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VALORAÇÃO ECONÔMICA: OS MÉTODOS DO CUSTO DE VIAGEM E DE VALORAÇÃO CONTINGENTE APLICADOS ÀS PRAIAS DE PALMAS/TO

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MARCUS VINÍCIUS ALVES FINCO; MARCELO DE BRITO VALADARES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, PALMAS, TO, BRASIL.

marcus.finco@gmail.com APRESENTAÇÃO ORAL

AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

VALORAÇÃO ECONÔMICA: OS MÉTODOS DO CUSTO DE VIAGEM E DE VALORAÇÃO CONTINGENTE APLICADOS ÀS PRAIAS DE PALMAS/TO

Grupo de pesquisa 6: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentávelio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

RESUMO

O presente trabalho mostra a aplicação dos métodos de custo de viagem e de valoração contingente às Praias do Prata e da Graciosa, ambas situadas na cidade de Palmas, capital do estado do Tocantins. Com a coleta de dados realizada através de questionários específicos, a equação de demanda e de disposição a pagar (DAP) pela preservação das amenidades ambientais foram estimadas e, com elas, os valores de uso das praias. Os resultados empíricos mostraram que a disposição a pagar dos turistas pela preservação ambiental é positivamente correlacionada com o nível de renda dos mesmos. Já o custo de viagem, por sua vez, é fortemente influenciado pela distância de origem dos turistas e pela freqüência da utilização das amenidades ambientais. Os resultados encontrados sugerem que há uma significativa demanda por qualidade ambiental e que políticas públicas são fortemente encorajadas para a conservação das amenidades ambientais. Palavras-chave: Valoração Econômica; Recursos Naturais; Método do Custo de Viagem; Método de Valoração Contingente.

ABSTRACT

The travel cost method and the contingent evaluation method were used to value the conservation of goods and services produced by Prata and Graciosa beaches, both located in Palmas city, state of Tocantins. After data collection, being through specific questionnaires, the tourist demand and the willingness to pay (WTP) research were carried out, and the empirical results showed that the willingness to pay is positively related to the tourist’s income and the travel cost method is strongly influenced by the tourist’s origin distance and the frequency in the beaches’ utilization.

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The results points towards that exists a significant demand in the environmental conservation direction, which should be enforced by public policies.

Key-words: Economic Evaluation; Natural Resources; Travel Cost Method; Contingent Evaluation Method.

1. Introdução

Os recursos naturais e ambientais geram diversos bens e serviços que são refletidos, sobretudo, no bem-estar geral dos indivíduos. Alguns desses benefícios podem ser valorados com certa facilidade por estarem relacionados de alguma forma com o sistema de mercado (produção de alimentos, minérios, por exemplo). Porém, outros bens e serviços gerados pelo meio ambiente, como recreação/turismo, por não possuírem preços de mercado, são extremamente difíceis de serem mensurados monetariamente através da teoria econômica “tradicional” (Pearce, 1993).

A dificuldade encontrada em valorar monetariamente alguns benefícios gerados pelo meio ambiente advém do fato dos recursos naturais serem considerados bens públicos e apresentarem algumas características como o de serem recursos comuns, de livre acesso e de direitos de propriedade não definidos (Randall, 1987). Várias dessas características fazem com que o mercado deixe de ser eficiente e comece a operar com falhas. Nos casos em que é possível estabelecer o preço de mercado para as amenidades ambientais, este geralmente é menor do que o preço considerado eficiente, fazendo com que haja uma sobreexploração do recurso natural e, conseqüentemente, sua exaustão.

Com a ausência de um mercado real que serve de parâmetro, o estabelecimento de um preço ou de um valor monetário para esses benefícios fica prejudicado, e uma das soluções utilizadas para suprir essa dificuldade é a implantação de métodos de valoração ambiental, que captam e atribuem valores para os bens e serviços gerados pelo meio ambiente. No caso de atividades recreacionais e turísticas como a praia, por exemplo, isto pode ser feito via estimativa da função de disposição a pagar (DAP) e pela função de demanda dos usuários/turistas pela preservação/conservação desses benefícios.

Assim sendo, estudos sobre a demanda por turismo incorrem no conhecimento do perfil dos usuários da amenidade ambiental, bem como dos seus respectivos níveis de bem-estar com os bens e serviços providos por essa amenidade, o que torna possível uma realocação de recursos, visando a otimização na oferta e utilização dos mesmos. Tal conhecimento, além de contribuir para o planejamento de atividades turísticas, serve também para estimar os benefícios e/ou malefícios derivados da utilização do meio ambiente (FINCO E ABDALLAH, 2002).

Desse modo, é de extrema importância que os valores (uso, opção e de não-uso) dos recursos naturais sejam estimados, tornando possível fornecer aos órgãos competentes e aos tomadores de decisão (decision makers) instrumentos que sirvam como base para a implantação de políticas de conservação/preservação dos recursos naturais e ambientais. O valor estimado dos recursos naturais pode servir como parâmetro para a determinação do valor de taxas e/ou multas por danos ambientais causados ao meio ambiente, caso venham a acontecer.

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A cidade de Palmas foi planejada e fundada em 20 de maio de 1989 para ser a capital do Estado do Tocantins, situado na região Norte do Brasil. A cidade esta situada entre as serras do Carmo e Lajeado, e a margem direita do rio Tocantins que, atualmente, corresponde à margem do lago da Usina Hidrelétrica (UHE) Luis Eduardo Magalhães.

No contexto da realidade atual da cidade de Palmas, muitas são as alternativas econômicas que apresentam capacidade de compartilhar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Apesar da inquestionável magnitude de seus atrativos naturais e culturais e de possuir 320m² de área verde por habitante, Palmas recebe hoje uma parcela mínima do fluxo nacional de turistas, o qual corresponde a um montante superior a 41 milhões de viajantes (AMATUR, 2002).

Dentre os muitos atrativos turísticos da cidade de Palmas, as praias localizadas as margens do lago da UHE Luis Eduardo Magalhães são de grande importância - econômica e ambiental - por estarem situadas dentro do plano diretor da cidade, e por apresentarem fácil acesso de visitação. As praias propiciam diversas opções de lazer para a prática de esportes náuticos, competições de canoagem, wind surf, mergulho, jet ski e pesca esportiva. Além disso, pode-se admirar a paisagem sobrevoando o lago ou mesmo fazendo um passeio de barco. Na primeira opção, além de se observar a magnitude do lago, é possível localizar, também, ilhas artificiais formadas por grandes bancos de areia. Futuramente, essas ilhas servirão como grandes balneários com atracadouros, área de camping e restaurantes.

Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo valorar ambientalmente as praias da Graciosa e do Prata - ambas localizadas no município de Palmas -, a fim de fornecer instrumentos e subsídios a formulação de políticas públicas de fomento a atividade turística, como forma de gerar emprego e renda, concomitantemente a preservação do meio ambiente local.

2. Metodologia

Devido ao notável incremento no estudo e, principalmente, na literatura específica sobre valoração ambiental, vê-se que, atualmente, são muitos os métodos possíveis de serem utilizados visando a obtenção de objetivos similares. Contudo, a escolha do método a ser utilizado em cada estudo dependerá, sobretudo, de uma análise minuciosa do que pretende-se avaliar, e do bom senso do pesquisador (FINCO E ABDALLAH, 2002). Como o objetivo do presente estudo é a estimativa do valor de uso de uma área de praias, optou-se por utilizar os métodos do custo de viagem e de valoração contingente, por serem métodos apropriados na captação desse tipo de valor.

Após a definição dos métodos e da parcela de valor a ser estimado – valor de uso – optou-se pela disposição a pagar (DAP) como ferramenta de medida de valoração contingente, em detrimento da disposição a aceitar (DAA) devido, sobretudo, às críticas inferidas a confiabilidade das estimativas de DAA (Tisdell, 1991; Pearce, 1993; Kula, 1994).

Para o presente estudo, foram aplicados questionários testes por uma semana – última semana de agosto de 2005 – na Praia da Graciosa e do Prata, respectivamente, de modo a testar a confiabilidade dos mesmos. Após os testes, os questionários foram aplicados durante o período que compreende os meses de setembro a dezembro de 2006 (baixa temporada) na Praia da

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Graciosa e do Prata, resultando em uma amostra de 240 indivíduos entrevistados (120 indivíduos na Praia da Graciosa e 120 na Praia do Prata)

Os questionários consistiram de questões que objetivam a coleta de variáveis sócio-econômicas dos indivíduos amostrados, bem como de opiniões pessoais sobre os bens e serviços providos pelas Praias. Para que houvesse representatividade de amostragem dos usuários das praias, os questionários foram aplicados aleatoriamente, excluindo menores de idade ou indivíduos que mostrassem não estar aptos ou não quisessem responder o questionário. Optou-se por utilizar a forma aberta de eliciação (open ended questions) - onde o entrevistado declara sua máxima disposição a pagar pela preservação/conservação das praias -, e estratificar os intervalos de disposições a pagar em séries que variavam de R$0,01 a R$50,00 mensais1

.

Numa segunda etapa, após coletados os dados, estes foram elaborados e organizados, para que fossem analisados e dessem início ao processo de especificação das variáveis e do modelo respectivo aos métodos de valoração ambiental.

E, para finalizar, numa terceira etapa foram estimadas regressões nas formas linear, logarítmica na variável dependente, logarítmica nas variáveis independentes e logarítmica nas variáveis exógenas e endógenas, tanto no método de valoração contingente como no método custo de viagem, a fim de avaliar o grau de participação das variáveis independentes na formação do valor econômico da Praia da Graciosa e da Praia do Prata. O método utilizado foi o dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO).

A equação formulada para a disposição a pagar, segundo o método de valoração contingente, pode ser vista a seguir:

DAP = a0 + a1Ri + a2Ii + a3S.i + a4Ei + e

Onde:

DAP = disposição a pagar pelos serviços gerados pelo recurso natural em questão; Ri = nível de renda dos indivíduos;

Ii = idade dos indivíduos;

Si = sexo dos indivíduos;

Ei = grau de escolaridade dos indivíduos;

e = erro

A partir da função de disposição a pagar e do preço do bem ou serviço foi possível estimar os benefícios para os usuários da amenidade ambiental e para a sociedade, em geral.

Já no método do custo de viagem, optou-se por utilizar, como variável dependente à freqüência de visitas dos usuários, por ser o turismo nas duas praias uma atividade anual. Com relação às variáveis independentes que fizeram parte da equação de demanda, utilizou-se, nesse estudo, os custos de viagem do local de procedência/origem do usuário até o local de recreação e demais variáveis como pode ser observado na equação de demanda descrita abaixo:

1 Para que houvesse aleatoriedade, homogeneidade e representatividade de amostragem dos usuários da praia, os

questionários foram aplicados em intervalos de três minutos de caminhada, excluindo menores de idade ou indivíduos que mostrassem não estarem aptos ou não quisessem responder o questionário.

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Q = f (P, Ct, R, S, E, I)

Onde:

Q = número de freqüência de visitas; P = custos de viagem;

Ct = custos de transporte; R = renda familiar mensal; S = sexo (variável dummy); E = grau de escolaridade; I = idade.

A partir da função de demanda e do preço do bem ou serviço é possível estimar os benefícios para os usuários da amenidade ambiental e para a sociedade, em geral.

2.1 Modelo Empírico para a função de demanda por turismo

Para que as estimativas dos parâmetros relacionados às variáveis descritas anteriormente fossem obtidas, bem como as hipóteses formuladas com o método do custo de viagem fossem testadas, o seguinte modelo econométrico foi especificado:

j = u X Z Y ij 4 1 i i ij 2 1 i i j =

+

+ =

β

α

(j = 1, 2,..., 240) (01) Onde:

Yj = Freqüência de visitas que o turista j realizou nas Praias da Graciosa

e do Prata

Z1j =

1 se o turista j for do sexo masculino

0 se o turista j for do sexo feminino

Z2j =

1 se o turista j possui pelo menos o primeiro grau completo 2 se o turista j possui pelo menos o segundo grau completo 3 se o turista j possui pelo menos o terceiro grau completo

X1j =

renda média mensal (R$) do turista j

X2j = idade do turista j, em anos

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X4j = custos de viagem (R$) incorrido pelo turista j

uj = são erros aleatórios e que obedecem as pressuposições

usuais

αi e βi são os parâmetros a serem estimados (i = 1, 2, ..., 4)

2.2 Estimativas do valor de uso das Praias através do Método de Custo de Viagem A estimativa do valor de uso de uma praia pode ser obtida através da integral definida da equação (01), do ponto de custo de viagem médio até o ponto onde o custo de viagem é máximo, isto é, o custo de viagem mais alto observado.

Essa integração resulta na função para o valor de uso descrita a seguir:

∑ ∫

∑ ∫

= = = = 3 1 i X X X X 4 4 4 4 i i 2 1 i X X 4 i i X X 4 uso 1 4 0 4 1 4 0 4 1 4 0 4 1 4 0 4 dX X b dX X b dX Z a YdX V + + V uso = ( - ) ( ) ( ) , [( ) -( ) ] = 2 0 4 2 1 4 4 2 1 i 3 1 i i i i i 0 4 1 4 X a Z b X 05b X X X +      +

= (02) Onde: 0 4

X = custo de viagem médio incorrido pelo turista nas Praias do Prata e da Graciosa;

1 4

X = custo de viagem máximo para o qual a demanda será nula; e, ai e bi são as estimativas dos parâmetros (i = 1, 2, ..., 3).

2.3 Estimativas do valor de uso das Praias através do Método de Valoração Contingente

Segundo Seroa da Motta (1998), a estimativa do valor de uso (DAPT) de uma área recreacional - realizada através da forma aberta de eliciação - pode ser obtida multiplicando-se a disposição a pagar média (DAPMi) pela população encontrada na área recreacional no período da

pesquisa. Essa proporção é calculada baseada na percentagem de entrevistados que se mostraram dispostos a pagar uma quantia dentro do intervalo i correspondente a DAPMi.

Com base nisso, a forma funcional descrita por Eutrirak & Grandstaff (apud Seroa da Motta, op. cit) foi assumida no presente estudo, a fim de obter o valor de uso das Praias do Prata e da Graciosa: DAPT = ( / )( ) 1 X N ni i DAPM y i

= (03)

(7)

Onde:

DAPM = disposição a pagar média;

ni = número de entrevistados dispostos a pagar DAPM; N = número total de pessoas entrevistadas;

y = número de intervalos relativos às respostas quanto a DAP; i = um dos intervalos relativos às respostas quanto a DAP;

X = número de usuários estimado na área recreacional durante o período em estudo.

3. Resultados e discussão

Devido à falta de determinação, por parte da literatura específica, da forma funcional e das variáveis exógenas que devem ser utilizadas em trabalhos e estudos sobre demanda por recreação, optou-se por formular modelos econométricos nas seguintes formas funcionais: linear, logarítmica na variável dependente, logarítmica nas variáveis independentes e logarítmica nas variáveis exógenas e endógena. Em seguida, os métodos foram analisados para que fosse escolhido a forma que melhor se adequasse aos objetivos propostos.

No presente estudo, as variáveis qualitativas assumiram valores que variavam de 0 a 3, e para que houvesse a transformação logarítmica, assumiu-se que os valores de 0 a 3 já eram os valores resultantes dessa transformação. O método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) foi utilizado para estimar os modelos de equações de demanda, através do programa estatístico RATS.

Com base nos resultados, constatou-se que em algumas formas funcionais houve um grande número de variáveis explicativas significativas. Os valores dos coeficientes de determinação (R2

) encontrados foram baixos, em todos os modelos. No entanto, era de se esperar tal situação, visto a enorme variação existente em dados cross-section.

Segundo Casimiro Filho (1998), a comparação de modelos com variáveis dependentes distintas não pode ser feita pelos R2. Com isso, a comparação deve ser feita através do nível de

significância dos parâmetros, isto é, através do teste t de Student, onde é escolhido o modelo que apresentar o maior número de variáveis significativas, a um dado nível de significância.

O teste de variance inflation factors (VIF)2

foi aplicado sobre os modelos, visando confirmar se havia ou não multicolinearidade elevada, isto é, se havia valores superiores ou iguais a 5. Considerando-se que os valores ficaram abaixo de 5, constatou-se que não havia multicolinearidade no modelos escolhidos.

Dessa forma, com base em todo o processo anteriormente descrito, foi escolhida a forma funcional que apresentou o melhor ajuste, e os resultados podem ser vistos a seguir.

Tabela 01: Estimativa da função demanda por turismo, forma logarítmica na variável exógena. Praia do Prata, set/dez – 2005.

Variáveis explicativas Coeficientes de Teste “t” de

2 A variance inflation factors para uma variável independente X

i pode ser calculada pela seguinte fórmula:

VIFi = 1/(1 – R2i) Onde: R2

i é o coeficiente de determinação que é obtido quando é feita uma regressão da variável Xi contra todas as outras variáveis independentes (Judge et. al., 1988).

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regressão Student Constante 0,95601* 3,2286 Custo de Viagem 0,00084 NS 0,3614 Custo de Transporte -0,02938 NS -0,4402

Renda Per Capita -0,00012*** -1,4837

Sexo 0,27842** 1,9505

Escolaridade 0,00594 NS 0,1062

Idade -0,01167*** -1,5795

Coeficiente de determinação (R2) 0,09423

Valor da estatística F 1,38714*** 0,2299 Fonte: Resultados da pesquisa (2005)

Assim sendo, a função demanda por turismo na Praia do Prata foi expressa da seguinte forma:

Ln Y = 0,95601* + 0,00084 CV NS – 0,02938 CTNS – 0,00012R

i*** + 0,27842Si** + 0,00594iNS E – 0,01167 Ii***

Nível de significância: * significativo a 1% ** significativo a 5% *** significativo a 10% NS não significativo

Já para a Praia da Graciosa, a forma funcional escolhida foi a logarítimica na variável exógena, como pode ser melhor visualizado na tabela a seguir.

Tabela 02: Estimativa da função demanda por turismo, forma logarítmica na variável exógena. Praia da Graciosa, set/dez – 2005.

Variáveis explicativas Coeficientes de regressão Teste “t” de Student Constante 1,61248* 3,7221 Custo de Viagem -0,00300*** -0,9441 Custo de Transporte -0,13904** -1,5106

Renda Per Capita 0,00003 NS

0,4142 Sexo -0,03285 NS -0,1872 Escolaridade -0,11202** -1,5651 Idade -0,00871*** -0,9110 Coeficiente de determinação (R2 ) 0,1091 Valor da estatística F 1,63203** 0,1490 Fonte: Resultados da pesquisa (2005).

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Ln Y = 1,61248* – 0,0030*** CV – 0,13904** CT + 0,00003 NS R

i – 0,03285NS Si – 0,11202** Ei – 0,00871*** Ii

Nível de significância:* significativo a 1% ** significativo a 5% *** significativo a 10% NS não significativo

No que diz respeito a heterocedasticidade, utilizou-se o teste proposto por White, citado por Greene (1993). Neste teste admitiu-se que a variância do erro era linearmente relacionada com a variável custos de viagem, e o modelo escolhido não apresentou problemas de heterocedasticidade.

Analisando as funções das estimativas geradas sobre as praias de Palmas podemos perceber que, para a Praia do Prata, o sinal negativo precedendo a variável renda significa que quanto maior a renda, menor é a freqüência dos usuários na utilização da Praia, assim como a variável idade, onde seu sinal negativo indica que a população mais jovem costuma freqüentar a Praia através de um número maior de visitas.

A variável sexo indica que os homens costumam freqüentar a praia com uma freqüência maior que as mulheres. Já a variável escolaridade indica que, na Praia do Prata, as pessoas com mais escolaridade freqüenta a Praia de forma mais assídua.

Já na Praia da Graciosa, mesmo a variável renda não sendo significativa, ela é positiva o que indica que quanto maior a renda, maior a freqüência dessas pessoas a praia. A variável sexo também não é significativa, mas seu sinal negativo indica que as mulheres costumam freqüentá-la de forma mais assídua, o que foi corroborado pelas observações quando da aplicação dos questionários específicos.

A variável escolaridade indica que quanto menor o seu grau, maior a freqüência de visitas à praia. Já a variável idade comporta-se de maneira igual nas duas praias o que significa que as pessoas com menos idade costumam utilizá-la com maior freqüência. As variáveis custo de viagem e custo de transporte são significativas e indicam que quanto menor os custos de transporte e viagem maior é a freqüência desses usuários a praia.

Ao comparar essas estimativas, geradas através do método do custo de viagem, com as observações realizadas quando da aplicação dos questionários, percebeu-se que ambas são muito semelhantes, seguindo a mesma tendência.

3.1 Estimativa do valor de uso das Praias através do Método de Custo de Viagem Para calcular o valor recreacional de uma amenidade ambiental é necessário estimar o excedente do consumidor, que no caso de áreas de recreação (recursos naturais), é utilizado como uma estimativa do valor de uso ou do valor recreacional dessa área. Conforme a literatura, todas as variáveis - exceto a variável custos de viagem - devem ser substituídas pelos seus valores médios na equação de demanda pelo recurso natural.

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No presente estudo as variáveis renda, idade e custos de transporte (R, I, CT, respectivamente) foram substituídas pelos seus valores médios, gerando com isso duas novas equações referentes às duas praias:

Praia do Prata

Ln Y = 0,42319 + 0,00084 CV + 0,27842 Si + 0,00594 Ei

Praia da Graciosa

Ln Y = 1,20688 – 0,0030 CV – 0,03285 Si – 0,11202 Ei

A partir dessas duas novas funções foram descritas seis diferentes situações para a função de demanda, em cada uma dela, levando-se em conta a ocorrência ou não dessas variáveis simultaneamente.

As situações podem ser descritas a seguir.

Situação 1: Se o turista é do sexo feminino e possui pelo menos o primeiro grau completo. A equação estimada para essa situação foi:

Praia do Prata

Ln Y = 0,42913 + 0,00084 CV Praia da Graciosa

Ln Y = 1,09486 – 0,0030 CV

Situação 2: Se o turista é do sexo feminino e possui pelo menos o segundo grau completo. A equação estimada para essa situação foi:

Praia do Prata

Ln Y = 0,43507 + 0,00084 CV Praia da Graciosa

Ln Y = 0,98284 – 0,0030 CV

Situação 3: Se o turista é do sexo feminino e possui pelo menos o terceiro grau completo. A equação estimada para essa situação foi:

Praia do Prata

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Praia da Graciosa

Ln Y = 0,87082 – 0,0030 CV

Situação 4: Se o turista é do sexo masculino e possui pelo menos o primeiro grau completo. A equação estimada para essa situação foi:

Praia do Prata

Ln Y = 0,70755 + 0,00084 CV Praia da Graciosa

Ln Y = 1,06201 – 0,0030 CV

Situação 5: Se o turista é do sexo masculino e possui pelo menos o segundo grau completo. A equação estimada para essa situação foi:

Praia do Prata

Ln Y = 0,71349 + 0,00084 CV Praia da Graciosa

Ln Y = 0,94999 – 0,0030 CV

Situação 6: Se o turista é do sexo masculino e possui pelo menos o terceiro grau completo. A equação estimada para essa situação foi:

Praia do Prata

Ln Y = 0,71943 + 0,00084 CV Praia da Graciosa

Ln Y = 0,83797 – 0,0030 CV

Integrando cada uma das funções de demanda por turismo relacionadas com as situações acima descritas, do ponto de custo de viagem médio até o ponto onde o custo de viagem é máximo e, portanto, a demanda é nula, tem-se o valor de uso para as praias de Palmas.

Cada uma das situações abordadas reflete uma quantidade de turistas diferenciada. Optou-se por trabalhar com o valor de uso ponderado, ao invés do valor de uso simples, onde para cada uma das situações foi multiplicada pelas suas respectivas freqüências. A ponderação foi realizada através dos turistas retratados em cada uma das situações, isto é, o valor de uso estimado pelo método da integração para cada uma das seis situações foi multiplicado pelas suas respectivas freqüências.

(12)

Tabela 03: Estimativa do valor de uso da Praia do Prata, número de turista e valor de uso ponderado em cada uma das situações – modelo semi-logarítmico. Set-dez/2005.

Situação Valor de Uso (R$) Numero de turistas Nº

Valor de uso ponderado (R$) 1 1.901,41 12 22.816,97 2 1.912,74 30 57.382,27 3 1.924,14 12 23.089,65 4 2.511,85 11 27.630,31 5 2.526,82 32 80.857,94 6 2.541,86 23 58.462,89 TOTAL 13.318,82 120 270.240,03

Fonte: resultados da Pesquisa (2005).

De acordo com os resultados obtidos a partir do modelo semi-logarítmico na variável dependente, o valor de uso ponderado da Praia do Prata para os turistas amostrados no período analisado foi de R$ 270.240,03.

Tabela 04: Estimativa do valor de uso da Praia da Graciosa, número de turista e valor de uso ponderado em cada uma das situações – modelo semi-logarítmico. Set-dez/2005.

Situação Valor de Uso (R$)

Numero de turistas Nº

Valor de uso ponderado (R$) 1 912,94 6 5.477,67 2 816,19 23 18.772,52 3 729,70 21 15.323,72 4 883,44 11 9.717,85 5 789,82 42 33.172,43 6 705,84 17 11.999,24 TOTAL 4.837,93 120 94.463,43

Fonte: resultados da Pesquisa (2005).

De acordo com os resultados obtidos a partir do modelo semi-logarítmico na variável dependente, o valor de uso ponderado da Praia da Graciosa para os turistas amostrados no período analisado foi de R$ 94.463,43.

Mesmo sendo a Praia do Prata e a Praia da Graciosa situadas na mesma cidade, o valor de uso estimado através do custo de viagem para as duas praias é muito diferente. O custo de viagem leva em consideração os custos de transporte efetuados no deslocamento dos usuários até a praia, o tempo de transporte e os gastos totais que esses usuários efetuam na praia. Enquanto que na Praia do Prata, a distância a ser percorrida até a praia é maior e o carro predomina como meio de locomoção principal, os usuários costumar gastar mais tempo e recursos na praia, fazendo refeições e/ou outras atividades.

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Já na praia da Graciosa, boa parte dos usuários reside nas quadras vizinhas tornando a distância a ser percorria até a praia menor e diversificam os meios de transporte, utilizando para isso motos, bicicletas, ou indo ate mesmo a pé, o que diminui ou até mesmo zera esse custo de viagem. Uma parcela significativa dos usuários também costuma não consumir nada na praia, ou gasta uma quantia mínima na mesma, utilizando-a somente para apreciar a visão panorâmica, apreciarem o pôr do sol ou a paisagem exuberante. A presença dessas três situações na praia da Graciosa torna o custo de viagem inferior à praia do Prata.

3.2 Estimativa do valor de uso das Praias através do Método de Valoração Contingente

Para a praia do Prata foram estimados os parâmetros da função de disposição a pagar na forma funcional logarítmica na variável dependente, a qual foi a mais significativa na pesquisa, como pode ser visto a seguir.

Tabela 05: Estimativa dos parâmetros da função de disposição a pagar pela preservação/conservação dos bens e serviços gerados pela Praia do Prata, set-dez – 2005, forma logarítmica na variável exógena.

Variáveis explicativas Coeficientes de

regressão Teste “t” de Student Constante 2,3229* 5,0114 Renda 0,0001**** 1,3101 Idade 0,4654*** 1,8994 Sexo -0,0143***** -1,2101 Escolaridade 0,0258 NS 0,2491 Coeficiente de determinação (R2) 0,12 Valor da estatística F (6,227) 2,49**

Fonte: Resultados da pesquisa (2005). Nível de significância: * significativo a 1% ** significativo a 5%

*** significativo a 10% NS não significativo

Essa estimativa pode ser melhor visualizada na forma funcional a seguir:

Ln DAP = 2,3229*+ 0,0001*** Ri + 0,4654*** Ii – 0,0143*** Si + 0,0258 NS Ei

Teste “t”: (5,0114) (1,3101) (1,8994) (-1,2101) (0,2491)

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Segundo a equação, gerada a partir dos dados coletados, um aumento na renda, na idade dos usuários aumenta a disposição a pagar pelos recursos naturais. Já o sinal negativo na variável sexo indica que as mulheres são mais dispostas a pagar pela manutenção e conservação da amenidade ambiental. A variável escolaridade não foi significativa nesse modelo, mas indica que um aumento na escolaridade dos usuários aumenta sua disposição a pagar.

Já para a Para a praia da Graciosa foram estimados os parâmetros da função de disposição a pagar pela forma logarítmica nas variáveis independentes, por ser a forma funcional mais significativa apresentada na pesquisa.

Tabela 06: Estimativa dos parâmetros da função de disposição a pagar pela preservação/conservação dos bens e serviços gerados pela Praia da Graciosa, set-dez – 2005, forma logarítmica nas variáveis endógenas.

Variáveis explicativas Coeficientes de

regressão Teste “t” de Student Constante -57,2229*** -1,9720 Renda 7,1582* 2,5503 Idade 5,4380** 1,1362 Sexo 6,6581 NS 0,7964 Escolaridade 0,0295 NS 0,0051 Coeficiente de determinação (R2) 0,16 Valor da estatística F (6,227) 3,67*

Fonte: Resultados da pesquisa (2005). Nível de significância: * significativo a 1% ** significativo a 5%

*** significativo a 10% NS não significativo

Essa estimativa pode ser melhor visualizada na forma funcional a seguir:

DAP = – 57,2229*** + 7,1582*ln Ri + 5,4380**ln Ii + 6,6581 NS Si + 0,0295 NS ln Ei

Teste “t”: (-1,9720) (2,5503) (1,1362) (0,7964) (0,0051)

F = 3,67* R² = 0,16

Sendo assim, de acordo com a equação gerada para a praia da Graciosa, um aumento em todas as variáveis (renda, idade e escolaridade) resultam em um aumento na disposição a pagar. A variável sexo não se apresentou significativa nesse modelo, mas seu sinal positivo indica que nessa praia, ao contrário da praia do Prata, os homens são mais dispostos a pagar pela manutenção e conservação da amenidade ambiental. A variável escolaridade também não se mostrou significativa nesse modelo.

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Ao comparar essas duas funções geradas através do método de valoração contingente com as hipóteses levantas anteriormente por observação e analisadas nas tabulações secundarias referentes à renda e a escolaridade dos usuários, percebeu-se que ambos são semelhantes e indicam a mesma tendência.

No sentido de calcular o valor de uso de um atrativo turístico como a praia, por exemplo, fez-se necessário calcular a disposição a pagar total (DAPT) através da média das disposições a pagar individuais (DAPi).

Na Praia do Prata, dos 120 questionários amostrados, 81 apresentaram resposta positiva quanto à disposição a pagar pela preservação/conservação dos bens e serviços gerados pela praia, e 39 apresentaram resposta negativa, isto é, não se dispuseram a pagar pela preservação da amenidade ambiental, conforme pode ser visto na tabela a seguir.

Tabela 07: Intervalo das séries de disposição a pagar, média das DAP, número de pessoas entrevistadas e população total da Praia do Prata na baixa temporada (set-dez/2005)

Intervalo (R$/mês) Média (DAP/ni) Pessoas (ni) % (ni/N) População total*

(1) 0,00 0 39 33 (2) 0,01 – 10,00 6,64 47 39 (3) 10,01 –30,00 21,88 24 20 (4) 30,01 - 50,00 50,00 6 5 (4) 50,01 – 100,00 100,00 4 3 TOTAL 120 100 20.000

Fonte: Resultados da pesquisa (2005)

*população estimada para a Praia do Prata durante a baixa temporada.

No presente estudo, optou-se por manter os usuários que não se dispuseram a pagar pela preservação da Praia – 33% da população total no cálculo do valor da disposição a pagar total pelos bens e serviços gerados pela praia do Prata.

Portanto, conforme a equação (03) utilizada para o cálculo da estimativa do valor de opção da Praia do Prata, tem-se que:

DAPT = ( / )(20.000) 4 1 N ni i DAPM i

= (04)

Com base na equação acima, o valor de opção da Praia do Prata foi estimado em R$ 256.200,00, por mês, no agregado.

Assim como na Praia do Prata, na Praia Graciosa, dos 120 questionários amostrados, 81 também apresentaram resposta positiva quanto à disposição a pagar pela preservação/conservação dos bens e serviços gerados pela praia, e 39 apresentaram resposta

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negativa, isto é, não se dispuseram a pagar pela preservação da amenidade ambiental, conforme tabela abaixo.

Tabela 08: Intervalo das séries de disposição a pagar, média das DAP, número de pessoas entrevistadas e população total da Praia Graciosa na baixa temporada (set-dez/2005)

Intervalo (R$/mês) Média (DAP/ni) Pessoas (ni) % (ni/N) População total*

(1) 0,00 0,00 39 32,5 (2) 0,01 – 10,00 5,61 58 48,5 (3) 10,01 –30,00 21,82 11 9,0 (4) 30,01 - 50,00 48,89 9 7,5 (5) 50,01 – 100,00 100,00 3 2,5 TOTAL 120 100 10.000

Fonte: Resultados da pesquisa (2005)

*população estimada para a Praia da Graciosa durante a baixa temporada.

Conforme a equação (03) utilizada para o cálculo da estimativa do valor de opção da Praia da Graciosa, tem-se que:

DAPT = ( / )(10.000) 4 1 N ni i DAPM i

= (05)

Com base na equação acima, o valor de opção da Praia da Graciosa foi estimado em R$ 108.784,17 por mês, no agregado.

Comparando o valor estimado para as Praias do Prata e da Graciosa através do método de valoração contingente, percebemos que a Praia do Prata possui um valor agregado maior. Isso ocorre por dois motivos: a praia do Prata possui uma disposição a pagar de seus usuários maior que a Praia da Graciosa, e a população estimada que freqüenta a praia do Prata também é superior a da praia Graciosa.

Esse valor contingente estimado agregado mensal também pode ser dividido pelo número estimado de usuários, e esse sendo dividida pela freqüência média mensal dos usuários da praia, pode-se encontrar a demanda por qualidade ambiental individual. Esse novo valor encontrado também pode ser utilizado para a fixação de taxas de manutenção/conservação ou para inserção de tarifas de utilização ou entradas. Nesse sentido, para a praia do Prata essa taxa individual de utilização é R$ 6,31 por visita, e para a praia da Graciosa R$ 4,44, por visita.

4. Conclusões

A pesquisa utilizou dois métodos distintos de valoração ambiental, a saber: método de valoração contingente e método do custo de viagem. Tais métodos foram utilizados a fim de captar o valor de uso da Praia do Prata e da Praia da Graciosa, ambas situadas na cidade de

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Palmas, capital do Tocantins, possibilitando a comparação dos resultados obtidos com e permitindo, com isso, uma estimativa mais aproximada do valor econômico das praias.

A partir da disposição a pagar dos usuários, foi estimado o valor de uso das praias através do método de valoração contingente. Para a praia do Prata o valor encontrado foi de R$ 256.200,00, por mês, no agregado. Para a praia Graciosa o valor encontrado foi de R$ 108.784,17, por mês, no agregado.

Através do método custo de viagem foi estimado o valor de uso para as duas praias, a partir de função de demanda. Para a Praia do Prata, o valor encontrado foi de R$ 270.240,03 e para a Praia da Graciosa o valor encontrado foi de R$ 94.463,43.

Comparando esses dois métodos de valoração, podemos perceber que ambos são semelhantes. Em ambos os métodos a Praia da Graciosa tem um valor menor que a Praia do Prata. Uma das explicações deve-se ao fato de que na praia da Graciosa, o custo de transporte e a disposição a pagar são menores, assim como ao fluxo de usuários, se comparado a praia do Prata.

Analisando os resultados, verificou-se que um número expressivo de variáveis explicativas não foi significativa, bem como os valores dos coeficientes de determinação (R2

) em todos os modelos propostos foram baixos. Isso se deve ao fato de serem dados cross-section, e já era de se esperar que ocorresse, visto que há uma enorme variação em dados dessa natureza.

Sabendo-se que o valor econômico total de um recurso natural é composto pelo valor de uso, valor de opção e pelo valor de não-uso, os benefícios gerados pelas Praias da Graciosa e do Prata não podem ser estimados na sua totalidade pelo presente estudo. Porém, é de extrema importância e relevância que trabalhos como esse sejam desenvolvidos a fim de estimar o valor econômico dos recursos naturais e, com isso, atingir a condição de sustentabilidade na utilização/ consumo dos mesmos. A sobreexploração do recurso tem como conseqüência a degradação da qualidade dos serviços gerados pelo meio ambiente, e a queda do nível de bem-estar dos indivíduos envolvidos.

Como esse trabalho foi executado com dados coletados no período de baixa temporada (setembro a dezembro de 2005), a equação de função de demanda e de disposição a pagar não podem ser projetadas para outros períodos do ano, sobretudo, para a alta temporada (meses de junho e julho), visto que estas estimativas podem ser subestimadas. Com isso, sugere-se que estudos sejam feitos durante diferentes períodos do ano a fim de obter conhecimento sobre a demanda em cada período, bem como estimar o valor econômico total para o recurso natural em questão.

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