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Mercado Financeiro - Apostila1 -

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Mercado Financeiro

- Apostila1 -

Prof. Fabio Uchôas de Lima

Este material foi produzido com o intuito de fornecer melhores subsídios aos alunos dos diversos cursos, tomando como base informações contidas em diversos livros, periódicos e sites da Internet, preferencialmente àqueles indicados no programa do curso, reunindo várias pesquisas e conhecimentos adquiridos ao longo da vida acadêmica. Quero esclarecer que este material não possui nenhum vínculo com as Instituições de Ensino onde atuo, nem nenhuma forma de comércio autorizada. Peço apenas a gentileza de não fazer nenhum uso comercial ou inserção em livros, periódicos, ou quaisquer outras mídias sem minha expressa autorização, garantida pela Lei 9610/98. Quaisquer críticas ou sugestões serão muito bem recebidas e podem ser enviadas ao meu e-mail (fabio-prof@uol.com.br). Periodicamente faço uma revisão do material de modo a aprimorá-lo, e agradeço as colaborações recebidas.

(2)

S

UMÁRIO

1. OS MERCADOS MONETÁRIO E FINANCEIRO E SUAS RELAÇÕES ... 3

Conceito Econômico de Mercado... 3

1.1 MERCADO FINANCEIRO... 3

1.2 A MOEDA... 4

1.2.1 Oferta de moeda (M) ... 5

1.2.2 Processo de criação de moeda ... 6

1.2.3 Funções do Banco Central ... 6

1.2.4 Criação e destruição de moedas... 6

1.2.5 Instrumentos de controle monetário ... 7

1.2.6 A demanda por moeda ... 7

2. POLÍTICAS ECONÔMICAS... 9

2.1 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA... 9

3. SISTEMA FINANCEIRO DO BRASIL... 10

3.1 COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO... 10

4. MERCADO FINANCEIRO... 11

4.1 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO... 11

4.1.1 Mercado Monetário... 12

4.1.2 – Mercado de Crédito ... 13

4.1.3 – Mercado de Capitais... 15

4.1.4 Mercado de Câmbio ... 16

5. JUROS E RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ... 17

6. PRODUTOS FINANCEIROS... 19

(3)

1.

O

S MERCADOS

M

ONETÁRIO E

F

INANCEIRO E SUAS

R

ELAÇÕES

Conceito Econômico de Mercado

Antigamente, mercado referia-se a um lugar determinado onde os agentes econômicos realizavam suas operações de troca. Conforme Rossetti (2006, p. 395), alguns livros de história econômica revelam como os senhores feudais da alta Idade Média organizavam mercados em seus territórios, concedendo o privilégio de sua exploração como forma de atender

às necessidades de suprimentos em seus domínios e de facilitar, pela centralização das operações, a cobrança de tributos.

Nos dias atuais, pequenas cidades do interior seguem a tradição histórica, ostentam a igreja, a praça pública, o coreto, a prefeitura e o mercado. Percebemos que o mercado tem um lugar definido, especialmente edificado, para o encontro de produtores e consumidores.

Contudo, o conceito de mercado, em seu significado econômico mais amplo, está bem distante dessa tradição. O mercado é definido pela existência de forças aparentemente contrárias: as da demanda e as da oferta. Quando ambas ocorrem simultaneamente, um mercado é definido.

Quando recursos humanos são ofertados e demandados, pode-se dizer que há um mercado de trabalho. Quando recursos financeiros são ofertados e procurados, pode-se dizer que há um mercado financeiro. Todos são abstrações, que dizem respeito à oferta e à demanda de recursos correspondentes.

1.1 Mercado financeiro

O mercado financeiro representa o ambiente no qual ocorrem as intermediações de recursos entre agentes econômicos superavitários e agentes econômicos deficitários, ou seja, os recursos fluem de um grupo para o outro através do mercado financeiro.

Os agentes econômicos superavitários são aqueles que fornecem recursos ao sistema por meio da poupança e os agentes deficitários captam recursos. Esses últimos são os tomadores de empréstimo.

A captação de recursos ocorre por meio direto ou indireto. A forma direta é caracterizada pela ausência do intermediário financeiro, ou seja, os tomadores solicitam empréstimos diretamente aos agentes superavitários por meio da venda de títulos (instrumentos financeiros), que representam direitos sobre a receita futura ou ativos futuros do tomador.

Podemos exemplificar com o procedimento de desconto bancário de títulos. Esta operação envolve dois agentes, o que concede os recursos (oferta) e o que capta os recursos (demanda), não exigindo um terceiro agente para intermediar a operação. A forma indireta de captação de recursos exige um intermediário financeiro (que pode ser um banco), que fica entre os agentes econômicos superavitários e deficitários. Para uma empresa emitir ações no mercado primário, é necessário que haja uma instituição que faça essa intermediação, como, por exemplo, um banco de investimento.

(4)

Portanto, o processo de intermediação financeira pode ser entendido como a captação de recursos junto às unidades econômicas superavitárias por instituições financeiras e o seu subsequente repasse para unidades econômicas deficitárias. É a atividade exercida pelos bancos.

O financiamento indireto é o caminho principal para a movimentação de recursos entre poupadores e tomadores.

1.2 A Moeda

Para iniciarmos o estudo do mercado monetário, temos que entender o papel do principal objeto desse mercado: a moeda, que, por sua vez, desempenha três funções. São elas:

a. meio de trocas;

b. unidade de conta ou medida de valor;

c. reserva de valor (separação temporal de uso).

A moeda, ao longo de sua história, assumiu várias formas, entre elas, temos:

a. moeda-mercadoria: sal, gado, trigo, entre outros; b. moeda-papel: certificados bancários com lastro; c. papel-moeda: moeda fiduciária sem lastro;

d. moeda escritural: moeda depositada nos bancos comerciais.

Dessa forma, o sistema de mercado foi se estruturando para poder dar condições de se ter uma mercadoria como denominador comum para outras mercadorias, sendo essa a moeda, e a condição são os meios de pagamentos caracterizados como papel-moeda em poder do público, e os depósitos bancários, ou seja, o dinheiro, ou estão no bolso dos agentes – liquidez imediata – ou estão depositados nos bancos comerciais e/ou aplicados em outras instituições monetárias financeiras.

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Um conceito importante para entendermos o mercado monetário é o de base monetária, sendo esta o dinheiro ou toda moeda “física” disponível (papel-moeda e moeda metálica, exceto a que ficou retida no caixa das autoridades monetárias, leia-se: no Banco Central do Brasil (BCB). Sendo assim, podemos considerar como base monetária (B) o total de papel-moeda em poder do público (PMPP) e o total de reservas bancárias (R). Base monetária = PMPP + R 1.2.1 Oferta de moeda (M)

Dentro do mercado monetário, temos a oferta de moeda representada pela letra M, que representa todos os meios de pagamentos, divididos em moeda manual (moeda) e moeda escritural ou depósitos à vista (DV). Sendo assim, temos:

M = meios de pagamentos M = moeda manual + escritural M = PMPP + DV

Hoje em dia, temos as quase-moedas, fato que levou a oferta monetária (M) a ter novos conceitos, conhecidos como agregados monetários. São eles:

M1 = PMPP + DV

M2 = M1 + títulos em poder do setor privado M3 = M2 + depósitos de poupança

M4 = M3 + depósitos a prazo e outros títulos privados

Um ponto importante aqui é que a inflação exerce influência nos agregados monetários, isto é, quando há um aumento da inflação, temos uma queda no grau de monetização da economia, ou seja, há uma queda na relação M1/M4. Já quando há uma queda da inflação, temos o inverso, isto é, uma elevação da relação M1/M4 ou remonetização da economia.

Uma questão importante nessa altura dos estudos é saber qual a diferença entre os sistemas bancário ou monetário e o não monetário, para que saibamos em que terreno estamos pisando.

Para ficar mais claro, sempre temos que ter em mente que existem agentes monetários e não monetários, sendo os primeiros os agentes que têm condições de criar moeda, como o BCB e os bancos comerciais (BC). Já os agentes não monetários são os bancos de investimentos, entre outros, os quais não possuem condições de criar moeda.

Antes de falarmos do processo de criação de moeda, temos que ter bem claros alguns pontos importantes dentro do sistema monetário, no qual temos o papel-moeda emitido (PME), o papel-papel-moeda em circulação (PMC), o caixa do Banco Central do Brasil (cBCB) e o caixa dos bancos comerciais (cBC). Sendo:

Papel-moeda em circulação = PME - cBCB Papel-moeda em poder do público = PME – cBC

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1.2.2 Processo de criação de moeda

O processo de criação de moedas tem duas formas, sendo a primeira a emissão de moeda pela própria Casa da Moeda atrelada ao Banco Central, e a segunda forma via o efeito multiplicador no sistema bancário com base nos depósitos realizados por cada agente econômico que utilize esse mesmo sistema por meio dos depósitos à vista (DV) que vão para o caixa dos bancos comerciais (cBC).

Entretanto, no sistema monetário contemporâneo, temos o chamado depósito compulsório, isto é, uma obrigação dos bancos comerciais de manterem uma parte do que é depositado diariamente no próprio BCB como forma de garantir a solvência do sistema bancário. Temos dois tipos de reservas, são elas:

a. reservas compulsórias, isto é, obrigatórias (RC); e b. reservas voluntárias (RV).

Efeito multiplicador bancário

1.2.3 Funções do Banco Central

Como já comentamos, o Banco Central é um agente monetário, porém esse agente, o BCB, também tem o papel de regular os sistemas monetário e financeiro no sentido de garantir que eles não tenham descasamentos de compensações nem quebra. Sendo assim, o Banco Central tem o papel de ser o banco dos bancos, o depositário e controlador das reservas internacionais, o banco que financia do Tesouro Nacional (TN) e o emissor de papel-moeda via Casa da Moeda. Sendo assim, o Banco Central é o principal responsável pela política monetária (emissão de moeda e definição da taxa de juros) e da política cambial (definição do sistema cambial e do valor do câmbio).

Podemos ver essas atribuições do BCB ao olharmos o seu balancete, no qual temos, no seu ativo, os empréstimos ao Tesouro Nacional e o Redesconto e, no seu passivo, o papel-moeda emitido e os depósitos do próprio Tesouro e as reservas bancárias, sendo esta última também descrita no ativo do balancete dos bancos comerciais.

1.2.4 Criação e destruição de moedas

Uma série de operações interfere no movimento monetário, o que de forma técnica descrevemos como criação e destruição de moeda.

Como criação de moeda, temos, por exemplo, o movimento de entrada de reservas internacionais por meio de exportações, investimento estrangeiro direto no país, entre outros, em que teremos que dar como contrapartida e com base no câmbio uma quantidade de moeda doméstica, isto é, trocar dólares por reais, fato que eleva o M1 e o ativo do BCB.

Outro exemplo é o resgate de CDB e CDI nos bancos comerciais, fato que eleva o M1 e faz cair o passivo não monetário das instituições bancárias, como também um déficit nas contas do governo eleva também o M1 e faz cair o passivo não monetário das instituições bancárias.

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Já como destruição de moeda, temos a quebra de bancos como um exemplo clássico, a venda de Letras do Banco Central, que faz cair a base monetária (B) e aumentar o passivo não monetário do próprio Banco Central e ter superávit nas contas do governo, em que cai o M1 e com ele a base monetária e aumenta o passivo não monetário do BCB.

Há também os movimentos neutros, como resgate de depósitos de poupança para aquisição de CDB e saque de cheques no caixa, o que não altera o saldo de M1, representando apenas uma transferência de depósitos à vista para moeda manual.

1.2.5 Instrumentos de controle monetário

Como vimos, a oferta monetária interfere e muito nos movimentos econômicos e financeiros, em que o BCB, da mesma forma que aumenta essa oferta, tem o papel de controlá-la. Para isso, ele possui três instrumentos de controle monetários: a. reservas compulsórias; b. política de redesconto; c. operações de open market.

As reservas compulsórias, como vimos, é uma forma de o BCB reduzir a capacidade dos bancos comerciais em criar moeda por meio do efeito multiplicador bancário. Já a política de redesconto é a taxa de juros cobrada pelo BCB aos bancos comerciais, isto é, se os bancos comerciais emprestarem acima do permitido e ficarem com baixa liquidez, poderão apresentar problemas de pagamentos aos correntes que tentarem sacar seu dinheiro das contas correntes. Quando a taxa de juros do redesconto está acima da taxa de juros do mercado, os bancos comerciais não irão emprestar acima do permitido para não incorrerem em custos acima da média do setor bancário.

O open market é a venda e a compra de títulos públicos a uma dada taxa de juros, em que, quando o BCB vende títulos do TN, ele está tirando uma parte do M1 do mercado, pois está trocando títulos por moeda a uma dada taxa de juros a um dado prazo determinado.

1.2.6 A demanda por moeda

Dentro do mercado monetário, temos a demanda por moeda, e, para poder descrever tal curva, é preciso saber quais os principais motivos para tal movimento, isto é, para demandar moeda. Sendo assim, temos os motivos:

a. transação; b. precaução; c. especulação.

Os dois primeiros motivos para demandar moeda estão em função da renda e das necessidades imediatas dos agentes econômicos. Já o terceiro motivo para demandar moeda está em função da taxa de juros, isto é, dado um aumento da taxa de juros, cai a demanda por moeda, pois a moeda é como qualquer outro bem, depende também do preço e da renda, mantendo uma relação inversa com seu preço, taxa de juros (i), e direta com o nível de renda (Y). A função demanda por moeda tem a seguinte forma: L = kY – hi

Sendo L a demanda por moeda, k um parâmetro de retenção de moeda em relação à renda (Y) – motivos transação e precaução - e h um parâmetro de sensibilidade da demanda por moeda em relação à taxa de juros (i) – motivo especulação.

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Na demanda por moeda, temos um ponto interessante, que é considerar a demanda por moeda como demanda por encaixes reais, em que os indivíduos não se importam com o valor nominal de face dela, mas sim com seu poder de compra, ou seja, seu poder aquisitivo.

Sendo assim, temos a demanda por moeda ou por encaixes reais em função do nível geral de preços (inflação), da renda e da taxa de juros.

(9)

2.

P

OLÍTICAS

E

CONÔMICAS

A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais que são planejadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica de um país, uma região ou um conjunto de países. Estas ações são executadas pelos agentes de política econômica, a saber:

a) nacionalmente, o Governo, o Banco Central e o Parlamento

b) internacionalmente por órgãos como, por exemplo, o FMI, o Banco Mundial e o Ex-Im Bank (Export-Import Bank of the United States).

Cada vez mais há uma interação com entidades multinacionais, pelo fato de a economia da maioria dos países encontrar-se globalizada.

2.1 Instrumentos de Política Econômica

Política fiscal - Conjunto de decisões e ações relacionadas com as despesas

e receitas dos governos federal, estadual e municipal.

Política externa - Conjunto de medidas que tem por finalidade manter o

equilíbrio do Balanço de Pagamentos, proteger determinados setores e desenvolver relações comerciais externas. Por sua vez subdivide-se em Política Cambial e Política Comercial.

Política de rendas - Conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e

justiça social.

Política monetária - Conjunto de medidas objetivando controlar o volume de

(10)

3.

S

ISTEMA

F

INANCEIRO DO

B

RASIL

O sistema financeiro nacional é formado por um conjunto de instituições, financeiras ou não, voltadas para a gestão da política monetária do governo federal. É composto por entidades supervisoras e por operadores que atuam no mercado nacional e orientado por três órgãos normativos:

• o Conselho Monetário Nacional (CMN),

• o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e

• o Conselho Nacional da Previdência Complementar (CNPC).

De acordo com o art. 192 da Constituição Federal: "O sistema financeiro nacional é estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram." A Constituição de 1988, que busca estruturar o Sistema Financeiro Nacional de forma a promover o desenvolvimento e equilíbrio do país e a servir aos interesses da coletividade, e a estabilidade econômica, dão nova cara ao SFN. Mercados, como o de previdência privada, passam a ganhar musculatura e exigir maior atenção.

Em 1996, no Governo FHC (Fernando Henrique Cardoso) é criado o Copom, ligado ao Bacen, que estabelece as diretrizes da política monetária, como a Taxa SELIC.

3.1 Composição do Sistema Financeiro Brasileiro

Sistema Financeiro do Brasil

Órgãos normativos Conselho Monetário Nacional · Conselho Nacional de Seguros Privados · Conselho Nacional de Previdência Complementar

Órgãos de recursos

Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional · Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização · Câmara de Recursos da Previdência Complementar

Órgãos fiscalizadores

Banco Central do Brasil · Comissão de Valores Mobiliários · Superintendência de Seguros Privados · Superintendência Nacional de Previdência Complementar

Agências de fomento · Associações de poupança e empréstimo · Bancos comerciais · Bancos cooperativos · Bancos de desenvolvimento · Bancos de investimento · Bancos Instituições fiscalizadas pelo BaCen múltiplos · Cooperativas de crédito · Sociedades de

arrendamento mercantil · Sociedades de corretoras de câmbio · Sociedades de crédito, financiamento e investimento ·

Sociedades de crédito imobiliário

Instituições fiscalizadas pela CVM

BM&FBOVESPA · BVRJ · Corretoras de títulos · Corretoras de valores mobiliários · Distribuidoras de títulos · Distribuidoras de valores mobiliários

Sociedades seguradoras · Sociedades capilizadoras ·

Instituições fiscalizadas pelo SUSEP Entidades abertas de previdências complementar · Sociedades resseguradoras

Instituições fiscalizadas pelo Previc Entidades fechadas de previdência complementar

Caixa Econômica Federal · Banco do Brasil · Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social · Banco do Nordeste Instituições especiais

do Brasil · Banco da Amazônia · Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul

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4.

M

ERCADO

F

INANCEIRO

Em economia, um mercado financeiro é um mecanismo que permite a compra e venda (comércio) de valores mobiliários (por exemplo ações e obrigações), mercadorias (como pedras preciosas ou produtos agrícolas) e outros bens fungíveis com baixo custo de transação e preços que refletem a hipótese do mercado eficiente.

Existem mercados gerais (onde muitos produtos são comercializados) e mercados especializados (onde apenas uma mercadoria é negociada). Os mercados funcionam colocando muitos compradores e vendedores interessados num "lugar", tornando assim mais fácil para eles se encontrarem uns aos outros. Uma economia que depende principalmente de interações entre compradores e vendedores para alocar recursos é conhecida como uma economia de mercado, em contraste a economia de comando ou com a economia de não-mercado, como por exemplo de uma economia de doação.

Em finanças, os mercados financeiros permitem:

A angariação de capital (no mercado de capitais) A transferência de risco (no mercado de derivados) O comércio internacional (no mercado de divisas)

– e são usados para corresponder os que querem capital com o que o têm.

Normalmente que se quer financiar emite um recibo para que empresa prometendo pagar de volta o capital. Essas receitas são títulos que podem ser comprados ou vendidos livremente. Em troca do empréstimo de dinheiro, quem o concede espera uma compensação sob a forma de juro ou dividendos.

4.1 Segmentação do Mercado Financeiro

O mercado financeiro se divide em quatro grandes mercados, a saber: • mercado monetário;

• mercado de crédito; • mercado de capitais; • mercado de câmbio.

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4.1.1 Mercado Monetário

O mercado monetário visa ao controle da liquidez monetária da economia e é criado por uma relação intangível entre fornecedores e tomadores de fundos a curto e curtíssimo prazos.

O governo usa um conjunto de medidas que visa, fundamentalmente, a adequar os meios de pagamento disponíveis às necessidades do sistema econômico como um todo, por meio de uma ação reguladora sobre os recursos monetários existentes para sua plena e eficiente utilização. Essas medidas são administradas pelo Banco Central.

No mercado monetário os papéis são negociados tendo como referência a taxa de juros, que se constitui em sua mais importante moeda de operação. Os papéis que lastreiam as transações se caracterizam pelos curtos e curtíssimos prazos de resgate e liquidez alta. Nesse mercado são financiadas as necessidades momentâneas de caixa dos bancos e dos governos, sendo os títulos públicos os papéis mais negociados.

Conforme Assaf Neto (2009, p. 65), a maior parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário é escritural, ou seja, não há emissão física, exigindo maior organização e controle em sua liquidez e transferência. Assim sendo, as negociações são custodiadas e controladas por dois sistemas: o Selic e a Cetip.

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O Tesouro Nacional emite títulos no mercado monetário visando a financiar o orçamento público. Além disso, estados e municípios emitem diversos títulos públicos nesse mercado. Os títulos municipais e estaduais têm baixa liquidez; já os títulos públicos federais, ao contrário, têm maior aceitação e liquidez.

Os títulos da dívida pública do governo federal são classificados pela natureza de suas emissões. Os principais títulos do Tesouro Nacional são:

• Letras Financeiras do Tesouro, • Letras do Tesouro Nacional e • Notas do Tesouro Nacional

Os principais títulos do Banco Central são: • Bônus do Banco Central,

• Letras do Banco Central e • Notas do Banco Central.

4.1.2 – Mercado de Crédito

O mercado de crédito inclui as operações de financiamento de curto e médio prazo, direcionadas aos empréstimos e financiamentos às empresas, assim como concessão de crédito às pessoas físicas. Esse mercado é constituído basicamente por bancos comerciais, bancos múltiplos e sociedades financeiras. Muitas vezes são incluídas no âmbito do mercado de crédito as operações de financiamento de bens de consumo duráveis praticadas pelas sociedades financeiras. As instituições realizam diversas modalidades de crédito no mercado. Conforme Assaf Neto (2009, p. 70-73), as que mais se destacam são:

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Desconto bancário de títulos

É concedido um empréstimo mediante a garantia de um título de crédito futuro, geralmente uma duplicata. A instituição adianta para a empresa comercial parte do valor da duplicata, e caso o cliente (da duplicata) não pague, a empresa restitui ao banco o valor devido.

Contas garantidas Equivale à abertura de uma conta com um limite de crédito garantido pelo banco. O mutuário da transação pode sacar recursos até o limite contratado. Os encargos financeiros são calculados sobre o saldo que permanecer a descoberto e cobrado dos clientes, na maioria dos bancos, ao final do mês.

Créditos rotativos São linhas de crédito abertas pelas instituições bancárias com o propósito de financiamento das necessidades de capital de giro das empresas e são, quase sempre, movimentadas por meio de cheques. São diferentes das contas garantidas por serem normalmente operadas por meio de garantia de duplicatas.

Operações São operações de curto e curtíssimo prazo, procuradas para cobrir as necessidades fixas de caixa das organizações. As taxas do hot money são constituídas com base nas taxas do mercado interfinanceiro (CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro). hot money Empréstimos para capital de giro e pagamento de tributos

São oferecidos pelas instituições bancárias por meio de contrato que determina as condições de operação. Os empréstimos para pagamento de tributos representam o adiantamento de recursos às organizações para liquidação de impostos e tarifas públicas.

Operações de vendor

Operação de crédito em que um banco paga à vista a uma empresa comercial os direitos referentes às vendas a prazo, em troca de uma taxa de juros de intermediação.

Repasse de recursos externos

(Resolução 63)

A operação de empréstimo regulamentada pelo Bacen se constitui num repasse de recursos captados no exterior, seja por meio de empréstimos ou pela venda de títulos. Esses recursos são repassados às empresas nacionais visando ao financiamento de capital de giro e fixo.

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

É uma operação destinada a financiar a compra de bens e servi-ços por consumidores finais. A concessão de crédito é realizada por uma instituição financeira e garantida, normalmente, pelo próprio bem objeto do financiamento.

Assunção de dívidas É uma operação voltada para organizações com recursos em caixa para quitação de uma dívida futura. A instituição bancária negocia a liberação de recursos equivalentes ao valor de liquidação da dívida, garantindo uma aplicação financeira a taxas superiores às usualmente praticadas no contrato da dívida. Com isso a empresa consegue baratear sua dívida. Adiantamento de

Contrato de Câmbio (ACC)

É uma transação desenvolvida com o fim de dinamizar as exportações e gerar maior competitividade nesse mercado. As instituições autorizadas a operar com o câmbio adiantam aos exportadores recursos lastreados nos contratos de câmbio fixados nas vendas para o exterior.

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4.1.3 – Mercado de Capitais

O mercado de capitais surgiu para cobrir uma lacuna deixada pelo mercado de crédito. Ele existe para atender às necessidades de financiamento de longo prazo das organizações por meio da emissão de títulos.

O mercado de capitais assume uma função fundamental no processo de desenvolvimento econômico do país, atua como propulsor de capitais para os investimentos de organizações e estimula a formação de poupança privada. Ele inclui um conjunto de operações para transferências de recursos financeiros entre agentes poupadores e investidores, com prazo médio, longo ou indefinido. É uma relação financeira constituída por instituições e contratos que permite que poupadores e organizações demandantes de capital de longo prazo realizem suas transações. Tem como função básica promover a riqueza nacional por meio da participação da poupança de cada agente econômico.

As principais modalidades de financiamentos e instrumentos financeiros são:

Financiamento de Capital de Giro

São linhas de crédito abertas pelas instituições bancárias com o propósito de financiamento das necessidades de capital de giro das empresas.

Operações de Repasse

Constitui-se em empréstimos contratados por instituições do mercado de capitais e repassados a organizações deficitárias de recursos para investimentos de longo prazo.

Arrendamento Mercantil

Também conhecido como leasing, é um contrato através do qual a arrendadora ou locadora adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário, ou locatário) para, em seguida, alugá-lo por um prazo determinado. Ao término do contrato o arrendatário pode optar por renová-lo por mais um período, por devolver o bem arrendado à arrendadora ou dela adquirir o bem, pelo valor de mercado ou por um valor residual previamente definido no contrato.

Oferta Pública de Ações e Debêntures

Uma empresa tem seu capital social dividido em pequenas parcelas chamadas ações, que seria uma unidade de títulos emitidos por sociedades anônimas. Quando as ações são emitidas por companhias abertas ou assemelhadas, são negociados em bolsa de valores ou no mercado de balcão. Debênture é um título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas condições constantes da escritura de emissão.

Securitização de Recebíveis

É realizada normalmente por organizações que apresentam carteira de valores a receber pulverizada, em que nenhum recebível tenha representatividade relevante em relação ao total. A empresa tomadora negocia sua carteira com uma organização criada especialmente para esse fim, a qual levanta recursos no mercado mediante emissão de títulos lastreados nesses valores adquiridos.

Operações de VENDOR

Operação de crédito em que um banco paga à vista a uma empresa comercial os direitos referentes às vendas a prazo, em troca de uma taxa de juros de intermediação.

Warrants e Títulos Conversíveis

Título que concede ao seu titular o direito de compra de outros papéis de emissão da própria organização.

Título de crédito e contratos representativos de exportações realizadas por empresas brasileiras. É uma modalidade de financiamento ágil destinada a reforçar o capital de giro das organizações exportadoras, beneficiárias dos títulos de crédito..

Forfaiting

Caderneta de Poupança

Existe confusão entre poupança e poupança financeira, que é um tipo de investimento financeiro, em conta poupança, com baixo risco e baixo rendimento, geralmente garantido pelo governo até um determinado valor, através do Fundo Garantidor de Crédito, independentemente de qual casa bancária é a sua depositária.

(16)

Fundo Garantidor de

Crédito

No início de 2009, com o objetivo de criar melhores condições para que as instituições financeiras médias e pequenas voltassem a realizar operações de crédito, o Conselho Monetário Nacional –CMN aprovou a Resolução n° 3.692, de 26 de março de 2009, alterada pelas Resoluções n°s 3.717, de 23 de abril de 2009 e 3.793, de 28 de setembro de 2009, que autorizou os bancos comerciais, os bancos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de investimentos, as sociedades de crédito, financiamento e investimento e as caixas econômicas a captar, a partir de 01 de abril de 2009, depósitos a prazo, sem emissão de certificado, com garantia especial (Depósito a prazo com Garantia Especial – DPGE) a ser proporcionada pelo FGC no valor de até R$ 20 milhões por depositante.

4.1.4 Mercado de Câmbio

O mercado de câmbio é aquele que envolve a negociação de moedas estrangeiras e pessoas interessadas em movimentar essas moedas. Esse mercado reúne os agentes econômicos que tenham necessidade ou interesse em realizar operações com o exterior. É um mercado bastante utilizado por investidores internacionais, exportadores, importadores, empresas multinacionais e devedores que tenham compromissos a pagar no exterior. As principais moedas negociadas no mercado de câmbio são: o dólar americano, o euro, o franco da Suíça, o iene do Japão, a libra esterlina da Grã-Bretanha e o ouro.

As operações de câmbio não podem ser praticadas livremente e devem ser conduzidas por intermédio de um estabelecimento autorizado a operar com câmbio, conforme observado no disposto no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais – RMCCI. Todo operador de câmbio deve obter licença no Banco Central do Brasil como corretor de câmbio.

Conforme o site do Banco Central, não há limitação de valor para as operações, devendo ser observada a legalidade da transação, inclusive de ordem tributária, tendo como base a fundamentação econômica das transações e as responsabilidades definidas na respectiva documentação. O Bacen não determina quais documentos devem ser exigidos nas operações, determina somente que a documentação deve ser satisfatória para respaldar a operação de câmbio, podendo, inclusive, variar de instituição para instituição.

A taxa de câmbio é livremente contratada entre as partes. O Banco Central divulga a taxa média (ponderada pelos volumes) das operações no mercado interbancário de câmbio, conhecida por “TAXA PTAX”, que serve como referência, e não como uma taxa fixa.

Aqui no Brasil é adotado o regime de câmbio flutuante administrado, que permite variações livres da taxa de câmbio. Quando o governo julga algum risco ao equilíbrio de mercado, ele intervém, normalmente, comprando ou vendendo divisas.

Vários fatores são determinantes para a formação das paridades monetárias no mercado de câmbio. Dentre eles destacam-se: nível de reservas monetárias, liquidez da economia, taxa de inflação doméstica e a do resto do mundo, política interna de juros.

(17)

5.

J

UROS E

R

ISCOS DAS

I

NSTITUIÇÕES

F

INANCEIRAS

No que se relaciona a taxa de juros, a preocupação da sociedade é constante, havendo em noticiários, jornais e telejornais de todo o país, notícias quase que diárias de temas correlacionados ao assunto, podendo-se citar mesmo de grande euforia econômica o período em que o Copom decide fixar a taxa de juros básica da Economia.

É de grande relevância e influência na sociedade em tantos pontos diferentes o estabelecimento das taxas de juros, sendo cada vez mais necessário compreender os meandros de formação dos juros e do “porquê” que assumem relevância tão grande em nosso meio, especialmente no que tange aos juros praticados pelas instituições financeiras, que nesse âmbito assumem a nomenclatura de spread bancário.

Faz-se necessário entender o spread bancário, portanto, e isto porque não raro se apresenta a necessidade de utilização de bancos para a efetivação de variados atos, como pagamento de contas de água, luz, telefone etc., seja para receber salários e firmar empréstimos, formar poupança, fazer investimentos, ou até mesmo se valer das diversas modalidades de empréstimos cedidas por estas instituições, sempre aparecendo a figura da taxa de juros e do spread bancário.

Comecemos pelo básico conceito de juros. Juro é o preço do uso do capital. Juros, no sentido atual, são tecnicamente os frutos do capital, ou seja, os justos proventos ou recompensas que deles se tiram, consoante permissão e determinação da própria lei, sejam resultantes de uma convenção ou exigíveis por faculdade inscrita em lei.

Em recentes entrevistas e noticiários, o ex-presidente Lula manifestou séria preocupação quanto ao assunto, exigindo das instituições financeiras que reduzissem o spread bancário, uma vez que este se encontrava entre as maiores taxas do mundo.

Spread bancário é a diferença entre a taxa de captação que os bancos

empregam e a taxa que aplicam no empréstimo. Ou seja, se o banco capta dinheiro dos investidores a uma taxa de 10% ao ano, por exemplo, e empresta esse mesmo dinheiro a uma taxa de 30% ao ano, seu Spread será de 20% (30% – 10%). Para reduzi-lo, portanto, se o problema fosse tão-somente aritmético, bastaria que o banco emprestasse dinheiro a uma taxa de juros inferior, reduzindo-a para que assim, o Spread também fosse reduzido.

Contudo, não é tão simples assim. Com esse spread (diferença da taxa de empréstimo e da taxa de captação), o banco tem de arcar com diversos custos e suportar riscos, como pagamento de impostos, pagamentos de custos administrativos, custos com a inadimplência, sendo que apenas com as sobras eventuais após o pagamento dessas diversas despesas é que o banco retirará seu lucro.

O Spread bancário se decompõe em diversas parcelas. Segundo estudo da Febraban, o percentual das parcelas é o que segue: impostos diretos (20,6%); impostos indiretos e contribuições ao Fundo Garantidor de Créditos (7,9%); despesas administrativas (14,1%); despesas com inadimplência (17%); e margem líquida (40,1%).

Em outro estudo do Banco Central, revelou-se que o spread brasileiro é composto por vários itens: custo administrativo (13,5% do total), inadimplência (37,35%), compulsório (3,59%), tributos (8,09%), outros impostos (10,53%) e margem líquida dos bancos (26,93%). Em outubro de 2009, a título de exemplo, portanto, dos 28,4 % do spread a margem (lucro) das instituições foi de 7,65 %.

Assim, quanto maior for a insegurança inspirada pela inadimplência de um país tanto maior será o Spread bancário. Isto porque, segundo explicação do Banco

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central, a insegurança jurídica em relação aos contratos de crédito, ao colocar em risco o recebimento dos valores pactuados, retrai a oferta de crédito e aumenta o spread, por um lado, pressionando os custos administrativos das instituições financeiras, inchando em especial as áreas de avaliação de risco de crédito e a área jurídica; por outro lado, reduz a certeza de recebimento da instituição financeira, mesmo numa situação de contratação de garantias, pressionando o prêmio de risco embutido no spread, tudo isso fazendo com que o Spread aumente significativamente.

Em termos numéricos, atualmente o Brasil se encontra em 2º lugar no que tange à taxa média do Spread, apontando 35,4 %, apenas perdendo para o Zimbábue, primeiro colocado no ranking, com 75 %, sendo certo que a Holanda que menor taxa de Spread possui, -0,6 %, consoante recente dado divulgado pelo site InfoMoney, que apresenta a tabela abaixo com as maiores e menores taxas de Spread.

Taxa média de Spread

País Maiores taxas País Menores taxas

Zimbábue 75 % Holanda -0,6 %

Brasil 35,4 % Reino Unido 0,2 %

Madagascar 33,2 % Irã 0,3 %

Paraguai 27,2 % França 0,7 %

Malauí 21,8 % Eslováquia 0,8 % Fonte: Fórum Econômico Mundial

É importante não confundir Spread bancário com a taxa Selic.

A taxa Selic é um índice, obtido por meio de uma média ponderada, sendo este índice uma referência para a Economia, ou seja, com a fixação deste índice temos a taxa referencial para a política monetária, que serve de base para as demais taxas de juros da economia.

De modo simples, a taxa Selic serve de taxa de juros de pagamento da dívida do Governo representada pelos títulos públicos, que são adquiridas diariamente especialmente pelas instituições financeiras (overnight), ou seja, com a emissão de títulos públicos, o Governo se compromete a pagar, a título de juros, aos adquirentes destes, a taxa diária do Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Sendo assim, a taxa Selic tem lastro nos títulos públicos e é modificada diariamente, por meio dessas operações de financiamento.

A taxa Selic é usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que ao tomarem recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como garantia, a fim de reduzir risco e juros na transação.

Assim, como o risco final da transação é do Governo, pois seus títulos servem de lastro para a operação e o prazo é o de apenas um dia (prazo mais curto possível), esta taxa acaba servindo de referência para todas as demais taxas de juros da economia. No entanto, ressalta-se que muito embora a taxa Selic modifica-se diariamente de acordo com a overnigth, deve a mesma permear a meta Selic, que é estabelecida mensalmente pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, dela não se distanciando substancialmente.

A taxa Selic é a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou overnight, que possuem lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou Selic.

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6.

P

RODUTOS

F

INANCEIROS

São bens de caráter puramente financeiro oferecidos por instituições financeiras a pessoas físicas e jurídicas.

São exemplos:

• Depósitos a vista e a prazo (CDB e RDB) • Letras de câmbio

• Cobrança e pagamentos de títulos e carnês • Desconto de títulos

• Transferência automática de fundos • Commercial Papers

• Arrecadação de tributos e tarifas públicas

• Home/Office banking, remote banking, banco virtual

• Cartão múltiplo (dinheiro de plástico), cartão de crédito, cartão de débito • Corporate finance

• Fundos mútuos de investimento • Hot Money

• Contas garantidas • Crédito rotativo

• Financiamento de capital de giro • Vendor finance / compror finance • Leasing

• Financiamento de capital fixo

• Crédito direto ao consumidor – CDC • Crédito rural

• Caderneta de poupança

• Financiamento à importação/exportação • Repasses de recursos do BNDES – Finame • Operações de Factoring

• Títulos de capitalização

• Planos de aposentadoria e pensão privados • Plano de seguros

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Referências

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 8ª edição. São Paulo: Atlas, 2009. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 17ª edição. São Paulo: Qualitymark, 2008.

MELLAGI FILHO, Armando & ISHIKAWA, S. Mercado Financeiro e de Capitais. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MERCADOS FINANCEIROS – Apostila 4. Disponível em http://xa.yimg.com/kq /groups/18315139/270627642/name/Aula+4.pdf. Acessado em 11/07/2011.

Referências

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