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PEDRO STKLS

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Academic year: 2021

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SACHÊ Nota do Autor XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXX beber cada chá como se fosse um poema.

(6)

SUMÁRIO

Chá de Flor-de-Laranjeira | 07

Chá Branco | 08

Chá Verde | 09

Chá de Hortelã | 10

Chá de Maçã | 12

Chá de Boldo | 13

Chá de Camomila | 14

Chá de Cidreira | 15

Chá de Gengibre | 17

Chá de Alecrim | 18

Chá de Tangerina | 19

Chá de Capim-Limão | 20

Chá de Jasmim | 22

Chá de Erva-Doce | 23

Chá de Alfazema | 24

Chá de Canela | 25

(7)

chá de flor-de-laranjeira

agarro pelas costas

essa falta toda de ruas sem saída para o choro preso

dentro do mar da gente que de tanta vida

carregamos quase um oceano lá nas lonjuras devotas

que nos desmoronam no amor que se esvai

na perda que não se explica

no chegar e partir dos aeroportos é tanto mar pra inundar

segunda terça quarta-feira que as roupas brincam de nadar sob o corpo.

(8)

chá branco

esse desmoronar dentro de caminhos rasos é um rolar e virar na cama

esperando o sono que tarda

que nem se importa com os olhos que abriram cedo pra mais um dia onde os mínimos afazeres

se vestem de pesadas tarefas

e ainda resta um conceito para a ilusão onde os ombros não permitem abrigo e querem por força ignorar a dor

a metáfora de hoje é

um mar que nunca vestiu azul.

(9)

chá verde

o nascer o pôr do sol

são recorrentes nas lentes fotográficas e as emoções tão corriqueiras que cabem em latinhas de biscoito

a luz já se anuncia tão pálida na água

se banha timidamente sem grandes flashes nos olhos observar a cacofonia da paisagem

é trazer para si o que não percorre interiores as antenas de telefone de rádio

estão armadas para capturarem o que escapou de dentro da vida que só cuida do intervalo entre a praticidade e o exato

um copo d’água sob a mesa uma chuva nos sapatos

uma dose de chá verde clicados na sua imensidão

no seu nascer no seu pôr de sol

haveriam de ser enaltecidos por suas funções que vão além de copo para ocupar-se de água chuva para molhar sapatos

e doses homeopáticas de chá verde ainda resta a liberdade fotográfica

que é uma parente próxima da liberdade poética.

(10)

chá de hortelã

beber a esperança em goles breves

para tratar de um mal onde o amor

não confirma presença.

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(12)

chá de maçã

um gosto amargo na boca amargando o amor que chega

na saliva se mistura com os líquidos da caixa d'água do corpo

onde sentimentos gasosos escapam pelos dedos e

alcançam onde não havia mais nada de eterno fazendo pose pros

torpedos em abreviaturas emotions

pra sessão de filme comédia romântica pras algazarras e colisões

de mãos de cartas entre nós tomando chá de maçã

um gosto amargo na boca evaporando o amor

se desfaz antes mesmo de virar nuvem.

(13)

chá de boldo

: úmidas palavras para um poema quase seco sugado pela dureza de uma casa mal iluminada onde nenhum tipo de notícia chega e nem se pode colher jabuticabas que murcham de esperas um poema sem paciência para flores muitas flores na sua superfície

casinhas e arranjos de porta um pirata de fazer mesura um cemitério sem almas

um poema atravessando a sala saltitando de amargura.

(14)

chá de camomila

não tenho asas o suficiente para manter o equilíbrio

dentro dessas insustentáveis esperas quero uma válvula de escape

pegar a estrada e ouvindo no rádio rootless tree

eu vou com meus olhos fechados sem medo de bater numa árvore e

enchendo meus pulmões de aventura quero declamar com toda minha erupção um céu noturno

um vaso de flores um muro que seja

eu vou com minhas folhas de outono cobrindo o quintal da alma

mas, também eu vou

com a esperança abotoada

de quem joga pedras para cima e colhe uma explosão de

fogos de artificio.

(15)

chá de cidreira

queríamos pôr o sol fervendo nas gotículas de uma

chuva sem vergonha um chá laranja

preparado pelos fiapos de uma tarde indecisa cheia de chove não chove borrada de paisagem

através do vidro de

um carro em movimento de câmera lenta

onde avistamos árvores encharcadas telhados alimentando goteiras

as ruas exalando o cheio úmido da poeira uma cidade inteira

mergulhada de sol e chuva.

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(17)

chá de gengibre

de um lado carrego

toda fortuna de ter conhecido o amor

além do abismo da felicidade onde misturo caravelas

com mapa-múndi

para esbarrar nos teus olhos agasalhados de dias iguais vulneráveis de saudade. por outro lado carrego um coração partido cartas devolvidas sem extravios sem infiltrações

e restos de confetes nos cabelos.

(18)

chá de alecrim

I

uma casa de janelas vermelhas só enxerga a paixão

II

o sol queimando uma árvore de laranja em pleno fim de tarde é um não querer partir

III

no rio de janeiro tem um poeta tem um poeta no rio de janeiro escrevendo o mar...

(19)

chá de tangerina

o pote de açúcar

é uma atlântida perdida no universo da cozinha a fila de formigas

avança subindo ligeiramente pra dentro do pote

pontilhismo preto no branco na xícara o chá de tangerina hoje teremos chá adoçado por grãos de cana

e formigas pretas.

(20)

chá de capim-limão

...é a rotina de uma chuva

que vem em migalhas de fios de água

onde o guarda-chuva é desnecessário

uma quinta-feira que nem cabe

dentro desse silêncio tão espaçoso

onde não consigo

fechar os olhos e perder a imagem de um avião

aterrissando na distância do azul queria os olhos de crianças aqui batendo firme nessa sensação de alma fora do corpo

onde as flores enterro

antes mesmo que murchem vou acreditando que isso é uma tristeza que o tempo põe no meio da gente.

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(22)

chá de jasmim

daqui pra frente

meu amor vai se ferrar sozinho comer sossegado

como manda a boa etiqueta de quem precisa parar com seus punhados de melodramas

vou servir meu amor

com essa escassez de boca vermelha

e deixar prosseguir com meus domingos onde não caibo

onde não sei respirar onde o ar é um cimento

endurecido de más intenções

vou pôr meu amor na mala do carro de castigo no escuro

em pleno trânsito de são paulo.

(23)

chá de erva-doce

a menina recorta as asas dos passarinhos das revistas velhas sobre aves

cola no palito de picolé e

brinca de fazer revoada na varanda vou concluindo

que a solidão é algo que a gente desinventa...

(24)

chá de alfazema

desenho um peixe

na folha de carta envelhecida sem vestígio de mar

sem rio para ser pescado gosto de esboços

que resumem a nítida forma de ser só onde tudo se confunde

onde tudo supõe fuga onde tudo é longe

outro dia talvez eu desenhe um mar ou um rio

este será meu juramento.

(25)

chá de canela

a trivialidade no preparo do chá um ritual sem atrasos

de água sachê açúcar chaleira

distração de folhas amarelas no diálogo janela emoldurada

de gato pulando pra fora a cumplicidade de xícaras caladas em seus silêncios

entardecendo de velhos hábitos o chá servido

a palavra derramando bebericamos o tempo.

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(27)

sou nortista, nasci em macapá (AP) em fevereiro de 1988, formado em letras. escrevo sobre as bobagens da vida, da natureza e do mundo. já escrevi alguns livros sobre palavras perfumadas, nenhum livro publicado de forma impressa, todos os livros publicados em PDF, afeto, lugares secretos e diálogos de peixes.

fui da amazônia ao sertão. já plantei árvore. me apaixonei e namoro os poemas de manoel de barros e adélia prado. acredito que a vida só é possível se a poesia se fizer presente em palavras, fala e abraços que se demoram.

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