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PLANO DE TRABALHO GT CRÍTICA TEXTUAL PARA O BIÊNIO 2008/2010

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PLANO DE TRABALHO GT CRÍTICA TEXTUAL

PARA O BIÊNIO 2008/2010

Coordenadora: Ceila Maria Ferreira Batista Rodrigues Martins - UFF

Subcoordenador: César Nardelli Cambraia - UFMG

1. Introdução

Prezados senhores, vimos em nome de pesquisadores brasileiros da área de Crítica Textual, encaminhar a documentação exigida pela Resolução nº 01.96, de 30 de junho de 1996, para o funcionamento do Grupo de Trabalho de Crítica Textual (GTCriT), cuja criação foi autorizada pela Assembléia da ANPOLL de 04 de julho de 2008, na UFG. A criação do GTCriT tem como objetivo fomentar e consolidar o desenvolvimento dessa área de pesquisa, já difundida em diversas instituições brasileiras, tais como UEFS, UFBA, UFF, UFMG, UNEB e USP.

2. Nome e origem institucional dos integrantes (em ordem alfabética):

a) Ceila Maria Ferreira Batista Rodrigues Martins (Coordenadora do GT), Letras/UFF b) César Nardelli Cambraia (Vice-coordenador do GT), Estudos Lingüísticos/UFMG c) Gabriel Antunes de Araújo, Filologia e Língua Portuguesa/USP

d) Gilberto Nazareno Telles Sobral, Estudos de Linguagens/UNEB e) Heitor Megale, Filologia e Língua Portuguesa/USP

f) Manoel Mourivaldo Santiago Almeida, Filologia e Língua Portuguesa/USP g) Maria da Conceição Reis Teixeira, Estudos de Linguagens/UNEB

h) Nilda Santos Cabral, Letras/UFF

i) Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz, Literatura e Diversidade Cultural/UEFS

j) Rosa Borges dos Santos, Letras e Lingüística/UFBA e Estudos de Linguagens/UNEB l) Sônia Monnerat Barbosa, Letras/UFF

3. Características básicas do plano:

3.1. Linha(s) temática(s):

a) Crítica textual e estudos lingüísticos; b) Crítica textual e estudos literários; c) Crítica textual e história;

d) Crítica textual e tecnologia; e) Crítica textual e ensino.

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3.2. Importância científica:

A crítica textual, entendida como campo do conhecimento em que se investiga o processo de transmissão dos textos com o objetivo de restituir sua forma genuína, tem mais de dois milênios de existência e tem sido estudada de forma mais sistemática desde pelo menos os gregos alexandrinos (séc. III a.C.). Seu desenvolvimento passou por diversos estágios, tendo sido produzida uma farta bibliografia composta tanto de textos teóricos como de aplicações práticas sobre obras dos mais diversos tipos (textos literários e não-literários; textos da Antigüidade clássica, da idade média e do mundo moderno; textos pagãos e religiosos). A importância da crítica textual é amplamente reconhecida, sendo suas principais contribuições a recuperação e a preservação do patrimônio cultural escrito da sociedade. Modernamente a crítica textual tem contribuído especialmente para os estudos lingüísticos e literários. No campo dos estudos lingüísticos, tem-se trabalhado sobretudo com a edição e o estudo de textos não-literários com o objetivo de fazer avançar o conhecimento da história da língua portuguesa (em especial, no Brasil) — através da criação de corpora fidedignamente preparados — e, do ponto de vista teórico, da lingüística histórica. No campo dos estudos literários, têm recebido atualmente especial atenção trabalhos que investigam a gênese do texto literário, bem como aqueles que acompanham o percurso histórico-editorial da obra literária com o objetivo de compreender como as condições sócio-históricas interferem no processo de modificação dos textos ao longo das diferentes edições de que é objeto.

No Brasil, a crítica textual se enrobusteceu nas últimas décadas, ampliando o número de pesquisadores com produção contínua na área e o número de diferentes instituições que sediam esses grupos de pesquisa. Um dos aspectos mais notáveis desse desenvolvimento tem sido a forte institucionalização da crítica textual, manifesta através de diferentes processos, tais como: implementação da crítica textual como disciplina obrigatória no curso de Letras de diferentes instituições; abertura de linha de pesquisa nos programas de pós-graduação em Letras; constituição de grupos de pesquisa1 registrados no Diretório do CNPq; orientação e defesa de trabalho de grau nos mais diversos níveis (iniciação científica, monografia de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado); publicação de manuais teóricos em línguaportuguesa (produzidos por pesquisadores tanto estrangeiros como brasileiros); publicação de edições de textos literários e não-literários (por editoras universitárias e comerciais) rigorosamente preparados; organização de eventos locais, regionais, nacionais e internacionais da especialidade — toda essa produção pode ser verificada através do curriculum vitae dos proponentes do GT de Crítica Textual em anexo.

Vê-se, portanto, que a crítica textual no Brasil se encontra em um momento histórico, sem precedentes, de expansão, amadurecimento e consolidação, razão pela qual a criação do GT de Crítica Textual se faz necessária para assegurar que os diversos pesquisadores tenham um fórum próprio para refletir conjuntamente sobre o desenvolvimento da área. A fim de assegurar a intensificação do intercâmbio, a coordenação do GT de Crítica Textual terá mandato de dois anos, passando no mandato

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seguinte ao subcoordenador, e assim sucessivamente, de forma que todas as instituições participantes exerçam consecutivamente a coordenação.

Embora o Grupo de Trabalho de Crítica Textual que ora se propõe tenha um escopo próprio e particular, naturalmente se beneficiará de diálogo com outros GTs, em especial, com os GTs de: Descrição do Português, Sociolingüística, Teoria da Gramática, Crítica Genética, Tradução e Estudos Medievais. 1 Grupos de Pesquisa de Crítica Textual registrados no CNPq liderados por participantes do GT de Crítica Textual que ora se propõe (em ordem alfabética): Edição de documentos da Faculdade de Direito USP - Século XIX (Gabriel Antunes de Araújo); Edição e Estudo de Textos (Maria da Conceição Reis Teixeira & Rosa Borges dos Santos); Filologia Bandeirante II (Heitor Megale & Sílvio de Almeida Toledo Neto); Grupo de Edição de Textos e Núcleo de Estudos do Manuscrito (Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz); Laboratório de Ecdótica - LABEC (Ceila Maria Ferreira Batista Rodrigues Martins); Núcleo de Estudos de Crítica Textual (César Nardelli Cambraia).

3.3. Tipo de atividades a serem desenvolvidas:

1. Criação e manutenção de uma página eletrônica do GT de Crítica Textual sediada no sítio de uma das instituições participantes.

2. Criação e manutenção de um cadastro de pesquisadores em crítica textual, atualizado periodicamente e disponível on-line na referida página eletrônica, como forma de facilitar a comunicação e o intercâmbio entre os mesmos.

3. Criação e manutenção de uma revista semestral on-line para divulgação de trabalhos na área, com corpo editorial de pesquisadores na área e sediada no sítio de uma das instituições participantes.

4. Desenvolvimento de uma base de dados com registro da produção acadêmica brasileira sobre crítica textual.

5. A promoção de discussões visando a projetos integrados e interinstitucionais.

6. Organização de encontros internacionais bienais da especialidade, para divulgação dos resultados de pesquisa e intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

3.4. Bibliografia (básica):

AZEVEDO FILHO, L. A. de. Iniciação em crítica textual. Rio de Janeiro: Presença, São Paulo: EDUSP, 1987.

_____. Base teórica da crítica textual. Rio de Janeiro: H.P. Comunicação, 2004. CAMBRAIA, C. N. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

_____ & MIRANDA, J. A. (Org.). Crítica textual: reflexões e práticas. Belo Horizonte: Núcleo de Estudos de Crítica Textual/Faculdade de Letras/UFMG, 2004.

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CARVALHO E SILVA, M. de. Crítica textual: conceito - objeto - finalidade. Confluência, Rio de Janeiro, n. 7, p. 57-63, 1o sem. 1994.

HOUAISS, A. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: INL, 1967.

_____. A edição crítica de textos no Brasil. Revista Brasileira de Língua e Literatura, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 6, p. 12-15, 1980.

LAUFER, R. Introduction à la textologie. Paris: Larousse, 1972. [Trad. port.: Introdução à textologia. São Paulo: Perspectiva, 1980. (Estudos, 54)].

MARTINS, C. M. F. B. R. O Laboratório de Ecdótica da UFF, o LABEC: Uma Apresentação. Scripta Philologica, v. 3, p. 143-148, 2007

_____. Para uma definição de crítica textual: o caso da edição crítico-genética de O Egipto e outros relatos de Eça de Queirós. (Comunicação apresentada no II Congresso Virtual do Departamento de Literaturas Românicas: Edição de Textos, na Universidade de Lisboa, em Lisboa, no período de 16 a 20 de abril de 2007).

MEGALE, H. A Demanda do Santo Graal: das origens ao códice português. Cotia: Ateliê/Fapesp, 2001. _____; TOLEDO NETO, S. de A. & SANTIAGO-ALMEIDA, M. M. Âncora medicinal para conservar a vida com saúde. Cotia: Ateliê, 2004.

_____. & TOLEDO NETO, S. de A. (Org.). Por minha letra e sinal: documentos do ouro do século XVII. Cotia: Ateliê, 2006.

PINTO, E. P. Edição crítica no Brasil. Comunicação e Artes, São Paulo, n. 11, p. 175-187, 1982.

QUEIROZ, R. de C. R.; SANTANA, L. L. & MARTINS, D. D. Manuscritos baianos dos séculos XVIII ao XX: Livro de notas de escrituras. Feira de Santana: UEFS, 2007.

SEGALA, A. & TAVANI, G. (Orgs). Littérature latino-américaine et des Caraïbes du Xxème siècle: théorie et pratique de l'édition critique. Roma: Bulzoni, 1988.

SPAGGIARI, B. & PERUGI, M. Fundamentos da crítica textual. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

SPINA, S. Introdução à edótica: crítica textual. São Paulo: Cultrix/Edusp, 1977. [2. ed. rev. E atual. São Paulo: Ars Poetica/Edusp, 1994].

TEIXEIRA, M. da C. R.; QUEIROZ, R. de C. R. de & SANTOS, R. B. dos. Diferentes perspectivas dos estudos filológicos. Salvador: Quarteto, 2006.

4. Cronograma de atividades (período de dois anos):

Período Atividade:

Julho a Agosto 2008

Detalhamento do Plano de Trabalho inicial. Discussão sobre a logística a ser utilizada para as atividades propostas. Início da elaboração de uma página eletrônica do GT de Crítica Textual.

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Setembro 2008

Realização de um encontro internacional da especialidade: III Encontro Internacional de Filologia (UFF, 15 a 19 de setembro).

Primeira reunião de todos os participantes do GT.

Outubro 2008 a Junho 2009

Cadastramento dos membros do GT com vistas à manutenção dos membros atuais e à ampliação do quadro de associados.

Lançamento da página eletrônica do GT de Crítica Textual. Criação de revista semestral on-line e abertura para submissão de artigos para o primeiro número.

Julho 2009

Reunião durante o XXIV ENANPOLL (Encontro Nacional de Pós-Graduação em Letras e Lingüística) para discussão sobre estratégias de desenvolvimento de crítica textual no Brasil.

Agosto a setembro 2009 Organização e realização de encontro internacional da especialidade em alguma das instituições participantes do GT.

Outubro 2009 a Maio 2010

Criação de uma base de dados com registro da produção acadêmica brasileira sobre crítica textual. II Simpósio do Laboratório de Ecdótica (LABEC-UFF).

Junho 2010

Inclusão da base de dados com registro da produção acadêmica brasileira sobre crítica textual na página eletrônica do GT de Crítica Textual. Elaboração de relatório final da gestão.

Niterói/Belo Horizonte, 04 de setembro de 2008.

Profa. Dra. Ceila Maria Ferreira Batista Rodrigues Martins Universidade Federal Fluminense

Coordenadora do GTCriT

Prof. Dr. César Nardelli Cambraia Universidade Federal de Minas Gerais Vice-coordenador do GTCriT

Referências

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