Cones para sinalização viária
ENERGISA/GTD-NRM/N.º060/2020
Especificação Técnica Unificada
ETU - 152
APRESENTAÇÃO
Esta Especificação Técnica tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos exigíveis para o recebimento de Cones para Sinalização Viária, nas empresas do grupo Energisa.
Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou outras normas internacionais reconhecidas, acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes materiais nas empresas do grupo Energisa.
As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são controladas.
A presente edição desta Especificação Técnica é a versão 0.0, datada de janeiro de 2021.
Cataguases - MG, janeiro de 2021.
GTD - Gerência Técnica de Distribuição
Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do código abaixo:
Equipe técnica de elaboração de ETU-152
Acassio Maximiano Mendonca Gilberto Teixeira Carrera
Grupo Energisa Grupo Energisa
Augustin Gonzalo Abreu Lopez Hitalo Sarmento de Sousa Lemos
Grupo Energisa Grupo Energisa
Danilo Maranhão de Farias Santana Ricardo Campos Rios
Grupo Energisa Grupo Energisa
Eduarly Freitas do Nascimento Ricardo Machado de Moraes
Aprovação Técnica
Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula
Grupo Energisa Energisa Sergipe
Amaury Antônio Damiance Marcelo Cordeiro Ferraz
Energisa Mato Grosso Dir. Suprimentos Logística
Fábio Lancelotti Paulo Roberto dos Santos
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul
Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes
Energisa Rondônia Energisa Acre
Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha
Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste
Jairo Kennedy Soares Perez
Sumário
1 OBJETIVO ... 7
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ... 7
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS ... 7
4 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ... 7
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS FEDERAIS ... 7
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ... 8
4.3 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ... 8
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES ... 9
5.1 CONE PARA SINALIZAÇÃO VIÁRIA... 9
5.2 CORPO DO CONE ... 9
5.3 FAIXA RETRO REFLETIVA ... 9
5.4 MATERIAL FLEXÍVEL ... 10
6 CONDIÇÕES GERAIS ... 10
6.1 CONDIÇÕES DE SERVIÇO ... 10
6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA ... 10
6.3 ACONDICIONAMENTO ... 11 6.4 MEIO AMBIENTE ... 12 6.5 GARANTIA ... 12 7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ... 12 7.1 CORPO DO CONE ... 13 7.1.1 Cor ... 13 7.1.2 Dimensões ... 13 7.1.3 Massa ... 13 7.1.4 Dispositivo de fixação ... 13 7.1.5 Características mecânicas ... 13
7.2 FAIXA RETRO REFLETIVA ... 13
7.2.1 Cor ... 13 7.2.2 Flexibilidade ... 14 7.2.3 Retro refletividade ... 14 7.2.4 Adesão ... 14 7.3 ACABAMENTO ... 14 7.4 IDENTIFICAÇÃO ... 14 8 INSPEÇÃO E ENSAIOS ... 15 8.1 GENERALIDADES ... 15
8.2.1 Ensaios de tipo (T) ... 18
8.2.2 Ensaios de recebimento (RE)... 19
8.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ... 19
8.3.1 Inspeção visual ... 19
8.3.2 Verificação dimensional ... 19
8.3.3 Determinação da Dureza Shore A ... 20
8.3.4 Resistência à tração ... 20
8.3.5 Determinação da cor ... 20
8.3.5.1 Cone de sinalização ... 20
8.3.5.2 Material retro refletivo ... 20
8.3.6 Intemperismo artificial ... 20
8.3.6.1 Corpo do cone ... 20
8.3.6.2 Material retro refletivo ... 21
8.3.7 Flexibilidade da película retro refletiva ... 21
8.3.8 Adesivo ... 21
8.3.9 Estabilidade ... 21
8.3.10 Estabilidade ao calor ... 21
8.4 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ... 21
9 PLANOS DE AMOSTRAGEM ... 22 9.1 ENSAIOS DE TIPO ... 22 9.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ... 22 10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ... 23 10.1 ENSAIOS DE TIPO ... 23 10.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ... 23 11 NOTAS COMPLEMENTARES... 23
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ... 23
13 VIGÊNCIA ... 24
14 TABELAS ... 25
TABELA 1 - Coordenadas cromáticas (cor laranja) ... 25
TABELA 2 - Limites de especificação de cor (diurna) ... 25
TABELA 3 - Coeficiente inicial de retro refletividade das películas (cd/lx/m²) ... 25
TABELA 4 - Planos de amostragens para os ensaios de recebimento ... 26
TABELA 5 - Relação de ensaios ... 27
15 DESENHO ... 28
DESENHO 1 - Cone para sinalização viária - Forma e dimensões ... 28
1 OBJETIVO
Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos mínimos exigíveis relacionados aos processos de fabricação, aquisição, recebimento e ensaios dos cones de sinalização.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Equipamento destinado a advertir, sinalizar, delimitar áreas de risco e orientar o fluxo de trânsito e de pedestres, como também sinalizar áreas de serviço e obras em vias públicas e ou rodovias, previstas nas Instruções de Trabalhos em vigência nas Empresas do Grupo Energisa.
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS
Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.
4 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:
• ABNT NBR 15071, Segurança no tráfego - Cones para sinalização viária
Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os cones de sinalização devem satisfazer às exigências desta Especificação Técnica, bem como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.
4.1
Legislação e regulamentos federais
• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social - Capítulo VI: Do Meio Ambiente
• Lei N.º 8.347, de 24/07/85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
• Lei N.º 9.605, de 12/02/98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências
• Resolução do CONAMA N.º 1, de 23/01/86 - Dispõe sobre o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental - EIA e RIMA
• Resolução do CONAMA N.º 237, de 19/12/97 - Dispõe sobre os procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental
• Resolução CONTRAN nº 160, Aprova o anexo II do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF, 2004
• Norma regulamentadora nº 26, Sinalização de segurança
4.2
Normas técnicas brasileiras
• ABNT NBR 14644, Sinalização vertical viária - Películas - Requisitos
• ABNT NBR 16184, Sinalização horizontal viária –Esferas e microesferas de vidro - Requisitos e métodos de ensaio
4.3
Normas técnicas brasileiras
• ASTM D 638, Test method for tensile properties of plastics
• ASTM E 810, Test method for coefficient of retroreflection of retroreflective sheeting utilizing the coplanar geometry
• ASTM G 155, Practice for operating xenon arc light apparatus for exposure of nonmetallic materials
I. Nos pontos não cobertos por esta Especificação Técnica, devem ser atendidas as exigências da ABNT, aplicáveis ao conjunto e a cada parte. Nos pontos em que a ABNT for omissa, prevalecem as exigências da ASTM.
II. O fornecedor deve disponibilizar, para o inspetor da Energisa, no local da inspeção, todas as normas acima mencionadas, em suas últimas revisões. III. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta
Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.
IV. As siglas acima referem-se a:
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas • NBR - Norma Brasileira Registrada
• ASTM - American Society for Testing and Materials
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes definições.
5.1
Cone para sinalização viária
Dispositivo de controle de tráfego auxiliar à sinalização, de uso temporário, utilizado para canalizar e direcionar o tráfego e delimitar áreas de manutenção de curta duração.
5.2
Corpo do cone
Peça cônica e sua base de sustentação com sapatas (pés de apoio) ou outro sistema similar.
Faixa que permite que uma determinada quantidade de luz retorne ao observador, a partir de uma fonte luminosa próxima do ponto de vista do observador.
5.4
Material flexível
Material que apresenta a característica de retornar à forma inicial, após a aplicação de um esforço. A deformação elástica é reversível e desaparece quando a tensão é removida.
6 CONDIÇÕES GERAIS
6.1
Condições de serviço
Os cones de sinalização devem ser projetados para trabalhar sob as seguintes condições normais de serviço:
a) Altitude limitada a 1.500 metros; b) Temperatura:
• Máxima do ar ambiente: 45 ºC
• Média, em um período de 24 horas: 35 ºC; • Mínima do ar ambiente: -5 ºC;
c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²); d) Umidade relativa do ar até 100%;
e) Exposição direta ao sol, à chuva e à poeira;
f) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta; g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.
O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor, que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser expresso no sistema métrico.
Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de identificação, devem ser escritos em português.
NOTA:
V. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em inglês ou espanhol.
6.3
Acondicionamento
Os cones de sinalização deverão ser embalados em caixa de papelão, com massa máxima de 35 kg, de modo a ficarem protegidos durante o manuseio, transporte e armazenagem.
Todas as caixas deverão possuir as mesmas dimensões.
As caixas deverão trazer etiqueta de identificação, contendo no mínimo, as seguintes informações:
a) Nome do fabricante; b) Tamanho (altura) do cone; c) Quantidade do item;
d) Data de fabricação (mês/ano); e) N.º da nota fiscal;
6.4
Meio ambiente
O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da fabricação, do transporte e do recebimento da cones de sinalização, a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e municipais aplicáveis.
No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte da cones de sinalização, até a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e municipais aplicáveis.
O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.
A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos fornecedores e dos subfornecedores.
6.5
Garantia
O período de garantia dos materiais, deverá obedecer aos termos dispostos na Ordem de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação, material e acondicionamento.
NOTA:
VI. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (OCM), o prazo de garantia deverá ser de 12 (doze) meses.
7.1
Corpo do cone
7.1.1
Cor
O cone de sinalização deve ser fabricado na cor laranja.
A cor do cone deve estar dentro da área formada pelas coordenadas cromáticas da Tabela 1.
7.1.2
Dimensões
O cone deverá possuir dimensões conforme Desenho 1.
7.1.3
Massa
O peso do cone de sinalização deverá estar entre 3,0 e 4,0 kg.
7.1.4
Dispositivo de fixação
Na parte superior do cone deverá haver locais e/ou fendas (ou ter incorporado dispositivos) que permitam fixar por gravidade, cordas, correntes, fitas e sinalizadores.
7.1.5
Características mecânicas
O corpo do cone deve ser fabricado com materiais que atendam as características mecânicas de:
• Dureza Shore A (máximo) - 80
• Limite de resistência à tração (mínimo) - 7 MPa • Alongamento em 50 milímetros (mínimo) - 200 %
7.2
Faixa retro refletiva
As faixas retro refletivas utilizadas no cone de sinalização devem ser na cor branca. A película deve atender às coordenadas cromáticas da Tabela 2.
7.2.2
Flexibilidade
A película retro refletiva deve ser suficientemente flexível, de modo que não apresente rompimento.
7.2.3
Retro refletividade
As faixas devem tender aos valores mínimos de retro refletividade da Tabela 3.
7.2.4
Adesão
A película retro refletiva deve ser autoadesiva, com adesivo sensível à pressão e adequado ao substrato de aplicação. A película retro refletiva deve ter adesão mínima de 9 N/cm.
7.3
Acabamento
O cone deve ser constituído de uma peça única, sem emendas, em material de características flexíveis e inquebrável, de forma cônica, com base de sustentação quadrada e com sapatas, pés de apoio, com faixas em material refletivo, resistente a raios ultravioleta, intempéries e impactos de veículos, sem apresentar deformações perceptíveis, não sendo permitida a utilização de lastro acoplável. O cone deve ter acabamento isento de defeitos superficiais, rebarbas ou bordas cortantes, ser resistente às intempéries e ter estabilidade quando exposto ao calor, sem sofrer deformações significativas, inclusive na base.
7.4
Identificação
Cada cone de sinalização deverá ser identificado, de modo legível, no mínimo com: a) Nome ou marca comercial do fabricante;
b) Número do lote;
c) Data de fabricação (mês e ano);
d) Logomarca da Energisa, conforme Desenho 2.
8 INSPEÇÃO E ENSAIOS
8.1
Generalidades
a) O cone de sinalização deve ser submetido a inspeção e ensaios na fábrica, de acordo com esta norma e com as normas da ABNT aplicáveis na presença de inspetores credenciados pela Energisa.
b) A Energisa reserva o direito de inspecionar os cones de sinalização durante o período de sua fabricação, antes do embarque ou a qualquer tempo em que julgar necessário. O fabricante deve proporcionar livre acesso do inspetor às instalações onde o material em questão estiver sendo fabricado, fornecendo as informações desejadas e realizando os ensaios necessários. O inspetor poderá exigir certificados de procedência de matérias primas e aviamentos, além de fichas e relatórios internos de controle.
c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu plano de inspeção e testes, onde devem ser indicados os requisitos de controle de qualidade para utilização de matérias primas e fornecimento de terceiros, assim como as normas técnicas empregadas na fabricação e inspeção dos cones de sinalização.
d) Certificados de ensaio de tipo para o cone de sinalização podem ser aceitos desde que a Energisa considere que tais ensaios comprovem que o material atende ao solicitado. Os dados de ensaio devem ser completos, com todas as informações necessárias tais como métodos, instrumentos e constantes usadas e indicar claramente as datas nas quais os mesmos foram executados. A decisão final quanto à aceitação dos dados de ensaios de tipo existente, será
relatórios. A eventual dispensa destes ensaios somente terá validade por escrito.
e) O fabricante deve dispor de pessoal e de aparelhagem próprios ou contratados, necessários à execução dos ensaios (em caso de contratação deve haver aprovação prévia do laboratório onde serão realizados os ensaios, pela Energisa).
f) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de se familiarizar, em detalhes, com as instalações e os equipamentos a serem utilizados, estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e exigir a repetição de qualquer ensaio.
g) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc., devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo INMETRO ou órgão internacional compatível e válidos por um período de, no máximo, 1 ano e por ocasião da inspeção, estar ainda dentro do período de validade, podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa exigência.
h) A aceitação do lote e/ou a dispensa de execução de qualquer ensaio:
• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecer o cone de sinalização de acordo com os requisitos desta norma;
• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da qualidade do material e/ou da fabricação.
Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, o lote pode ser inspecionado e submetido a ensaios, com prévia notificação ao fabricante e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer discrepância em relação às exigências desta norma, o lote pode ser rejeitado e sua reposição será por conta do fabricante.
i) Após a inspeção o fabricante deve encaminhar à Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos testes efetuados, em 1 via, devidamente assinado por ele e pelo inspetor credenciado pela Energisa.
Este relatório deve conter todas as informações necessárias para o seu completo entendimento, tais como: métodos, instrumentos, constantes e valores utilizados nos testes e os resultados obtidos.
j) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito, devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do fabricante, sem ônus para a Energisa.
k) K) nenhuma modificação nos cones de sinalização deve ser feita "a posteriori" pelo fabricante sem a aprovação da Energisa. No caso de alguma alteração, o fabricante deve realizar todos os ensaios de tipo, na presença do inspetor da Energisa, sem qualquer custo adicional.
l) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução dos ensaios de tipo para verificar se os cones de sinalização estão mantendo as características de projeto preestabelecidas.
m) Para efeito de inspeção, os cones de sinalização devem ser divididos em lotes, devendo os ensaios ser feitos na presença do inspetor credenciado pela Energisa.
n) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.
o) A Energisa reserva o direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já aprovados. Nesse caso, as despesas serão de responsabilidade da Energisa se as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso contrário, correrão por conta do fabricante.
p) Os custos da visita do inspetor da Energisa (locomoção, hospedagem, alimentação, homem-hora e administrativos) correrão por conta do fabricante nos seguintes casos:
• Se na data indicada na solicitação de inspeção o material não estiver pronto;
• Se o laboratório de ensaio não atender às exigências dos itens 8.1.e a 8.1.g; • Se o material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em localidade diferente da sua sede;
• Se o material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;
• Se os ensaios de recebimento e/ou tipo forem realizados fora do território brasileiro.
8.2
Relação de ensaios
Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 5.
8.2.1
Ensaios de tipo (T)
Os ensaios de tipo (T) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo: a) Dureza Shore A, conforme item 8.3.3;
b) Resistência a tração, conforme item 8.3.4; c) Determinação da cor:
• Corpo do cone, conforme item 8.3.5.1;
• Material retro refletivo, conforme item 8.3.5.2; d) Intemperismo artificial:
• Corpo do cone, conforme item 8.3.7.1;
• Material retro refletivo, conforme item 8.3.7.2;
f) Adesivo, conforme item 8.3.8; g) Estabilidade, conforme item 8.3.9;
h) Estabilidade ao calor, conforme item 8.3.10.
8.2.2
Ensaios de recebimento (RE)
São ensaios de rotina (RO)/recebimento (RE) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:
a) Inspeção visual, conforme item 8.3.1;
b) Verificação dimensional, conforme item 8.3.2; c) Resistência a tração, conforme item 8.3.4; d) Estabilidade, conforme item 8.3.9.
8.3
Descrição dos ensaios
8.3.1
Inspeção visual
A inspeção visual deve ser feita antes dos demais ensaios de recebimento, devendo o inspetor da Energisa verificar os aspectos e características, a saber:
a) Material componente, conforme itens 7.1 e 7.2; b) Acabamento, conforme item 7.3;
c) Identificação, conforme item 7.4; d) Acondicionamento, conforme item 6.3.
A não conformidade dos requisitos acima determinará a sua rejeição.
A forma e as dimensões dos cones de sinalização devem atender ao especificado no Desenho 1.
8.3.3
Determinação da Dureza Shore A
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071.
Constitui falha se os valores medidos não atenderem os requisitos do item 7.1.5.
8.3.4
Resistência à tração
O ensaio deve ser realizado conforme ASTM D 638.
Constitui falha se os valores medidos não atenderem os requisitos do item 7.1.5.
8.3.5
Determinação da cor
8.3.5.1
Cone de sinalização
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071.
Constitui falha se o valor médio das medições não atenderem os requisitos do item 7.1.1.
8.3.5.2
Material retro refletivo
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071.
Constitui falha se o valor médio das medições não atenderem os requisitos do item 7.2.1.
8.3.6
Intemperismo artificial
8.3.6.1
Corpo do cone
Constitui falha se o valor medido não atenderem os requisitos do item 7.1.1 e 7.1.5, sendo neste último, tolerado uma variação de até 10%.
8.3.6.2
Material retro refletivo
O ensaio deve ser realizado segundo a ASTM G 155, por período de 500 horas.
Constitui falha se o valor medido não atenderem os requisitos do item 7.2.2 e 7.2.3.
8.3.7
Flexibilidade da película retro refletiva
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071.
Constitui falha se o material retro refletivo apresentar rompimento ou fissuras.
8.3.8
Adesivo
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071.
Constitui falha se a película desprender do cone de sinalização ou apresentar rompimento/fissuras com uma carga inferior à 9 N/cm.
8.3.9
Estabilidade
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071. Constitui falha se o cone tombar quando for aplicada a carga.
8.3.10 Estabilidade ao calor
O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15071.
Constitui falha se o cone apresentar deformação permanente após o ensaio.
8.4
Relatórios dos ensaios
Estes relatórios devem apresentar todas as indicações necessárias à sua perfeita compreensão e entendimento, além dos requisitos mínimos citados abaixo:
a) Nome e/ou marca comercial do fabricante; b) Identificação do laboratório de ensaio; c) Tamanho do lote;
d) Número e identificação das unidades amostradas e ensaiadas; e) Mês e ano de fabricação;
f) Relação, descrição e resultados dos ensaios executados; g) Indicação de normas técnicas utilizadas;
h) Número do OCM;
i) Data de início e término de cada ensaio;
j) Nomes legíveis e assinaturas do fabricante e inspetor da Energisa; k) Data de emissão.
9 PLANOS DE AMOSTRAGEM
9.1
Ensaios de tipo
Para os ensaios de tipo devem ser retirados corpos-de-prova conforme ABNT NBR 15071.
9.2
Ensaios de recebimento
O tamanho da amostragem a ser retirada de cada lote completo deve estar de acordo com a Tabela 4.
De cada amostra devem ser retirados corpos de prova de cabo, em número e comprimento adequados à realização de todos os ensaios previstos, desprezando-se sempre o primeiro metro de cabo. Se um corpo de prova for reprovado em qualquer ensaio, este deverá ser repetido em dois outros corpos de prova da mesma amostra.
10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
10.1 Ensaios de tipo
Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.
Se ocorrer uma falha em um dos ensaios, o fabricante pode apresentar nova amostra para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório, os cabos de alumínio concêntrico não serão aceitos.
10.2 Ensaios de recebimento
Os critérios para a aceitação ou a rejeição nos ensaios complementares de recebimento são:
a) Se nenhuma unidade falhar no ensaio, o lote será aprovado;
b) Se apenas uma unidade falhar no ensaio, o fornecedor deverá apresentar relatório apontando as causas da falha e as medidas tomadas para corrigi-las, submetendo-se o lote a novo ensaio, no mesmo número de amostras conforme Tabela 2;
c) Se duas ou mais unidades falharem no ensaio, o lote será recusado.
As unidades defeituosas constantes de amostras aprovadas nos ensaios devem ser substituídas por novas, o mesmo ocorrendo com o total das amostras aprovadas em ensaios destrutivos.
11 NOTAS COMPLEMENTARES
Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, está Especificação Técnica poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados deverão, periodicamente, consultar a Energisa.
Data Versão Descrição das alterações realizadas
01/08/2021 0.0
• Está 1ª edição cancela e substitui todas as descrições técnicas e todos os desenhos cones de sinalização viária.
13 VIGÊNCIA
Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/01/2021 e revoga as documentações técnicas anteriores.
14 TABELAS
TABELA 1 - Coordenadas cromáticas (cor laranja)
1 2 3 4
X Y X Y X Y X Y
0,545 0,345 0,630 0,345 0,581 0,418 0,516 0,394
TABELA 2 - Limites de especificação de cor (diurna)
Cor 1 2 3 4 Y% min
X Y X Y X Y X Y
Branca 0,303 0,300 0,368 0,366 0,340 0,393 0,274 0,329 10
TABELA 3 - Coeficiente inicial de retro refletividade das películas
(cd/lx/m²)
Ângulo de observação Ângulo de entrada Branca
0,2 -4 360
0,2 + 30 170
0,5 -4 150
TABELA 4 - Planos de amostragens para os ensaios de recebimento
Tamanho do lote Amostragem Dupla Nível de Inspeção I NQA 2,5% Amostra Ac Re Seq. Tam. Até 150 - 5 0 1 151 a 500 1ª 13 0 2 2ª 1 2 501 a 1.200 1ª 20 0 3 2ª 3 4 1.201 a 3.200 1ª 32 1 4 2ª 4 5 3.201 a 10.000 1ª 50 2 5 2ª 6 7 Legenda: Seq. - Sequência;Tam. - Tamanho do lote. Ac - número de aceitação; Re - número de rejeição.
TABELA 5 - Relação de ensaios
Item Descrição dos ensaios Tipo de ensaios
8.3.1 Inspeção visual RE
8.3.2 Verificação dimensional RE
8.3.3 Dureza Shore A T
8.3.4 Resistência a tração T / RE
8.3.5.1 Determinação da cor - Corpo do cone T
8.3.5.2 Determinação da cor - Material retro refletivo T
8.3.7.1 Intemperismo artificial - Corpo do cone T
8.3.7.2 Intemperismo artificial - Material retro refletivo T
8.3.7 Flexibilidade da película retro refletiva T
8.3.8 Adesivo T 8.3.9 Estabilidade T / RE 8.3.10 Estabilidade ao calor T Legenda: T - Ensaio de tipo; RE - Ensaio de recebimento.
15 DESENHO
DESENHO 1 - Cone para sinalização viária - Forma e dimensões
Código Energisa
DESENHO 2 - Logotipo da Energisa
NOTA:
I. O logotipo da Energisa deverá ser de forma legível e indelével, cor preta, notação Munsell N1.