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LINHA DE PESQUISA E DE INTERVENÇÃO METODOLOGIAS DA APRENDIZAGEM E PRÁTICAS DE ENSINO (LIMAPE)

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Academic year: 2021

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Pesquisas Freirianas em educação

Linha de Pesquisa:

LINHA DE PESQUISA E DE INTERVENÇÃO METODOLOGIAS DA APRENDIZAGEM E PRÁTICAS DE ENSINO (LIMAPE)

Área de Concentração:

GESTÃO E PRÁTICAS EDUCACIONAIS

DESCRIÇÃO

Os membros deste projeto desenvolvem pesquisas que se fundamentam nas teorias freirianas e freirianistas, ou seja, nas obras do próprio Paulo Freire e nas dos que nele se inspiram ou que com ele dialogam. Os temas que vêm sendo pesquisados são: (i)as formações sociais e os grupos oprimidos, bem como as razões hegemonizadas, ou seja, os conhecimentos, as epistemologias, as tecnologias e as metodologias discriminadas, silenciada, e, no limite, excluídasintas, e seus possíveis impactos na educação, numa tentativa da "re-invenção" do legado de Paulo Freire; (ii) a mediação pedagógica, isto é, a teoria da transformação do ser social, com os fundamentos de autores como Karl Marx, Paulo Freire, Lucien Goldmann, Georg Lukàcks, Ivan Illich, Henri Léfèbvre, István Meszáros e Frantz Fanon, dentre outros. A repercussão dos trabalhos deste grupo tem se manifestado: (i)na orientação acadêmica, na produção docente e discente (artigos, verbetes, capítulos e livros); (ii) na sensibilização de instituições, grupos e pessoas, externos ao programa, que com ele vêm trabalhando; (iii)nos impactos que vem provocando nos sistemas educação; (iv)no número participações em eventos (v) em bancas examinadoras; (vi)na formulação e execução de programas, planos e projetos de ensino, pesquisa e extensão.

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Política e pedagogia democrática: um olhar a partir das contribuições de Gramsci e Paulo Freire

Linha de Pesquisa:

LINHA DE PESQUISA E DE INTERVENÇÃO GESTÃO EDUCACIONAL (LIPIGES)

Área de Concentração:

GESTÃO E PRÁTICAS EDUCACIONAIS

DESCRIÇÃO

Reatualizado na obra de Paulo Freire, representa, hoje, não apenas para o Brasil, mas também para a América Latina, fonte inesgotável de conhecimento pertinente à formação do intelectual mediador de cultura. Tal como Gramsci, Paulo Freire tem entre suas preocupações a educação e a escola. Para eles, a escola e a educação merecem atenção diferenciada por dois motivos principais.

O primeiro refere-se à contribuição de Gramsci para esclarecimento de que o mundo pode ser mudado, assertiva com a qual Freire concordava deixando-se impregnar por ela, o que pode ser constatado em sua obra. Sendo a cultura campo de formação humana e processo democrático, espaço de reflexão e de informação, há nela a possibilidade, pela ação do professor, de fazer emergir os elementos essenciais para a construção do consenso democrático na sociedade.

O segundo motivo é que Gramsci e, mais tarde, Freire, acreditavam que a educação como lugar de formação massiva, contribuiria não apenas para a formação do cidadão, mas fundamentalmente para a formação de quadros dirigentes, entre os quais hoje podemos seguramente situar o professor como produtor e administrador de um conhecimento peculiar que qualifica seu trabalho como essencialmente político.

Como se sabe, a gestão democrática, pelo prisma de Gramsci e Freire, é uma construção coletiva e dinâmica que supõe mudança na forma de compreender os objetivos e fins da educação, as relações que se firmam nos

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espaços escolares e a função social da escola. Contudo, a escola enquanto instituição social, reflete, no Brasil, os impasses de uma formação deficitária.

As lutas e disputas políticas latentes na sociedade são de fato desfiguradas no seu papel, que pode ser tanto em favor da ordem social e sua conservação, quanto da transformação social no âmbito das lutas e projetos voltados para uma formação do professor, essencialmente política. Todavia, a relação escola pública e o Estado brasileiro torna explicita a crise de valores por que passa a sociedade, haja vista a escola se constituir também como instrumento de persuasão das classes populares visando antes de tudo defesa dos interesses capitalistas em prejuízo das reais necessidades da população.

Como mostra Silva Junior (1990), em que pese os discursos emancipatórios, a escola reproduz mediante a prática de seus diversos sujeitos a estrutura e a ordem social capitalista, posto que ela não viabiliza às camadas populares a apropriação dos conhecimentos socialmente construídos. Impregnada de modismos e teorias extemporâneas à nossa realidade, ela reproduz as tensões e conflitos de forças antagônicas.

Não obstante as reformas e determinações governamentais, a escola enquanto responsabilidade do Estado, se mantém como instrumento de continuidade do domínio das classes hegemônicas. Por outro lado, como possibilidade de representação das camadas populares, ela pode também se constituir em espaço de oportunidades e fomento à participação e a práticas democráticas.

A Lei 9394/96 oscila entre os princípios de liberdade, igualdade e solidariedade firmando a necessidade do preparo do aluno para o exercício de cidadania bem como vinculando também à educação a exigência de que esse aluno receba formação que lhe garanta sua inserção no mercado de trabalho ao valorizar experiências extra escolares e práticas sociais. No âmbito do preparo para uma vida cidadã, campo propriamente educacional, são elencados onze princípios prescritos pela LDB, que devem balizar a vida do professor iniciante, que terá na educação continuada a garantia de sua eficácia. Todavia, impõe-se um olhar crítico para a formação continuada de professores frente ao desafio das políticas públicas dirigidas para a construção de um sistema Nacional de Educação no Brasil.

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A dificuldade de definir um projeto nacional coloca no centro das discussões as diferenças não apenas sociais mas também aquelas de ordem teórica e pragmática, historicamente construídas, ressaltando os impasses constitutivos da formação de uma sociedade democrática e na qual a Educação vem sendo chamada a desempenhar papel fundante.

É possível perceber que existem perspectivas diferenciadas de propostas educacionais para o país, desvelando, então, que a construção de um Sistema Nacional de Educação é ainda uma questão em processo, um projeto de democratização a ser alcançado em meio a contradições gestadas pelo poder instituído que, sem oferecer as condições necessárias, atribui à educação a difícil tarefa de superar as desigualdades sociais.

Nesse sentido, torna-se necessário analisar em que medida a escola no Brasil está de fato contribuindo para a transformação social quando forma seus intelectuais, possibilitando aos professores recém-formados se inserirem na vida social. Trata-se não apenas de saber como professores reprodutores da ordem social, mas também fundamentalmente como intelectuais, se inserem no mercado de trabalho e, mesmo que em condições adversas, fazem emergir em si e nos outros o verdadeiro dirigente de uma cultura que os tornará cidadãos ao objetivar um saber peculiar nas relações que produzem o conhecimento em sala de aula, bem como na participação política no seio da sociedade.

BIBLIOGRAFIA

AFONSO, Almerindo J. 2001. - Reforma do Estado e políticas educacionais: entre a Crise do Estado-nação e a emergência da Regulação supra-nacional. Educação & Sociedade. No. 75. ago de 2001. p. 15-29

FREIRE, Paulo- 2010, Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa- São Paulo. Paz e Terra.

GRAMSCI. A. 1968-Os Intelectuais e a organização da Cultura. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. IANNI, 1993, Octávio. O Labirinto Latino Americano, Petrópolis,R.J. Ed. Vozes, _________ 1985, O Ciclo da Revolução Burguesa, Petrópolis, R.J. Ed. Vozes, KUENZER, Acácia. 2006, A Educação Profissional nos Anos 2000: A dimensão subordinada das políticas de inclusão. 96, 2006. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 877-910, out. 2006 877,

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Disponível em http://www.cedes.unicamp.br NOSELLA, P. e AZEVEDO M. L.N . 2012-A educação em Gramsci-Rev. Teoria e Prática da Educação, v. 15, n. 2, p. 25-33, maio./ago. ORTIZ, Renato. 1991, A moderna tradição brasileira. Cultura brasileira e indústria cultural. 3a ed. São Paulo, Brasiliense.

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SAVIANI, Nereide. 2006 Saber Escolar, Currículo e Didática: problemas da unidade conteúdo/método no processo pedagógico. 5. ed. Campinas: Autores Associados.

SEVERINO, A.J. 2008. Os embates da cidadania: ensaio de uma abordagem filosófica da nova LDB. In: BRAZEZINSKI (org). LDB Dez anos depois: Reinterpretação sob vários olhares. São Paulo, Cortez. SILVA JR.,C.A, 1990- A escola pública como local de trabalho, São Paulo, Cortez.

Referências

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