Partículas fundamentais (elementares)
Partículas fundamentais (elementares)
•
fermiões de spin 1/2
•
3 famílias de leptões
LEPTÕES
MODELO STANDARD
ν
e neutrino do electrão
ν
µ
neutrino do muão
ν
e
neutrino do•
3 famílias de antileptões
−e
eν
electrão electrão
−µ
ν
µ muão muão
−τ
ν
e neutrino do tau tau
+e
eν
anti-neutrino do electrão positrão
+µ
ν
µ anti-neutrino do muão muão
+τ
ν
e anti-neutrino do tau tauNome Símbolo Massa (MeV) Carga (C) Le Lµµµµ Lττττ Electrão e- 0.511 -1 1 0 0 Muão µ- 105.7 -1 0 1 0 Tau τ- 1777.0 -1 0 0 1 Neutrino ν < 2.2 10-6 0 1 0 0
OS 6 LEPTÕES
Neutrino do electrão νe < 2.2 10 -6 0 1 0 0 Neutrino do muão νµ <0.19 0 0 1 0 Neutrino do tau ντ <18.2 0 0 0 1Le - número leptónico do electrão Lµµµµ - número leptónico do muão Lττττ - número leptónico do tau
Nºs quânticos introduzidos para sistematizar os declíneos que ocorrem e os que não ocorrem
Nome Símbolo Tempo de vida (s) Decaimentos importantes Electrão e - estável -Muão µ - 2.197ä10-6 Tau τ - 2.906ä10-13
OS 6 LEPTÕES
%) 100 ( µ ν ν + + − e e 64%) (~ hadrões %) 8 . 17 ( %) 4 . 17 ( + + + + + − − τ τ µ ν ν ν ν ν µ e e Neutrino do electrão νe estável -Neutrino do muão νµ estável -Neutrino do tau ντ estável -64%) (~ hadrões + τ ντ - - reacção com Q maior fi mais processos de declíneo fi tempo de
Nome Símbolo Massa (MeV) Carga (C) Le Lµµµµ Lττττ positrão e+ 0.511 1 -1 0 0 Muão µ+ 105.7 1 0 -1 0 Tau τ+ 1777.0 1 0 0 -1 Neutrino
OS 6 ANTI-LEPTÕES
Neutrino do electrão < 2.2 10 -6 0 -1 0 0 Neutrino do muão <0.19 0 0 -1 0 Neutrino do tau <18.2 0 0 0 -1 e ν µ ν τ νNome Símbolo Tempo de vida (s) Decaimentos importantes Positrão e + estável -Muão µ + 2.197ä10-6 Tau τ + 2.906ä10-13
OS 6 ANTI-LEPTÕES
%) 100 ( µ ν ν + + + e 64%) (~ hadrões %) 8 . 17 ( %) 4 . 17 ( + + + + + + + τ τ τ µ ν ν ν ν ν µ e e Neutrino do electrão estável -Neutrino do muão estável -Neutrino do tau estável -64%) (~ hadrões + τ ντ + - reacção com Q maior fi mais processos de declíneo fi tempo de
vida menor e ν µ ν τ ν
Leptões carregados – sofrem interacção electromagnética e fraca
Neutrinos – sofrem interacção fraca
(à parte a interacção gravítica)
Electrão
•partícula fundamental carregada mais leve
fi
•estável pela conservação da energia e da carga eléctrica •estável pela conservação da energia e da carga eléctrica Neutrino
• sem massa no Modelo Standard (MS)
• actualmente atribuída massa – extensão do MS dentro dos limites experimentais
Número Leptónico
• nº quântico aditivo, introduzido para explicar a ocorrência de
determinados declíneos e ausência de outros
Conservação do Número Leptónico no Modelo Standard • imposta simetria interna no Langrangiano
• todas as interacções (vértices) conservam o nº Leptónico de
cada família individualmente
fi
neutrinos não decaiemcada família individualmente
fi
neutrinos não decaiem• cada leptão carregado acopla, via interação fraca, com o
respectivo neutrino
Existência de oscilação de neutrinos (não é um decaimento) fi apenas se conserva
Carga eléctrica é conservada por todas as interacções
τ µ L
L
Exemplos de processos permitidos pelas leis de conservação • decaimento do muão – interacção fraca
µ ν ν µ − →e− + e + e ν − e − W − µ µ ν 4 4 4 4 3 4 4 4 4 2 1 4 4 4 3 4 4 4 2 1 final 0 , 1 , 0 1 1 1 inicial 0 , 1 , 0 1 = = = − = − = = = = = − = = τ µ τ µ µ L L L Q Q L L L Q Q e e e
•decaimento do tau – interação fraca
τ ν ν τ − →e− + e + e ν − e − W − τ τ ν 4 4 4 4 3 4 4 4 4 2 1 4 4 4 3 4 4 4 2 1 final 1 , 0 , 0 1 1 1 inicial 1 , 0 , 0 1 = = = − = − = = = = = − = = τ µ τ µ τ L L L Q Q L L L Q Q e e e
Exemplos de processos permitidos pelas leis de conservação • aniquiliação e produção de pares – interacção electromagnética
+ − + − + → + e µ µ e − e γ − µ + e + µ 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 2 1 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 2 1 final 0 , 0 1 1 , 0 0 1 1 inicial 0 , 0 , 0 1 1 0 1 1 = = − = = = + − = + = = = − = = + − = + = − + − + τ µ µ µ τ µ L L L Q Q L L L Q Q Q e e e e
Dispersão de neutrinos por neutrões – interacção fraca • um processo permitido •um processo proibido p n → + + µ − ν µ 4 4 4 3 4 4 4 2 1 4 4 4 3 4 4 4 2 1 final 0 , 1 , 0 0 1 1 inicial 0 , 1 , 0 0 0 0 = = = = + − = + = = = = = + = + = τ µ µ τ µ ν L L L Q Q Q L L L Q Q Q e p e n •um processo proibido p e n → + + − µ ν 4 4 4 3 4 4 4 2 1 4 4 4 3 4 4 4 2 1 final 0 , 0 , 1 0 1 1 inicial 0 , 1 , 0 0 0 0 = = = = + − = + = = = = = + = + = τ µ τ µ ν L L L Q Q Q L L L Q Q Q e p e e n
Neutrinos
• descobertos no declíbeo
β
dos núcleos• electrão e positrão são detectados com várias energias
e e ν ν e e e e N Z N Z e N Z N Z ν ν + + + − → + + − + → + − ) 1 , 1 ( ) , ( ) 1 , 1 ( ) , (
(
)
⇓ ± − = ∆ ≠ Mc2 M (Z, N) M(Z 1, N 1) c2 E em m ⇓ 2 2 ) ( M m c E c m e e e ≤ ≤ ∆ − νexistência de uma terceira partícula de difícil detecção: carga eléctrica nula
o neutrino νe
neutrino só sofre interacção fraca fi livre caminho médio ~106 km
Massa dos neutrinos
• experiência estabelece limites superiores à massa dos
neutrinos
- através do decaimento
β
do trítio- através da conservação da energia nos
max 2 2 3 3 2 max ( ) ; ( H) ( He) e e e e E Mc c m M M M c m M E − ∆ = − = ∆ − ∆ = ν ν c e ν ν ν e 2 2 2 3 2 6 MeV/c 2 . 18 10 0 . 1 MeV/c 19 . 0 10 8 . 1 eV/c 2 . 2 10 3 . 4 ≤ ⇒ × ≤ ≤ ⇒ × ≤ ≤ ⇒ × ≤ − − − τ ν τ τ ν µ ν µ µ ν ν ν m m m m m m m m m e e e
- através da conservação da energia nos decaimentos de µ eτ
τ
µ ν
Modelo Standard (anos 60’s-70’s)
• inicialmente os neutrinos foram considerados com massa nula MAS
Surgiu o problema dos missing neutrinos
no fluxo dos neutrinos atmosféricos, detectados pelo detector Super Kamiokande (Japão, 1998)
no fluxo dos neutrinos solares (Davis et al 1970-1994)
no fluxo dos neutrinos solares (Davis et al 1970-1994)
Atribui-se massa aos neutrinos – extensão do Modelo Standard
• possíveis decaimentos dos neutrinos?
novo modelo poderia descrever decaimento de forma análoga ao decaimento dos quarks de famílas diferentes
mas experimentalmente os decaimentos não são observados
• adoptou-se o mecanismo da oscilação de neutrinos para
Problema dos neutrinos atmosféricos
•detector Super Kamiokande tanque cilíndrico de aço puro 40m de diâmetro e 40m de altura
com 50 000 l de água muito pura
no interior de uma montanha japonesa a 2700m de profundidade para proteger o detector dos muões cósmicos
•protões cósmicos colidem com átomos na alta atmosfera
fi
•protões cósmicos colidem com átomos na alta atmosferafi
produzem piões
•piões decaiem produzindo neutrinos
•esperada a detecção de 2 por cada , em qualquer
direcção, porque o fluxo de neutrinos é isotrópico
µ µ µ µ ν ν µ ν ν µ ν µ π ν µ π + + → + + → + → + → + + − − + + − − e e e e ; ; e ν µ ν
Problema dos neutrinos atmosféricos
• detectados o mesmo nº de na direcção acima e na
direcção abaixo
• detectados 2 vezes menos na direcção abaixo do que na
direcção acima
• provindos da direcção abaixo
e
ν
µ
ν
ν
• provindos da direcção abaixo
atravessaram a Terra desde que foram criados até à detecção
têm tempo para oscilar
admite-se que o neutrino do muão tenha oscilado para neutrinos do tau
µ
Problema dos neutrinos solares
• reacções nucleares no interior do Sol produzem um enorme
fluxo de neutrinos do electrão
• reacções nucleares e astrofísica do Sol bem conhecidas
fi
fluxo de calculado com razoável confiança
• fluxo detectado na Terra é 2 vezes menor que o esperado
e
ν
e
ν
• fluxo detectado na Terra é 2 vezes menor que o esperado
• admite-se que o neutrino do electrão tenha oscilado para
neutrinos do muão e tau
• para detectar os neutrinos, Davis et al (1970-1994) usaram a
reacção que tem um limiar de 0.8 MeV
• no Sol, neutrinos com esta energia são produzidos pela
reacção − + → + e e Cl Ar 37 18 37 17 ν e e e + +ν → B + B 84 8 5
Oscilações de neutrinos
• neutrinos evoluem (não decaiem)
• neutrinos observados não são vectores próprios da massa,
mas mistura de vectores próprios correspondentes a valores próprios ligeiramente diferentes
Mecanismo da oscilação - exemplificação para 2 neutrinos
•consideramos 2 estados próprios da massa
x ν ν µ e
•consideramos 2 estados próprios da massa
- estado próprio da massa, m1, com momento
- estado próprio da massa, m2, com momento
•construimos 2 estados ortogonais que representam os neutrinos pr 1 ν pr pr 2 ν pr p p p p p p x r r r r r r 2 1 2 1 cos sin sin cos ν α ν α ν ν α ν α νµ + − = + = α – ângulo de mistura
•em t=0 temos o neutrino de partida, que foi criado,
•que evolui no tempo e, em t > 0, temos
p p p t 0) r cos 1 r sin 2 r ( ν α ν α ν ψ = = µ = + 2 2 4 2 2 2 1 1 / ) ( onde sin ) ( cos ) ( ) ( c p c m E t a p t a p t a t it iE
e
= + = + = − h r r ν α ν α ψ• como m1 e m2 são ligeiramente diferentes a1(t)∫ a2(t)
2 2 4 2 ; / ) (t E m c p c a i i i i t iE
e
= + = − h p t B p t A t p t A t x r r r ν ν ψ ν ψ µ µ ) ( ) ( ) ( mas ) ( ) ( + = ≠ O estado passou aser uma mistura dos neutrinos νµ eν x
• cálculo de A(t) e B(t)
[
]
[
]
[
]
[
]
⇒ + = + + − = + − + + = + = sin ) ( cos ) ( ) ( cos ) ( sin ) ( sin ) ( cos ) ( cos sin ) ( sin cos ) ( ) ( ) ( ) ( 2 2 1 1 2 1 2 1 2 1 p t a p t a t p t B t A p t B t A p p t B p p t A p t B p t A t x ν α ν α ψ ν α α ν α α ν α ν α ν α ν α ν ν ψ µ r r r r r r r r r r − = + = ⇔ + = − = )) ( ) ( ( cos sin ) ( sin ) ( cos ) ( ) ( cos ) ( sin ) ( sin ) ( sin ) ( cos ) ( cos ) ( 1 2 2 2 2 1 2 1 t a t a t B t a t a t A t B t A t a t B t A t a α α α α α α α α α α• Probabilidade de encontrarmos um neutrino em tν x
(
)
[
/ 2h]
sin ) 2 ( sin )) ( ) ( ( cos sin ) ( ) , ( 1 2 2 2 2 1 2 2 t E E t a t a t B t P x − = − = = → α α α ν νµ• Probabilidade de encontrarmos um neutrino em tν x 4 2 1 4 2 2 2 2 com 4 sin ) 2 ( sin ) , ( / c m c m cpc L t P c L t m E x i i − = ∆ ∆ ≈ → ⇒ ≈ >> h α ν νµ
oscilação é nula se
α
for nulooscilação é nula se m =m , caso em que os neutrinos
oscilação é nula se m1=m2 , caso em que os neutrinos teriam massas iguais (caso particular seria m1=m2=0)
•Oscilação de neutrinos pressupõe que
neutrinos tenham massa – não é suficiente
• Problema dos neutrinos atmosféricos
dados experimentais do Super Kamiokande para o fluxo de
resultados experimentais/resultados teóricos sem oscilação em função de L/pc
µ
ν
B.R. Martin
“Nuclear and Particle Physics”
L/pc (km/GeV)
Dados compatíveis com
9 . 0 ) 2 ( sin (eV) 10 0 . 3 10 9 . 1 2 2 3 3 > × ≤ ∆ ≤ × − − α
Estimativa de L
• inserindo os valores anteriores na expressão da probabilidade
de encontrarmos um neutrino em t eV 10 MeV 10 ~ 4 2 2 4 para máximo 4 sin 7 2 × × × = ∆ = ⇔ = ∆ ∆ π π π pc cpc L cpc L cpc L h h h x ν
os neutrinos devem andar distâncias na ordem dos km para se poderem detectar oscilações
10km m 10 2 . 1 fm 10 2 . 1 eV 10 eV 10 eVfm 10 197 4 2 ~ eV 10 eV 10 MeV 10 ~ 4 19 2 3 7 6 2 3 7 = × = × = × × × ⇒ ∆ = − π L ~ pc
- Universalidade da interacção leptónica
• conservação do nº leptónico por família em cada vértice
fi
cadaleptão carregado acopla exclusivamente com o seu neutrino
• 3 neutrinos têm propriedades muito semelhantes
− W − l l ν l W g constante de acoplamento
• 3 neutrinos têm propriedades muito semelhantes
• 3 leptões têm propriedades muito diferentes: massas,
momentos magnéticos, tempos de vida MAS, notavelmente
• interacção é a mesma para os 3 pares:
τ
µ W
W
We g g
Universalidade da interacção leptónica
• decaimento do muão – interacção fraca
• decaimento do tau – interação fraca
• evidência experimental µ ν ν µ− →e− + e + e ν − e − W − µ µ ν τ ν ν τ − →e− + e + − e − W − τ τ ν • evidência experimental e ν 1 10 35 . 1 ) ( ) ( ; 10 37 . 1 ) ( ) ( 6 exp 6 5 5 2 = ⇒ × = + + → Γ + + → Γ × = ≈ + + → Γ + + → Γ − − − − − − − − We W We W e e We W We W e e g g g g e e Q Q Q Q g g g g e e µ τ µ τ µ τ µ τ µ τ µ τ ν ν µ ν ν τ ν ν µ ν ν τ
Número de gerações de leptões
• decaimento do bosão Z 0 – interacção fraca
conservação do nº leptónico por família
fi
pares neutrino-antineutrino do mesmo tipotaxa de decaimento de Z 0 em neutrinos
l l
Z0 →
ν
+ν
taxa de decaimento de Z em neutrinos
universalidade da interacção leptónica e
τ ν µ ν ν + Γ + Γ Γ = Γ e neutrinos } ⇒ << 2 0 GeV/c 91 Z l M mν ν ν ν τ ν µ ν ν ≈ Γ ≈ Γ = Γ ⇒ Γ = Γ Γ N e neutrinos nº de gerações de neutrinos
Número de gerações de leptões
• decaimento do bosão Z0 – interacção fraca
ν νΓ + Γ + Γ = Γ N carregados leptões hadrões
conhecidas experimentalmente calculada teoricamente
⇓
consistente com a existência de 3 gerações
Porquê 3 gerações?
As duas gerações extra não dão mais informação que a 1ª
08 . 0 00 . 3 ± = ⇓ ν N