PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS
Pós doutorado, Doutor e Mestre em Cognição e Linguagem- UENF
Psicólogo e Administrador de Empresas
Professor de Graduação, Pós graduação.
Formação em Psicanálise, Psicologia Analítica,
TCC, Gestão de RH e Neuropsicologia
Professor de Pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental e Hipnose Clínica
Canal Psicologia Sem Segredos:
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Teoria dos Constructos
Pessoais de George Kelly
“É o futuro que atormenta o
homem, não o passado. Ele sempre
busca o futuro através da janela do
presente” (Kelly, 1955, p. 49);
Visão Geral da Teoria
Ênfase
nos
pensamentos
individuais
ou
“constructos”;
Foco ideográfico;
Muito similar às teorias humanistas apesar de
não ter um foco na motivação;
As diferenças individuais são devidas aos
diferentes pensamentos ou constructos;
Os comportamentos e as emoções são
derivados desses constructos.
Introdução
A teoria da personalidade do constructo pessoal de Kelly é bastante peculiar. Kelly não se prende a
conceitos familiares - como inconsciente, ego, necessidades, impulsos, estímulos e respostas e
reforço - nem mesmo motivação e emoção.
Para Kelly cada pessoa cria um conjunto de constructos cognitivos sobre o ambiente: interpretamos
e organizamos os eventos e as relações sociais de nossa vida num sistema ou padrão.
Com base nesse padrão, fazemos previsões sobre nós mesmos, sobre outras pessoas e eventos e as
usamos para formular nossas respostas e orientar nossas ações.
Para compreender a personalidade é preciso compreender os padrões, as formas como organizamos
e construímos nosso mundo.
Sua teoria origina-se de sua experiência clínica. Por
diversas razões, interpretou sua experiência clínica de
maneira diferente da de Freud e de outros teóricos que
trataram de pacientes. Seu modelo de natureza humana
é incomum: ele concluiu que as pessoas agem da mesma
forma que os cientistas. Os cientistas elaboram teorias e
hipóteses e as testam diante da realidade por meio de
experimentos em laboratórios. Caso os resultados de
seus experimentos sustentem a teoria, ela é mantida. Se
os dados não a sustentarem, ela terá de ser descartada
Kelly observou que os psicólogos não atribuíam às pessoas que eles avaliavam a
mesma capacidade intelectual e racional que atribuíam a si mesmos: é como se
eles tivessem duas teorias sobre a natureza humana: uma que se aplica aos
cientistas e à sua maneira de ver o mundo e uma outra que se aplica a todas as
outras pessoas.
Para Kelly, a personalidade de um indivíduo é
formada pelo seu sistema de constructos. Os
constructos que uma pessoa usa, portanto, definem o
seu mundo.
Para Kelly, um constructo é uma forma de perceber
ou interpretar eventos. Por exemplo, bom-mau é um
constructo freqüentemente utilizado pelas pessoas
quando elas consideram os eventos. O sistema de
constructos pessoais de um indivíduo é formado pelos
constructos – ou pelas maneiras de interpretar os
eventos – e as relações entre esses constructos.
Principais Características da Teoria
Enfatiza a maneira como os indivíduos interpretam o mundo;
Considera que a pessoa é um agente ativo em seu envolvimento com o mundo;
Enfatiza coisas que as pessoas podem fazer para mudar a maneira como pensam;
Kelly rejeitava o termo cognitivo porque sentia que ele era restritivo e sugeria uma
divisão artificial entre cognição (pensamento) e afeto (emoção);
A teoria de Kelly é uma teoria construtivista, ou seja, ela enfatiza a construção do
mundo pelo indivíduo
; enfatiza a maneira como o indivíduo atribui significado aos
eventos e nos esforços da pessoa para prever os eventos, a teoria do constructo
pessoal claramente enfatiza os processos cognitivos;
Estrutura da Teoria
do Constructo Pessoal de George Kelly
Baseada no
Postulado Fundamental
que afirma que nossos
processos psicológicos são determinados pelas maneiras como
antecipamos os eventos.
Ao utilizar a palavra "processos", Kelly não sugeriu algum tipo de
energia mental. Em vez disso, acreditava que a personalidade era
um processo fluido, em movimento. Nossos processos
psicológicos são determinados pelos nossos constructos, por
meio da forma como cada um de nós constrói o seu mundo.
Outra palavra chave no postulado fundamental é
"antecipar".
A
noção de Kelly sobre constructos é antecipatória. Utilizamos
constructos para prever o futuro, ter alguma idéia sobre as
conseqüências de nossas ações e o que provavelmente
acontecerá se nos comportarmos de determinada maneira.
Problemas Psicológicos
Surgem como o resultado de
constructos
defeituosos
e
não
ocorrem
necessariamente
em
função de experiências traumáticas.
A ansiedade e o principal problema
psicológico
que
nos
acomete
quando os nossos constructos não
conseguem prever nem controlar os
eventos futuros.
Problemas Com Nossos Constructos
Origem do fracasso
Os constructos podem ser:
excessivamente
simples
e/ou
incompletos.
impermeáveis – não consideram novas
informações e evidências com facilidade.
TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA (RET)
O que importa não são os fatos, mas o
significado que esses fatos têm para cada
pessoa.
Albert Ellis
Introdução
A proposta da Terapia Racional Emotiva (RET) afasta-se radicalmente de outros
sistemas psicoterapêuticos - a saber, das abordagens psicanalítica,
humanista-existencial, centrada-no-cliente e gestaltista. Aproxima-se mais das terapias
orientadas em termos cognitivos, comportamentais e de ação, no sentido de
ressaltar o pensamento, o julgamento, a decisão, a análise e a atuação.
A RET é extremamente didática,
muito diretiva e preocupa-se
mais com as dimensões do
CONCEITOS-CHAVES
Visão da Natureza Humana
A RET se baseia na suposição de que os seres humanos nascem com um potencial para o
pensamento racional e correto, assim como para o pensamento irracional e desviante.
As pessoas apresentam predisposições para a autopreservação, a felicidade, o
pensamento e a verbalização, o amor, a comunhão com os outros, o crescimento e a
auto-realização. Apresentam ainda propensão à autodestruição, a evitar o pensamento, à
procrastinação, à repetição infindável de erros, superstição, intolerância, perfeccionismo,
autoacusação e fuga da atualização de potenciais para o crescimento.
Possuem tendências dentro de si tanto para persistir em padrões de comportamento
antigos e disfuncionais, quanto para descobrir uma série de formas de dedicar-se à
auto-sabotagem.
No entanto, segundo a psicologia
racional-emotiva, nascem com a tendência a insistirem
em ver todos os seus desejos, demandas e
necessidades satisfeitos ao longo da vida; se não
conseguem o que querem imediatamente,
condenam a si mesmas e aos outros.
A terapia racional-emotiva afirma que os homens não precisam resignar-se a serem
vítimas do condicionamento primitivo, as pessoas dispõem de vastos recursos
não-liberados para atualizar seu potencial e podem mudar seu destino pessoal e social.
CONCEITOS-CHAVES
A RET dá ênfase ao fato dos homens pensarem,
sentirem
emoções
e
se
comportarem
simultaneamente. De modo a compreender o
comportamento
autoderrotista,
é
necessário
compreender como uma pessoa sente emoção,
pensa, percebe e age. Para modificar padrões
disfuncionais, seria idealmente necessário empregar
uma variedade de métodos perceptivo-cognitivos,
emotivo-evocativos
e
comportamentais-reeducativos.
CONCEITOS-CHAVES
As pessoas possuem a capacidade de
confrontar seus sistemas de valores e
redoutrinar-se a si mesmas com crenças,
idéias
e
valores
diferentes.
Como
resultado
disso,
comportar-se-ão
de
modo bastante distinto daquele segundo
o qual se conduziam no passado.
Portanto, por poderem pensar e trabalhar
até que se tornem realmente diferentes,
as pessoas não são vítimas passivas de
CONCEITOS-CHAVES
A RET e a Teoria da Personalidade.
A RET define a neurose como "pensamento e comportamento
irracionais", um estado natural do homem, que aflige a todos em certo
grau.
Este
estado
encontra-se
profundamente
enquistado,
simplesmente porque somos seres humanos e vivemos com outros
seres humanos, em sociedade.
Os fenômenos psicopatológicos são originalmente aprendidos e
agravados pela inscrição de crenças irracionais dos outros significativos
durante a infância. No entanto, nós mesmos alimentamos as falsas
crenças de forma ativa, por meio de processos de autossugestão e auto
repetição. Assim, deve-se em grande parte à nossa própria repetição de
pensamentos irracionais, objeto de redoutrinação precoce, mais do que
à repetição por parte dos pais, o fato de se manterem vivas e atuantes,
As emoções são produtos do pensamento humano. Quando pensamos que alguma coisa é ruim,
sentimo-nos mal em relação a esta coisa. Para Ellis (1967)
"o distúrbio emocional consiste
essencialmente em proposições ou significados incorretos, ilógicos e não-validáveis
, em que o
indivíduo perturbado acredita de modo dogmático e sem discussão, e em relação aos quais
consequentemente se emociona ou age construindo sua própria derrota" (p.82)
Para a RET a culpa é o núcleo da maioria dos distúrbios emocionais. A cura de uma neurose ou
psicose, requer que paremos de culpar a nós mesmos e aos outros. É preciso nos aceitarmos
apesar de nossas imperfeições
. A ansiedade provém da repetição interior da seguinte proposição:
"Eu não gosto do meu comportamento e gostaria de mudar"; que contém implícita a acusação:
"Devido a meu comportamento incorreto e aos meus erros, sou uma pessoa muito ruim, mereço
ser condenada, mereço sofrer.“ O indivíduo pode ser ajudado a perceber que sentenças assim,
imprecisas e irracionais, são falsas armadilhas autopunitivas por ele adquiridas.
A RET argumenta que as pessoas não necessitam ser aceitas e
amadas, muito embora isto seja desejado. O terapeuta ensina ao
cliente a maneira de não se sentir ferido, mesmo quando não é aceito
e amado pelos outros significativos. Ainda que permitindo às pessoas
se sentirem tristes por não serem aceitas, a RET tenta auxiliá-las a
encontrar formas de superar todas as manifestações intensas de
depressão, dor, desvalorização e ódio.
A RET formula a hipótese de que, em razão de sermos criados dentro da sociedade, tendemos a
nos tornar vítimas de ideias sem fundamento, tendemos a continuar a nossa própria
redoutrinação incessante com essas ideias, de uma forma impensada e auto sugestiva,
mantendo-as consequentemente atuantes em nosso comportamento manifesto. De acordo com Ellis (1967),
algumas das principais ideias irracionais por nós internalizadas e que conduzem inevitavelmente à
uma vida autoderrotiva são as seguintes:
• 1) A ideia de que o ser humano adulto tem uma
necessidade terrível de ser amado ou aprovado
virtualmente por toda outra pessoa significativa
de sua comunidade;
• 2) A ideia segundo a qual é preciso ser totalmente
competente, adequado e bem-sucedido quanto a
todos os aspectos possíveis, caso o indivíduo
queira considerar-se alguém de valor;
• 3) A ideia de que certas pessoas são más,
perversas e infames e deveriam ser severamente
acusadas e punidas por sua maldade;
• 4)A ideia de ser mais fácil evitar certas dificuldades da
vida e responsabilidades próprias, do que enfrentá-las;
• 5)A ideia de uma situação de pavor e catástrofe quando
as coisas não ocorrem como se gostaria que realmente
que ocorressem;
• 6)A ideia segundo a qual a infelicidade humana decorre
de causas externas e as pessoas possuem pouca ou
nenhuma capacidade para controlar seus sofrimentos e
perturbações;
• 7)A ideia de ser a história passada um importante fator
determinante do comportamento presente e de que,
pelo fato de alguma coisa certa vez ter afetado muito a
vida de alguém, deverá ter efeitos semelhantes
indefinidamente.
A Teoria A - B - C da Personalidade
A teoria A -B - C da personalidade é central para a RET, em termos teóricos e práticos.
"A" é a existência de um fato, um evento, ou comportamento ou a atitude de um indivíduo. "C" é a consequência emocional ou reação do indivíduo; a reação pode ser adequada ou inadequada. "A" (o evento ativador) não causa "C" (a consequência emocional). Em seu lugar, "B", que é a crença da pessoa a respeito de "A", causa "C", a reação emocional. Por exemplo, se uma pessoa vivencia depressão depois de um divórcio, possivelmente não é o divórcio em si, a causa da reação depressiva, mas as crenças da pessoa quanto a ser um fracasso, ser rejeitada, ou perder um companheiro. Ellis afirmaria que as crenças da rejeição e do fracasso (no ponto "B") constituem as causas da depressão (no ponto "C"), e não o evento atual do divórcio (ponto "A"). Assim, os seres humanos são em grande parte responsáveis pela criação de suas próprias reações e perturbações emocionais.
Como é fortalecido um distúrbio emocional?
É alimentado por sentenças ilógicas que a pessoa
repete continuamente para si mesma, tais como: "A
culpa pelo divórcio é inteiramente minha", "Eu sou um
miserável fracassado, tudo o que fiz estava errado",
"Não tenho valor algum", "Sinto-me só e rejeitado, e
isto é uma catástrofe horrível." Ellis sustenta que "a
pessoa se sente conforme o que pensa". As reações
emocionais perturbadas, tais como a depressão e a
ansiedade, são desencadeadas e perpetuadas pelo
sistema de crenças auto derrotistas, o qual se baseia
em ideias irracionais incorporadas pela pessoa.
Ellis afirma a possibilidade de se eliminarem ou modificarem os
distúrbios
emocionais
trabalhando
diretamente
com
os
sentimentos (depressão , ansiedade, hostilidade, medo, etc.), mas
propõe que "a técnica mais rápida, mais firmemente implantada,
mais refinada e de efeitos mais duradouros enquanto técnica para
ajudar as pessoas a modificarem suas reações emocionais
disfuncionais, consiste em capacitá-las a ver com clareza o que se
dizem a si mesmas com tanta força, no ponto "B" (seu sistema de
crença), acerca dos estímulos incidentes sobre elas no ponto "A"
(suas experiências ativadoras) e em ensinar-lhes como discutir no
ponto "D", de forma ativa e vigorosa, suas crenças irracionais".
Os seres humanos, por disporem da capacidade de
pensamento, estão aptos a "se treinarem no sentido de
mudar ou eliminar suas crenças auto sabotadoras". Para
aprender a compreender e confrontar sistema de crenças
irracionais, é necessário autodisciplina, pensamento e
trabalho. Há possibilidade de mudanças, tanto curativas
quanto preventivas, nas tendências geradoras de
perturbações, se as pessoas forem assistidas no sentido
de conseguirem focalizar o "pensamento desviante" e "as
emoções e a conduta inadequadas".
Após "A" - "B", - "C", tem-se "D", a Discussão.
Essencialmente, "D" é a aplicação do método
científico com vistas a ajudar os clientes a
combater em seu estilo as crenças irracionais que
acarretam perturbações do seu comportamento e
emoções. Uma vez que os princípios da lógica
podem ser ensinados, é possível usá-los para
destruir qualquer hipótese fora da realidade e
inverificável. Este método empírico-lógico pode
auxiliar os clientes a abandonarem ideologias
autodestrutivas.
O PROCESSO TERAPÊUTICO
Objetivos Terapêuticos
Ellis (1973a) observou que muitos caminhos
seguidos pela RET dirigem-se a uma meta
principal: "A minimização da perspectiva auto
derrotista central do cliente e a aquisição de
uma filosofia de vida mais realista e tolerante"
(p.184).De acordo com o autor, o objetivo
básico
do
psicoterapeuta
deveria
ser,
preferencialmente,
o
de
demonstrar
aos
clientes que suas verbalizações a respeito de si
mesmo têm sido, e ainda são, a origem
primária de seus distúrbios emocionais.
Função e Papel do Terapeuta
As atividades terapêuticas da RET são conduzidas com um propósito
central: ajudar o cliente a libertar-se de ideias ilógicas e aprender a
substituí-las por ideias lógicas. Tem-se por objetivo levar o cliente a
internalizar uma filosofia racional de vida, do mesmo modo que chegou a
internalizar um conjunto de crenças dogmáticas, irracionais e
supersticiosas, vindas tanto dos pais quanto da cultura.
Para atingir este objetivo, o terapeuta desempenha tarefas específicas. O
primeiro passo é mostrar aos clientes que seus problemas se relacionam
com crenças irracionais e mostrar como desenvolveram seus valores e
atitudes, procurando esclarecer, em termos cognitivos, o fato de terem
Um segundo passo, no processo terapêutico, leva o cliente além do estágio
de conscientização, demonstrando que, no presente, mantém em atividade
seus distúrbios emocionais por continuar a pensar ilogicamente e pela
repetição de sentenças autoderrotistas, as quais conservam a influência dos
primeiros anos em seu caráter funcional. Em outras palavras, o cliente é
responsável por seus próprios problemas, porque continua a
reendoutrinar-se. Não é suficiente que o terapeuta mostre simplesmente aos clientes, o
fato de apresentarem processos ilógicos, pois estarão prontos a dizer:
"Agora compreendo que tenho medo do fracasso, e que este medo é
exagerado e fora da realidade. Mas ainda sinto medo de fracassar!".
Fundamentos históricos e filosóficos
Aaron Beck
Questionamentos sobre a teoria psicanalítica.
Origens filosóficas: Zenão de Citium (séc. 4 a.C.), Crisipo,
Cícero, Sêneca, Marco Aurélio.
Epiteto (Séc. I a.C.): “Os homens são perturbados não
pelas coisas, mas pelas opiniões que extraem delas”.
Teoria dos constructos pessoais de George Kelly (1955).
Terapia Racional Emotiva de Albert Ellis (1955).
Teoria de Alfred Adler (1936).
Fenomenologia de Heiddeiger, Kant e Husserl.
Contribuição de teóricos comportamentalistas (Mahoney,
1974; Meichenbaum, 1977).
Princípios fundamentais da TCC
A maneira como as pessoas interpretam os eventos
influencia diretamente a emoção e o comportamento (Beck,
1976).
Beck e Alford (2000): a posição filosófica da teoria e terapia
cognitiva integra:
Dimensões Externas
(contexto ambiental)
Dimensões Internas
O modelo cognitivo comportamental
Modelo Cognitivo
SITUAÇÃO PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS EMOÇÕES
Minha mãe telefona
e pergunta por
que eu esqueci o
aniversário de
minha irmã
“Fiz besteira de novo. Não
tem jeito, nunca vou
conseguir agradá-la. Não
consigo fazer nada direito. O
que adianta?”
Tristeza,
raiva
Pensando sobre um
grande projeto
a entregar no
trabalho.
“É muita coisa para mim.
Não vou conseguir entregar
a tempo. Não vou conseguir
encarar meu chefe. Vou
perder meu emprego e tudo
o mais na minha vida. “
Ansiedade
(MEDO)
Meu marido se
queixa de que estou
irritada o tempo
todo.
“Ele está realmente
decepcionado comigo. Estou
fracassando como esposa.
Não gosto de nada. Por que
Tristeza,
Ansiedade
(MEDO)
Reconhecendo os pensamentos automáticos: Um registro de pensamento em três colunas
Pressuposições Formais da teoria cognitiva
De acordo com Beck e Alford
(2000), a teoria cognitiva baseia-se
nas seguintes formulações:
A noção de
esquemas
- estruturas
cognitivas que integram e atribuem
significado aos eventos.
A atribuição de significado ativa ou
controla sistemas psicológicos, como
a atenção, memória, percepção, e o
As categorias de significado:
padrões
específicos
de
pensamento, emoção, memória,
atenção e comportamento, que
constituem a
especificidade de
conteúdo.
Este termo refere-se
aos
temas
comuns
na
psicopatologia.
A
distorção cognitiva
refere-se aos significados disfuncionais ou mal-adaptativos que o
indivíduo integra numa determinada situação. Também são considerados erros no
conteúdo cognitivo (significado) e no processamento cognitivo (elaboração de
significado).
As predisposições dos indivíduos a cometerem distorções específicas são denominadas
de
vulnerabilidades cognitivas.
Dessa forma, as pessoas podem desenvolver síndromes
específicas.
Erros cognitivos são equívocos característicos na
lógica dos pensamentos automáticos e outras
cognições
de
pessoas
com
transtornos
emocionais.
Pesquisas
subsequentes
confirmaram a importância de erros cognitivos
em estilos patológicos de processamento de
informações.
Abstração seletiva (filtro mental)
Conclusão depois de examinar apenas uma pequena porção
das informações disponíveis. Os dados importantes são
descartados ou ignorados, a fim de confirmar a visão
tendenciosa que a pessoa tem da situação.
Um homem
deprimido com baixa auto-estima
não recebe
um cartão de boas-festas de um velho amigo.
Ele pensa:
"Estou perdendo todos os meus amigos;
ninguém se importa mais comigo".
Ele ignora as evidências
de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu
velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos
últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no
ano passado com uma mudança e um novo emprego e que
ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.
Inferência arbitrária
Conclusão
a
partir
de
evidências
contraditórias
ou
na
ausência
de
evidências.
Uma mulher com
medo de elevador
é
solicitada a prever as chances de um
elevador cair com ela dentro. Ela responde
que as chances são de 10% ou mais de o
elevador cair até o chão e ela se machucar.
Muitas pessoas tentaram convencê-la de
que
as
chances
de
um
acidente
catastrófico
com
um
elevador
são
Supergeneralização
Conclusão sobre um acontecimento isolado é
estendida de maneira ilógica a outras áreas do
funcionamento.
Um universitário deprimido tira nota B em uma
prova.
Ele
considera
insatisfatório
e
supergeneraliza
com
pensamentos
automáticos:
"Estou com problemas nessa
aula
;
estou ficando para trás em todas as
áreas da minha vida; não consigo fazer nada
direito".
Maximizacão e Minimização
A importância de um atributo, evento ou
sensação é exagerada ou minimizada.
Uma mulher com transtorno de pânico
começa a sentir tonturas durante o início de
um ataque de pânico. Ela pensa:
"Vou
desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou
um derrame".
“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo
mundo tem”.
“Obter notas boas não quer dizer que sou
inteligente,
os
outros
obtêm
notas
melhores do que as minhas.”
Personalização
Assume-se
responsabilidade
excessiva ou culpa por eventos
negativos.
Houve um revés econômico e um
negócio anteriormente de sucesso
passa por dificuldades para cumprir
o orçamento anual. Pensa-se em
fazer demissões. Uma série de
fatores
levaram
à
crise
no
orçamento, mas um dos gerentes
pensa:
"É tudo culpa minha; eu
deveria
saber
que
isso
iria
acontecer e ter feito alguma coisa;
falhei com todos na empresa".
Pensamento absolutista
(dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)
Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências
pessoais ou com os outros são separados em duas
categorias (totalmente mau ou totalmente bom,
fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou
completamente perfeito).
Paulo,
um homem com depressão
, compara-se
com Roberto, um amigo que parece ter um bom
casamento e cujos filhos estão indo bem na escola.
Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua
vida está longe do ideal. Roberto tem problemas
no trabalho, restrições financeiras e dores físicas,
entre
outras
dificuldades.
Paulo
está
se
envolvendo em pensamento absolutista quando
diz para si mesmo:
"Tudo vai bem para Roberto;
Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação vai
ocorrer, sem levar em consideração
outros desfechos. Acreditar que esse
acontecimento
será
terrível
e
insuportável.
“Perder o emprego será o fim da minha
carreira”
“Não suportarei a separação da minha
mulher”
Raciocínio Emocional
Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo
existe”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um
sentimento (na verdade um pensamento) muito forte
a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a
interpretação da realidade. Presumir que as reações
emocionais refletem a situação verdadeira.
• “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de
mim.”
• “Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.
• “Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser
verdadeiro.”
Adivinhação
Prever o futuro. Antecipar problemas
que talvez não venham a ocorrer.
Expectativas
negativas
estabelecidas
como fatos.
“
Não irei gostar da viagem.”
“Ela não aprovará meu trabalho.”
“Dará tudo errado.”
Leitura Mental
Presumir, sem evidências, que sabe o que os
outros estão pensando, desconsiderando outras
hipóteses possíveis.
“Ela não está gostando da minha conversa.”
“Ele está me achando inoportuna.”
Rotulação
Colocar um rótulo global, rígido em si
mesmo, numa pessoa ou situação,
em vez de rotular a situação ou o
comportamento específico.
• “Sou incompetente.”
• “Ele é uma pessoa má.”
• “Ela é burra.”
Desqualificando o positivo
• “O sucesso obtido naquela tarefa não
importa, porque foi fácil.”
• “Isso é o que esposas devem fazer,
portanto, ela ser legal comigo não conta.”
• “Eles só estão elogiando meu trabalho
Imperativos “deveria” e “tenho que”
Interpretar eventos em termos de como as
coisas deveriam ser, em vez de simplesmente
considerar as coisas como são. Afirmações
absolutistas
na
tentativa
de
prover
motivação ou modificar um comportamento.
Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao
mundo para evitar as consequências do não
cumprimento dessas demandas.
“Eu tenho que ter controle sobre todas as
coisas.”
Vitimização
Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos
negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se
responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos.
“Minha esposa não entende meus sentimentos.”
Questionalização (E se?)
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e
não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e
questionar-se por escolhas futuras.
• “Se eu tivesse aceitado o outro emprego,
estaria melhor agora.”
• “E se o novo emprego não der certo?”
• “Se eu não tivesse viajado, isso não teria
acontecido.”
Os significados disfuncionais servem
para explicar a tríade cognitiva e o
desenvolvimento da psicopatologia.
Existem dois níveis de significado:
público e privado.
O significado
público, ou objetivo de um evento,
tem poucas implicações para o
indivíduo. O significado pessoal ou
privado
inclui
implicações,
significação, generalizações extraídas
da ocorrência de eventos (Beck,
1976, p.48).
Pensamento
Sentimento
Comportamento
Níveis de cognição
Há três níveis de cognição:
(a) nível pré-consciente – pensamentos automáticos;
(b) nível consciente;
(c) nível metacognitivo: reflexão sobre um pensamento – respostas
racionais.
Os esquemas são
estruturas teleonômicas
que evoluem para
facilitar a adaptação do indivíduo no ambiente.
Esquemas
Adquiridos durante a infância nas relações interpessoais.
Ativados em situações específicas (indivíduo, contexto e self).
Pensamentos Automáticos
Palavras, imagens e figuras que surgem na mente.
Crenças
Representam o conteúdo dos esquemas.
Crenças Centrais: Ideias mais rígidas sobre si mesmo, os outros e o mundo.
Crenças Intermediárias: atitudes e regras
Crenças nucleares
Ativação de
esquemas
Situação
Pensamentos
Reações
Crenças
Intermediárias
Emocional
Modelo
Conceitualização Cognitiva
Representa um conjunto de dados acerca
do
paciente (história de vida – dados da infância,
pensamentos, crenças, e os significados que são
atribuídos).
Permite facilitar o entendimento de fatores
cognitivos e comportamentais e a influência nas
reações
emocionais,
comportamentais
e
fisiológicas.
Auxilia o terapeuta para desenvolver o plano de
tratamento.
PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
Baseia-se em uma formulação em contínuo
desenvolvimento
do paciente e de seus
problemas em termos cognitivos;
Requer uma aliança terapêutica segura;
Enfatiza colaboração e participação ativa;
Orientada em metas e focalizada em
problemas;
Enfatiza o presente inicialmente;
É educativa - ensina o paciente a ser seu
próprio terapeuta;
Visa ter um tempo limitado;
As sessões são estruturadas;
Ensina o paciente a identificar, avaliar e
responder
a
seus
pensamentos
e
crenças disfuncionais;
Utiliza-se de uma variedade de técnicas
para mudar pensamento, humor e
comportamento.
A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a hipótese de
que as
emoções e os comportamentos
das pessoas são influenciados por sua
percepção dos eventos.
Não é a situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas sim,
o modo como elas
interpretam essa situação.
Exemplos: a leitura de um livro;
a apreciação de um filme;
a avaliação de uma aula.
Cada indivíduo tem uma resposta emocional diferente para cada uma dessas situações com
base no que está passando por suas cabeças naquele momento.
Portanto o modo como as pessoas se sentem está associado ao modo como elas interpretam
e pensam sobre uma situação.
Entendendo os problemas
AMBIENTE
PENSAMENTO
ESTADOS DE HUMOR
REAÇÕES FÍSICAS
COMPORTAMENTO
Pensamentos Automáticos Disfuncionais
São um fluxo de pensamentos
que coexistem com um
fluxo
de
pensamentos
mais
manifestos,
surgem
espontaneamente e não são embasados em reflexão ou
deliberação.
Parecem surgir espontaneamente,
mas estão ligados ao
nosso sistema de crenças centrais e subjacentes.
São quase sempre negativos,
a menos que o paciente
seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de
personalidade narcisístico ou seja um viciado em drogas.
São usualmente breves e o paciente com frequência está
mais ciente da emoção que sente em decorrência do
pensamento
do
que
do
pensamento
em
si
.
• Ajudam
a
definir
os
estados
de
humor
que
experimentamos.
• Influenciam o comportamento:
o que escolhemos ou não
fazer e a qualidade do nosso desempenho.
• Pensamentos e Crenças
afetam respostas biológicas.
• São influenciados pelas
crenças que adquire-se na infância
e no meio cultural.
• Enquanto as mudanças no pensamento são, na maioria das
vezes, fundamentais,
muitos problemas também exigem
mudanças no comportamento,
no funcionamento físico e
no meio.
• A TCC ajuda a examinar todas as informações disponíveis;
não é simplesmente pensamento positivo.
Emoções
As emoções são de importância primária para o terapeuta
cognitivo. Afinal uma meta importante da terapia é o alívio
de sintomas, uma redução no nível de aflição do paciente
quando ele modifica o pensamento disfuncional.
A emoção negativa intensa é dolorosa e pode ser disfuncional
quando interfere com a capacidade do paciente de pensar
claramente, resolver problemas, agir efetivamente ou obter
satisfação.
Os pacientes com um transtorno psicológico, frequentemente
experimentam uma intensidade de emoção que é excessiva
ou inapropriada à situação.
Podem sentir-se cansados e não reconhecerem que estão
deprimidos, ou sentirem-se nervosos e não reconhecerem a
ansiedade. Junto com a depressão e a ansiedade, a raiva, a
vergonha e a culpa são estados de humor problemáticos
Emoções
Uma forma de observação das emoções são as mudanças na
tensão do corpo. Ombros caídos podem indicar medo ou tensão;
corpo pesado pode indicar depressão ou frustração.
Conseguir notar 3 estados de humor durante o mesmo dia. Ou
usar lista com estados de humor.
Muitos pacientes não entendem claramente a diferença entre o
que
eles
estão
pensando
e
o
que
estão
sentindo
emocionalmente.
O terapeuta tenta obter o sentido da experiência do paciente e
partilha seu entendimento com o paciente, tentando
explicar-lhe a diferença entre um material racional (verbal ou pictórico) e
um material emocional (aflitivo ou não).
Ao fazer essa distinção o paciente pode perceber exatamente
qual pensamento o deixa triste, ansioso, com raiva ou
Um caso
• Quando começou a analisar de perto as situações nas quais queria se isolar descobriu
que com frequência, estava pensando
“Eles não querem estar comigo
” e
“Se for lá,não
vou me divertir”,
ele reconheceu que seu humor era
triste. Durante a terapia aprendeu a
relação entre pensamentos e estados de humor e a diferenciá-los
• Era importante para Paulo diferenciar entre fatores situacionais (ambiente),
pensamentos e estados de humor.(Com quem? O que? Quando? Onde?)
• Os estados de humor são expressos por uma única palavra.
• Paulo, no início da terapia, relatou que não
sentia vontade de estar com sua família e
amigos tanto quanto costumava sentir.
Contou que preferiria ficar sozinho.
Quantificando as emoções
É importante para o paciente identificar suas emoções e
quantificar o grau de emoção que está experimentando
.
Alguns pacientes tem a crença que se sentirem uma
pequena quantidade de aflição, isso aumentará e se tornará
intolerável. Aprender a classificar a intensidade das emoções
De onde os pensamentos automáticos surgem?
O que faz uma pessoa interpretar uma situação diferentemente de uma outra pessoa?
Por que a mesma pessoa pode interpretar um evento idêntico de forma diferente em um
momento e em outro?
Esquemas
Conceito de crença e esquema geralmente são
indistintos.
• Esquemas são estruturas internas de relativa
durabilidade
que
armazenam
aspectos
genéricos ou protótipos de estímulos, ideias
ou experiências, e também organizam
informações
novas
para
que
tenham
significado,
determinando
como
os
fenômenos
são
percebidos
e
conceitualizados.
Esquemas são estruturas cognitivas com conteúdos (crenças)
Estruturas mentais que contêm armazenadas
as representações de significados.
São fundamentais para orientar a seleção,
codificação, organização, armazenamento e
recuperação de informações de dentro do
aparato cognitivo.
Tem uma estrutura interna consistente que
ordena novas informações que entram no
sistema cognitivo
.
Esquema
Dá à experiência sua forma e significado,
provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura)
dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental
ao longo do tempo e dos eventos.
São padrões ordenadores da experiência que
ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua
percepção e guiar suas respostas (cognitivas,
emocionais e comportamentais).
A “arquitetura” dos esquemas faz o indivíduo ser
como é.
CRENÇAS
As crenças mais centrais
são entendimentos tão fundamentais e profundos que as pessoas
frequentemente não os articulam, sequer para si mesmas.
Essas ideias
são consideradas pela pessoa como verdades absolutas.
As crenças centrais são o nível mais fundamental de pensamento.
São globais, rígidas e
supergeneralizadas.
Crenças Centrais
Ideias e conceitos fundamentais sobre nós
mesmos, os outros e o mundo.
Incondicionais
Formadas desde a infância e se fortalecem com
o tempo
Suas mudanças proporcionarão os melhores
resultados na terapia no que se refere ao
tratamento da psicopatologia em questão.
Agrupamento das Crenças Centrais
Desamparo
: impotente, frágil,
vulnerável, carente, desamparado,
necessitado.
Desamor
: indesejável, incapaz de
ser gostado, de ser amado, sem
atrativos, imperfeito, rejeitado,
abandonado, sozinho.
Desvalor
: incapaz, incompetente,
inadequado,
ineficiente,
falho,
Crenças nucleares sobre os outros:
As pessoas são más, desleais, traiçoeiras,
só
querem
se
aproveitar,
tirar
vantagens, etc.
Crenças nucleares sobre o mundo:
O mundo é injusto, ameaçador, perigoso,
etc.
As crenças nucleares ou centrais são
mais abstratas e gerais, constituindo
um
nível
mais
profundo
de
representação dos pensamentos.
Crenças Nucleares
Crenças Centrais
Ativam-se
durante
os
transtornos
emocionais.
O processo de informação torna-se
tendencioso, extraindo da realidade os
aspectos que confirmam a crença
disfuncional. (viés confirmatório)
Passado o problema emocional ela volta
a ser latente.
Nos
traços
e
transtornos
de
personalidade os indivíduos tem suas
crenças disfuncionais ativadas na maior
parte do tempo.
As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das
crenças
intermediárias
compostas
por
regras
(eu
devo...tenho
que):
atitudes
(é
preciso
que...):
suposições
(se
eu...)
Essas crenças pressupõe que uma vez cumpridas as
regras, normas e atitudes não haverá problema, o
indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo.
No
entanto,
se,
por
alguma
circunstância,
os
pressupostos não estão sendo cumpridos, o indivíduo
torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando a
crença negativa é ativada.
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS OU SUBJACENTES,
PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS
Estratégias de Enfrentamento
Comportamentos que a pessoa usa na
tentativa de lidar com a crença.
Tem correlação direta com as regras e os
pressupostos disfuncionais que acabam
por reforçar ainda mais as crenças.
Os pressupostos condicionais modelam a
relação
entre
as
estratégias
comportamentais
e
as
crenças
Exemplo: Indivíduo Fóbico Social
Sou incapaz de ser amado
(CRENÇA CENTRAL).
É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão
gostar de mim.
(ATITUDE)
Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas
(REGRA)
Se eu me engajar em minha estratégia compensatória,
estarei bem; se não, minha crença central ficará evidente.
Devo me afastar, caso contrário me machucarão.
(SUPOSIÇÃO)
Não vou ter assunto pra conversar na festa
.
TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO AARON BECK
TRÍADE COGNITIVA
VISÃO DE SI
EXPERIÊNCIAS FUTURO
É a forma como o indivíduo vê a si mesmo, o mundo e o seu futuro.
Na depressão, pela visão essencialmente negativa, geram-se sentimentos
de desvalia, autoacusação ou derrota.
E o sentimento e o comportamento estão de acordo com a sua percepção
distorcida.
O indivíduo interage com o mundo externo e constrói
significados que alicerçam seus sistemas de crenças
indivíduo significado meio
crenças emoções
comportamento
CONCEITOS BÁSICOS DA TERAPIA
COMPORTAMENTAL COGNITIVA
Terapia Cognitiva
É essencial para o terapeuta aprender a conceituar as dificuldades do paciente em termos
cognitivos, a fim de determinar como proceder na terapia:
quando trabalhar sobre uma meta específica;
pensamento automático;
crença ou comportamento;
que técnicas escolher e
como melhorar o relacionamento terapêutico.
Role-play Racional-Emocional.
Flecha Descendente.
Perguntar o que um pensamento significa para o paciente revela as
crenças
intermediárias
, perguntar o que isso sugere sobre o paciente explicita a
crença
central
(Beck, 2000).
Análise das vantagens e desvantagens.
Lista de créditos.
Relatório de crença central.
Testes históricos da crença central.
Cartões de enfrentamento.
Gráfico em forma de torta.
Escala para avaliar o humor (0 a 10).
Treinamento em habilidades sociais.
Experimentos comportamentais.
Registro diário de atividades atribuindo
escores aos níveis de domínio e prazer.
Exposição graduada.
Técnicas de relaxamento.
Técnicas cognitivas
Procedimentos básicos de terapia cognitiva
Avaliar o humor do paciente no início da sessão.
Estabelecer uma agenda.
Colaborativamente determinar tarefas de casa em cada sessão.
Solicitar um feedback.
Conceituar o paciente e suas dificuldades de acordo com o modelo cognitivo, e usar a
conceituação para planejar o tratamento ao longo das sessões e durante cada sessão em
particular.
Desenvolvimento e manutenção de uma forte aliança terapêutica.
Promover a resolução de problemas e o acompanhamento do processo por meio de tarefas
de casa estabelecidas colaborativamente.
– BECK, Aaron T. Terapia Cognitiva da Depressão, 1997.
– BECK, Aaron. Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade,
– BECK, Judith S. Terapia Cognitiva – teoria e prática, 1997.
– BECK, S. Judith. Terapia Cognitiva para desafios Clínicos, 2007.
– DBSON, Keith S. Manual de Terapias Cognitivo-comportamentais, 2006.
– FRIEDBERG, Robert D. A prática Clínica de Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes, 2004.
– GREENBER, Dennis. A mente vencendo o humor, 1999.
– KNAP, Paulo. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Clínica, 2004.
– LARA, Diogo. Temperamento forte e bipolaridade, 2004.
– LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva – manual do terapeuta, 2006
– LEAHY, Robert L. Como lidar com as preocupações – sete passos para impedir que elas paralisem você, 2007.
– MCMULLIN, Rian E. Manual de Técnicas em terapia Cognitiva, 2005.
– YOUNG, Jeffrey E. Terapia Cognitiva para transtornos da personalidade – uma abordagem focada no esquema.
– Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental – Um Guia Ilustrado - Jesse H. Wright, Monica R. Basco e Michael E. Thase. ARTMED, 2008