Perrenoud e a Teoria das Competências

(1)

é evidente e que depende em parte da escolaridade é evidente e que depende em parte da escolaridade

básica, resta decidir qu

básica, resta decidir quais ela deveria desenvolvais ela deveria desenvolver er prioritar

prioritar iamente. Ninguém pretende que todo saber iamente. Ninguém pretende que todo saber deve ser aprendido na escola. Uma boa parte dos deve ser aprendido na escola. Uma boa parte dos saberes humanos é adquirida por outras vias. Por saberes humanos é adquirida por outras vias. Por que seria diferente com as competências? Dizer que que seria diferente com as competências? Dizer que

cabe a escola desenvolver competências não signica cabe a escola desenvolver competências não signica conar-lhe o monopólio disso. conar-lhe o monopólio disso.

Philippe Perrenoud Philippe Perrenoud

História pessoal

P

hilippe Perrenoud nasceu na Suíça e

hilippe Perrenoud nasceu na Suíça e formou-se em Ciências Sociais. Como

formou-se em Ciências Sociais. Como

sociólogo, tornou-se uma grande referência no campo da Educação com

seus trabalhos desenvolvidos em torno das competências dos educandos. seus trabalhos desenvolvidos em torno das competências dos educandos. No

No Brasil, alBrasil, alcança vários cança vários profprofessores com essores com suas idésuas idéias inoias inovadoras sovadoras sobre bre a fa formaçãoormação de professores e avaliação dos alunos, assuntos amplamente discutidos e matéria de professores e avaliação dos alunos, assuntos amplamente discutidos e matéria de constantes considerações a partir de seu enquadramento nos Parâmetros de constantes considerações a partir de seu enquadramento nos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN).

Philippe Perrenoud atua

Philippe Perrenoud atua como prof

como professor na

essor na Faculdade de Psicol

Faculdade de Psicologia e Ciências

ogia e Ciências

da Educação na Universidade de Genebra. É autor de v

da Educação na Universidade de Genebra. É autor de vários títulos importa

ários títulos importantes na

ntes na

área de

área de formação de professores, tais como:formação de professores, tais como: Aval Avaliação iação – – da da excelência à excelência à regulaçãoregulação das aprendizagens

das aprendizagens;; Pedago Pedagogia Diferenciadagia Diferenciada;; Construir as competências desde aConstruir as competências desde a escola;

escola; e o famosoe o famoso Dez novas competências para ensinar Dez novas competências para ensinar .. Seu interesse em estuda

Seu interesse em estudar as problemáticas educacior as problemáticas educacionais surgiu durante o seunais surgiu durante o seu doutoramento em Sociologia, quando teve a oportunidade de estudar o processo doutoramento em Sociologia, quando teve a oportunidade de estudar o processo de evasão escolar e suas

de evasão escolar e suas referências com as desigualdades sociais.referências com as desigualdades sociais.

Perrenoud propõe, a partir de suas experiências na área pedagógica, um

model

modelo educacional baseado em cicloo educacional baseado em ciclos de três s de três anos, no qual a cranos, no qual a criança dispõe desseiança dispõe desse período para desenvo

período para desenvolver as competências de sua faixa etária.lver as competências de sua faixa etária.

De acordo com Perrenoud, para que tal modelo educacional tenha êxito, é De acordo com Perrenoud, para que tal modelo educacional tenha êxito, é preciso que

preciso que não não se pese permita rmita que uma que uma criança criança repita urepita um ciclo de m ciclo de três três anos, já anos, já queque

a idéia é que ela tenha mais tempo para desenvolver competências especícas.

Deste modo, há a necessidade de se enfatizar os processos de avaliação, para Deste modo, há a necessidade de se enfatizar os processos de avaliação, para

que sejam mais ecientes e realmente capazes de identicar as diculdades de

aprendizagem dos alunos.

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Teorias da Aprendizagem

Compreendendo a noção de competência

O conceito de competência não é novo. Ele começou a ser discutido mais

amplamente na área pedagógica a partir d

amplamente na área pedagógica a partir da década de 1990, destinando-se ao ensino

a década de 1990, destinando-se ao ensino

de crianças nas séries iniciais. No entanto, o conceito de competência ganhou de crianças nas séries iniciais. No entanto, o conceito de competência ganhou tamanha amplitude que acabou incorporado pelo meio empresarial e industrial, tamanha amplitude que acabou incorporado pelo meio empresarial e industrial, que encontrou nele um aliado para os modelos recentes de gerenciamento de que encontrou nele um aliado para os modelos recentes de gerenciamento de pessoas, baseados nos ideais da qualidade total.

pessoas, baseados nos ideais da qualidade total.

O modelo de gerenciamento/produção fundamentado na qualidade total O modelo de gerenciamento/produção fundamentado na qualidade total

baseia-se

baseia-se no

no aprov

aproveitamento

eitamento máximo

máximo dos

dos recursos

recursos humanos

humanos e

e materiais

materiais na

na

produção. Isso signica dizer que, qua

produção. Isso signica dizer que, quando pensamos no aprovei

ndo pensamos no aproveitamento máximo

tamento máximo

dos recursos humanos, estamos falando do aproveitamento das

dos recursos humanos, estamos falando do aproveitamento das capacidadescapacidades

(termo também utilizado pelo Programa de Qualidade Total – PQT) intelectuais

de um

de um indivíduo

indivíduo. Para

. Para tanto, toma como referência conceitos psicoló

tanto, toma como referência conceitos psicológicos, como o

gicos, como o

de competência, para sugerir e mapear aquilo que um trabalhador pode trazer de de competência, para sugerir e mapear aquilo que um trabalhador pode trazer de contribuição na execução de uma tarefa.

contribuição na execução de uma tarefa.

Deste modo, segundo Gentile e Bencini

Deste modo, segundo Gentile e Bencini (2000

(2000

apud apud RODRIGUES; PARIZ,

RODRIGUES; PARIZ,

2005, p. 109), as competências são entendidas como a capacidade de “mobilizar

um conjunto de recursos c

um conjunto de recursos cognitivo

ognitivos (saberes, capacidades, informações

s (saberes, capacidades, informações etc.

etc.) para

) para

soluci

solucionar com pert

onar com pertinência e ecácia uma sér

inência e ecácia uma série de situações”.

ie de situações”.

É claro que, dentro de um modelo empresarial ou mesmo de um modelo

escolar, o que se espera de um funcionário ou aprendiz é que este consiga escolar, o que se espera de um funcionário ou aprendiz é que este consiga

alcançar os objetivos propostos pelos gestores ou professores. Assim, cabe a

estes prossionais promover a capacitação de seus funcionários ou alunos para

o desenvolvimento das competências necessárias para a realização de suas o desenvolvimento das competências necessárias para a realização de suas

tarefas, bem como para a resolução dos problemas cotidianos com maior ecácia

(o conceito de eciência também faz parte do grupo de conceitos psicológicos

aprovei

aproveitados

tados pelos PQT).

pelos PQT).

Voltando à questão do tempo necessário para o desenvolvimento das Voltando à questão do tempo necessário para o desenvolvimento das

competências por um aluno, que segundo Perrenoud deve ser aumentado (gira

competências por um aluno, que segundo Perrenoud deve ser aumentado (girando

ndo

em torno de três anos em cada ciclo escolar), podemos aproveitar o mesmo

pensamento para a área empresarial. O problema é qu

pensamento para a área empresarial. O problema é que, ao falarmos de empresas,e, ao falarmos de empresas, falamos também de lucro e ao falarmos de lucro, falamos em redução do tempo falamos também de lucro e ao falarmos de lucro, falamos em redução do tempo de execução das tarefas. Nesse ponto, o modelo das competências proposto por de execução das tarefas. Nesse ponto, o modelo das competências proposto por

Perrenoud passa a

Perrenoud passa a ganhar

ganhar um novo sentido no interior dos PQT

um novo sentido no interior dos PQT..

Além disso, podemos também armar que a apropriação dos conceitos

psico

psicológicos feita pelos PQT

lógicos feita pelos PQT, bem

, bem como seus usos,

como seus usos, são per

são perversos no que

versos no que tange à

tange à

excl

exclusão daqueles que, de uma usão daqueles que, de uma maneira ou de outra, maneira ou de outra, não apresentaram não apresentaram de pronto oude pronto ou não chegaram a desenvolver as competências exigidas pela empresa na execução não chegaram a desenvolver as competências exigidas pela empresa na execução

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Philippe Perrenoud e a Teoria das Competências

No

No que

que tange

tange à

à Educação,

Educação, o

o conceito

conceito de

de competência

competência proposto

proposto por

por Perrenoud

Perrenoud

veio trazer um novo olhar sobre as práticas pedagógicas e sobre a compreensão

do tempo pedagógico, alterando inclusive os modelos de seriação, tão comum

nas escolas ao introduzir a noção de ciclos que, atualmente, é utilizada por várias nas escolas ao introduzir a noção de ciclos que, atualmente, é utilizada por várias

Secretarias de Educação.

A pedagogia das competências

Partindo do princípio de que os seres humanos se desenvolvem pelas Partindo do princípio de que os seres humanos se desenvolvem pelas relações que estabelecem com seu meio, Perrenoud vê as competências não relações que estabelecem com seu meio, Perrenoud vê as competências não como um caminho, mas como um efeito adaptativo do homem às suas condições como um caminho, mas como um efeito adaptativo do homem às suas condições de existência. Desse modo, cada pessoa, de maneira diferente, desenvolveria de existência. Desse modo, cada pessoa, de maneira diferente, desenvolveria competências voltadas para a resolução de problemas relativos à superação de competências voltadas para a resolução de problemas relativos à superação de

uma situação, como, por exempl

uma situação, como, por exemplo, saber guiar-se no cami

o, saber guiar-se no caminho de volta para casa

nho de volta para casa aa

parti

partir de r de um ponto um ponto de rede referência, o ferência, o que mque mobiliza comobiliza competências de petências de reconhecimentoreconhecimento

ou mapeamento espacial; saber lidar com as diculdades infantis, o que

aciona competências pedagógicas; saber construir ferramentas, o que estimula

competências matemáticas e lógicas, entre outras.

Diante disso, antes de nos inserirmos como educadores em atividades Diante disso, antes de nos inserirmos como educadores em atividades

pedagógicas

pedagógicas relativas

relativas ao

ao ensino-aprendizagem,

ensino-aprendizagem, devemos

devemos reconhecer

reconhecer nossas

nossas

próprias

próprias competências

competências individuais,

individuais, procurando

procurando mapear

mapear nossas

nossas possibili

possibilidades

dades ee

limites na execução do trabal

limites na execução do trabalho. Se, por acaso, detectamos alguns liho. Se, por acaso, detectamos alguns limites, devemos,mites, devemos, segundo nos aponta Perrenoud, agir de forma a buscar o desenvolvimento das segundo nos aponta Perrenoud, agir de forma a buscar o desenvolvimento das competências que ainda não construímos. Da mesma forma, par

competências que ainda não construímos. Da mesma forma, par a as competênciasa as competências

que percebemos já ter desenvolvido, necessitamos adequá-las aos usos a que se

destinam, o que, por si só, já mobiliza outras competências em nós, relativas à

capacidade de avaliação. T

capacidade de avaliação. Tal processo avaliativo pode ser utiliza

al processo avaliativo pode ser utilizado como estratégia

do como estratégia

facilitadora ao trabalho do professor em sala de aula, bem como estratégia para facilitadora ao trabalho do professor em sala de aula, bem como estratégia para

impulsio

impulsionar tal

nar tal prossi

prossional à busca de cur

onal à busca de cursos de formação continuada

sos de formação continuada que auxiliem

que auxiliem

na continuidade

na continuidade do seu do seu desenvodesenvolvimento enquanto educador.lvimento enquanto educador. No

No que que diz diz respeito respeito aos aos alunos, alunos, devemodevemos s saber saber que que existem, existem, comocomo

apontado anteriormente, competências não-escolares que desenvolvemos a partir

das relações sociais que estabelecemos e as nossas condições de existência. das relações sociais que estabelecemos e as nossas condições de existência.

Por isso, a escola deve levá-las em consideração, aproveitando-as de forma a

auxiliar o desenvolvimento das competências escolares que ainda necessitem ser auxiliar o desenvolvimento das competências escolares que ainda necessitem ser desenvolvidas pelos alunos.

desenvolvidas pelos alunos.

Mas, como desenvolver tais competências? Para responder a essa questão, Mas, como desenvolver tais competências? Para responder a essa questão,

precisamos a

precisamos antes

ntes analisar

analisar alguns

alguns dos pr

dos princípio

incípios

s pedagógicos da

pedagógicos da Educação

Educação pelas

pelas

competências. O primeiro diz respeito à relação do educador com os conteúdos competências. O primeiro diz respeito à relação do educador com os conteúdos

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mobilizar nossos saberes teóricos e práticos. Resumindo: o desenvolvimento de

competências especícas não se faz sem a utilização de conteúdos (saberes) que

as fundamente.

Assim, segundo Perrenoud (1999, p. 2),

[...] as competências elementares evocadas não deixam de ter relação com os programas [...] as competências elementares evocadas não deixam de ter relação com os programas escolares e com os saberes disciplinares: elas exigem noções e conhecimentos de escolares e com os saberes disciplinares: elas exigem noções e conhecimentos de

matemática, geograa, biologia, física, economia, psicologia; supõem um domínio da matemática, geograa, biologia, física, economia, psicologia; supõem um domínio da

língua e das operações matemáticas básicas; apelam para uma forma de cultura geral língua e das operações matemáticas básicas; apelam para uma forma de cultura geral que também se adquire na escola. Mesmo quando a escolaridade não é organizada para que também se adquire na escola. Mesmo quando a escolaridade não é organizada para desenvolver tais competências, ela permite a apropriação de alguns dos conhecimentos desenvolver tais competências, ela permite a apropriação de alguns dos conhecimentos necessários. Uma parte das competências que se desenvolvem fora da escola apela para necessários. Uma parte das competências que se desenvolvem fora da escola apela para

saberes escolares básicos (a noção de mapa, de moeda, de ângulo, de juros, de jornal, de saberes escolares básicos (a noção de mapa, de moeda, de ângulo, de juros, de jornal, de roteiro etc.) e para as habilidades

roteiro etc.) e para as habilidades fundamentais (ler, escrever, contar). Não há, portanto,fundamentais (ler, escrever, contar). Não há, portanto, contradição obrigató

contradição obrigatória entre ria entre os programas eos programas escolares e as scolares e as competêncicompetências mais as mais simplsimples.es.

Esse primeiro princípio, quando bem-compreendido, livra o modelo da

aprendizagem a partir do desenvolvimento de competências críticas como as aprendizagem a partir do desenvolvimento de competências críticas como as

apontadas por Perrenoud (1999, p. 1), sobre a idéia errada de alguns educadores

sobre sua teoria. Di

sobre sua teoria. Diz ele:z ele:

Tal caricatura da noção de competência permite a ironia fácil de dizer que não se vai Tal caricatura da noção de competência permite a ironia fácil de dizer que não se vai à escola para aprender a fazer um anúncio classicado, escolher um roteiro de férias, à escola para aprender a fazer um anúncio classicado, escolher um roteiro de férias,

diagnosticar uma rubéola, preencher o formulário do imposto de renda, compreender um diagnosticar uma rubéola, preencher o formulário do imposto de renda, compreender um contrato, redigir uma carta, fazer palavras cruzadas ou calcular um orçamento familiar. contrato, redigir uma carta, fazer palavras cruzadas ou calcular um orçamento familiar. Ou então para obter informações por telefone, encontrar o caminho numa cidade, repintar Ou então para obter informações por telefone, encontrar o caminho numa cidade, repintar a cozinha, consertar uma bicicleta ou descobrir como utilizar uma moeda estrangeira. a cozinha, consertar uma bicicleta ou descobrir como utilizar uma moeda estrangeira.

A esse tipo de crítica, Perrenoud (1999, p. 2) responde:

Digamos primeiramente que as competências requeridas na vida cotidiana não são Digamos primeiramente que as competências requeridas na vida cotidiana não são desprezíveis, pois uma parte dos adultos, mesmo entre aqueles que seguiram uma desprezíveis, pois uma parte dos adultos, mesmo entre aqueles que seguiram uma escolaridade básica completa, permanece bem despreparada diante das tecnologias escolaridade básica completa, permanece bem despreparada diante das tecnologias e das regras presentes na vida cotidiana. Dessa forma, sem limitar o papel da escola a e das regras presentes na vida cotidiana. Dessa forma, sem limitar o papel da escola a

aprendizagens tão triviais, pode-se perguntar: de que adianta escolarizar um indivíduo aprendizagens tão triviais, pode-se perguntar: de que adianta escolarizar um indivíduo durante 10 a 15 anos de sua vida se ele continua despreparado diante de um contrato de durante 10 a 15 anos de sua vida se ele continua despreparado diante de um contrato de

seguro ou de uma bula farmacêutica? seguro ou de uma bula farmacêutica?

Segundo Perrenoud, as competências referem-se ao domínio prático de um

tipo de tarefas e de situações e, neste ponto, os educadores estão certos em questionar tipo de tarefas e de situações e, neste ponto, os educadores estão certos em questionar

sua teoria, ma

sua teoria, mas, por outro lado, tais domínios práticos só podem ser alcançados se

s, por outro lado, tais domínios práticos só podem ser alcançados se

junto

junto com

com eles

eles desenvo

desenvolvemo

lvemos também

s também as habili

as habilidades dos

dades dos alunos,

alunos, o qu

o que só

e só se pode

se pode

realizar a partir da compreensão do conteúdo que explica aquele domínio. Por realizar a partir da compreensão do conteúdo que explica aquele domínio. Por exemplo, se queremos desenvolver o domínio prático da Matemática nas tarefas exemplo, se queremos desenvolver o domínio prático da Matemática nas tarefas cotidianas dos alunos, precisamos desenvolver suas habilidades numéricas. Para cotidianas dos alunos, precisamos desenvolver suas habilidades numéricas. Para tanto, precisamos introduzir conceitos sobre número, quantidade, agrupamento tanto, precisamos introduzir conceitos sobre número, quantidade, agrupamento etc., que fazem parte

(8)

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Sobre o desenvolvimento das competências, em seu livro

Sobre o desenvolvimento das competências, em seu livro 10 novas10 novas competências para ensinar

competências para ensinar , Perrenoud apresenta uma lista de competências, Perrenoud apresenta uma lista de competências necessárias aos professores para ensinar com base na sua teoria. São elas:

necessárias aos professores para ensinar com base na sua teoria. São elas:

11. . organizar e dirigir si

organizar e dirigir situações de aprendizagem;

tuações de aprendizagem;

2. 2. admin

administrar a

istrar a progressão das

progressão das aprendizagens;

aprendizagens;

3.

3. conceber e fazer evoluir disposiconceber e fazer evoluir dispositivos de diferencitivos de diferenciação;ação; 4.

4. envoenvolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;lver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;

5. 5. trabalhar em

trabalhar em equipe;

equipe;

6.

6. participar da participar da administadministração escoração escolar;lar; 7

7. . inforinformar e mar e envolvenvolver os er os pais;pais; 8.

8. utilizar novas utilizar novas tecnolotecnologias;gias;

99. . enfrenta

enfrentar os dev

r os deveres e os dilemas éticos da prossão

eres e os dilemas éticos da prossão;;

110. 0. admin

administrar a pró

istrar a própria fo

pria formação.

rmação.

Mais tarde, Perrenoud arma a necessidade de se desenvolver uma décima

primeira

primeira competência competência ligada ligada ao ao trabalho trabalho docente, docente, que que está está relacionada relacionada à à açãoação do professor enquanto um ator coletivo no sistema de ensino e enquanto um do professor enquanto um ator coletivo no sistema de ensino e enquanto um

direcionador do movimento dos educadores no sentido da prossi

direcionador do movimento dos educadores no sentido da prossionalização e

onalização e da

da

prática reexiv

prática reexiva sobre seu próprio fazer

a sobre seu próprio fazer..

Diante de tais competências prossionais, devemos, também, favorecer

de forma organizada o desenvolvimento das habilidades requeridas no âmbito de forma organizada o desenvolvimento das habilidades requeridas no âmbito escolar

escolar. Para ta. Para tanto, devnto, devemos rever os curremos rever os currículos escolares de forma a perículos escolares de forma a permitir quemitir que os conteúdos sejam, de fato, compreendidos pelo

os conteúdos sejam, de fato, compreendidos pelos alunos, tas alunos, tanto pela via intelectual,nto pela via intelectual, quanto pela via prática.

quanto pela via prática.

O cur

rículo esco

rículo escolar baseado nas

lar baseado nas compe

compe

tências

Quando falamos de currículo, pensamos imediatamente num conjunto de

matérias reunidas em torno de disciplinas a serem ministradas por professores matérias reunidas em torno de disciplinas a serem ministradas por professores no interior dos locais formais de educação, o que confere a tal instrumento um no interior dos locais formais de educação, o que confere a tal instrumento um caráter estático, de imobilidade, dado o seu aprisionamento secular dentro deste caráter estático, de imobilidade, dado o seu aprisionamento secular dentro deste conceito. Mas não estamos acostumados a pensar que o currículo tem vida, é conceito. Mas não estamos acostumados a pensar que o currículo tem vida, é

móvel e aberto a alterações, mudanças, avaliações e adequações.

Geralmente, quando ouvimos os professores falando sobre os currículos

escolares, ouvimo-los dizer que “da maneira que a turma está, não vai ser

possível

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imediato, mas que se concretiza por ações reexivas, concretas, que permitam a

articulação dos saberes adquiridos e que estejam em relação com a realidade dos articulação dos saberes adquiridos e que estejam em relação com a realidade dos alunos. Justamente por isso, a idéia de currículo como garantia da aprendizagem alunos. Justamente por isso, a idéia de currículo como garantia da aprendizagem deve ser rechaçada.

deve ser rechaçada.

Muitas vezes, segundo Perrenoud, faltam aos alunos alguns

Muitas vezes, segundo Perrenoud, faltam aos alunos alguns conhecimentosconhecimentos

básicos em

básicos em campos especícos da

campos especícos da Matemática, por

Matemática, por exemp

exemplo,

lo, que f

que foram estudados

oram estudados

de forma descontextualizada e que quando precisam ser resgatados por ele para de forma descontextualizada e que quando precisam ser resgatados por ele para sua utilização na vida prática, acabam por não fazer correlação consciente entre a sua utilização na vida prática, acabam por não fazer correlação consciente entre a matéria dada e a competência exigida.

matéria dada e a competência exigida.

É justamente por isso que convém, de acordo com Perrenoud, incentivar o

desenvolvimento das competências a partir da escola, relacionando constantemente desenvolvimento das competências a partir da escola, relacionando constantemente

os saberes formais e sua utilização em

os saberes formais e sua utilização em situações concretas. Iss o nos leva a armar

situações concretas. Iss o nos leva a armar

também a necessidade de revisão dos currículos escolares para que possam ir ao também a necessidade de revisão dos currículos escolares para que possam ir ao

encontro das reais necessidades educacionais, deixando de gurar (o currículo)

como aparelho de reprodução de saberes e conhecimentos, passando a atuar como como aparelho de reprodução de saberes e conhecimentos, passando a atuar como

inst

instrume

rumento de reexão da prática pedagógica dos prof

nto de reexão da prática pedagógica dos professores e demais prossionais

essores e demais prossionais

da Educação, uma vez que por meio dele, ao lhe conferir mobilidade, podemos

também identicar, analisar e superar as diculdades relativas à ação docente. Tal

propos

proposta

ta fundamenta

fundamenta a

a criação

criação dos

dos proj

projetos

etos polí

político-pedagó

tico-pedagógicos

gicos que

que deveriam

deveriam

ser utilizados como ferramenta de

ser utilizados como ferramenta de análise, avaliação e superação das

análise, avaliação e superação das diculdades

diculdades

cotidianas a partir das propostas losóco-pedagógicas de cada escola, bem como

dos currículos a serem desenvolvidos pelos professores em suas disciplinas.

Por outro lado, ao observar a necessidade de adequação dos currículos Por outro lado, ao observar a necessidade de adequação dos currículos ao desenvolvimento de competências para a vida prática, Perrenoud avalia que ao desenvolvimento de competências para a vida prática, Perrenoud avalia que o desenvolvimento de competências a partir da escola envolve uma diminuição o desenvolvimento de competências a partir da escola envolve uma diminuição de conteúdos a serem transmitidos, logo, envolve também a adequação dos de conteúdos a serem transmitidos, logo, envolve também a adequação dos

currículos à nova proposta pedagógica. Ao armar tal necessidade de diminuição

dos conteúdos, Perrenoud o faz na

dos conteúdos, Perrenoud o faz na intenção de propiciar um tempo maior para intenção de propiciar um tempo maior para queque os alunos possam exercitar seus saberes.

os alunos possam exercitar seus saberes. No

No entanto, entanto, PerrenouPerrenoud d compreencompreende de que que os os currículos currículos são são geralmentegeralmente montados com vistas a favorecer uma elite social em detrimento dos grupos menos montados com vistas a favorecer uma elite social em detrimento dos grupos menos

favorecidos economicamente, mas considera que, apesar das diculdades a serem

enfrentadas pelos professores para colocar em andamento a proposta pedagógica

baseada no desenv

baseada no desenvolvim

olvimento de com

ento de competências, a abo

petências, a abordagem pedag

rdagem pedagógic

ógica com base

a com base

nas competências pode trazer como conseqüência novos caminhos de luta diante nas competências pode trazer como conseqüência novos caminhos de luta diante das desigualdades s

das desigualdades sociais, uma vociais, uma vez que ez que crianças vindas de elites ecocrianças vindas de elites econômicnômicas eas e crianças oriundas

crianças oriundas de classes menos favode classes menos favorecidas economirecidas economicamente teriam as camente teriam as mesmasmesmas

oportunidades de desenvolvimento de competências lógicas para a vida prática,

não cabendo mais a distinção entre “pobres” e “ricos” a par

não cabendo mais a distinção entre “pobres” e “ricos” a partir de sua

tir de suas capacidades

s capacidades

intelectuais (o que, a propósito, já deveria ter sido superado há muito tempo).

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revisto de tempos em tempos, bem como deverá ser revista também a atuação revisto de tempos em tempos, bem como deverá ser revista também a atuação

dos professores e a organização pedagógica da escola, para que seus princípios

educacionais não se percam ou crista

educacionais não se percam ou cristalizem no tempo.lizem no tempo. Para tanto, a escola deverá rever

Para tanto, a escola deverá rever, prioritariamente, sua forma de , prioritariamente, sua forma de administração,administração,

pensan

pensando a

do a Educ

Educação a

ação a partir de

partir de bases demo

bases democráti

cráticas e

cas e não mais a

não mais a partir

partir de bases

de bases

autoritárias. Fal

autoritárias. Falar da

ar da escola democráti

escola democrática não é

ca não é só pensar na

só pensar na relação de igualdade, ou

relação de igualdade, ou

melhor, de horizontalidade entre professores e alunos, mas pensar também a mesma melhor, de horizontalidade entre professores e alunos, mas pensar também a mesma

relação entre os membros da comunidade escolar. É preciso, pois, desfazer-se das

ameaças autoritárias e impositivas e dar lugar a práticas reexivas no âmbito da

gestão escolar.

Um outro fator importante na consideração sobre a avaliação é que, segundo Um outro fator importante na consideração sobre a avaliação é que, segundo Perrenoud, tal processo é sempre regulador da autonomia dos atores escolares, Perrenoud, tal processo é sempre regulador da autonomia dos atores escolares,

mas que, nem por isso, deve signicar controle das ações de ca

mas que, nem por isso, deve signicar controle das ações de cada ator educacional.

da ator educacional.

Ao contrário, Perrenoud arma que as e

Ao contrário, Perrenoud arma que as escolas devem se interrogar a todo instante

scolas devem se interrogar a todo instante

sobre suas nalidades, sua metodologia, seu funcionamento, suas práticas de

forma aberta, coletiva.

A nalidade última dos processos de avaliação seria a de identicar

as diculdades existentes no momento de se colocar em prática os processos

pedagógicos

pedagógicos dos

dos alunos

alunos (re

(referindo-se

ferindo-se às

às diculdades

diculdades de

de aprendizagem

aprendizagem)

) e

e os

os

processos pedagógico

processos pedagógicos mais amplos (

s mais amplos (referindo-se às diculdades de gestão)

referindo-se às diculdades de gestão)..

Concluindo

Concluindo, para Per

, para Perrenoud avaliar para as c

renoud avaliar para as competências signica possibili

ompetências signica possibilitar

tar

a constr

a construção de espaços e

ução de espaços e tempos pedagógicos que fav

tempos pedagógicos que favoreçam o desenvolvimento

oreçam o desenvolvimento

de domínios práticos de ação e reexão tanto aos alunos qua

de domínios práticos de ação e reexão tanto aos alunos quanto aos prof

nto aos professores e

essores e

demais atores escolares.

Como atividade de reex

Como atividade de reexão, sugiro a constr

ão, sugiro a construção de grupos de discussão sobre as dez competências

ução de grupos de discussão sobre as dez competências

(mais uma) encaminhadas por Perrenoud ao trabalho docente. Para tanto, será necessário que

você reita sobre as possibilidades de se colocar em prática as propostas

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