• Nenhum resultado encontrado

Análise ao Sector Bancário Angolano

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise ao Sector Bancário Angolano"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

FINANCIAL SERVICES

Análise

ao Sector

Bancário

Angolano

Outubro 2014

kpmg.co.ao

KPMG ANGOLA

(2)

Introdução

Dando continuidade ao nosso posicionamento no mercado Angolano, a KPMG Angola vem apresentar mais uma edição do estudo sobre o Sector Bancário em Angola. Este estudo tem como principal objectivo dar aos seus utilizadores uma importante ferramenta de análise para avaliar as principais dimensões e evolução do Sector Bancário no País. Dando resposta às exigências dos nossos Clientes e do mercado, esta edição pretende igualmente transmitir a nossa reflexão acerca dos principais desafios com que as Instituições Financeiras se deparam num futuro próximo.

Metodologia

do Estudo

Este estudo sobre o Sector Bancário em Angola tem por base informação pública disponibilizada pelas Instituições Financeiras abrangidas, nomeadamente os seus Relatórios e Contas, bem como informação disponibilizada no site do Banco Nacional de Angola (BNA) e dados obtidos através da EMIS, entre outras fontes. Tendo por base o universo de Bancos Comerciais autorizados a operar em Angola pelo BNA (24 Instituições Financeiras), a análise e dados utilizados nesta edição conta com uma representatividade de quase 100% daquele universo, não tendo apenas sido possível incorporar os dados de uma Instituição Financeira. Neste contexto, este estudo pretende ser uma representação fiel do Sector Bancário Angolano, garantindo uma

análise quantitativa e qualitativa das suas diferentes dimensões.

Enquadramento

Macroeconómico

De acordo com os últimos dados do FMI, publicados em Setembro, as perspectivas de crescimento económico para Angola, irão apresentar uma desaceleração em de cerca de 3,9% em 2014, retomando um crescimento acima dos 5% em 2015 (5,9%) e em 2016 (6,2%), acompanhado pela diminuição da inflação para valores próximo dos 8% em 2014. O crescimento que se tem vindo a evidenciar deve-se principalmente à evolução positiva do sector não petrolífero, com um crescimento de cerca de 11,5%, que embora abaixo do expectável, demonstra o forte desenvolvimento do sector agrícola e de serviços, com especial enfoque para o Sector Financeiro. A política monetária continua ainda condicionada ao peso significativo do Dólar Norte-Americano na economia angolana, apesar de continuar a ser visível o decréscimo de utilização de moeda estrangeira nas operações financeiras. Em paralelo, o novo regime cambial foi totalmente implementado e contribuiu igualmente para uma contínua redução da ‘dolarização’, bem como para um aumento da liquidez no Sector Bancário.

Apesar do preço do petróleo ainda continuar a ser a principal variável, dado o impacto que as receitas petrolíferas têm no orçamento geral do Estado e na balança de pagamentos, a diversificação da Economia Angolana continuará a ser um dos principais objectivos do Executivo Angolano no médio prazo. A

par dos novos investimentos públicos na melhoria da capacidade de produção eléctrica, nomeadamente através de barragens e novas centrais eléctricas, o desenvolvimento de infra-estruturas, como portos marítimos e aeroportos têm tido um papel essencial em tornar Angola um país mais atractivo para o Investimento. A execução orçamental será igualmente um ponto-chave para a economia do País, principalmente no que diz respeito ao cumprimento da despesa estimada enquanto financiador, para este caminho de diversificação económica.

Os indicadores macroeconómicos de Angola são cada vez mais robustos principalmente devido a uma política monetária activa levada a cabo pelo BNA e por um conjunto de medidas do Executivo Angolano que fazem antecipar boas expectativas de crescimento para o País. Adicionalmente, é expectável que o Governo continue a incentivar reformas de foro social e de desenvolvimento humano para entrar num caminho de crescimento sustentável e destacar-se dos restantes pares na Africa Subsariana.

Caracterização

e Evolução do Sector

Bancário em Angola

A análise realizada permite-nos reforçar que o Sector Bancário em Angola continua a crescer, nomeadamente ao nível da sua dimensão (aumento de 14,2% em número de agências; 11,77% no número médio de colaboradores; 12,45% em activos e 15,8% ao nível de resultados).

(3)

Ambiente

Concorrencial

De acordo com os dados do BNA, existem mais cinco Instituições Financeiras em processo de constituição e registo especial, elevando para um potencial de 29 Bancos Comerciais a operar no mercado. Apesar da ainda elevada concentração do sector (cinco instituições detêm 72% dos activos totais), é visível uma diluição gradual dessa preponderância.

“Bancarização”

A taxa de bancarização continua a ser uma prioridade do Sector Financeiro como um todo, estimando-se que em 2013 a mesma se tenha situado em cerca de 30% (2012: cerca de 23%), valores que os resultados do Censos realizado irão confirmar com maior exactidão. Não obstante, é expectativa do BNA que esta taxa duplique até 2016. A expansão da rede de agências bancárias continuou a crescer, registando um crescimento de 14,2% em 2013, com a uma abertura média de cerca de 13 balcões por mês (num total de 164 novos balcões abertos durante o ano).

Evolução do número

de colaboradores

O número global de novos colaboradores na Banca Angolana evoluiu cerca de 11,7% face a 2012, atingindo um valor total acima das 18.800 pessoas.

Evolução do sistema

de pagamentos

O ano de 2013 veio confirmar novamente a evolução positiva registada nos últimos anos, ao nível da utilização dos meios de pagamento e dos novos canais electrónicos. No que respeita à Rede Multicaixa, a mesma manteve a sua tendência de crescimento em 2013, aumentando o volume médio mensal de transacções em ATM para 11,2 milhões (mais 20% do que o verificado no ano anterior) e número de transacções em TPA em 62%. Esta tendência é claramente suportada no parque de ATM’s e TPA’s, cujo crescimento face a 2012 foi de 16% e 35% respectivamente.

Dimensões de

Análise do Sector

Evolução do Activo

O Sector Bancário em Angola continua a evoluir de forma bastante significativa, tendo o Activo consolidado apresentado um crescimento de 12,45% face a 2012. Considerando que existem praticamente o mesmo número de Instituições Financeiras a operar em 2013 e 2012, trata-se de um crescimento muito relevante.

Depósitos e Recursos de Clientes

A par do aumento dos activos totais, também os depósitos totais cresceram em 2013, com um

aumento de 16,8% face a 2012. Adicionalmente e em linha com o enquadramento macroeconómico, continuamos a observar uma diminuição na percentagem de depósitos constituídos em moeda estrangeira (47% em 2012 para 40% em 2013).

Concessão de Crédito

Ao nível da concessão de crédito, embora a um ritmo de crescimento inferior a anos anteriores, a tendência de crescimento mantém-se, registando-se um aumento de cerca de 12,9% (crédito bruto) relativamente ao ano anterior.

Rácio de Transformação

Em 2013, o rácio de transformação situou-se nos 62,6% (face aos 64,7% em 2012), sinónimo de uma maior confiança da população angolana nas Instituições Financeiras, mas também de um contínuo acesso ao crédito por parte dos vários segmentos de Clientes.

Crédito Vencido

O crédito vencido voltou a registar um aumento em 2013 (31,9% face a 2012), que se reflectiu igualmente no peso do crédito vencido no total de crédito concedido (8,1% em 2013 face a 7% em 2012).

Produto Bancário

O ano de 2013 voltou a registar um aumento do produto bancário agregado dos Bancos Angolanos na ordem dos 7,2%. Este facto deve-se essencialmente a um crescimento relevante da margem financeira e a manutenção da margem complementar face a 2012.

Eficiência

O rácio Cost‑to‑Income aumentou durante o ano de 2013, para 55,2% (face aos 53,9% em 2012).

Rentabilidade

Continuou a verificar-se a tendência decrescente na rentabilidade dos capitais próprios (ROE) do Sector Bancário Angolano, a qual se situou em 12,63% (contrastando com os 13,22% verificados em 2012).

(4)

Activos Totais Milhões AKZ # Instituição Financeira 2013 2012 1 BESA Banco Espírito Santo Angola 1 107 139 1 007 218 2 BAI Banco Angolano de Investimentos 1 039 693 1 033 428 3 BPC Banco de Poupança e Crédito 988 181 919 369 4 BFA Banco de Fomento Angola 868 032 759 902 5 BIC Banco BIC 751 324 664 191 6 BPA Banco Privado Atlântico 357 006 293 409 7 BMA Banco Millennium Angola 223 483 175 527 8 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 221 048 185 407 9 BSOL Banco Sol 205 840 178 638 10 BNI Banco de Negócios Internacional 184 176 162 145 11 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 183 016 151 648 12 SBA Standard Bank Angola 148 492 61 977 13 BCI Banco de Comércio e Indústria 98 897 106 513 14 KEVE Banco Regional do Keve 98 200 85 815 15 FNB Finibanco Angola 54 603 28 698 16 BCA Banco Comercial Angolano 30 854 36 651 17 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 16 362 15 154 18 BVB Banco Valor 15 120 7 016 19 VTB Banco VTB África 14 358 11 295 20 BKI Banco Kwanza de Investimento 9 121 3 519 21 SCBA Standard Chartered Bank Angola 4 827 nd 22 BCH Banco Comercial do Huambo 4 058 3 156 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Situação Líquida Milhões AKZ # Instituição Financeira 2013 2012 1 BESA Banco Espírito Santo Angola 157 908 104 029 2 BAI Banco Angolano de Investimentos 104 430 99 450 3 BPC Banco de Poupança e Crédito 93 144 85 924 4 BIC Banco BIC 86 763 72 873 5 BFA Banco de Fomento Angola 84 640 74 376 6 BPA Banco Privado Atlântico 44 842 32 096 7 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 33 291 29 359 8 BMA Banco Millennium Angola 32 994 27 711 9 BNI Banco de Negócios Internacional 21 119 19 210 10 BSOL Banco Sol 14 536 12 049 11 KEVE Banco Regional do Keve 9 955 8 998 12 FNB Finibanco Angola 8 340 7 186 13 BCI Banco de Comércio e Indústria 8 176 7 428 14 SBA Standard Bank Angola 6 424 7 440 15 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 5 291 5 652 16 BCA Banco Comercial Angolano 5 286 4 607 17 SCBA Standard Chartered Bank Angola 4 825 nd 18 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 4 656 3 234 19 BVB Banco Valor 3 852 749 20 VTB Banco VTB África 3 318 3 119 21 BCH Banco Comercial do Huambo 1 309 1 093 22 BKI Banco Kwanza de Investimento 979 696 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Cost -to-Income (%)

# Instituição Financeira 2013 2012 1 FNB Finibanco Angola 30,59% 35,59% 2 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 36,80% 34,00% 3 BAI Banco Angolano de Investimentos 38,70% 37,70% 4 BFA Banco de Fomento Angola 39,90% 41,90% 5 BESA Banco Espírito Santo Angola 42,00% 40,00% 6 BIC Banco BIC 47,00% 47,00% 7 BMA Banco Millennium Angola 52,40% 53,40% 8 KEVE Banco Regional do Keve 54,00% 60,00% 9 BPA Banco Privado Atlântico 55,19% 45,30% 10 BPC Banco de Poupança e Crédito 58,40% 45,00% 11 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 65,00% 69,00% 12 BSOL Banco Sol 67,00% 70,00% 13 BCA Banco Comercial Angolano 69,00% 70,60% 14 BNI Banco de Negócios Internacional 70,17% 58,32% 15 BCI Banco de Comércio e Indústria 101,90% 122,20% 16 VTB Banco VTB África nd 32,79% 17 BKI Banco Kwanza de Investimento nd nd 18 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 19 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola nd nd 20 SBA Standard Bank Angola nd nd 21 BCH Banco Comercial do Huambo nd nd 22 SCBA Standard Chartered Bank Angola nd nd

23 BVB Banco Valor nd nd

24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Depósitos Totais Milhões AKZ # Instituição Financeira 2013 2012 1 BAI Banco Angolano de Investimentos 902 936 815 204 2 BFA Banco de Fomento Angola 763 025 668 106 3 BPC Banco de Poupança e Crédito 731 953 629 491 4 BIC Banco BIC 615 478 525 785 5 BESA Banco Espírito Santo Angola 349 163 349 112 6 BPA Banco Privado Atlântico 276 290 204 753 7 BSOL Banco Sol 182 475 154 469 8 BMA Banco Millennium Angola 162 727 112 915 9 SBA Standard Bank Angola 134 737 52 022 10 BNI Banco de Negócios Internacional 133 500 125 102 11 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 132 395 112 668 12 KEVE Banco Regional do Keve 83 049 70 630 13 BCI Banco de Comércio e Indústria 67 119 69 387 14 FNB Finibanco Angola 42 497 19 345 15 BCA Banco Comercial Angolano 23 789 29 843 16 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 10 739 9 474 17 BVB Banco Valor 9 992 6 210 18 VTB Banco VTB África 7 005 6 380 19 BCH Banco Comercial do Huambo 2 507 1 772 20 BKI Banco Kwanza de Investimento 1 015 2 376 21 SCBA Standard Chartered Bank Angola 0 nd 22 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola nd nd 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Produto Bancário Milhões AKZ # Instituição Financeira 2013 2012 1 BPC Banco de Poupança e Crédito 69 689 77 227 2 BAI Banco Angolano de Investimentos 56 113 54 857 3 BFA Banco de Fomento Angola 40 027 34 135 4 BIC Banco BIC 39 338 35 750 5 BESA Banco Espírito Santo Angola 35 340 38 460 6 BPA Banco Privado Atlântico 23 052 21 610 7 BMA Banco Millennium Angola 16 897 15 542 8 BSOL Banco Sol 16 145 12 889 9 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 14 811 13 212 10 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 12 729 7 549 11 BNI Banco de Negócios Internacional 11 053 10 155 12 KEVE Banco Regional do Keve 8 355 6 713 13 SBA Standard Bank Angola 7 501 4 201 14 BCI Banco de Comércio e Indústria 7 498 5 293 15 FNB Finibanco Angola 4 790 3 214 16 VTB Banco VTB África 3 550 3 257 17 BCA Banco Comercial Angolano 3 207 2 866 18 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 2 138 1 710 19 BVB Banco Valor 870 265 20 BKI Banco Kwanza de Investimento 820 400 21 BCH Banco Comercial do Huambo 557 136 22 SCBA Standard Chartered Bank Angola 2 0 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Rentabilidade Capitais Próprios (ROE) (%) # Instituição Financeira 2013 2012 1 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 53,55% -115,53% 2 VTB Banco VTB África 40,17% 45,42% 3 BKI Banco Kwanza de Investimento 28,94% -137,09% 4 BFA Banco de Fomento Angola 28,24% 28,20% 5 BSOL Banco Sol 23,84% 23,87% 6 BIC Banco BIC 22,64% 22,10% 7 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 20,06% 19,10% 8 FNB Finibanco Angola 17,56% 15,13% 9 BMA Banco Millennium Angola 14,77% 17,41% 10 BPA Banco Privado Atlântico 13,72% 17,46% 11 KEVE Banco Regional do Keve 13,10% 15,42% 12 BNI Banco de Negócios Internacional 13,07% 17,59% 13 BCA Banco Comercial Angolano 12,67% 14,69% 14 BAI Banco Angolano de Investimentos 11,57% 17,31% 15 BPC Banco de Poupança e Crédito 7,75% 9,10% 16 BCH Banco Comercial do Huambo 6,43% -0,08% 17 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 4,44% 1,42% 18 BESA Banco Espírito Santo Angola 2,29% 5,23% 19 SCBA Standard Chartered Bank Angola -0,01% nd 20 SBA Standard Bank Angola -16,18% -13,21% 21 BCI Banco de Comércio e Indústria -36,68% -61,37% 22 BVB Banco Valor -41,01% -155,32% 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Crédito Total Milhões AKZ # Instituição Financeira 2013 2012 1 BESA Banco Espírito Santo Angola 794 089 671 781 2 BPC Banco de Poupança e Crédito 673 693 609 105 3 BAI Banco Angolano de Investimentos 284 668 284 897 4 BIC Banco BIC 223 214 247 698 5 BPA Banco Privado Atlântico 188 727 145 745 6 BFA Banco de Fomento Angola 153 354 145 989 7 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 105 189 94 963 8 BNI Banco de Negócios Internacional 87 674 77 933 9 BMA Banco Millennium Angola 86 653 65 780 10 BSOL Banco Sol 78 851 54 292 11 BCI Banco de Comércio e Indústria 54 477 50 232 12 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 45 573 52 509 13 KEVE Banco Regional do Keve 40 708 31 011 14 SBA Standard Bank Angola 34 677 9 882 15 FNB Finibanco Angola 23 104 10 874 16 VTB Banco VTB África 7 208 3 988 17 BCA Banco Comercial Angolano 6 102 4 797 18 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 4 698 3 310 19 BVB Banco Valor 4 286 2 107 20 BCH Banco Comercial do Huambo 893 395 21 BKI Banco Kwanza de Investimento 2 2 22 SCBA Standard Chartered Bank Angola 0 nd 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

Resultados Líquidos Milhões AKZ # Instituição Financeira 2013 2012 1 BFA Banco de Fomento Angola 23 899 20 976 2 BIC Banco BIC 19 646 16 106 3 BAI Banco Angolano de Investimentos 12 082 17 217 4 BPC Banco de Poupança e Crédito 7 219 7 816 5 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 6 677 5 608 6 BPA Banco Privado Atlântico 6 154 5 603 7 BMA Banco Millennium Angola 4 872 4 824 8 BESA Banco Espírito Santo Angola 3 620 5 442 9 BSOL Banco Sol 3 465 2 876 10 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 2 833 -6 530 11 BNI Banco de Negócios Internacional 2 759 3 379 12 FNB Finibanco Angola 1 465 1 087 13 VTB Banco VTB África 1 333 1 417 14 KEVE Banco Regional do Keve 1 304 1 388 15 BCA Banco Comercial Angolano 670 677 16 BKI Banco Kwanza de Investimento 283 -954 17 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 207 46 18 BCH Banco Comercial do Huambo 84 -1 19 SCBA Standard Chartered Bank Angola -0,3 nd 20 SBA Standard Bank Angola -1 039 -983 21 BVB Banco Valor -1 580 -1 163 22 BCI Banco de Comércio e Indústria -2 999 -4 559 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd

ROAA (%)

# Instituição Financeira 2013 2012 1 VTB Banco VTB África 10,39% 14,98% 2 BKI Banco Kwanza de Investimento 4,48% nd 3 BCGTA Banco Caixa Geral Totta de Angola 3,99% 4,11% 4 FNB Finibanco Angola 3,52% 4,35% 5 BFA Banco de Fomento Angola 2,94% 2,93% 6 BIC Banco BIC 2,78% 2,71% 7 BMA Banco Millennium Angola 2,44% 2,79% 8 BCH Banco Comercial do Huambo 2,33% -0,04% 9 BCA Banco Comercial Angolano 1,98% nd 10 BPA Banco Privado Atlântico 1,89% 2,17% 11 BSOL Banco Sol 1,80% 1,85% 12 BNI Banco de Negócios Internacional 1,59% 2,43% 13 KEVE Banco Regional do Keve 1,42% 1,88% 14 BDA Banco de Desenvolvimento de Angola 1,39% nd 15 BANC Banco Angolano de Negócios e Comércio 1,31% nd 16 BAI Banco Angolano de Investimentos 1,17% 1,59% 17 BPC Banco de Poupança e Crédito 0,76% 0,94% 18 BESA Banco Espírito Santo Angola 0,34% 0,59% 19 SBA Standard Bank Angola -0,99% -2,05% 20 BCI Banco de Comércio e Indústria -2,92% -4,84% 21 BVB Banco Valor -14,27% -24,72% 22 SCBA Standard Chartered Bank Angola nd nd 23 BMF Banco BAI Micro-Finanças nd nd 24 BPPH Banco de Poupança e Promoção Habitacional nd nd Fonte: BNA, KPMG, Relatórios e Contas dos Bancos | Legenda: “nd” não disponível

(5)

Desafios do Sector

Bancário em Angola

1. Avaliação da Qualidade dos Activos

2. Processo de adopção plena

das IAS/IFRS no Sector Financeiro

3. Processos de recuperação de crédito

4. Preços de Transferência

5. FATCA – Reputação e Compliance

6. Evolução na Oferta de Produtos

e Serviços

7. Capital regulatório e capital económico

8. Modernização da arquitectura dos

sistemas de informação (SI) na Banca

Angolana

9. Optimização da Receita Bancária:

Gestão de Pricing

10. Gestão Integrada da Performance

Bancária

11. Transformação da função de risco

12. Frameworks de risco operacional

1. Avaliação da Qualidade dos Activos O BNA decidiu, em Agosto de 2014, realizar um Programa de Inspecções Transversais (PIT) faseado para Avaliação da Qualidade dos Activos (AQA). Na primeira fase, que decorre desde Setembro e que ficará concluída em Dezembro de 2014 foram abrangidas 14 Instituições Bancárias. O enfoque do programa, nesta fase, incidirá essencialmente sobre a carteira de crédito

e os níveis de provisões registados com referência a 30 de Junho de 2014.

A realização deste tipo de avaliações visa: (i) fomentar a utilização de melhores práticas; (ii) identificar oportunidades de melhoria ao nível do controlo interno e dos sistemas de informação; e (iii) uma avaliação consistente da qualidade da carteira de crédito entre as Instituições.

É nosso entendimento que a AQA irá servir para que os Bancos Angolanos reforcem a sua percepção sobre o Valor e o Risco, o que irá requerer dos mesmos uma adequada governação, gestão pró-activa e definição de acções focadas e com valor acrescentado, de modo a endereçar estes temas.

Deste programa é expectável um aumento do awareness para a qualidade dos dados e da informação dos Clientes, bem como uma maior preocupação com o contexto global dos Clientes no Sector Financeiro Angolano. 2. Processo de adopção plena das IAS/IFRS no Sector Financeiro

Em Março de 2014, o BNA apresentou as linhas principais do processo para adopção plena das IAS/IFRS por parte dos Bancos Angolanos, a partir do exercício de 2016.

Trata-se de um processo exigente e complexo que necessitará do envolvimento de todos os players do mercado e de uma cooperação muito próxima entre os mesmos, para garantir que, em 31 de Dezembro de 2016, todo o Sector Bancário está preparado para apresentar as primeiras demonstrações financeiras de acordo com as IAS/IFRS.

No âmbito desta importante iniciativa do BNA, foi igualmente apresentado para consulta pública, durante o terceiro trimestre de 2014 um conjunto de Guias de Implementação Prática (‘GIP’) que visam apoiar os Bancos neste processo de transição.

Adicionalmente, o BNA definiu um conjunto de marcos relevantes a considerar pelo sector que incluem: (i) preparação de relatórios periódicos de implementação e acompanhamento; (ii) a revisão do CONTIF; (iii) a determinação dos impactos da transição, com referência a 1 de Janeiro de 2015 até 31 de Agosto de 2015 e das demonstrações financeiras pró-forma de 31 de Dezembro de 2015 até 30 de Outubro de 2016; e (iv) o reporte específico sobre as metodologias de apuramento das perdas por imparidade, incluindo a sua quantificação, com referência a 1 de Janeiro de 2015, até 30 de Junho de 2015.

Este desafio que se coloca ao sector a partir do próximo ano, necessita de uma preparação rigorosa de todos os seus intervenientes.

3. Processos de recuperação de crédito Atendendo ao crescimento da sinistralidade nas carteiras de crédito e o novo enquadramento regulamentar que requer a introdução de modelos económicos com maior sensibilidade a alterações no perfil das carteiras de crédito, nomeadamente ao desempenho dos seus processos de recuperação, torna-se urgente que as Instituições Financeiras a operar no mercado Angolano concentrem os seus esforços na dinamização das suas áreas de recuperação de crédito.

Essa dinamização deve passar, em diversas Instituições, por uma redefinição do papel que as áreas de recuperação desempenham nas Instituições, nomeadamente pela redefinição do seu modelo operativo (modelo de relação com outras áreas, abrangência geográfica e estrutura organizativa), mas também pela revisão profunda dos processos e procedimentos de recuperação de crédito (critérios de prioridades de actuação, procedimentos de negociação, definição de estratégias de recuperação, poderes de aprovação).

4. Preços de Transferência

No âmbito da reforma tributária em curso em Angola, foi recentemente introduzido no normativo interno um regime de preços de transferência o qual constituirá um enorme desafio para as Instituições Financeiras locais e multinacionais.

Efectivamente, a concretização das mais diversas operações neste sector é frequentemente realizada através do Grupo – operações intragrupo –, sendo já hoje esta uma área de preocupação constante na gestão das Instituições Financeiras. Deste modo, o momento actual revela-se como uma excelente oportunidade para as Instituições Financeiras revisitarem o seu modelo de negócio e a metodologia de pricing adoptada naquelas operações, com vista a adoptarem regras de mercado eficientes de um ponto de vista operacional e fiscal e cumprirem, em simultâneo, as novas obrigações documentais nesta matéria.

5. FATCA – Reputação e Compliance

O Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA) continua a apresentar-se como um desafio para a Instituições Financeiras em Angola, não só pelas relações com Bancos correspondentes, onde lhes é exigido o registo respectivo e o cumprimento para com o normativo, como também perante os riscos reputacionais e de

Compliance associados.

Apesar de ainda se encontrar em discussão a proposta final do acordo intergovernamental de cooperação entre Angola e os Estados Unidos da América (IGA), é premente que as Instituições Financeiras antecipem a adequação do seu modelo de negócio ao FATCA, capitalizando os seus processos actuais de abertura e manutenção de conta/cliente, de prevenção do branqueamento de capitais e de diligência junto dos Clientes.

Em paralelo, é relevante considerar toda a estratégia de comunicação e prestação de informação atempada aos Clientes e aos colaboradores da Instituição, como forma de garantir uma vantagem competitiva no mercado e um processo de transição e de adaptação ao FATCA com a menor disrupção possível na actividade.

6. Evolução na Oferta de Produtos e Serviços Conscientes do forte ambiente concorrencial e heterogeneidade do mercado, as Instituições Financeiras têm vindo a adequar as suas “proposta de valor” tendo em consideração as necessidades, preferências e comportamentos dos diversos

(6)

segmentos de Clientes do mercado Angolano, em particular das empresas, segmento Institucional e particulares.

Os segmentos de empresas e Institucional têm sido considerados prioritários nas estratégias comerciais da maioria dos Bancos universais em Angola. A dinâmica de crescimento verificada nestes segmentos, tem vindo a suscitar uma reflexão nas ofertas de produtos e serviços ao nível das necessidades de financiamento, em particular ao nível de soluções de Fundos de Maneio, Aluguer de Equipamentos, Prestação de Garantias e Protocolos com Colaboradores.

No que concerne o segmento de particulares, verifica-se uma gradual clusterização do mercado, decorrente do surgimento de uma classe média emergente (Affluent) e de uma classe de “alto rendimento” (Private). O emergir de novas necessidades, comportamentos e preferências nestes segmentos, tem obrigado as Instituições a reflectirem sobre a oferta de produtos e serviços, de acordo com um conjunto de princípios estratégicos ao nível da Gestão do dia-a-dia, Aplicações e Investimento, Crédito e Financiamento, Meios de Pagamento e Outros produtos e serviços. Desta forma, a criação de produtos e serviços diferenciados e de valor acrescentado, trazem necessidade de segmentação dos clientes, análise dos canais e ao mesmo tempo do desenvolvimento de mecanismos de monitorização de rendibiliadde dos clientes, das unidades de negócio, tendo como objectivo a melhoria da eficiência comercial e da qualidade da serviço.

7. Capital regulatório e capital económico O capital é tradicionalmente um recurso escasso e caro, pelo que a sua gestão deve representar uma preocupação constante para as Instituições Financeiras. A evolução a nível mundial nos requisitos de cálculo dos requisitos de capital, assim como a emergência de um conjunto de riscos no mercado Angolano, com potencial de erosão sobre o nível de fundos próprios conduziram a um conjunto de alterações por parte do BNA.

Assim, para além das alterações quanto ao capital social mínimo das Instituições Financeiras, será emitida nova regulamentação sobre o cálculo do rácio de solvabilidade e dos requisitos de fundos próprios, que pode representar o primeiro passo num processo que deverá conduzir ao desenvolvimento de modelos de capital económico de cada instituição que permitam obter uma estimativa mais fiável dos níveis de retorno ajustado ao risco dos investimentos efectuados no Sector Financeiro.

8. Modernização da arquitectura dos sistemas de informação (SI) na Banca Angolana

Neste ambiente muito competitivo que é o da Banca em Angola, a maior parte dos órgãos de gestão dos Bancos tem na sua agenda iniciativas direccionadas para o crescimento (e.g. expansão da rede, diversificação de produtos, serviços e canais, melhoria da qualidade de serviço) e para a melhoria da rentabilidade e/ou redução do cost‑to‑income (e.g. segmentação dos Clientes e revisão dos modelos de preço, melhoria da eficiência operativa), ao mesmo tempo que mobilizam recursos significativos para melhor gerir o risco

inerente à actividade e responder à crescente pressão regulamentar (e.g. Aviso 1 e 2/2013, IFRS, FATCA, AML, só para referir alguns).

Na resolução desta equação complexa, quase a quadratura do círculo, uma das variáveis mais importantes é a capacidade dos SI em suportar a rápida mutação dos requisitos de negócio. É por isso que muitos do Bancos em Angola iniciaram, ou estão a pensar iniciar, um processo de modernização da sua arquitectura de SI, para sistemas com uma melhor cobertura funcional, flexíveis, robustos e escaláveis, ultrapassando as muitas limitações dos actuais sistemas core bancários.

O principal desafio está na definição de uma arquitectura de SI modelar e de uma abordagem incremental que permita capturar progressivamente os benefícios pretendidos, gerindo a capacidade existente ao nível dos recursos humanos e distribuindo no tempo os investimentos necessários.

9. Optimização da Receita Bancária: Gestão de Pricing

Tendo como objectivo primordial a preservação dos níveis de rentabilidade gerados pelo negócio, as Instituições Bancárias angolanas têm vindo a desenvolver esforços no sentido de robustecer os seus processos e ferramentas de gestão de pricing, seja ao nível do aprofundamento dos seus modelos de oferta, na identificação de novas fontes de proveitos e no alinhamento do comissionamento cobrado face ao posicionamento de mercado e níveis de serviço prestados aos Clientes, mas igualmente, na identificação e mitigação de eventos que configurem situações de perda de receita (leakage).

No que concerne ao desenvolvimento de novas ofertas, são evidentes os esforços desenvolvidos pelos Bancos Angolanos, no sentido de melhor segmentarem e estruturarem propostas de valor diferenciadoras. De modo complementar, os Bancos Angolanos têm procurado desenvolver, nos últimos anos, capacidades funcionais que lhes permitam avaliar, de forma periódica, o seu posicionamento no contexto do sector em que se inserem.

Não menos importante, os Bancos Angolanos têm vindo a avaliar a efectividade dos seus processos de cobrança de comissões. Neste domínio, a actuação dos Bancos tem-se centrado fundamentalmente, na identificação e quantificação das situações de leakage, através de fontes de monitorização, mas também na revisão do enquadramento operativo - Organização, Processos, IT, Governance e Compliance - e ambiente de controlo interno.

10. Gestão Integrada da Performance Bancária

Tradicionalmente, os Bancos Angolanos têm vindo a adoptar processos de planeamento eminentemente “estáticos”, essencialmente baseados em actividades

de controlo e com um enfoque na explicação da performance passada. O actual contexto está acelerar o processo de transformação, obrigando as Instituições a adoptarem abordagens de planeamento com uma perspectiva mais estratégica.

Em algumas Instituições no Sector Financeiro angolano ainda permanece um contexto em que, o planeamento

estratégico (top‑down) e o exercício de planeamento operacional e orçamentação (bottom‑up) operam de forma independente.

Por outro lado, a maioria das Instituições Angolanas, têm vindo a adoptar uma gestão da performance baseada essencialmente na minimização da variação do P/L (proveitos e custos) orçamentado e de resultados financeiros passados. Não menos importante, é a ainda reduzida massificação na adopção de repositórios integrados com informação de gestão, agregadores de informação de diferentes naturezas, proveniente de diferentes sistemas e com uma estrutura multimensional que permita análises mais profundas e “ricas”, melhorando o resultado do processo de tomada de decisão.

Ao invés verifica-se vulgarmente a utilização de ficheiros em MS Excel®, agregando um número elevado de indicadores, cuja informação é proveniente de múltiplos sistemas e alvo de tratamento manual, criando, inevitavelmente, desfoque na informação critica, elevados riscos de inconsistência nos dados apresentados e, consequentemente, riscos na correcta tomada de decisão. Inevitavelmente, torna-se num processo de medição de resultados que não gera os comportamentos organizacionais desejados. 11. Transformação da função de risco O Aviso 2/2013 emitido pelo Banco Nacional de Angola define a obrigatoriedade de implementação de um sistema de gestão de risco nas Instituições Financeiras, existindo ainda um longo caminho a percorrer na efectiva implementação de uma framework global que possa responder às expectativas do supervisor nesta matéria. As frameworks de gestão de risco devem assentar numa forte estrutura de governo, com um apoio inequívoco da Administração, no reforço das competências e na promoção de uma cultura de risco, numa adequada interpretação dos requisitos de segregação de funções entre as áreas de negócio e as áreas de gestão de risco, na definição de processos e metodologias de avaliação regular do nível de risco dos processos da instituição e também na existência de um modelo de governo e de processos de gestão da qualidade dos dados. 12. Frameworks de risco operacional Apesar de o risco operacional ser o tipo de risco mais abrangente, é também aquele cujos modelos de gestão estarão menos desenvolvidos, apesar de poderem simultaneamente contribuir para obter uma imagem global e coerente dos riscos da actividade, efectuar uma gestão dinâmica dos mesmos e acrescentar valor à gestão da instituição, contribuindo para o cumprimento dos seus objectivos de redução de custos, melhoria de eficiência operativa e redução da volatilidade dos resultados.

Nesse sentido é fundamental que seja assegurado o registo e caracterização de todas as perdas de risco operacional e das respectivas causas dessas perdas, que seja desenvolvido um processo de auto-avaliação dos riscos, conduzido de forma regular e que sejam implementados indicadores com carácter prospectivo para caracterizar a tendência de evolução dos principais drivers dos eventos de risco operacional.

(7)

Principais Conclusões

A maior abertura de Angola ao investimento

estrangeiro e à comunidade internacional, a sua

crescente relevância no continente africano

e o contínuo crescimento económico do País,

reflectiram-se, também no ano de 2013, no

desenvolvimento continuado do Sector Bancário

Angolano.

Os esforços desenvolvidos pelo Executivo

Angolano, seja no desenvolvimento dos sectores

não petrolíferos e na criação de infra-estruturas nas

várias províncias, seja ao nível da política monetária,

continuam a contribuir para a evolução do Sector

Bancário nas suas várias dimensões e para o

crescimento da taxa de bancarização.

A evolução positiva não só do número de

colaboradores e do número de agências, como

também dos activos e dos resultados da maioria

das Instituições Financeiras, revelam que apesar

do ambiente concorrencial, existem estratégias

de negócio bem definidas, sustentadas e com

objectivos a médio longo prazo, e onde se

começam a verificar acções e movimentos de

internacionalização para a Europa e para outros

países africanos.

Destaque também para a “vaga” regulamentar

que continua a ser absorvida e implementada

pelos vários intervenientes no Sector, o que

demonstra o seu compromisso para com as boas

práticas internacionais e uma vontade expressa em

melhorar não só os níveis de cumprimento, como

os próprios níveis de comparabilidade com outras

Instituições internacionais.

O papel fulcral que as Instituições Financeiras têm

ao captar cada vez mais depósitos e recursos de

Clientes, contribuindo para a desdolarização da

economia Angolana, bem como para a literacia

financeira e hábitos de poupança da população

Angolana, é igualmente um facto relevante a realçar.

Por outro lado, apesar do rácio de crédito

vencido ter vindo a aumentar nos últimos anos, é

perceptível uma maior preocupação com a gestão

do risco de crédito por parte das Instituições, seja

através de uma maior monitorização, seja através

da implementação de sistemas e workflows

integrados para a sua gestão atempada.

Nesta base, facilmente se percebe que o Sector

Bancário Angolano ainda tem muita margem para

crescer, nas suas várias dimensões, embora com

desafios para ultrapassar ao longo dos próximos

tempos.

A evolução do sector será cada vez mais visível

aos olhos da comunidade financeira internacional,

pelo que além dos desafios internos com que as

Instituições Financeiras se deparam, também

existirão desafios externos que não podem

ser descurados. O impulso das Instituições

Financeiras passará muito pela sua capacidade de

se diferenciar comercialmente, rentabilizando a

sua oferta de produtos e serviços, mas também

pela sua capacidade de reacção atempada a

requisitos regulamentares cada vez mais exigentes

e transversais a toda a actividade.

Neste contexto, a KPMG pretende continuar

a contribuir activamente para a consecução

destes objectivos, apoiando e colaborando

com as Instituições Financeiras em Angola no

desenvolvimento das suas ambições e estratégias

de negócio e na abordagem estruturada e proactiva

dos diversos desafios que se colocam ao Sector.

A informação contida neste documento é de natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. Apesar de fazermos todos os possíveis para fornecer informação precisa e actual, não podemos garantir que tal informação seja precisa na data em que for recebida/conhecida ou que continuará a ser precisa no futuro. Ninguém deve actuar de acordo com essa informação sem aconselhamento profissional apropriado para cada situação específica.

© 2014 KPMG Angola – Audit, Tax, Advisory, S.A., a firma angolana membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”),

(8)

CONTACTOS

Sikander Sattar

Presidente do Conselho de Administração

T: +244 227 280 101/115

E: ssattar@kpmg.com

Vitor Ribeirinho

Head of Audit & Financial Services

T: +244 227 280 101/115

E: vribeirinho@kpmg.com

Luís Magalhães

Head of Tax

T: +244 227 280 101/115

E: lmagalhaes@kpmg.com

Nasser Sattar

Head of Advisory

T: +244 227 280 101/115

E: nsattar@kpmg.com

KPMG Angola - Audit, Tax, Advisory, S.A.

Edifício Moncada Prestige

Rua Assalto ao Quartel de Moncada 15 2º

Luanda

Referências

Documentos relacionados

Spina bifida (SB) is a neural tube defect (a disorder involving incomplete development of the brain, spinal cord, and/or their protective coverings) caused by the failure of the

da Silva, Ensuring successful introduction of Wolbachia in natural populations of Aedes aegypti by means of feedback control. (2013) Modelling the use of Wolbachia to control

A) a vidraria de laboratório deverá ser limpa com solução de limpeza adequada, sendo o enxágue sequencial com água encanada e com água destilada e secagem em estufa. B)

Com base no acima exposto e para maximizar os esforços nacionais e reforçar as sinergias de desenvolvimento, o Governo angolano decidiu criar um Comité

De acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), todo colaborador ao ingressar na empresa, terá um Contrato de Trabalho assinado com período máximo de

“Deus não tende para nada, nem Nele, nem fora Dele, pois Ele é todo bem-aventurado; Ele não causa nada, pois Ele é tudo” (77a); “Esta ideia da

As invariâncias observadas nas variáveis extrínsecas (i.e. velocidade linear do dedo in- dicador, deslocamento e velocidade angular do ombro e cotovelo), associadas a

III – R$ 6.000,00 (seis mil reais), em caso de Invalidez Permanente total adquirida no exercício profissional, será pago ao empregado 100% (cem por cento) do Capital Básico