Escola Secundária João de Deus - Faro
Recuperação da Praia dos
Estudantes
Alunos: Alexandra Silva, Ana Luísa
Fernandes, João Mendonça e Daniel Chora, 11º B,
Professora: Anabela Vaz
Trabalho apresentado na Universidade de Lisboa, 26 de abril de 2016,
Projeto Nós propomos! Cidadania e Inovação na Educação Geográfica 2015/16
Dinâmica da Ria Formosa
Decreto-Lei nº 384-B/99, de 23 de setembro
Cria a Zona de Proteção Especial para Aves
Selvagens “Ria Formosa” (esta ZPE integra
diretamente a Rede Natura 2000). Lista de Sítios da Convenção de Ramsar (zonas húmidas de importância internacional): “Ria Formosa” (24 de novembro de 1980). Projeto Life+ MarPro - Conservation of Marine
Protected Species in Mainland Portugal (2011-2015).
A Ria Formosa
• A Ria Formosa é uma área lagunar situada na região central do Algarve. É uma das áreas mais sensíveis do litoral português onde a pressão antrópica das últimas décadas descaracterizou por completo esta estreita faixa de areias sendo urgente repor
as suas características naturais, aplicando um padrão de ocupação racional nesta faixa do litoral. Pelo Decreto nº 45/78,
A Praia dos Estudantes
• A praia dos estudantes foi, no início do séc. XX uma
praia muito conhecida pelos alunos do liceu, que na
primavera/verão a frequentavam. A praia localizava-se
perto do Chalé das Canas e do Bom João e ficava a 1 km
do liceu, no território litoral interior da Ria Formosa.
Entrevista
• A praia dos estudantes tinha muitas pessoas a frequentá-la?
-Sim, havia algumas pessoas a frequentá-la, principalmente estudantes do liceu, levavam também umas lancheiras para passar lá a tarde para conviver.
• O facto de se chamar praia dos estudantes é porque iam estudantes, certo? -Sim, atribuíram esse nome
por isso mesmo.
• Como é que era a praia dos
estudantes?
-A praia dos estudantes tinha uma “língua” de areia com aproxima- damente 200 metros que
desapareceu. E havia um Moinho de Maré que com o passar do
tempo deixou de funcionar.
Entrevistado:
Entrevista ao Comandante da Capitania
Qual foi o impacto ambiental do novo porto de Faro a norte
do mesmo?
- “Nós não temos resposta para esta pergunta, pois o nosso
dever e combater a poluição e manter a segurança marítima.”
Quantos navios atracam, em media por mês/ano, no porto
novo e a média de tonelagem bruta?
-
“Em média por mês/ano atracam 7 navios com cerca de 380
toneladas (cimento, e pontualmente gado.)”
Que outras informações nos poderá dar sobre o impacto das
dragagens nos canais da ria, nos territórios que circundam a
ria junto a Faro?
- “Não possuo informação sobre essa questão. Mas poderão
dirigir-se à Agência Portuguesa do Ambiente.”
Trabalho com apoio da investigadora do CIMA-UALG
• Depois destas entrevistas, e uma vez que não conseguimos a entrevista com a ARH, a professora Susana Costas do CIMA - UALG , que trabalhou connosco colocou a seguinte hipótese:
- A areia branca e o moinho de maré deixaram de funcionar em consequência da redução do fluxo de maré provocado
pela construção do porto novo de Faro. Este, ao ter fechado o canal direto à praia dos estudantes, reduziu a circulação de água em quantidade e velocidade, o que provocou a deposição dos sedimentos lodosos que hoje cobrem este local.
RESOLVEU-SE O ENIGMA?
Sim, parece-nos compreensível e as entrevistas confirmaram a hipótese.
O desaparecimento da praia de Faro deveu-se a uma obra humana – infraestrutura portuária, de grande valor económico para a época.
Posteriormente, o facto de terem colocado uma saída das águas pluviais da cidade no mesmo local, aumentou a sedimentação, com lamas, no local e reduziu a qualidade das águas;
Seguiu-se o abandono do local, com um despejo de desperdício de construção e de pneus, uma forma dos moradores clandestinos assegurarem a manutenção do litoral.
A observação de uma carta antiga que a prof. Susana Costas nos cedeu, também revela a evolução dos canais
Proposta de requalificação
• Pensámos neste tema com o objetivo de Faro voltar a ter
uma praia e, neste caso, através da requalificação da
praia dos estudantes.
• Criação de uma praia de fácil acesso, para as pessoas
com pouca mobilidade ou pouco tempo, evitando o
gasto de dinheiro em gasolina e no tempo para
deslocação à praia mais próxima na ilha de Faro (10km
aproximadamente).
• Propomos o alargamento da praia, pois hoje em dia há
mais
população
em
Faro
(60
mil
habitantes
aproximadamente). Pretendíamos também que a praia
tivesse infraestruturas de apoio de praia.
Aspetos Positivos
• O tempo que se demora da cidade à praia de Faro é muito grande, quer de carro, quer de autocarro ou barco da carreira, agravando-se com o trânsito de Verão. Pretendíamos então evitar esse tempo com a reconstrução da praia para poder estar “mais à mão” das pessoas. • Evitar a falta de lugar constante como na praia de Faro ou seja
construção de parques de estacionamento de maneira a que a
pessoa pague pelo lugar, com um tempo definido e, assim, além de poder haver mais lugares de estacionamento, ainda as pessoas
ajudavam para a melhoria da praia ou seja esse dinheiro era aproveitado para ajudar no pagamento da praia.
• Criação de Cafés, Balneários, casas de banho, caixotes de lixo para manter a praia limpa e existência de Nadadores Salvadores (praia vigiada para a proteção dos banhistas).
Quem sabe se mais tarde a praia não poderá ter a bandeira azul.