a riqueza deve ficar só nas mãos daqueles que a produzem.
Escolha apenas um dos percursos, A ou B.
A
1. Leia atentamente o texto.
A essência da pintura (…) é a relação entre os elementos plásticos. A sua propriedade
definidora é a forma significante. (…) A isto respondem (…) Tolstói, Ducassé ou qualquer
outro defensor desta teoria, afirmando (…) que sem a projeção das emoções num qualquer
pedaço de pedra ou num qualquer pedaço de madeira ou em certos sons, etc., não pode haver
arte.
Morris Weitz, The journal of aesthetics and art criticism, Oxford University Press, 1956, Oxford.
1.1 O que se entende por «forma significante»?
1.2 Identifique as teorias estéticas referidas no texto.
1.3 Distinga-as.
1.4 Em que se baseia um defensor do objetivismo estético para fazer uma apreciação
estética de uma obra?
1.5 Se fosse um defensor do subjetivismo estético, qual seria o fundamento do seu juízo?
B
1. Leia atentamente o texto.
(…) Pois se não se pode conceber uma montanha sem vale (...), do mesmo modo, pelo
simples facto de eu não poder conceber Deus sem existência, segue-se que a existência é
inseparável dele e, portanto, que ele existe verdadeiramente; não que o meu pensamento possa
fazer com que isso seja assim e que ele imponha às coisas alguma necessidade; mas, pelo
contrário, porque a necessidade da própria coisa, a saber, a existência de Deus, determina o
meu pensamento a concebê-lo desta forma. Pois não está na minha liberdade conceber um
Deus sem existência (isto é, um ser soberanamente perfeito sem uma perfeição soberana),
embora faça parte da minha liberdade imaginar um cavalo sem asas ou com asas.
René Descartes, Méditations métaphysiques, Garnier-Flammarion, 1641, Paris.
1.1 Identifique o tipo de argumento usado por Descartes para provar a existência de
Deus.
1. No quadro seguinte, sobre a rede conceptual da ação, estabeleça a correspondência
entre os conceitos e as respetivas definições.
1. Deliberação a) Perceção de si como autor da ação. 2. Decisão b) Para quê; propósito da ação.
3. Intenção c) Porquê da ação; razões que justificam a
intenção.
4. Consciência d) Julgar e avaliar o que é mais conveniente. 5. Motivo e) Capacidade de opção do agente.
2. Responda às seguintes questões sobre as teorias do livre-arbítrio.
2.1 Confronte os conceitos de livre-arbítrio e de determinismo.
2.2. Confronte os conceitos de compatibilismo e de incompatibilismo.
2.3 Qual a diferença entre determinismo radical e determinismo moderado?
2.4 Qual a diferença entre indeterminismo e libertismo?
1. Leia atentamente o texto.
Cada qual avoca para si o que lhe apraz pessoalmente – bom; e mau é o que lhe desagrada,
embora às diferenças de constituição dos homens entre si acresçam as suas diferenças quanto
à distinção comum do bom e do mau.
Thomas Hobbes, Elementos de Direito Natural e Político, Ed. Rés, 1993, Porto.
I
II
Nome ________________________________________ N.
Ficha formativa
o_________ Turma_______ Avaliação_________global
(II)
1.1 Selecione a opção que lhe permite obter afirmações verdadeiras.
1. A perspetiva apresentada no texto remete-nos para:[A] a conceção objetiva dos valores. [B] o problema do etnocentrismo. [C] o subjetivismo dos valores.
[D] o diálogo intercultural e a tolerância.
2. Dado que existem diversos tipos de valores, os parâmetros «bom» e «mau» referem-se especialmente a:
[A] valores estéticos. [B] valores ético-morais. [C] valores políticos e jurídicos. [D] valores religiosos.
3. O juízo «Agrada-me a boa música portuguesa» é um exemplo de: [A] juízo de facto.
[B] juízo moral. [C] juízo de valor. [D] critério valorativo.
2. Leia atentamente o texto.
Os princípios da justiça são escolhidos a coberto de um véu de ignorância. (...) A teoria da
justiça como equidade está de acordo (...) com a escolha dos primeiros princípios que definem
uma conceção da justiça (...).
John Rawls, Uma teoria da justiça, Editorial Presença, 2001, Lisboa.
2.1 Selecione a opção que lhe permite obter afirmações verdadeiras.
1. Na teoria da justiça, os princípios são escolhidos sob o efeito de um «véu de ignorância»:
[A] porque os homens não conseguem prever o futuro. [B] para garantir uma escolha equitativa.
[C] devido à necessidade de princípios morais.
2. Rawls critica o utilitarismo porque:
[A] esta teoria ética propõe a felicidade individual como critério moral. [B] os interesses individuais não têm importância.
[C] os princípios utilitaristas são absolutos.
[D] a ética utilitarista subordina os interesses individuais ao bem comum.
Escolha apenas um dos percursos, A ou B.
A
1. Estabeleça a correspondência correta entre os conceitos e as respetivas definições.
1. Teísmo a) Doutrina segundo a qual não podemos saber se Deus existe ou não. 2. Ateísmo b) Doutrina que nega a existência de Deus.3. Agnosticismo c) Doutrina que afirma a existência de Deus.
2. Os filósofos têm procurado argumentos para demonstrar a existência de Deus. Diga
como é que o argumento cosmológico defende a existência de Deus e quais as objeções
existentes.
B
1. Estabeleça a correspondência correta entre os conceitos e as respetivas definições.
1. Formalismoestético a) A arte expressa sentimentos.
2. Expressivismo b) A arte provoca experiências estéticas a partir dos aspetos formais. 3. A arte como
imitação c) A arte deve reproduzir fielmente o objeto.
2. Leia atentamente o texto.
O Homem, frente ao mundo que o rodeia, assume diversas atitudes. A sua atitude não é a
mesma quando atua de modo prático ou quando [usa] um critério estético.
Jan Mukarovsky, Estudos sobre estética e semiótica da arte, Editorial Estampa, 2011, Lisboa.
2.1 Desenvolva o seguinte tema: «Atitude prática e atitude estética – semelhanças e
diferenças.»
Propostas de solução
Ficha formativa 1
I
1.1 1. C; 2. B.
1.2 «Filosofia» deriva dos vocábulos gregos «philos» e «sophia», sendo que o primeiro
significa amor ou amigo e o segundo saber ou sabedoria. A filosofia é uma busca do saber por parte daquele que deseja ou «ama» a sabedoria (o filósofo).
2. 1. V; 2. F; 3. V; 4. F; 5. V; 6. V; 7. F.
3. 1. gnosiologia; 2. ética; 3. filosofia da religião; 4. metafísica; 5. filosofia política; 6.
filosofia da arte; 7. epistemologia.
4. 1. f); 2. d); 3. a); 4. b); 5. c); 6. e).
II
1. A origem etimológica da palavra «filosofia» (philos + sophia) significa amor à
sabedoria ou ao saber. Do mesmo modo, a atitude filosófica caracteriza-se por ser uma procura ativa do saber, sendo o filósofo aquele que questiona, duvida, reflete e assume posições críticas sobre os problemas.
2. Radicalidade (vai à raiz e procura o fundamento dos problemas); autonomia (o filósofo
pensa por si próprio e a filosofia possui métodos próprios); historicidade (a filosofia insere-se na história e reflete sobre os problemas do seu tempo); universalidade (as questões filosóficas caracterizam-se por serem as mais gerais acerca da realidade e por interessarem a toda a humanidade).
3.1 1. A; 2. B.
3.2 A função/utilidade da filosofia.
3.3 Parágrafo 1: a filosofia estrutura o pensamento; parágrafo 2: a filosofia tem uma
função libertadora / a filosofia liberta.
3.4 A filosofia liberta-nos do hábito de aceitar sem examinar, da falta de motivação para
pensar, do medo de pensar e agir de acordo com o que nós próprios deliberamos e decidimos.
3.5 Resposta aberta. O aluno deverá conciliar a utilização dos conteúdos aprendidos com
as suas próprias ideias sobre a utilidade da filosofia.
Ficha formativa 2
I
1. 1. D; 2. C; 3. B.
II
1.1 Atividade de autoprodução humana em que é possível a liberdade do agente. 1.2 Fatores físico-biológicos e histórico-culturais.
1.3 Ação voluntária é aquela cujo princípio motivador é intrínseco ao agente ou sujeito,
enquanto a ação involuntária não depende da vontade do sujeito, mas sim de fatores que lhe são extrínsecos.
1.4 Fatores que influenciam a ação humana, estabelecendo os limites nos quais o agir
acontece.
III
1.1 A deliberação é um processo que consiste em julgar e avaliar a melhor opção que o
agente deve formar, sendo que é o mesmo sujeito quem, voluntariamente, delibera e decide.
1.2 A ação pressupõe um agente que é o sujeito responsável pela ação.
Ficha formativa 3
I
1.1 1. A; 2. B; 3. A; 4. C.
II
1.1 O aluno deverá referir que o processo de ponderação e de seleção da opção mais
conveniente para o sujeito (deliberação) envolve parâmetros orientadores da ação. O processo deliberativo implica a existência e a adoção de valores que o guiam e conduzem à decisão.
1.2 O aluno deverá apresentar em exemplo em que a escolha envolva um conflito, uma
vez que os valores implicados têm uma importância equivalente para o sujeito e que é necessário optar/decidir.
2.1 O autor considera a cultura uma realização de valores. Os valores realizam-se através
das diversas manifestações culturais.
2.2 Exemplos do autor: uma obra científica, uma obra de arte, uma ação moral. Outros
exemplos possíveis: uma prática religiosa, os hábitos alimentares, os hábitos de higiene, as atividades lúdicas.
III
1.1 A partir da análise e interpretação do excerto, o aluno deverá referir-se à cultura
como conjunto ou sistema das atividades produzidas pelo ser humano em sociedade e de que o ser humano é também produto («universo» humano), distinguindo a dimensão da cultura («meio artificial») da dimensão da natureza. Deverá realçar a diversidade e a complexidade das manifestações culturais («tecido complicado da experiência humana»), referindo os exemplos do texto ou outros. Deverá também mencionar a dimensão simbólica do ser humano, que perpassa todo o texto.
Ficha formativa 4
I
1. 1. F: A definição refere-se ao conceito de cultura; 2. F: O conceito definido é o de ação;
3. V; 4. F: As atividades mencionadas remetem para o fazer; 5. V; 6. F: O termo ação diz respeito à atividade voluntária e intencional; 7. V; 8. F: Chover é um exemplo de um acontecimento.
2. 1. d); 2. a); 3. f); 4. c); 5. g); 6. e); 7. h); 8. b).
II
1. 1. D; 2. A; 3. B; 4. B.
III
1.1 Valores afetivos e valores ético-morais.
1.2 A decisão pelo roubo do medicamento revela que Heinz deu primazia aos valores
afetivos.
1.3 Resposta aberta. O aluno deve ter em conta a noção de hierarquia de valores, de
favor de uma das conceções, referindo os motivos que levam o subjetivismo ou o objetivismo a considerá-lo subjetivo ou objetivo.
Ficha formativa 5
I
1.1 Dever desinteressado significa respeito pela lei moral apenas porque é a lei que a
razão impõe à vontade.
1.2 Critica o formalismo e o caráter absoluto das normas (a ética kantiana não indica
como agir em contextos diferentes nem em situações dilemáticas.
II
1.1 Moral utilitarista é o sistema segundo o qual é moral a ação que contribui para a
maior felicidade do maior número possível de pessoas.
1.2 Age sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas
(princípio da maior felicidade).
1.3
ÉTICA KANTIANA ÉTICA UTILITARISTA Princípio da
moralidade • Imperativo categórico da moralidade: age apenas
segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.
• Age sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas.
Critério de
moralidade • Um ação é moral se, e somente se, cumpre a lei
(ação legal ou boa) e o motivo é o dever.
• A ação é boa ou moral se for útil para maximizar a
felicidade global.
1.4
ÉTICA DEONTOLÓGICA ÉTICA CONSEQUENCIALISTA
• Por ser uma ética que define a moralidade com base no respeito pelos princípios.
• Por definir a moralidade de uma ação em função das suas consequências.
III
1.1 1. D; 2. A; 3. B; 4. D; 5. C.
IV
1.1 Referir e justificar a impossibilidade de Kant aceitar discutir o valor da vida humana:
relacionar moralidade, autonomia da vontade e dignidade humana. Definir o conceito de dignidade humana: fim em si mesmo, valor absoluto.
V
1.1 O problema da distribuição da riqueza. No texto A, a tese da autora é a de que a
inovação de Rawls foi introduzir o princípio da diferença e substituir o conceito de distribuição igualitária pelo conceito de distribuição equitativa, compensando os «mais desfavorecidos». O texto B expressa um posição contrária à de Rawls, defendendo que cada pessoa tem direito à liberdade e que redistribuir a riqueza, compensando os mais desfavorecidos é uma violação da liberdade individual.
1.2 Nozick considera que o princípio da diferença é uma ameaça à liberdade individual. 1.3 Tópicos de resolução:
• O propósito do autor, abordando a influência da ética kantiana e a sua apreciação crítica do utilitarismo.
• O processo de escolha racional dos princípios de justiça (definir os conceitos de «posição original» e de «véu de ignorância» e enquadrar a sua ligação com a imparcialidade da escolha).
• Enunciar os princípios de justiça.
• A partir das posições expressas nos textos A e B (e outras), posicionar-se criticamente face ao problema.
Ficha formativa 6
I
1.
TEXTO TEORIA ESTÉTICA FINALIDADE DA
ARTE OBJEÇÃO A (Lev Tolstói) • Expressivismo • Expressar e
despertar nos outros
sentimentos e emoções
• Perante uma obra de arte, os sentimentos do artista e do público não são necessariamente idênticos
B (Clive Bell) • Teoria da forma significante / Formalismo estético • Provocar experiências estéticas a partir dos aspetos formais da obra • A experiência estética fica dependente da capacidade de o público interpretar o significado das formas
C (Aristóteles) • A arte como imitação (mimesis) • Reproduzir fielmente o objeto da natureza
• A arte não pode imitar, mas sim transfigurar a realidade
2.1 Tópicos de resolução:
• A criação artística como manifestação da capacidade produtora e criativa do ser humano.
• A arte como atividade criadora de formas estéticas, manifestando os sentimentos e ideias do artista, envolve a relação comunicativa entre artista, obra e espetador. • Segundo a teoria da arte como imitação, a arte tem como finalidade a reprodução de
uma determinada realidade (humana ou natural) e o valor artístico é determinado pela fidelidade da reprodução.
• Por exemplo, a arte não imita a realidade, transfigura-a. / Nem toda a arte é passível de reproduzir objetos ou aspetos do real.
subjetivismo estético (o valor estético funda-se no sentimento de prazer que a perceção do objeto provoca).
4.1 (Resposta aberta) O aluno deve analisar o poema e identificá-lo como manifestação da
subjetividade do artista (emoções, sentimentos, ideias), integrada numa cultura e numa sociedade. Por exemplo, detetar, tanto na forma como no conteúdo, marcas da intenção do artista: denunciar a incompreensão da sociedade em relação à manifestação artística urbana que é o hip-hop (função social da arte).
Ficha formativa 7
I
1. 1. F; 2. F; 3. F; 4. V; 5. V; 6. V; 7. F; 8. V; 9. F; 10. F; 11. V.
II
1. O aluno deve referir: a etimologia do conceito; a diferença entre crença (domínio
privado e particular) e religião (dimensão pessoal, dimensão pública e social, noção de sagrado, ritos e cultos); a religião como relação ser humano/sagrado; a existência de uma comunidade: a Igreja.
2. Transcendência designa a existência de seres divinos para além dos limites do mundo
e da compreensão humana. Imanência designa a existência de um ser supremo não exterior ao plano do chamado mundo natural.
3. Sagrado: plano da existência de entidades sobre-humanas ou sobrenaturais, a
dimensão de realidade diferente do que nos é dado através da experiência sensível. Profano: plano da existência humana (a vida natural e social), a dimensão que nos é dada através da experiência da vida quotidiana.
III
1. Teísmo (do grego Théos, Deus): doutrina que aceita a existência de Deus (um –
monoteísmo; vários – politeísmo). Ateísmo: doutrina que nega a existência de Deus (o prefixo a faz a negação). Agnosticismo (do grego agnostos): está relacionado com gnose (conhecimento) e o prefixo a faz a negação.
2. Um argumento por analogia baseia-se nas semelhanças entre duas coisas
comparadas: se são semelhantes (análogas) em alguns aspetos, provavelmente também serão em muitos outros.
3. O argumento do desígnio afirma que tudo existe em função de uma finalidade e se
observarmos a natureza, não podemos deixar de notar como tudo é apropriado à função que desempenha: tudo mostra sinais de ter sido concebido. Isto demonstraria a existência de um Criador (omnisciente, omnipotente e bondoso). Tal como, ao observar um relógio, podemos ver que foi concebido por um relojoeiro, também ao observar o olho, argumentam eles, podemos ver que foi concebido por uma espécie de Relojoeiro Divino.
IV
1. De acordo com Sartre, Deus está morto – portanto, Sartre é ateu – e o ser humano é o
resultado da sua existência e está condenado a ser livre, isto é, a construir por si mesmo o sentido para a vida, sem nenhuma essência que o predetermine. A existência não tem sentido, a vida é um absurdo, ou seja, é a ausência de sentido racional, uma vez que nos confrontamos com a inevitabilidade da morte.
2. Analogia fraca, ignora a teoria da evolução, a existência do mal é incompatível com a
existência de um Deus omnipotente e sumamente bom.
3. Kant chamou postulados da razão prática às condições (ou supostos) para agir
moralmente. Uma vez que os seres humanos não são apenas sujeitos cognitivos (dimensão teórica), mas também pessoas morais (dimensão prática), mesmo que não saibamos se Deus existe, podemos agir como se soubéssemos.
4. Segundo Kant, não podemos saber se Deus existe, mas podemos agir como se
existisse. Deus é, portanto, apenas um postulado, uma condição de possibilidade da ação moral.
5. A existência de Deus é condição de possibilidade de uma vontade santa, em que não
há conflitos entre elementos sensíveis e racionais, pois é a existência de Deus que nos impele a agir moralmente.
V
1.1 O aluno deve apresentar o conceito de «sentido»:
• o que uma palavra quer dizer, o seu significado; • um caminho a seguir, isto é, uma orientação;
• a importância que atribuímos a uma ação, logo, o seu valor.
Deve, ainda, apresentar argumentos de ateus e argumentos de teístas, referir a posição do agnosticismo, a relação religião/tolerância, a relação religião/razão/fé e a problematização de uma posição pessoal.
Ficha formativa global (I)
I
1. Atividade voluntária é aquela cujo princípio motivador reside no agente conhecedor
das circunstâncias. Atividade involuntária é aquela cujo princípio motivador reside em circunstâncias extrínsecas ao agente (coação ou ignorância).
2. Ação é uma interferência consciente e voluntária de um ser humano (o agente) no
normal decurso dos acontecimentos, que seguiriam um caminho distinto sem a interferência desse agente.
3. Livre-arbítrio designa a capacidade inerente ao ser humano de decidir
voluntariamente, isto é, de fazer
opções.
4. Determinismo radical designa o princípio segundo o qual qualquer fenómeno é
rigorosamente determinado (numa sequência de causa-efeito) por aqueles que o precederam ou acompanham, sendo a sua ocorrência necessária e não aleatória. Objeções: acreditamos que a liberdade é um facto da experiência. A aceitação do determinismo radical anula a aceitação da responsabilidade individual.
5. Segundo o determinismo moderado, embora no mundo natural tudo seja determinado,
algumas ações humanas são livres, por serem determinadas, mas não totalmente constrangidas. Objeções: não há fundamentação que legitime a diferença de estatuto entre o ser humano e os outros seres naturais.
6. Segundo o libertismo, as ações resultam de deliberações racionais e podem alterar o
curso dos acontecimentos; não há determinismo; o corpo e a mente são realidades distintas, pois embora sujeito a leis naturais, o ser humano tem livre-arbítrio. Segundo o determinismo radical, as opções e ações humanas são regidas pelas mesmas leis que os fenómenos da natureza, não havendo livre-arbítrio. Nada sustenta que os seres humanos têm um estatuto à parte dos seres naturais; a ilusão de liberdade provém do conhecimento limitado.
7. O juízo de facto é uma afirmação que descreve factos ou acontecimentos e que pode
ser verdadeira ou falsa (ex.: Este jardim tem camélias vermelhas.), enquanto o juízo de valor expressa uma apreciação acerca da realidade (ex.: Este jardim de camélias vermelhas é bom para passear).
II
1.1 Tema: o fundamento da decisão moral e, mais concretamente, a dificuldade em
1.3 Ben também se coloca numa perspetiva deontológica, pois afirma que há coisas
como matar e roubar ou faltar a promessas que são intrinsecamente erradas.
1.4 A objeção de Jeremy é a de que não há regras morais absolutas e de que estas
dependem sempre das circunstâncias e das consequências.
III
1.1 A incapacidade do indivíduo para organizar a vida social sem o poder do estado e
sem poder para impor o cumprimento das leis e códigos jurídicos. Garantir o bom funcionamento da sociedade é tarefa do estado, embora seja necessária a colaboração de todos.
1.2 Resposta aberta. O aluno deve identificar a sua posição e justificá-la com base nos
princípios da teoria que escolher.
1.3 Salientar que Rawls rejeita o utilitarismo que subordina o individuo ao bem-estar
coletivo e faz depender os direitos individuais do cálculo de interesses sociais.
2. 1. A; 2. B; 3. A.
IV
A
1.1 Uma forma significante é o tipo de relação estabelecida entre as partes da obra.
Segundo o formalismo estético, é a forma significante que determina o valor estético da obra.
1.2 Teoria da forma significante e teoria expressivista.
1.3 O expressivismo define o valor estético de uma obra de arte pela sua capacidade de
expressar sentimentos e emoções e de suscitar esses sentimentos e emoções no seu público.
1.4 Segundo o objetivismo estético, o juízo estético tem por base uma apreciação das
qualidades/propriedades estéticas do objeto.
1.5 Segundo o subjetivismo estético, o juízo estético avalia o sentimento de prazer que
acompanha a perceção do objeto.
B
1.1 Trata-se do argumento ontológico.
1.2 Não se pode obter a existência de um ser simplesmente a partir da sua definição.
Podemos saber definir o conceito de «respostas perfeitas a um teste de Filosofia» sem que isso signifique que sejamos capazes de responder de modo perfeito a um teste de Filosofia.
Ficha formativa global (II)
I
1. 1. d); 2. e); 3. b); 4. a); 5. c).
2.1 Livre-arbítrio designa a capacidade inerente à natureza humana (a vontade) de ter ou
não um dado comportamento, isto é, de fazer opções. Determinismo designa o princípio segundo o qual qualquer fenómeno é determinado (numa sequência de causa-efeito) por aqueles que o precederam ou acompanham, sendo a sua ocorrência necessária e não aleatória.
2.2 Segundo o compatibilismo, tanto o livre-arbítrio como o determinismo são
admissíveis (é o caso do determinismo moderado), enquanto as teorias incompatibilistas (determinismo radical e libertismo) admitem apenas um dos princípios, dado que estes são incompatíveis.
2.3 Segundo o determinismo radical ou incompatibilismo, as opções e ações humanas
são regidas pelas mesmas leis que os fenómenos da natureza, não havendo livre-arbítrio. Segundo o determinismo moderado, embora no mundo natural tudo seja determinado, algumas ações humanas são livres.
2.4 São doutrinas contraditórias. Segundo o indeterminismo, as ações não estão sujeitas
a leis determinísticas; temos livre-arbítrio, isto é, capacidade de opção e de criação. Segundo o libertismo, as ações resultam de deliberações racionais e podem alterar o curso dos acontecimentos. Não há determinismo.
II
1.1 1. C; 2. B; 3. C. 2.1 1. B; 2. D.III
A 1. 1. c); 2. b); 3. a).2. O argumento cosmológico tenta provar a existência de Deus a partir da necessidade
de haver um criador do universo e aparece no quadro da mais antiga interrogação filosófica: «porque existe ser e não nada?». Apoia-se na investigação feita por Platão e Aristóteles, que buscavam a causa primeira de toda a realidade.
Pode formular-se do seguinte modo:
• Tudo o que começa a existir tem uma causa.
• O universo começou a existir, portanto, teve uma causa. • Tem de haver uma primeira causa: é o que chamamos Deus.
A ideia fundamental é esta: já que existe um universo em vez de nenhum, ele deve ter sido causado por algo ou alguém além dele mesmo. O raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que qualquer coisa finita ou contingente é causada por algo diferente de si mesma:
• Verificamos constantemente que todas as coisas e acontecimentos têm uma causa, sendo provocados por outros acontecimentos anteriores (tal como o crescimento das plantas é provocado pela absorção de nutrientes).
• Como não é possível uma série infinita de causas, teve de haver uma primeira causa a iniciar a série de causas e efeitos que deram origem ao universo tal como o
conhecemos hoje. Objeções:
• O argumento prova apenas que cada série de causas tem uma causa primeira ou causa incausada; ora isso não prova que todas as causas sejam parte de uma série única de causas que tivesse uma única primeira causa porque é possível que nem todas as causas sejam partes de uma série única de causas.
A fragilidade principal deste argumento reside em afirmar que tudo tem uma causa e aceitar contraditoriamente que há uma causa sem causa, a causa primeira.
B
1. 1. b); 2. a); 3. c). 2.1 Sugestões:
• Atitude prática como atitude preocupada com a utilidade e a funcionalidade.