ATA DA COMISSÃO PERMANENTE DE
ACOMPANHAMENTO DE AÇÕES JUDICIAIS RELEVANTES AOS RPPS - COPAJURE
Aos vinte e um dias do mês de agosto do ano de dois mil e quinze, na sala 714 1
do edifício sede do Ministério da Previdência Social, Brasília-DF, teve início a 2
reunião da Comissão Permanente de Acompanhamento de Ações Judiciais 3
Relevantes aos RPPS - COPAJURE. Fizeram-se presentes: José Roberto de 4
Moraes (SP); Jefferson Zanetti (PR); Raquel Galvão Rodrigues da Silva (DF); 5
Roberta Cabral Medeiros (ABIPEM); Majoly Aline dos Anjos Hardy (Município 6
de Curitiba); Nei Fernando Marques Brum (RS); Leonardo da Silva Motta 7
(MPS); Fernando Zanelli (SP); Euclides Augusto de Queiroz Esteves (Município 8
de São Paulo) e Anália dos Santos Silva (DF). A reunião foi aberta pelo 9
coordenador do grupo, Sr. José Roberto de Moraes (SP), que iniciou a 10
discussão sobre as ações em andamento no Supremo Tribunal Federal cujos 11
temas têm relevância para os RPPS. Lembrou que em oportunidade anterior o 12
grupo acordou como primeiro tema a ser debatida a questão da unicidade do 13
Regime Próprio, bem como em demonstrar aos Ministros o que os Regimes 14
Próprios vêm provocando, em termos de conquistas e demonstrar também a 15
vantagem da existência de um órgão gestor único, para o servidor, pela certeza 16
de receber o que lhe é devido e para o Estado pela certeza de que paga o que 17
é devido, o que perfaz uma vantagem para ambos os lados. A Sra. Roberta 18
Cabral Medeiros (ABIPEM) sugeriu que o grupo montasse um formulário de 19
pesquisa e encaminhasse aos Estados. O Sr. José Roberto de Moraes (SP) 20
continuou informando que o ponto de nº 08, sobre o MS 31.299, foi tratado com 21
o Ministro Roberto Barroso para entrega de memorial e sensibilização. 22
Evidentemente, quando o MS for incluso em pauta de julgamento, a câmara 23
técnica e a União deve entregar o memorial aos demais ministros. O Sr. 24
Leonardo da Silva Motta (MPS) lembrou sobre a questão dos médicos, em que 25
existe um grupo trabalhando, mas que o presente grupo não demandou 26
nenhuma questão sobre esse assunto, o que foi levantado por e-mail pela Sra 27
Raquel Galvão Rodrigues da Silva (DF). Dando continuidade, o Sr. José 28
Roberto de Moraes (SP) levantou o debate sobre o item nº 26, referente ao RE 29
675.228, que versa sobre serventias judiciais. Sobre esse assunto, o Sr. Nei 30
Fernando Marques Brum (RS) informou que ainda existem problemas 31
relacionados à sua região. O TJ-RS resolveu que aquele que tem o direito 32
poderia optar entre permanecer no Regime Próprio ou não, sendo que a opção 33
pela permanência sujeita aos demais a também permanecerem no Regime 34
Próprio, ou seja, a compulsoriedade da aposentadoria aos 70 anos de idade. 35
No entanto, há muitas ações pleiteando as duas demandas. O Sr. Jefferson 36
Zanetti (PR) informou que no Paraná a regra existente consiste em: aquele que 37
até a Emenda nº 20 tiver preenchido os requisitos e que tenha ingressado 38
antes do ano de 1994 poderia aposentar. O Sr. José Roberto de Moraes (SP) 39
incluiu que em São Paulo existe uma carteira própria de previdência das 40
serventias administrada pelo Estado, para pagamento de aposentadoria, 41
pensão e licença médica até o ano de 1998. Essa carteira possui um saldo 42
negativo para os próximos três anos. Ressaltou a ação de nº 13, que é de 43
interesse de todos referentes ao RE 662.423, que versa sobre a exigência de 44
efetivo exercício de cinco anos no cargo em que ocorrerá a aposentadoria. 45
Sugeriu a priorização da ação por ser coletiva e a marcação de conversa com o 46
Ministro Dias Toffoli, relator da ação supracitada. Exemplificou com um estudo 47
de caso. O grupo debateu o assunto. O Sr. José Roberto de Moraes (SP) 48
solicitou ao Sr. Nei Fernando Marques Brum (RS) que entrasse em contato 49
com o Estado de Santa Catariana e observasse a conveniência quanto a 50
marcar uma visita conjunta com o Ministro Dias Toffoli, e sugeriu verificar quem 51
ficará responsável por apresentar alguma proposta sobre esse item. Relatou a 52
dificuldade em se realizar diversas ações e indicou que no momento não 53
antevê necessidade de adentrar em mais ações. Levantou discussão sobre o 54
item nº 29, ADI 4912, que versa sobre a inconstitucionalidade da unificação do 55
regime previdenciário dos militares de Minas Gerais, e sobre o item de nº 30, 56
RE 596.701, que trata sobre Contribuição Previdenciária dos Militares. Em 57
termos de Contribuição, a regra dos militares é diferenciada. Nesse segundo 58
ponto, sugeriu que o grupo começasse a tangenciar o assunto junto ao Ministro 59
Edson Fachin. A Sra. Majoly Aline dos Anjos Hardy (Município de Curitiba) 60
ficou encarregada de conversar com o Ministro sobre esse ponto. Sobre a ação 61
do Distrito Federal que versa sobre médicos, a Sra. Roberta Cabral Medeiros 62
(ABIPEM) solicitou que a Sra. Raquel Galvão Rodrigues da Silva (DF) relatasse 63
o andamento ao grupo. Em resposta, a Sra. Raquel Galvão Rodrigues da Silva 64
(DF) indicou que a execução encontra-se em andamento; que a Procuradoria 65
do Distrito Federal organizou um Grupo de Trabalho junto com a Secretaria de 66
Saúde para a realização das concessões. Há uma decisão monocrática do 67
Ministro Celso de Mello, a interposição de Agravo Regimental por parte da 68
Procuradoria do Distrito Federal, mas ainda não há a análise do Agravo, e a 69
execução encontra-se em andamento devido à inexistência de efeito 70
suspensivo. Dando continuidade, a Sra. Majoly Aline dos Anjos Hardy 71
(Município de Curitiba) realizou um agradecimento sobre o e-mail encaminhado 72
pelo Sr. Narlon Gutierre (MPS) contendo um acórdão do Tribunal de Contas da 73
União e solicitou que a prática de encaminhamento de notícias fosse mantida a 74
fim de facilitar o acompanhamento das jurisprudências do referido Tribunal de 75
Contas. O grupo conversou sobre discussões havidas na 54ª Reunião 76
Ordinária do Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de 77
Previdência Social - CONAPREV, realizada na manhã da presente data, no 78
que se refere à alíquota patronal para a previdência complementar. O Sr. José 79
Roberto de Moraes (SP) sugeriu que na próxima reunião do CONAPREV o 80
grupo começasse a discussão de que, hoje, como o fundo é novo há apenas a 81
cobrança de taxa de carregamento de 5%, mas apresentar o cálculo que indica 82
que a redução da taxa para 4% e cobrança de 1% sob o patrimônio de 83
composição do orçamento anual, para o participante quase não haverá 84
mudança, no entanto a receita será maior. O que é algo que demanda tempo 85
para convencimento dos participantes representantes do Conselho. O Sr. 86
Jefferson Zanetti (PR) lembrou que o custo para a Lei é paritário, mas que para 87
incentivar o patrocinador deve-se antecipar. O Sr. José Roberto de Moraes 88
(SP) continuou explicando que a princípio a Legislação preceituou um 89
orçamento de cerca de 20 milhões para a Fundação de Previdência 90
Complementar do Servidor Público Federal – FUNPRESP, além de um 91
orçamento suplementar até que pudesse ser autossuficiente. Foram efetivados 92
os 20 milhões no primeiro ano, 13 ou 14 milhões no segundo ano, nesse ano 93
foram 8 milhões e no ano que vem, se houver o convencimento do Conselho 94
sobre os 1% para a administração e 4% de taxa carregamento, não haverá 95
mais a dependência do Estado. O que é de suma importância, pois dará 96
autonomia ao Conselho. A Sra. Majoly Aline dos Anjos Hardy (Município de 97
Curitiba) indagou sobre a dificuldade orçamentária, tendo em vista os cortes 98
havidos no país. A Sra. Raquel Galvão Rodrigues da Silva (DF) indicou que 99
esse processo será importante para o Estado em longo prazo, de forma que 100
essa compreensão valerá o investimento. A presente Comissão discutiu o 101
assunto. Não havendo mais assuntos a acrescentar, o Sr. José Roberto de 102
Moraes (SP) agradeceu aos presentes e deu por encerrada a reunião. Brasília-103
DF, 21 de agosto de 2015 104