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Sessão Medalhas: 10, 20, 25, 30 e 35 anos de Serviço de 30 de maio de Intervenção do Senhor Reitor, Prof. Doutor Manuel Assunção

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1 Sessão Medalhas: 10, 20, 25, 30 e 35 anos de Serviço de 30 de maio de 2014

Intervenção do Senhor Reitor, Prof. Doutor Manuel Assunção

Eis-nos, de novo, chegados a esta sessão que, tenho-o repetido, encerra um significado muito especial. É, de entre todos os atos públicos que pontuam o nosso ciclo académico, aquele mais intimista, aquele que, sendo muito simples, de um modo mais afetivo traduz o nosso sentido de comunidade e o orgulho de sermos Universidade de Aveiro. Por isso as presenças do Sr. Presidente da AAUAv e de outros estudantes, e, também, do Sr. Presidente da AAAUA são tão importantes. Amanhã, eu sei, é que é mais o dia dos estudantes e dos que, tendo deixado de o ser por obra da conclusão dos seus cursos, estão já nos primeiros dias do resto das suas vidas enquanto embaixadores da UA. Mas sem vocês e quem representam o conceito de comunidade alargada que tanto defendo, ponto central deste ato, não poderia ser plenamente invocado.

Importante e gratificante é, todavia e acima de tudo, a assistência de todos os que hoje aqui, irmanados no gosto pela nossa casa, dignificam este momento. Não me posso, aliás, queixar dessa continuada presença ao longo dos meus, vão para cinco, anos de mandato. A cada uma, a cada um, o meu profundo, o meu sentido obrigado.

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A esta cerimónia já não poderiam ter assistido, mesmo que o quisessem fazer, alguns cuja partida nos últimos 12 meses nos deixa tristes e mais pobres: o Mestre Hélder Castanheira, parceiro habitual na mesa e na entrega das medalhas; a Aurora Pena Correia, que dava apoio ao Conselho Cientifico antes da grave doença que a derrubou; a Doutora Aiying Wu, que foi investigadora do CICECO; e o nosso aluno do Programa Doutoral em Matemática, Ilídio Mendes Moreira. Integro neste memorial o Professor José Veiga Simão que já não pôde ver, in situ, como desejava, a árvore que a Isabel Januário plantou em seu nome.

Manter a UA no patamar de qualidade que é reconhecido, no país e para além dele, é um trabalho coletivo de grande fulgor que requer uma atenção nunca descurada e pressupõe uma dinâmica constantemente relançada. Mais do que a preocupação com objetivos alheios ou as desculpas com circunstâncias que não podemos controlar é um trabalho que pressupõe e traduz, ao mesmo tempo, uma cultura de exigência para connosco, um olhar para a nossa melhoria contínua e para a nossa própria superação;. O que temos conseguido nestes últimos anos, com contas equilibradas, em que não deixámos de cumprir uma só atividade considerada essencial, nos quais aumentámos o número de projetos europeus e o nosso grau de internacionalização, onde aprofundámos a nossa relação com a indústria e a região, deve-se a esse labor de docentes, investigadores, trabalhadores

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não-docentes, à frente de todos; mas também ao valioso e múltiplo contributo de estudantes, antigos alunos, amigos e colaboradores da UA. Foram anos custosos, em que, contudo, foi possível fazer os investimentos que acautelam o futuro e garantem uma melhor situação para o nosso projeto.

O facto de termos sabido tirar partido dos programas QREN, melhor que ninguém, é um testemunho desse empenho e bem-fazer coletivo de que falava. Por tal, o meu reconhecimento ao esforço de tantos e tantas, a minha gratidão que tem que ir e vai para variadíssimas direções e muitíssimas pessoas. Com a certeza que os futuros fundos estruturais do Acordo de Parceria, Portugal 2020, vão trazer oportunidades que, com igual pró-atividade inteligente e trabalho sólido, dos mesmos e de outros, temos de capitalizar a favor da Universidade de Aveiro e do seu sucesso projetado no tempo.

Sabemos bem que uma instituição mais capacitada é aquela que dispõe das pessoas com mais competência, estruturadas da melhor maneira possível e com reconhecimento institucional pelo seu trabalho. No momento de contínua contenção e incerteza orçamental que vimos atravessando, a gestão criteriosa de recursos humanos é decisiva. Primeiro aspeto: temos que racionalizar a ocupação de cada um, isto é

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induzir que cada um utilize a sua disponibilidade própria da maneira mais inteligente face aos seus atributos pessoais. Segundo aspeto, essencial: promover a qualidade! Não estamos, obviamente, mal nesse aspeto. Ainda assim, devemos aplicar-nos na escolha dos melhores que queiram assumir, plenamente, o projeto UA e "vistam a camisola". Porque é preciso que cada um de nós que tem uma nomeação definitiva ou equivalente, professor, não-docente ou investigador, a mereça no sentido que contribui para continuarmos a aumentar o valor do que fazemos e a melhorar a sustentabilidade da nossa posição.

No outro lado da moeda, já o disse, deverá estar sempre o reconhecimento. Daí a singularidade do ato que nos reuniu neste auditório. A lista dos abrangidos nesta sessão, onde englobamos quem tendo-se aposentado havia completado, antes, os anos necessários, totaliza, este ano, um número redondo: uma centena. 10 trabalhadores recebem a medalha comemorativa dos 10 anos decorridos sobre a sua entrada; são 21 os que merecem menção por duas décadas na Universidade de Aveiro; 25 os membros da comunidade que, docentes ou não-docentes, já ultrapassaram os cinco lustros connosco; 19 os galardoados que atingiram a referência dos 30 anos; e, por fim, 25 aqueles que hoje singularizamos por mais de 35 anos de casa. São marcas, indeléveis, de longevidade na dedicação a uma causa, de empenho num projeto que se foi consolidando

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em consequência, de lealdade a um lugar e a uma ideia que, em conjunto, temos sabido tecer bem ao longo de quatro décadas de existência. São marcas que merecem, naturalmente, ser celebradas e por isso aqui estamos, num momento que, na prática, encerra as próprias comemorações da efeméride dos nossos primeiros 40 anos. O que dá, assim, especial brilho a esta cerimónia já de si tão única por juntar todos, qualquer que seja o estatuto profissional ou a área de atividade, num obrigado institucional pelo muito que deram à Universidade de Aveiro.

Mas os números apontados revelam também, de algum modo, uma realidade para que tenho chamado a atenção, nomeadamente neste cenário, e que constitui o maior constrangimento no atual sistema de ensino superior português: o do seu muito diminuto rejuvenescimento, o da reduzida taxa de entrada de novas pessoas e o que ela acarreta em termos de insuficiente influxo de sangue novo, de novas ideias e de novas dinâmicas. É uma situação que deve merecer a nossa grande atenção. Tal como devemos estar conscientes da maior pressão que tem sido colocada nos ombros de todos, amiudadas vezes sem razões substantivas para tal: por via de novas regras e de novos procedimentos vertidos por constantes alterações aos normativos legais, em número exagerado já se vê; como se não bastassem o desmultiplicar contínuo da missão universitária, as novas

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frentes a que temos que acorrer, os novos desafios em que ausência de resposta pode significar perda de oportunidade.

Estou ciente das várias tensões e equilíbrios inerentes à complexidade de uma universidade: entre os diferentes aspetos da missão universitária e respetivas prioridades; entre áreas muito fortes e menos fortes; entre lógicas internas, locais, regionais, do país ou mais globais; entre estudantes, docentes e outros funcionários; entre urgências da agenda presente e questões mais estratégicas; entre garantir o dia-a-dia ou propulsar a UA no caminho de ir mais longe, com mais ambição.

É por tudo isto que tenho, e comigo o resto da Universidade, de enaltecer a atitude generalizada de todos os que aqui trabalhamos. Num quadro de restrições financeiras sensíveis, institucionais, já se sabe, mas, sobremaneira, pessoais! E num quadro em que apesar da política seguida de aberturas de concursos e de passagem a contrato por tempo indeterminado de muitos, se aceita que o alcance do que se fez é limitado, em termos de reconhecimento e oportunidades de promoção, face ao que as pessoas merecem!

A verdade é que uma larguíssima maioria de nós vem praticando, tem vindo continuamente a reger-se, por aquilo que eu chamo de "otimismo na

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acção". Percebendo que, por menos encorajadores que alguns sinais possam ser, é no fazer o melhor possível na nossa esfera de ação que se ganha, para além da realização individual, o sucesso do todo e, consequentemente, a possibilidade de termos mais atividade, com mais impacto, que se traduza, também, em oportunidade de emprego para um número alargado de pessoas. Percebendo que é na construção integrada e global, no jogo coletivo, que está o ganho. Cada um é tanto maior quanto mais importante e pertinente for o projeto de que faz parte. A minha gratidão por essa vossa maneira de ser e atuar que reforça, naturalmente, o meu próprio 'otimismo na ação".

É uma satisfação enorme ser Reitor convosco. O projeto UA, um Campus que pensa e vibra, depende, principalmente, de nós e não vai deixar de ficar, cada vez, melhor: por causa e em virtude de vocês, por causa da responsabilidade que queremos continuar a assumir, por causa do que entendemos ser o papel que nos cabe na região, no país e para lá das nossas próprias fronteiras.

Com uma palavra quase final de parabéns e particular saudação aos que hoje foram distinguidos, desejo um resto de bom dia a todos: à espera de mais concretizações que, em conjunto, não deixaremos de continuar a pôr no mapa do nosso futuro.

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