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TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS 3º MÓDULO PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO

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(1)

PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS

(2)

Pós doutorado, Doutor e Mestre em Cognição e Linguagem- UENF

Psicólogo e Administrador de Empresas

Professor de Graduação, Pós graduação.

Formação em Psicanálise, Psicologia Analítica,

TCC, Gestão de RH e Neuropsicologia

Professor de Pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental e Hipnose Clínica

Canal Psicologia Sem Segredos:

https://www.youtube.com/channel/UCG4GsAJ5mUyWdonh7WzobRg

www.profjefferson.com.br

(3)

Teoria dos Constructos

Pessoais de George Kelly

“É o futuro que atormenta o

homem, não o passado. Ele sempre

busca o futuro através da janela do

presente” (Kelly, 1955, p. 49);

(4)

Visão Geral da Teoria

Ênfase

nos

pensamentos

individuais

ou

“constructos”;

Foco ideográfico;

Muito similar às teorias humanistas apesar de

não ter um foco na motivação;

As diferenças individuais são devidas aos

diferentes pensamentos ou constructos;

Os comportamentos e as emoções são

derivados desses constructos.

(5)

Introdução

A teoria da personalidade do constructo pessoal de Kelly é bastante peculiar. Kelly não se prende a

conceitos familiares - como inconsciente, ego, necessidades, impulsos, estímulos e respostas e

reforço - nem mesmo motivação e emoção.

Para Kelly cada pessoa cria um conjunto de constructos cognitivos sobre o ambiente: interpretamos

e organizamos os eventos e as relações sociais de nossa vida num sistema ou padrão.

Com base nesse padrão, fazemos previsões sobre nós mesmos, sobre outras pessoas e eventos e as

usamos para formular nossas respostas e orientar nossas ações.

Para compreender a personalidade é preciso compreender os padrões, as formas como organizamos

e construímos nosso mundo.

(6)

Sua teoria origina-se de sua experiência clínica. Por

diversas razões, interpretou sua experiência clínica de

maneira diferente da de Freud e de outros teóricos que

trataram de pacientes. Seu modelo de natureza humana

é incomum: ele concluiu que as pessoas agem da mesma

forma que os cientistas. Os cientistas elaboram teorias e

hipóteses e as testam diante da realidade por meio de

experimentos em laboratórios. Caso os resultados de

seus experimentos sustentem a teoria, ela é mantida. Se

os dados não a sustentarem, ela terá de ser descartada

(7)

Kelly observou que os psicólogos não atribuíam às pessoas que eles avaliavam a

mesma capacidade intelectual e racional que atribuíam a si mesmos: é como se

eles tivessem duas teorias sobre a natureza humana: uma que se aplica aos

cientistas e à sua maneira de ver o mundo e uma outra que se aplica a todas as

outras pessoas.

(8)

Para Kelly, a personalidade de um indivíduo é

formada pelo seu sistema de constructos. Os

constructos que uma pessoa usa, portanto, definem o

seu mundo.

Para Kelly, um constructo é uma forma de perceber

ou interpretar eventos. Por exemplo, bom-mau é um

constructo freqüentemente utilizado pelas pessoas

quando elas consideram os eventos. O sistema de

constructos pessoais de um indivíduo é formado pelos

constructos – ou pelas maneiras de interpretar os

eventos – e as relações entre esses constructos.

(9)

Principais Características da Teoria

Enfatiza a maneira como os indivíduos interpretam o mundo;

Considera que a pessoa é um agente ativo em seu envolvimento com o mundo;

Enfatiza coisas que as pessoas podem fazer para mudar a maneira como pensam;

Kelly rejeitava o termo cognitivo porque sentia que ele era restritivo e sugeria uma

divisão artificial entre cognição (pensamento) e afeto (emoção);

A teoria de Kelly é uma teoria construtivista, ou seja, ela enfatiza a construção do

mundo pelo indivíduo

; enfatiza a maneira como o indivíduo atribui significado aos

eventos e nos esforços da pessoa para prever os eventos, a teoria do constructo

pessoal claramente enfatiza os processos cognitivos;

(10)

Estrutura da Teoria

do Constructo Pessoal de George Kelly

Baseada no

Postulado Fundamental

que afirma que nossos

processos psicológicos são determinados pelas maneiras como

antecipamos os eventos.

Ao utilizar a palavra "processos", Kelly não sugeriu algum tipo de

energia mental. Em vez disso, acreditava que a personalidade era

um processo fluido, em movimento. Nossos processos

psicológicos são determinados pelos nossos constructos, por

meio da forma como cada um de nós constrói o seu mundo.

Outra palavra chave no postulado fundamental é

"antecipar".

A

noção de Kelly sobre constructos é antecipatória. Utilizamos

constructos para prever o futuro, ter alguma idéia sobre as

conseqüências de nossas ações e o que provavelmente

acontecerá se nos comportarmos de determinada maneira.

(11)
(12)

Problemas Psicológicos

Surgem como o resultado de

constructos

defeituosos

e

não

ocorrem

necessariamente

em

função de experiências traumáticas.

A ansiedade e o principal problema

psicológico

que

nos

acomete

quando os nossos constructos não

conseguem prever nem controlar os

eventos futuros.

(13)

Problemas Com Nossos Constructos

Origem do fracasso

Os constructos podem ser:

excessivamente

simples

e/ou

incompletos.

impermeáveis – não consideram novas

informações e evidências com facilidade.

(14)

TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA (RET)

O que importa não são os fatos, mas o

significado que esses fatos têm para cada

pessoa.

Albert Ellis

(15)

Introdução

A proposta da Terapia Racional Emotiva (RET) afasta-se radicalmente de outros

sistemas psicoterapêuticos - a saber, das abordagens psicanalítica,

humanista-existencial, centrada-no-cliente e gestaltista. Aproxima-se mais das terapias

orientadas em termos cognitivos, comportamentais e de ação, no sentido de

ressaltar o pensamento, o julgamento, a decisão, a análise e a atuação.

A RET é extremamente didática,

muito diretiva e preocupa-se

mais com as dimensões do

(16)

CONCEITOS-CHAVES

Visão da Natureza Humana

A RET se baseia na suposição de que os seres humanos nascem com um potencial para o

pensamento racional e correto, assim como para o pensamento irracional e desviante.

As pessoas apresentam predisposições para a autopreservação, a felicidade, o

pensamento e a verbalização, o amor, a comunhão com os outros, o crescimento e a

auto-realização. Apresentam ainda propensão à autodestruição, a evitar o pensamento, à

procrastinação, à repetição infindável de erros, superstição, intolerância, perfeccionismo,

autoacusação e fuga da atualização de potenciais para o crescimento.

Possuem tendências dentro de si tanto para persistir em padrões de comportamento

antigos e disfuncionais, quanto para descobrir uma série de formas de dedicar-se à

auto-sabotagem.

(17)

No entanto, segundo a psicologia

racional-emotiva, nascem com a tendência a insistirem

em ver todos os seus desejos, demandas e

necessidades satisfeitos ao longo da vida; se não

conseguem o que querem imediatamente,

condenam a si mesmas e aos outros.

A terapia racional-emotiva afirma que os homens não precisam resignar-se a serem

vítimas do condicionamento primitivo, as pessoas dispõem de vastos recursos

não-liberados para atualizar seu potencial e podem mudar seu destino pessoal e social.

CONCEITOS-CHAVES

(18)

A RET dá ênfase ao fato dos homens pensarem,

sentirem

emoções

e

se

comportarem

simultaneamente. De modo a compreender o

comportamento

autoderrotista,

é

necessário

compreender como uma pessoa sente emoção,

pensa, percebe e age. Para modificar padrões

disfuncionais, seria idealmente necessário empregar

uma variedade de métodos perceptivo-cognitivos,

emotivo-evocativos

e

comportamentais-reeducativos.

CONCEITOS-CHAVES

(19)

As pessoas possuem a capacidade de

confrontar seus sistemas de valores e

redoutrinar-se a si mesmas com crenças,

idéias

e

valores

diferentes.

Como

resultado

disso,

comportar-se-ão

de

modo bastante distinto daquele segundo

o qual se conduziam no passado.

Portanto, por poderem pensar e trabalhar

até que se tornem realmente diferentes,

as pessoas não são vítimas passivas de

CONCEITOS-CHAVES

(20)

A RET e a Teoria da Personalidade.

A RET define a neurose como "pensamento e comportamento

irracionais", um estado natural do homem, que aflige a todos em certo

grau.

Este

estado

encontra-se

profundamente

enquistado,

simplesmente porque somos seres humanos e vivemos com outros

seres humanos, em sociedade.

Os fenômenos psicopatológicos são originalmente aprendidos e

agravados pela inscrição de crenças irracionais dos outros significativos

durante a infância. No entanto, nós mesmos alimentamos as falsas

crenças de forma ativa, por meio de processos de autossugestão e auto

repetição. Assim, deve-se em grande parte à nossa própria repetição de

pensamentos irracionais, objeto de redoutrinação precoce, mais do que

à repetição por parte dos pais, o fato de se manterem vivas e atuantes,

(21)

As emoções são produtos do pensamento humano. Quando pensamos que alguma coisa é ruim,

sentimo-nos mal em relação a esta coisa. Para Ellis (1967)

"o distúrbio emocional consiste

essencialmente em proposições ou significados incorretos, ilógicos e não-validáveis

, em que o

indivíduo perturbado acredita de modo dogmático e sem discussão, e em relação aos quais

consequentemente se emociona ou age construindo sua própria derrota" (p.82)

Para a RET a culpa é o núcleo da maioria dos distúrbios emocionais. A cura de uma neurose ou

psicose, requer que paremos de culpar a nós mesmos e aos outros. É preciso nos aceitarmos

apesar de nossas imperfeições

. A ansiedade provém da repetição interior da seguinte proposição:

"Eu não gosto do meu comportamento e gostaria de mudar"; que contém implícita a acusação:

"Devido a meu comportamento incorreto e aos meus erros, sou uma pessoa muito ruim, mereço

ser condenada, mereço sofrer.“ O indivíduo pode ser ajudado a perceber que sentenças assim,

imprecisas e irracionais, são falsas armadilhas autopunitivas por ele adquiridas.

(22)

A RET argumenta que as pessoas não necessitam ser aceitas e

amadas, muito embora isto seja desejado. O terapeuta ensina ao

cliente a maneira de não se sentir ferido, mesmo quando não é aceito

e amado pelos outros significativos. Ainda que permitindo às pessoas

se sentirem tristes por não serem aceitas, a RET tenta auxiliá-las a

encontrar formas de superar todas as manifestações intensas de

depressão, dor, desvalorização e ódio.

A RET formula a hipótese de que, em razão de sermos criados dentro da sociedade, tendemos a

nos tornar vítimas de ideias sem fundamento, tendemos a continuar a nossa própria

redoutrinação incessante com essas ideias, de uma forma impensada e auto sugestiva,

mantendo-as consequentemente atuantes em nosso comportamento manifesto. De acordo com Ellis (1967),

algumas das principais ideias irracionais por nós internalizadas e que conduzem inevitavelmente à

uma vida autoderrotiva são as seguintes:

(23)

• 1) A ideia de que o ser humano adulto tem uma

necessidade terrível de ser amado ou aprovado

virtualmente por toda outra pessoa significativa

de sua comunidade;

• 2) A ideia segundo a qual é preciso ser totalmente

competente, adequado e bem-sucedido quanto a

todos os aspectos possíveis, caso o indivíduo

queira considerar-se alguém de valor;

• 3) A ideia de que certas pessoas são más,

perversas e infames e deveriam ser severamente

acusadas e punidas por sua maldade;

(24)

• 4)A ideia de ser mais fácil evitar certas dificuldades da

vida e responsabilidades próprias, do que enfrentá-las;

• 5)A ideia de uma situação de pavor e catástrofe quando

as coisas não ocorrem como se gostaria que realmente

que ocorressem;

• 6)A ideia segundo a qual a infelicidade humana decorre

de causas externas e as pessoas possuem pouca ou

nenhuma capacidade para controlar seus sofrimentos e

perturbações;

• 7)A ideia de ser a história passada um importante fator

determinante do comportamento presente e de que,

pelo fato de alguma coisa certa vez ter afetado muito a

vida de alguém, deverá ter efeitos semelhantes

indefinidamente.

(25)

A Teoria A - B - C da Personalidade

A teoria A -B - C da personalidade é central para a RET, em termos teóricos e práticos.

"A" é a existência de um fato, um evento, ou comportamento ou a atitude de um indivíduo. "C" é a consequência emocional ou reação do indivíduo; a reação pode ser adequada ou inadequada. "A" (o evento ativador) não causa "C" (a consequência emocional). Em seu lugar, "B", que é a crença da pessoa a respeito de "A", causa "C", a reação emocional. Por exemplo, se uma pessoa vivencia depressão depois de um divórcio, possivelmente não é o divórcio em si, a causa da reação depressiva, mas as crenças da pessoa quanto a ser um fracasso, ser rejeitada, ou perder um companheiro. Ellis afirmaria que as crenças da rejeição e do fracasso (no ponto "B") constituem as causas da depressão (no ponto "C"), e não o evento atual do divórcio (ponto "A"). Assim, os seres humanos são em grande parte responsáveis pela criação de suas próprias reações e perturbações emocionais.

(26)

Como é fortalecido um distúrbio emocional?

É alimentado por sentenças ilógicas que a pessoa

repete continuamente para si mesma, tais como: "A

culpa pelo divórcio é inteiramente minha", "Eu sou um

miserável fracassado, tudo o que fiz estava errado",

"Não tenho valor algum", "Sinto-me só e rejeitado, e

isto é uma catástrofe horrível." Ellis sustenta que "a

pessoa se sente conforme o que pensa". As reações

emocionais perturbadas, tais como a depressão e a

ansiedade, são desencadeadas e perpetuadas pelo

sistema de crenças auto derrotistas, o qual se baseia

em ideias irracionais incorporadas pela pessoa.

(27)

Ellis afirma a possibilidade de se eliminarem ou modificarem os

distúrbios

emocionais

trabalhando

diretamente

com

os

sentimentos (depressão , ansiedade, hostilidade, medo, etc.), mas

propõe que "a técnica mais rápida, mais firmemente implantada,

mais refinada e de efeitos mais duradouros enquanto técnica para

ajudar as pessoas a modificarem suas reações emocionais

disfuncionais, consiste em capacitá-las a ver com clareza o que se

dizem a si mesmas com tanta força, no ponto "B" (seu sistema de

crença), acerca dos estímulos incidentes sobre elas no ponto "A"

(suas experiências ativadoras) e em ensinar-lhes como discutir no

ponto "D", de forma ativa e vigorosa, suas crenças irracionais".

(28)

Os seres humanos, por disporem da capacidade de

pensamento, estão aptos a "se treinarem no sentido de

mudar ou eliminar suas crenças auto sabotadoras". Para

aprender a compreender e confrontar sistema de crenças

irracionais, é necessário autodisciplina, pensamento e

trabalho. Há possibilidade de mudanças, tanto curativas

quanto preventivas, nas tendências geradoras de

perturbações, se as pessoas forem assistidas no sentido

de conseguirem focalizar o "pensamento desviante" e "as

emoções e a conduta inadequadas".

(29)

Após "A" - "B", - "C", tem-se "D", a Discussão.

Essencialmente, "D" é a aplicação do método

científico com vistas a ajudar os clientes a

combater em seu estilo as crenças irracionais que

acarretam perturbações do seu comportamento e

emoções. Uma vez que os princípios da lógica

podem ser ensinados, é possível usá-los para

destruir qualquer hipótese fora da realidade e

inverificável. Este método empírico-lógico pode

auxiliar os clientes a abandonarem ideologias

autodestrutivas.

(30)

O PROCESSO TERAPÊUTICO

Objetivos Terapêuticos

Ellis (1973a) observou que muitos caminhos

seguidos pela RET dirigem-se a uma meta

principal: "A minimização da perspectiva auto

derrotista central do cliente e a aquisição de

uma filosofia de vida mais realista e tolerante"

(p.184).De acordo com o autor, o objetivo

básico

do

psicoterapeuta

deveria

ser,

preferencialmente,

o

de

demonstrar

aos

clientes que suas verbalizações a respeito de si

mesmo têm sido, e ainda são, a origem

primária de seus distúrbios emocionais.

(31)

Função e Papel do Terapeuta

As atividades terapêuticas da RET são conduzidas com um propósito

central: ajudar o cliente a libertar-se de ideias ilógicas e aprender a

substituí-las por ideias lógicas. Tem-se por objetivo levar o cliente a

internalizar uma filosofia racional de vida, do mesmo modo que chegou a

internalizar um conjunto de crenças dogmáticas, irracionais e

supersticiosas, vindas tanto dos pais quanto da cultura.

Para atingir este objetivo, o terapeuta desempenha tarefas específicas. O

primeiro passo é mostrar aos clientes que seus problemas se relacionam

com crenças irracionais e mostrar como desenvolveram seus valores e

atitudes, procurando esclarecer, em termos cognitivos, o fato de terem

(32)

Um segundo passo, no processo terapêutico, leva o cliente além do estágio

de conscientização, demonstrando que, no presente, mantém em atividade

seus distúrbios emocionais por continuar a pensar ilogicamente e pela

repetição de sentenças autoderrotistas, as quais conservam a influência dos

primeiros anos em seu caráter funcional. Em outras palavras, o cliente é

responsável por seus próprios problemas, porque continua a

reendoutrinar-se. Não é suficiente que o terapeuta mostre simplesmente aos clientes, o

fato de apresentarem processos ilógicos, pois estarão prontos a dizer:

"Agora compreendo que tenho medo do fracasso, e que este medo é

exagerado e fora da realidade. Mas ainda sinto medo de fracassar!".

(33)

Fundamentos históricos e filosóficos

Aaron Beck

Questionamentos sobre a teoria psicanalítica.

Origens filosóficas: Zenão de Citium (séc. 4 a.C.), Crisipo,

Cícero, Sêneca, Marco Aurélio.

Epiteto (Séc. I a.C.): “Os homens são perturbados não

pelas coisas, mas pelas opiniões que extraem delas”.

Teoria dos constructos pessoais de George Kelly (1955).

Terapia Racional Emotiva de Albert Ellis (1955).

Teoria de Alfred Adler (1936).

Fenomenologia de Heiddeiger, Kant e Husserl.

Contribuição de teóricos comportamentalistas (Mahoney,

1974; Meichenbaum, 1977).

(34)

Princípios fundamentais da TCC

A maneira como as pessoas interpretam os eventos

influencia diretamente a emoção e o comportamento (Beck,

1976).

Beck e Alford (2000): a posição filosófica da teoria e terapia

cognitiva integra:

Dimensões Externas

(contexto ambiental)

Dimensões Internas

(35)

O modelo cognitivo comportamental

(36)

Modelo Cognitivo

SITUAÇÃO PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS EMOÇÕES

Minha mãe telefona

e pergunta por

que eu esqueci o

aniversário de

minha irmã

“Fiz besteira de novo. Não

tem jeito, nunca vou

conseguir agradá-la. Não

consigo fazer nada direito. O

que adianta?”

Tristeza,

raiva

Pensando sobre um

grande projeto

a entregar no

trabalho.

“É muita coisa para mim.

Não vou conseguir entregar

a tempo. Não vou conseguir

encarar meu chefe. Vou

perder meu emprego e tudo

o mais na minha vida. “

Ansiedade

(MEDO)

Meu marido se

queixa de que estou

irritada o tempo

todo.

“Ele está realmente

decepcionado comigo. Estou

fracassando como esposa.

Não gosto de nada. Por que

Tristeza,

Ansiedade

(MEDO)

Reconhecendo os pensamentos automáticos: Um registro de pensamento em três colunas

(37)

Pressuposições Formais da teoria cognitiva

De acordo com Beck e Alford

(2000), a teoria cognitiva baseia-se

nas seguintes formulações:

A noção de

esquemas

- estruturas

cognitivas que integram e atribuem

significado aos eventos.

A atribuição de significado ativa ou

controla sistemas psicológicos, como

a atenção, memória, percepção, e o

(38)

As categorias de significado:

padrões

específicos

de

pensamento, emoção, memória,

atenção e comportamento, que

constituem a

especificidade de

conteúdo.

Este termo refere-se

aos

temas

comuns

na

psicopatologia.

(39)

A

distorção cognitiva

refere-se aos significados disfuncionais ou mal-adaptativos que o

indivíduo integra numa determinada situação. Também são considerados erros no

conteúdo cognitivo (significado) e no processamento cognitivo (elaboração de

significado).

As predisposições dos indivíduos a cometerem distorções específicas são denominadas

de

vulnerabilidades cognitivas.

Dessa forma, as pessoas podem desenvolver síndromes

específicas.

(40)

Erros cognitivos são equívocos característicos na

lógica dos pensamentos automáticos e outras

cognições

de

pessoas

com

transtornos

emocionais.

Pesquisas

subsequentes

confirmaram a importância de erros cognitivos

em estilos patológicos de processamento de

informações.

(41)

Abstração seletiva (filtro mental)

Conclusão depois de examinar apenas uma pequena porção

das informações disponíveis. Os dados importantes são

descartados ou ignorados, a fim de confirmar a visão

tendenciosa que a pessoa tem da situação.

Um homem

deprimido com baixa auto-estima

não recebe

um cartão de boas-festas de um velho amigo.

Ele pensa:

"Estou perdendo todos os meus amigos;

ninguém se importa mais comigo".

Ele ignora as evidências

de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu

velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos

últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no

ano passado com uma mudança e um novo emprego e que

ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.

(42)

Inferência arbitrária

Conclusão

a

partir

de

evidências

contraditórias

ou

na

ausência

de

evidências.

Uma mulher com

medo de elevador

é

solicitada a prever as chances de um

elevador cair com ela dentro. Ela responde

que as chances são de 10% ou mais de o

elevador cair até o chão e ela se machucar.

Muitas pessoas tentaram convencê-la de

que

as

chances

de

um

acidente

catastrófico

com

um

elevador

são

(43)

Supergeneralização

Conclusão sobre um acontecimento isolado é

estendida de maneira ilógica a outras áreas do

funcionamento.

Um universitário deprimido tira nota B em uma

prova.

Ele

considera

insatisfatório

e

supergeneraliza

com

pensamentos

automáticos:

"Estou com problemas nessa

aula

;

estou ficando para trás em todas as

áreas da minha vida; não consigo fazer nada

direito".

(44)

Maximizacão e Minimização

A importância de um atributo, evento ou

sensação é exagerada ou minimizada.

Uma mulher com transtorno de pânico

começa a sentir tonturas durante o início de

um ataque de pânico. Ela pensa:

"Vou

desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou

um derrame".

“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo

mundo tem”.

“Obter notas boas não quer dizer que sou

inteligente,

os

outros

obtêm

notas

melhores do que as minhas.”

(45)

Personalização

Assume-se

responsabilidade

excessiva ou culpa por eventos

negativos.

Houve um revés econômico e um

negócio anteriormente de sucesso

passa por dificuldades para cumprir

o orçamento anual. Pensa-se em

fazer demissões. Uma série de

fatores

levaram

à

crise

no

orçamento, mas um dos gerentes

pensa:

"É tudo culpa minha; eu

deveria

saber

que

isso

iria

acontecer e ter feito alguma coisa;

falhei com todos na empresa".

(46)

Pensamento absolutista

(dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)

Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências

pessoais ou com os outros são separados em duas

categorias (totalmente mau ou totalmente bom,

fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou

completamente perfeito).

Paulo,

um homem com depressão

, compara-se

com Roberto, um amigo que parece ter um bom

casamento e cujos filhos estão indo bem na escola.

Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua

vida está longe do ideal. Roberto tem problemas

no trabalho, restrições financeiras e dores físicas,

entre

outras

dificuldades.

Paulo

está

se

envolvendo em pensamento absolutista quando

diz para si mesmo:

"Tudo vai bem para Roberto;

(47)

Catastrofização

Pensar que o pior de uma situação vai

ocorrer, sem levar em consideração

outros desfechos. Acreditar que esse

acontecimento

será

terrível

e

insuportável.

“Perder o emprego será o fim da minha

carreira”

“Não suportarei a separação da minha

mulher”

(48)

Raciocínio Emocional

Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo

existe”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um

sentimento (na verdade um pensamento) muito forte

a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a

interpretação da realidade. Presumir que as reações

emocionais refletem a situação verdadeira.

• “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de

mim.”

• “Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.

• “Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser

verdadeiro.”

(49)

Adivinhação

Prever o futuro. Antecipar problemas

que talvez não venham a ocorrer.

Expectativas

negativas

estabelecidas

como fatos.

Não irei gostar da viagem.”

“Ela não aprovará meu trabalho.”

“Dará tudo errado.”

(50)

Leitura Mental

Presumir, sem evidências, que sabe o que os

outros estão pensando, desconsiderando outras

hipóteses possíveis.

“Ela não está gostando da minha conversa.”

“Ele está me achando inoportuna.”

(51)

Rotulação

Colocar um rótulo global, rígido em si

mesmo, numa pessoa ou situação,

em vez de rotular a situação ou o

comportamento específico.

• “Sou incompetente.”

• “Ele é uma pessoa má.”

• “Ela é burra.”

(52)

Desqualificando o positivo

• “O sucesso obtido naquela tarefa não

importa, porque foi fácil.”

• “Isso é o que esposas devem fazer,

portanto, ela ser legal comigo não conta.”

• “Eles só estão elogiando meu trabalho

(53)

Imperativos “deveria” e “tenho que”

Interpretar eventos em termos de como as

coisas deveriam ser, em vez de simplesmente

considerar as coisas como são. Afirmações

absolutistas

na

tentativa

de

prover

motivação ou modificar um comportamento.

Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao

mundo para evitar as consequências do não

cumprimento dessas demandas.

“Eu tenho que ter controle sobre todas as

coisas.”

(54)

Vitimização

Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos

negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se

responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos.

“Minha esposa não entende meus sentimentos.”

(55)

Questionalização (E se?)

Focar o evento naquilo que poderia ter sido e

não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e

questionar-se por escolhas futuras.

• “Se eu tivesse aceitado o outro emprego,

estaria melhor agora.”

• “E se o novo emprego não der certo?”

• “Se eu não tivesse viajado, isso não teria

acontecido.”

(56)

Os significados disfuncionais servem

para explicar a tríade cognitiva e o

desenvolvimento da psicopatologia.

Existem dois níveis de significado:

público e privado.

O significado

público, ou objetivo de um evento,

tem poucas implicações para o

indivíduo. O significado pessoal ou

privado

inclui

implicações,

significação, generalizações extraídas

da ocorrência de eventos (Beck,

1976, p.48).

Pensamento

Sentimento

Comportamento

(57)

Níveis de cognição

Há três níveis de cognição:

(a) nível pré-consciente – pensamentos automáticos;

(b) nível consciente;

(c) nível metacognitivo: reflexão sobre um pensamento – respostas

racionais.

Os esquemas são

estruturas teleonômicas

que evoluem para

facilitar a adaptação do indivíduo no ambiente.

(58)

Esquemas

Adquiridos durante a infância nas relações interpessoais.

Ativados em situações específicas (indivíduo, contexto e self).

Pensamentos Automáticos

Palavras, imagens e figuras que surgem na mente.

Crenças

Representam o conteúdo dos esquemas.

Crenças Centrais: Ideias mais rígidas sobre si mesmo, os outros e o mundo.

Crenças Intermediárias: atitudes e regras

(59)

Crenças nucleares

Ativação de

esquemas

Situação

Pensamentos

Reações

Crenças

Intermediárias

Emocional

Modelo

(60)

Conceitualização Cognitiva

Representa um conjunto de dados acerca

do

paciente (história de vida – dados da infância,

pensamentos, crenças, e os significados que são

atribuídos).

Permite facilitar o entendimento de fatores

cognitivos e comportamentais e a influência nas

reações

emocionais,

comportamentais

e

fisiológicas.

Auxilia o terapeuta para desenvolver o plano de

tratamento.

(61)

PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA

Baseia-se em uma formulação em contínuo

desenvolvimento

do paciente e de seus

problemas em termos cognitivos;

Requer uma aliança terapêutica segura;

Enfatiza colaboração e participação ativa;

Orientada em metas e focalizada em

problemas;

Enfatiza o presente inicialmente;

É educativa - ensina o paciente a ser seu

próprio terapeuta;

(62)

Visa ter um tempo limitado;

As sessões são estruturadas;

Ensina o paciente a identificar, avaliar e

responder

a

seus

pensamentos

e

crenças disfuncionais;

Utiliza-se de uma variedade de técnicas

para mudar pensamento, humor e

comportamento.

(63)

A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a hipótese de

que as

emoções e os comportamentos

das pessoas são influenciados por sua

percepção dos eventos.

Não é a situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas sim,

o modo como elas

interpretam essa situação.

(64)

Exemplos: a leitura de um livro;

a apreciação de um filme;

a avaliação de uma aula.

Cada indivíduo tem uma resposta emocional diferente para cada uma dessas situações com

base no que está passando por suas cabeças naquele momento.

Portanto o modo como as pessoas se sentem está associado ao modo como elas interpretam

e pensam sobre uma situação.

(65)

Entendendo os problemas

AMBIENTE

PENSAMENTO

ESTADOS DE HUMOR

REAÇÕES FÍSICAS

COMPORTAMENTO

(66)

Pensamentos Automáticos Disfuncionais

São um fluxo de pensamentos

que coexistem com um

fluxo

de

pensamentos

mais

manifestos,

surgem

espontaneamente e não são embasados em reflexão ou

deliberação.

Parecem surgir espontaneamente,

mas estão ligados ao

nosso sistema de crenças centrais e subjacentes.

São quase sempre negativos,

a menos que o paciente

seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de

personalidade narcisístico ou seja um viciado em drogas.

São usualmente breves e o paciente com frequência está

mais ciente da emoção que sente em decorrência do

pensamento

do

que

do

pensamento

em

si

.

(67)

• Ajudam

a

definir

os

estados

de

humor

que

experimentamos.

• Influenciam o comportamento:

o que escolhemos ou não

fazer e a qualidade do nosso desempenho.

• Pensamentos e Crenças

afetam respostas biológicas.

• São influenciados pelas

crenças que adquire-se na infância

e no meio cultural.

• Enquanto as mudanças no pensamento são, na maioria das

vezes, fundamentais,

muitos problemas também exigem

mudanças no comportamento,

no funcionamento físico e

no meio.

• A TCC ajuda a examinar todas as informações disponíveis;

não é simplesmente pensamento positivo.

(68)
(69)

Emoções

As emoções são de importância primária para o terapeuta

cognitivo. Afinal uma meta importante da terapia é o alívio

de sintomas, uma redução no nível de aflição do paciente

quando ele modifica o pensamento disfuncional.

A emoção negativa intensa é dolorosa e pode ser disfuncional

quando interfere com a capacidade do paciente de pensar

claramente, resolver problemas, agir efetivamente ou obter

satisfação.

Os pacientes com um transtorno psicológico, frequentemente

experimentam uma intensidade de emoção que é excessiva

ou inapropriada à situação.

Podem sentir-se cansados e não reconhecerem que estão

deprimidos, ou sentirem-se nervosos e não reconhecerem a

ansiedade. Junto com a depressão e a ansiedade, a raiva, a

vergonha e a culpa são estados de humor problemáticos

(70)

Emoções

Uma forma de observação das emoções são as mudanças na

tensão do corpo. Ombros caídos podem indicar medo ou tensão;

corpo pesado pode indicar depressão ou frustração.

Conseguir notar 3 estados de humor durante o mesmo dia. Ou

usar lista com estados de humor.

Muitos pacientes não entendem claramente a diferença entre o

que

eles

estão

pensando

e

o

que

estão

sentindo

emocionalmente.

O terapeuta tenta obter o sentido da experiência do paciente e

partilha seu entendimento com o paciente, tentando

explicar-lhe a diferença entre um material racional (verbal ou pictórico) e

um material emocional (aflitivo ou não).

Ao fazer essa distinção o paciente pode perceber exatamente

qual pensamento o deixa triste, ansioso, com raiva ou

(71)

Um caso

• Quando começou a analisar de perto as situações nas quais queria se isolar descobriu

que com frequência, estava pensando

“Eles não querem estar comigo

” e

“Se for lá,não

vou me divertir”,

ele reconheceu que seu humor era

triste. Durante a terapia aprendeu a

relação entre pensamentos e estados de humor e a diferenciá-los

• Era importante para Paulo diferenciar entre fatores situacionais (ambiente),

pensamentos e estados de humor.(Com quem? O que? Quando? Onde?)

• Os estados de humor são expressos por uma única palavra.

• Paulo, no início da terapia, relatou que não

sentia vontade de estar com sua família e

amigos tanto quanto costumava sentir.

Contou que preferiria ficar sozinho.

(72)

Quantificando as emoções

É importante para o paciente identificar suas emoções e

quantificar o grau de emoção que está experimentando

.

Alguns pacientes tem a crença que se sentirem uma

pequena quantidade de aflição, isso aumentará e se tornará

intolerável. Aprender a classificar a intensidade das emoções

(73)

De onde os pensamentos automáticos surgem?

O que faz uma pessoa interpretar uma situação diferentemente de uma outra pessoa?

Por que a mesma pessoa pode interpretar um evento idêntico de forma diferente em um

momento e em outro?

(74)

Esquemas

Conceito de crença e esquema geralmente são

indistintos.

• Esquemas são estruturas internas de relativa

durabilidade

que

armazenam

aspectos

genéricos ou protótipos de estímulos, ideias

ou experiências, e também organizam

informações

novas

para

que

tenham

significado,

determinando

como

os

fenômenos

são

percebidos

e

conceitualizados.

(75)

Esquemas são estruturas cognitivas com conteúdos (crenças)

Estruturas mentais que contêm armazenadas

as representações de significados.

São fundamentais para orientar a seleção,

codificação, organização, armazenamento e

recuperação de informações de dentro do

aparato cognitivo.

Tem uma estrutura interna consistente que

ordena novas informações que entram no

sistema cognitivo

.

(76)

Esquema

Dá à experiência sua forma e significado,

provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura)

dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental

ao longo do tempo e dos eventos.

São padrões ordenadores da experiência que

ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua

percepção e guiar suas respostas (cognitivas,

emocionais e comportamentais).

A “arquitetura” dos esquemas faz o indivíduo ser

como é.

(77)

CRENÇAS

As crenças mais centrais

são entendimentos tão fundamentais e profundos que as pessoas

frequentemente não os articulam, sequer para si mesmas.

Essas ideias

são consideradas pela pessoa como verdades absolutas.

As crenças centrais são o nível mais fundamental de pensamento.

São globais, rígidas e

supergeneralizadas.

(78)

Crenças Centrais

Ideias e conceitos fundamentais sobre nós

mesmos, os outros e o mundo.

Incondicionais

Formadas desde a infância e se fortalecem com

o tempo

Suas mudanças proporcionarão os melhores

resultados na terapia no que se refere ao

tratamento da psicopatologia em questão.

(79)

Agrupamento das Crenças Centrais

Desamparo

: impotente, frágil,

vulnerável, carente, desamparado,

necessitado.

Desamor

: indesejável, incapaz de

ser gostado, de ser amado, sem

atrativos, imperfeito, rejeitado,

abandonado, sozinho.

Desvalor

: incapaz, incompetente,

inadequado,

ineficiente,

falho,

(80)

Crenças nucleares sobre os outros:

As pessoas são más, desleais, traiçoeiras,

querem

se

aproveitar,

tirar

vantagens, etc.

Crenças nucleares sobre o mundo:

O mundo é injusto, ameaçador, perigoso,

etc.

As crenças nucleares ou centrais são

mais abstratas e gerais, constituindo

um

nível

mais

profundo

de

representação dos pensamentos.

Crenças Nucleares

(81)

Crenças Centrais

Ativam-se

durante

os

transtornos

emocionais.

O processo de informação torna-se

tendencioso, extraindo da realidade os

aspectos que confirmam a crença

disfuncional. (viés confirmatório)

Passado o problema emocional ela volta

a ser latente.

Nos

traços

e

transtornos

de

personalidade os indivíduos tem suas

crenças disfuncionais ativadas na maior

parte do tempo.

(82)

As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das

crenças

intermediárias

compostas

por

regras

(eu

devo...tenho

que):

atitudes

preciso

que...):

suposições

(se

eu...)

Essas crenças pressupõe que uma vez cumpridas as

regras, normas e atitudes não haverá problema, o

indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo.

No

entanto,

se,

por

alguma

circunstância,

os

pressupostos não estão sendo cumpridos, o indivíduo

torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando a

crença negativa é ativada.

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS OU SUBJACENTES,

PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS

(83)

Estratégias de Enfrentamento

Comportamentos que a pessoa usa na

tentativa de lidar com a crença.

Tem correlação direta com as regras e os

pressupostos disfuncionais que acabam

por reforçar ainda mais as crenças.

Os pressupostos condicionais modelam a

relação

entre

as

estratégias

comportamentais

e

as

crenças

(84)

Exemplo: Indivíduo Fóbico Social

Sou incapaz de ser amado

(CRENÇA CENTRAL).

É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão

gostar de mim.

(ATITUDE)

Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas

(REGRA)

Se eu me engajar em minha estratégia compensatória,

estarei bem; se não, minha crença central ficará evidente.

Devo me afastar, caso contrário me machucarão.

(SUPOSIÇÃO)

Não vou ter assunto pra conversar na festa

.

(85)

TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO AARON BECK

TRÍADE COGNITIVA

VISÃO DE SI

EXPERIÊNCIAS FUTURO

É a forma como o indivíduo vê a si mesmo, o mundo e o seu futuro.

Na depressão, pela visão essencialmente negativa, geram-se sentimentos

de desvalia, autoacusação ou derrota.

E o sentimento e o comportamento estão de acordo com a sua percepção

distorcida.

(86)

O indivíduo interage com o mundo externo e constrói

significados que alicerçam seus sistemas de crenças

indivíduo significado meio

crenças emoções

comportamento

CONCEITOS BÁSICOS DA TERAPIA

COMPORTAMENTAL COGNITIVA

(87)

Terapia Cognitiva

(88)

É essencial para o terapeuta aprender a conceituar as dificuldades do paciente em termos

cognitivos, a fim de determinar como proceder na terapia:

quando trabalhar sobre uma meta específica;

pensamento automático;

crença ou comportamento;

que técnicas escolher e

como melhorar o relacionamento terapêutico.

(89)

Role-play Racional-Emocional.

Flecha Descendente.

Perguntar o que um pensamento significa para o paciente revela as

crenças

intermediárias

, perguntar o que isso sugere sobre o paciente explicita a

crença

central

(Beck, 2000).

Análise das vantagens e desvantagens.

Lista de créditos.

Relatório de crença central.

Testes históricos da crença central.

Cartões de enfrentamento.

Gráfico em forma de torta.

(90)

Escala para avaliar o humor (0 a 10).

Treinamento em habilidades sociais.

Experimentos comportamentais.

Registro diário de atividades atribuindo

escores aos níveis de domínio e prazer.

Exposição graduada.

Técnicas de relaxamento.

Técnicas cognitivas

(91)

Procedimentos básicos de terapia cognitiva

Avaliar o humor do paciente no início da sessão.

Estabelecer uma agenda.

Colaborativamente determinar tarefas de casa em cada sessão.

Solicitar um feedback.

Conceituar o paciente e suas dificuldades de acordo com o modelo cognitivo, e usar a

conceituação para planejar o tratamento ao longo das sessões e durante cada sessão em

particular.

Desenvolvimento e manutenção de uma forte aliança terapêutica.

Promover a resolução de problemas e o acompanhamento do processo por meio de tarefas

de casa estabelecidas colaborativamente.

(92)

– BECK, Aaron T. Terapia Cognitiva da Depressão, 1997.

– BECK, Aaron. Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade,

– BECK, Judith S. Terapia Cognitiva – teoria e prática, 1997.

– BECK, S. Judith. Terapia Cognitiva para desafios Clínicos, 2007.

– DBSON, Keith S. Manual de Terapias Cognitivo-comportamentais, 2006.

– FRIEDBERG, Robert D. A prática Clínica de Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes, 2004.

– GREENBER, Dennis. A mente vencendo o humor, 1999.

– KNAP, Paulo. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Clínica, 2004.

– LARA, Diogo. Temperamento forte e bipolaridade, 2004.

– LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva – manual do terapeuta, 2006

– LEAHY, Robert L. Como lidar com as preocupações – sete passos para impedir que elas paralisem você, 2007.

– MCMULLIN, Rian E. Manual de Técnicas em terapia Cognitiva, 2005.

– YOUNG, Jeffrey E. Terapia Cognitiva para transtornos da personalidade – uma abordagem focada no esquema.

– Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental – Um Guia Ilustrado - Jesse H. Wright, Monica R. Basco e Michael E. Thase. ARTMED, 2008

(93)

“Quando mudamos a forma de ver

as coisas, as coisas mudam”.

Referências

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