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XIX Congresso de Iniciação Científica - PIBIC. IV Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - PIBITI. IV Congresso de Extensão - PBEX

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

XIX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC

IV CONGRESSO DE INICIAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO

TECNOLÓGICO E INOVAÇÃO – PIBITI

IV CONGRESSO DE EXTENSÃO - PBEX

REITOR

Prof. Dr. Walter Manna Albertoni

VICE-REITOR

Prof. Dr. Ricardo Luiz Smith

CHEFE DE GABINETE

Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão

PRÓ-REITORIAS

Graduação

Prof. Dr. Miguel Roberto Jorge

Pós-Graduação e Pesquisa

Prof. Dr. Arnaldo Lopes Colombo

Extensão

Prof. Dr. Eleonora Menecucci de Oliveira

Assuntos Estudantis

Prof. Dr. Luiz Leduino de Salles Neto

Administração

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COORDENAÇÃO - CONGRESSO

Profa. Dra. Helena Bonciani Nader

COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Comitê Institucional

Adriana Karaoglanovic Carmona

Alessandra El Far

Antonio de Miranda

Aparecida Sadae Tanaka

Brasília Maria Chiari

Clara Lucia Barbieri Mestriner

Clara Regina Brandão de Ávila

Clovis Ryuichi Nakaie

Emília Inoue Sato

Fabiano Fernandes

Flavio Faloppa

Guilherme Ignácio

Isabel Cristina Céspedes

Janine Schimer

José Carlos Costa Baptista da Silva

José Maria Soares Júnior

Luiz Carlos de Oliveira Cecílio

Luiz Eduardo Felipe Abla

Manuel de Jesus Simões

Maria Lucia Oliveira de Souza Formigoni

Marina Soler

Murched Omar Taha

Neusa Pereira da Silva

Olgária Matos

Pedro Paulo Gomes Pereira

Roberto Frussa Filho

Rosário Silvana Genta Lugli

Rosiane Mattar

Sima Godosevicius Katz

Yara Michelacci

Comitê Externo

José Eduardo Krieger

José Luís de Paiva

Olga Celia Martinez Ibanez

Antonio Carlos Seguro

Renata Mota Mamede Carvallo

SECRETÁRIA DO PIBIC/PIBITI E CONGRESSO

(3)

SISTEMA DE COLETA DE DADOS

DESENVOLVIMENTO

Departamento de Gestão da Informação

André Alberto do Prado

Kátia da Silva Diana

Marcello Di Pietro

COLETA DE DADOS

André Alberto do Prado

Kátia da Silva Diana

SITE E CD ROM

Setor de Tecnologia da Informação – PROGRAD

Lidiane Cristina da Silva

Marcelo Antonio Meirinho

Yuri Bittar

ASSESSORIA DE EVENTOS

(4)

A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) tem por objetivo desenvolver, em nível de

excelência, atividades inter-relacionadas de ensino, pesquisa e extensão. As atividades de ensino

compreendem as áreas de graduação, pós-graduação e de extensão.

A UNIFESP criada em 15 de dezembro de 1994, resulta da transformação da Escola Paulista de

Medicina, fundada em junho de 1933, federalizada em janeiro de 1956 e transformada em

estabelecimento isolado de ensino superior de natureza autárquica em setembro de 1964. O curso de

enfermagem teve início em 1939, com a criação da Escola Paulista de Enfermagem. A pesquisa

inicia-se em 1948, com a instalação do laboratório de farmacologia e bioquímica. Novos cursos de graduação

são iniciados em meados da década de 60: Ciências Biomédicas, 1966; Fonoaudiologia, 1968 e

Tecnologia Oftálmica, 1970.

A partir de 2003, a universidade cria, depois de mais de 35 anos, novos cursos de graduação:

Baixada Santista: Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Terapia Ocupacional e Serviço

Social

Diadema: Ciências Ambientais, Ciências Biológicas, Engenharia Química, Farmácia/Bioquímica

Integral e Noturno, Licenciatura Plena em Ciências, Química Industrial e Química;

Guarulhos: Ciências Sociais, Filosofia, História, Pedagogia, História da Arte e Letras;

São José dos Campos: Ciências da Computação, Matemática Computacional e Bacharelado em

Ciência e Tecnologia (BC&T);

São Paulo: Medicina, Enfermagem, Ciências Biomédicas, Fonoaudiologia, Tecnologias em Saúde;

Osasco: Relações Internacionais, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis e Administração.

Deixamos de ser uma universidade temática, integrando em nossas atividades as três grandes áreas

do saber.

O ensino de graduação na UNIFESP, universidade dedicada ao ensino e à pesquisa é fortemente

influenciado por algumas características da Instituição que evidenciam a importância de programa

institucional de iniciação científica:

integração científica e geográfica entre os Departamentos das áreas básicas e profissionais;

corpo docente com titulação pós-graduada em porcentagem superior a 90%;

grupos de excelência em pesquisa e

significativo envolvimento de alunos em programa de iniciação.

O PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) completa em 2011 dezenove

anos na UNIFESP. Esta importante ação indutora do CNPq ampliou de maneira considerável a

iniciação científica na Instituição. No período de agosto/2010 a julho/2011, trezentos e noventa e sete

(397) alunos de graduação receberam bolsa de IC do CNPq (PIBIC e PIBITI), que agora apresentarão

seus trabalhos durante o XIX Congresso de Iniciação Científica, seja na forma de painéis ou de

apresentação oral. Ainda, deverão participar deste Congresso alunos de IC bolsistas da FAPESP, e de

outras agências de fomento que desenvolvem projetos na nossa Instituição, bem como em outras

universidades. Nesta edição do congresso serão apresentados 586 trabalhos de IC desenvolvidos pelos

estudantes de graduação nas diferentes áreas do conhecimento.

O Congresso de Iniciação Científica da UNIFESP tem como objetivos a divulgação dos resultados

de projetos de pesquisa que vem sendo desenvolvidos pelos estudantes de graduação, bem como o

treinamento na apresentação e discussão dos trabalhos. Todos os estudantes, bolsistas ou não do

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apresentação oral. Ainda, os estudantes são os responsáveis pela coordenação dos trabalhos orais,

atuando como presidentes de sessão. Com isso, pretende-se estimular:

o treinamento do estudante de graduação na análise e na interpretação dos dados de sua pesquisa,

bem como na divulgação de seus resultados;

o treinamento na elaboração dos dados para divulgação oral e de cartaz;

a troca de experiência entre pesquisadores de grupos de pesquisa já consagrados e emergentes;

o apoio e a oferta de subsídios teóricos, visando ao aperfeiçoamento daqueles que se qualificam

para a investigação científica;

a vocação e os talentos potenciais para o pensar e o criar cientificamente;

a divulgação de trabalhos de pesquisa desenvolvidos através dos Programas Institucionais da

UNIFESP e de outras Instituições.

Em nome dos docentes e funcionários técnico-administrativos da UNIFESP, em especial de todos

da Pró-Reitoria de Graduação, damos as boas vindas aos participantes, desejando sucesso nesta

reunião, e que as discussões dos resultados sejam de grande proveito no encaminhamento dos

trabalhos de cada um.

Helena Bonciani Nader

Miguel Roberto Jorge

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XIX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC

IV CONGRESSO DE INICIAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E

INOVAÇÃO – PIBITI

IV CONGRESSO DE EXTENSÃO - PBEX

13/06

17:00 horas – Abertura

Palestrante Prof. Dr. Arnaldo Lopes Colombo

Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Local: Teatro Marcos Lindenberg

Prédio dos Anfiteatros - Edifício Costabile Galucci

Rua Botucatu, 862

14/06

08:00 às 10:30 horas - Apresentação Oral

Local: Prédio dos Anfiteatros - Edifício Costabile Galucci

11:00 às 12:00 horas - Apresentação Pôster

Local: Cobertura Estacionamento C

13:00 às 15:30 horas - Apresentação Oral

Local: Prédio dos Anfiteatros - Edifício Costabile Galucci

16:00 às 17:00 horas - Apresentação Pôster

Local: Cobertura Estacionamento C

15/06

08:00 às 10:30 horas - Apresentação Oral

Local: Prédio dos Anfiteatros - Edifício Costabile Galucci

11:00 às 12:00 horas - Apresentação Pôster

Local: Cobertura Estacionamento C

13:00 às 15:30 horas - Apresentação Oral

Local: Prédio dos Anfiteatros - Edifício Costabile Galucci

16:00 às 17:00 horas - Apresentação Pôster

(7)

No XIX Congresso teremos a apresentação de trabalhos nas seguintes áreas:

Área

Total

Ciências Básicas Moleculares

84

Ciências Básicas Morfológicas

35

Cirurgia Aplicada

9

Cirurgia Experimental

19

Distúrbios da Comunicação e Audição

14

Enfermagem

34

Exatas

66

Humanas

110

Medicina Aplicada

112

Medicina Experimental

37

Saúde Coletiva

66

Monitoria

55

Extensão

57

IC – Junior

20

Total geral

718

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Ação de radicais livres no controle da proliferação e diferenciação de células leucêmicas humanas

HL-60

Autores: Cesário, T.A.M.; Ferreira, A.T.

Bolsista: Thalyta Aparecida Munhoz Cesario - Centro Universitário São Camil Orientador: Alice Teixeira Ferreira

Resumo:

As células-tronco hematopoéticas (CTH) apresentam a capacidade de proliferar renovando-se ou diferenciando-se em células especializadas sendo que a maior parte destas células encontra-se em estado quiescente. A condição de hipóxia medular das CTH, junto aos osteoblastos, poderia favorecer o estado quiescente, enquanto que, o aumento de radicais livres, na área próxima dos vasos sanguíneos poderia estar relacionado com a diferenciação das CTH. Contudo, são desconhecidos vários aspectos celulares da relevância da presença dos radicais livres no tecido hematopoético. Sendo assim, nesta primeira parte do projeto, investigaram-se os efeitos dos radicais livres na hematopoese relacionados com a proliferação e diferenciação das células hematopoéticas. Desta forma, foram utilizadas células HL-60 estimuladas com peróxido de hidrogênio sendo a viabilidade celular avaliada por MTT e citometria de fluxo, a proliferação pela contagem de células na câmera de Neubauer e a diferenciação avaliada por imunofenotipagem. Concentrações de H2O2 (1 nM – 50 M) não induziram diminuição da viabilidade celular, porém a concentração de 100 M induziu a morte. Paralelamente foi observado que de 1 a 10 M ocorre proliferação e diferenciação das células HL-60, determinado pelo aumento do número de células totais e mudança do ciclo celular. Assim, estes dados sugerem que o H2O2 pode promover proliferação e diferenciação das células HL-60. Além disso, Verificou-se em maior intensidade a expressão da proteína p-CaMKII quando comparado ao grupo controle; a expressão da proteína p-ERK1/2 apresentou resultado significante, porém a intensidade de expressão foi menor. A p-PKC apresentou significante intensidade de expressão, porém bem menor das proteínas citadas anteriormente. Observou-se menor intensidade de expressão da p-AKT, porém é visível a expressão da proteína. E por fim, a proteína p-PLCg2 apresentou a menor intensidade de expressão comparada ao grupo contole, correspondente ao grupo que não recebeu estímulo de H2O2. Enfim, todas as proteínas estudadas foram expressas, variando a intensidade de fluorescência e possivelmente, a expressão das proteínas estudadas relaciona-se com o mecanismo de H2O2 e a cascata de sinalização intracelular ativada. O estímulo de H2O2 expressa em maior intensidade as proteínas p-CamKII e p-ERK1/2; em intensidade razoável observou-se a expressão da proteína p-PKC e p-Akt frente ao estímulo de H2O2 e por fim, o estímulo de H2O2 expressou em intensidade menor a proteína p- PLCg2.

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Análise da expressão dos antígenos câncer testículo MAGEA4 e MAGEA9 em amostras de câncer

de cabeça e pescoço

Autores: Nani, L.A.; Vettore, A.L.; Zamuner, F.T. Bolsista: Luiz Augusto Silva Nani - UNIFESP Orientador: André Luiz Vettore de Oliveira

Resumo:

O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECP) é uma neoplasia maligna que apresenta altas taxas de incidência e mortalidade. Apesar das inúmeras estratégias no tratamento utilizadas para o CECP, a taxa de sobrevida global encontra-se próxima a 50%, sendo que, o desenvolvimento de recorrências loco-regionais é a principal razão para a falha no tratamento. Evidencias têm demonstrado que o enfraquecimento da resposta imune pode ter um papel importante na instalação, progressão e recorrência dos CECP. Por isso, novas abordagens terapêuticas baseadas em imunoterapia podem ter um grande impacto no tratamento destes pacientes. Os antígenos câncer/testículo (CTAs) formam um grupo de peptídeos cuja expressão está restrita a tumores e a células da linhagem germinativa, o que os coloca em uma posição de excelentes candidatos a vacinas anti-tumorais. Entretanto, há poucos estudos que avaliaram a expressão gênica dos CTAs em CECP. Assim, o estudo proposto tem a finalidade de determinar os níveis de expressão de 2 CTAs (MAGEA-4 e MAGEA-9) em amostras de carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECP) e em amostras de mucosa normal, de indivíduos sem diagnóstico de câncer. Dessa forma, se pretende selecionar possíveis antígenos câncer/testículo que apresentem altas frequências de expressão em CECP, e correlacionar esta expressão com os dados clínico-laboratoriais dos pacientes. A seleção desses dois CTAs se deu através de análises de bancos de dados tais como, CT Antigens Database (http://www.cta.lncc.br/) e de estudos em andamento no Laboratório de Biologia Molecular do Câncer - UNIFESP. O RNA total das amostras foi extraído utilizando-se o reagente Trizol, segundo condições fornecidas pelo fabricante, quantificado em espectrofotômetro e sua integridade avaliada através de eletroforese em gel de agarose 1%. A síntese de cDNA foi realizada utilizando-se a enzima SuperScript III conforme as condições fornecidas pelo fabricante, sendo a sua qualidade verificada por meio da amplificação de um fragmento de 311-pb na região 5‘ do gene NOTCH2. A expressão dos CTAs teve sua avaliação realizada por RT-PCR e eletroforese em gel de agarose 2% corado com Sybr-Safe. As sequências dos primers para todos os CTAs e as condições da reação de RT-PCR são as mesmas disponíveis no site do CT Antigens Database(http://www.cta.lncc.br/).

Na primeira etapa do projeto avaliou-se o nível de expressão dos CTAs alvo do estudo em 72 amostras de CECP, e os genes MAGEA-4 e MAGEA-9 apresentaram sensibilidade de 75% e 43%, respectivamente.

Posteriormente em uma segunda etapa do projeto, foi avaliado o nível de especificidade dos genes MAGEA-4 e MAGEA-9, testadas em amostras de mucosa de pacientes normais sem o diagnóstico de CECP. Os CTAs apresentaram-se como não expressos em nenhuma das 10 amostras, mostrando que os genes alvo do estudo são altamente específicos.

Os resultados demonstram que os CTAs estudados apresentam altas taxas de expressão em casos de CECP, e também que sua expressão é restrita apenas a esse tipo de amostra. Portando, esses genes podem servir de alvos que poderão ser úteis, no futuro, para o desenvolvimento de vacinas terapêuticas, representando uma potencial alternativa de terapia adjuvante para o tratamento convencional destes pacientes.

Participantes: Luiz Augusto Silva Nani, Andre Luiz Vettore de Oliveira, Fernando Tadeu Zamuner Núm.Com.Ética em Pesquisa:1229/09

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1

Ciências Básicas Moleculares

Título:

Atividade biológica de heparinas de baixo massa molecular e heparino-miméticos em células

endoteliais e musculares lisas

Autores: Chiarantin, G.M.D.; Nader, H.B.; Dreyfuss, J.L.; Regatieri, C.V.; Cavalheiro, R. Bolsista: Gabrielly Maria Denadai Chiarantin - UNIFESP

Orientador: Helena Bonciani Nader

Resumo:

Angiogênese é o mecanismo de crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos já existente. Agentes anti-angiogênicos são promissores para tratamento de doenças degenerativas e câncer. Os glicosaminoglicanos e proteoglicanos são macromoléculas presentes na matriz extracelular e superfície celular e estão envolvidos na modulação da neovascularização em condições fisiológicas ou patológicas. Heparinas de baixa massa molecular e seus fragmentos possuem a capacidade de inibir a angiogênese. O objetivo deste trabalho é estudar atividade anti-angiogênica de diferentes heparinas de baixa massa molecular, heparino-miméticos de crustáceos e de enoxaparinas cedidas pela Universidade de Loyola.O ensaio de formação de estruturas do tipo capilar em Matrigel, que é uma membrana basal reconstituída, mimetiza o processo de angiogênese que envolve a organização de células endoteliais em redes tridimensionais. As células endoteliais tratadas com o heparinóide de camarão mostraram uma significante diminuição da formação de estruturas do tipo capilar em todas as concentrações da droga testadas na porcentagem aproximada de 30% em relação ao controle. O ensaio de proliferação celular foi analisado pela incorporação de BrdU, que é um análogo da timidina, e demonstrou que o heparinóide de camarão inibe a síntese de DNA pelas células endoteliais em todas as concentrações testadas, mostrando assim que o composto estudado possui atividade anti-proliferativa nas células endoteliais numa porcentagem entorno de 40% em relação ao controle. O efeito do heparinóide de camarão sobre a viabilidade de células endoteliais e células do epitélio pigmentado da retina foi analisado pelo ensaio de MTT. Os resultados mostram que o heparinóide não afeta a viabilidade de ambas as células analisadas, mesmo nasmaiores concentrações. A análise das enoxaparinas LMWH-1 e LMWH-2 sobre a proliferação celular foi analisada em células endoteliais e musculares lisas, e observou-se que ambas não afetam a proliferação celular em todas as concentrações testadas e nos dois períodos analisado em relação ao controle. O efeito das enoxaparinas sobre a viabilidade de células endoteliais e musculares lisas foi analisado pelo ensaio de MTT. Os resultados mostram que estas não afetam a viabilidade de ambas as células analisadas, mesmo nas maiores concentrações. O efeito das enoxaparinas no perfil dos glicosaminoglicanos foi analisado pela marcação metabólica de sulfato radiotivo [35S], e observou-se que no meio de cultura houve um aumento dose dependente da síntese e liberação de Heparan Sulfato pelas células endoteliais submetidas ao tratamento com a LMWH-1. Pode-se observar um aumento de 16%, 22% e 65% para as concentrações de 1ug/mL,10 ug/mL e 100 ug/mL respectivamente, quando comparadas ao Heparan Sulfato do controle. No entanto, este efeito não é observado quando tratadas com a LMWH-2, não é possível verificar efeito sobre a secreção deste glicosaminoglicano. Com relação Heparan Sulfato encontrado na fração celular, podemos observar que não houve alteração na síntese do Heparan Sulfato (HS) pelas células endoteliais submetidas ao tratamento da LMW-1 e LMW-2, quando comparadas ao controle. Pode-se concluir que o heparinóide de camarão possui propriedades anti-angiogênicas, anti-proliferativas e não afeta a viabilidade celular tanto de células endoteliais quanto de células do epitélio pigmentado da retina (ARPE-19), a qual foi usada neste trabalho já que existe o interesse do desenvolvimento de novos tratamentos para a neovascularização em coróide. E os resultados obtidos com as enoxaparinas são preliminares e necessitam de mais ensaios para possíveis conclusões.

Participantes: Gabrielly Maria Denadai Chiarantin, Helena Bonciani Nader, Juliana L. Dreyfuss, Caio V. Regatieri, Renan Cavalheiro Núm.Com.Ética em Pesquisa:0660/05

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1

Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação da atividade da enzima quitotriosidase como marcador da apneia obstrutiva do sono

Autores: Tamanaha, P.; D'Almeida, V. Bolsista: Priscila Tamanaha - Unifesp Orientador: Vânia D'Almeida

Resumo:

O sono é considerado uma das questões mais importantes da atualidade, isso se levarmos em consideração o tempo que passamos dormindo ao longo da vida, os efeitos provocados tanto por uma noite bem dormida quanto pela falta de sono adequado no desenvolvimento e outros processos fisiológicos do organismo.

Nesse estudo, pretendemos encontrar um candidato a biomarcador da apneia obstrutiva do sono (AOS) e, assim, a enzima escolhida foi a quitotriosidase (QT). Pouco é conhecido sobre essa enzima, que é secretada principalmente por macrófagos, o que sugere sua relação em processos inflamatórios. Dados do nosso laboratório evidenciaram que camundongos albinos suíços privados de sono paradoxal por 72horas apresentam um aumento do nível plasmático da QT, o que nos levantou a hipótese de que na AOS algo semelhante poderia acontecer, já que ocorre uma restrição crônica de sono.

A AOS é um dos distúrbios de sono mais prevalentes, sendo caracterizada por uma obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) das vias aéreas superiores, principalmente a faringe. Isso faz com que, o individuo pare de respirar por alguns segundos ou minutos sem ter um despertar consciente. Uma pessoa apnêica sentirá sonolência e cansaço diurnos, o que poderá facilitar a ocorrência de acidentes como, por exemplo, os automobilísticos.

Assim, se houver um aumento do nível plasmático da enzima QT nos pacientes apnêicos relacionado à graduação do distúrbio (apneia leve, moderada e grave – classificadas de acordo com o número de eventos de apneia/ hipopneia por hora de sono dormida), esse aumento poderá servir como marcador no diagnóstico da AOS. Ressaltando que a dosagem enzimática não substituiria a polissonografia (PSG) - padrão-ouro para diagnóstico de distúrbios de sono -, porém auxiliriaria no encaminhamento de candidatos a PSG e, possivelmente, no acompanhamento da melhora de sintomas induzidos por tratamento com o CPAP (continuous positive airway pressure), além de ser um método com custos mais reduzidos e menos incômodo aos pacintes, já que somente uma coleta de sangue seria necessária. A metodologia consistiu basicamente da utilização de plasmas congelados no -80°C do banco de amostras do EPISONO (estudo epidemiológico sobre distúrbios de sono realizado na cidade de São Paulo). O plasma foi acidificado com ácido cítrico 0,2M e pipetado em placa de 96 poços. Adicionou-se substrato e a placa foi incubada por 30 minutos. Após esse período houve adição de solução para parada da reação e leitura da placa no fluorímetro.

Como há cerca de 11% da população brasileira deficiente da QT (Rodrigues, M et al., 2010), decidimos selecionar os valores das dosagens inferiores ao quartil 1 (<25% dos valores totais) para verificar se haveria deficiência enzimática nesses pacientes ou se eles apresentavam um valor baixo da enzima. Para isso, repetimos a metodologia já descrita, porém com um intervalo de incubação de 4 horas e, os resultados finais que permanecessem negativos ou abaixo de 1 destinamos a genotipagem.

Foram avaliados até o presente momento 84 indivíduos normais (controle), 29 apneicos leves (Al), 37 apneicos moderados (Am), 29 apneicos graves (Ag) e 18 possíveis deficientes. Não encontramos uma diferença significativa entre a atividade de QT os grupos em questão. No entanto, valores maiores parecem ocorrer nos indivíduos com apneia leve, o que poderá ser confirmado com aumento do número da amostras avaliadas. Além disso, os dados obtidos serão correlacionados com outros parêmetros avaliados no EPISONO, com o objetivo de estabelecermos possíveis relações entre a enzima QT e co-morbidades associadas à AOS.

Participantes: Priscila Tamanaha, Vânia D'Almeida Núm.Com.Ética em Pesquisa:CEP 1687/08

(12)

Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação da Interferência do Bloqueio da BMP-9 na Sinalização da Insulina em Tecidos

Insulino-Sensíveis

Autores: Santos, M.D.; Caperuto, L.C. Bolsista: Mayra Domiciano dos Santos - Unifesp Orientador: Luciana Chagas Caperuto

Resumo:

A resistência à insulina é algo essencial em patologias como obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e síndrome plurimetabólica. Existe uma subclasse da superfamília dos fatores de crescimento e transformação (TGF – β), as proteínas BMPs, as quais já foram observadas alterações em sua expressão em patologias relacionadas ao diabetes melitus.

Um estudo identificou a proteína BMP – 9 como um importante e potencial alvo terapêutico. Essa proteína é expressa e secretada pelo fígado e foi proposta como uma candidata a Substância Hepática Sensibilizadora de Insulina (HISS), pois é capaz de regular a expressão de proteínas essenciais no metabolismo da glicose (PEPCK) e ácido graxos (FAS e ME).

Recentemente, o nosso laboratório demonstrou que a expressão e a concentração de BMP – 9 estavam diminuídos em modelos de resistência à insulina. Ainda, demostrou-se que a neutralização da BMP – 9 circulante, através do uso de anticorpo específico causou a intolerância a glicose e resistência à insulina. Diante dessa informação, o objetivo deste trabalho está sendo avaliar os fatores moleculares da via da insulina em tecidos insulino-dependentes (tecido adiposo, soleos, extensor digital longo (EDL) e fígado) que possam estar relacionados com esta resposta biológica. Observou-se que a BMP – 9 regula, agudamente, as ações da insulina apenas no músculo esquelético, mais especificamente, no soleos, (músculo oxidativo). Sabe-se que os músculos oxidativos são mais responsivos a ação da insulina, o que apoia a hipótese da BMP – 9 ser uma substância hepática sensibilizadora de insulina (HISS).

Participantes: Mayra Domiciano dos Sanstos, Luciana Chagas Caperuto Núm.Com.Ética em Pesquisa:Preparo da documentação para e

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação da modulação hematopoética pela Leptina e por seus peptídeos derivados

Autores: Dias, C.C.; Tersariol, I.L.S

Bolsista: Carolina Carvalho Dias - Faculdades Metropolitanas Unid Orientador: Ivarne Luís dos Santos Tersariol

Resumo:

Ao longo dos anos, pesquisadores estão engajados em estudar as células-tronco hematopoéticas (CTH), mais especificamente seus processos regulatórios e mecanismos celulares. Aprofundar-se neste conhecimento é imprescindível, pois como as CTH têm capacidade de se auto-renovarem e/ou de se diferenciarem; futuramente o entendimento e a terapêutica de doenças hematológicas poderiam ser melhores elucidadas.

A leptina é um hormônio responsável por modular o apetite. Entre outros fatores a desregulação neste processo, acarretam danos ao metabolismo causando principalmente a obesidade. No entanto, muitos estudos vêm sendo desenvolvidos pelo papel importante que este hormônio demonstra nos processos inflamatórios, imunológicos e na atividade celular proliferativa hematopoética. A leptina é uma proteína com quatro alfa-hélices, com peso molecular de 16 kDa produzida pelo gene ob. Liga-se no seu receptor que pertencente à família dos receptores do tipo I de citocinas, sem atividade quinase intrínseca e também, ativa a cascata da Janus/Stats e MAPK.

Neste projeto, foram utilizados, seis fragmentos sintéticos da leptina (I, II, III, IV, V e VI) em camundongos C57BL/6, com o objetivo de testar quais dos fragmentos poderiam modular a hematopoese murina. Para tal, os camundongos receberam os peptídeos sintéticos intraperitonealmente na concentração de 1 mg/mL durante 3 dias. Após este período as populações hematopoéticas do baço, no sangue periférico e na medula óssea foram analisadas. A imunofenotipagem das amostras realizou-se por Citometria de Fluxo.

Dentre os peptídeos utilizados, o fragmento V (que corresponde a região Ac-[Ser117]-hLEP116–140–NH2 da leptina), teve maior efeito na modulação hematopoética. Na medula óssea, foi observada uma elevação significante do número de células-tronco hematopoéticas, mas diminuição das células mielocíticas maduras. No sangue e no baço, houve aumento considerável do número de células linfocitárias.

Posteriormente, aumentamos a dose do fragmento V para 3 mg/mL, para verificarmos se acentuaria este efeito. No entanto, não obtivemos um aumento na hematopoese, mas observamos que houve a ativação de linfócitos B, provavelmente por ser uma concentração elevada de peptídeos que leva à ativação do sistema imune animal.

Até o presente momento, os resultados obtidos com os fragmentos sintético da leptina, foram relevantes, somente para a o fragmento V da proteína na concentração de 1mg/mL. De acordo com os resultados obtidos, este fragmento desencadeia uma resposta imunológica, por aumentar o número de células linfocitárias no baço e no sangue periférico. Além disso, pelo fato de ter induzido o aumento de células-tronco progenitoras na medula-óssea, mas não o aumento das formas mielóides maduras, sugere-se que o fragmento V da leptina esteja atuando exclusivamente nesta população primitiva. Para confirmar esta hipótese, serão necessários estudos que permitam avaliar o processo de desenvolvimento das células hematopoéticas ao longo do tempo, o que poderia ser feito com uma cultura de células de longa-duração e culturas em metilcelulose, que permitem avaliar a ação nos progenitores hematopoéticos envolvidos.

Participantes: Carolina Carvalho Dias, Ivarne Luís dos Santos Tersariol Núm.Com.Ética em Pesquisa:022510

(14)

Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação da participação do processo autofágico durante a transformação maligna em células da

linhagem estabelecida de melanócitos murinos (melan-a)

Autores: Antunes, F.; Smaili, S.S. Bolsista: Fernanda Antunes - UNIFESP Orientador: Soraya Soubhi Smaili

Resumo:

Autofagia é uma via lisossomal envolvida no turnover de macromoléculas e organelas celulares e envolve o seqüestro de parte do citoplasma e de organelas para o interior de vacúolos autofágicos que, subsequentemente, fundem-se com os lisossomos, formando assim os autolisosomos onde o material celular capturado é degradado. A via de degradação é induzida sob condições de privação de nutrientes, estresse metabólico, remoção de proteínas danificadas e adaptação ao estresse. Falha na autofagia está envolvida em diversas patologias humanas, incluindo o câncer. Pode agir tanto como supressora tumoral quando remove os componentes danificados que poderiam provocar mutações, quanto como uma proteção para sobrevivência tumoral através da reciclagem de organelas, protegendo conta alguns tratamentos e gerando energia para sobrevivência celular. Como o melanoma origina-se da tranformação malígna de melanócitos e é um dos tipos de câncer de pele mais agressivo devido ao seu alto poder de metátase e apresenta grande resitência aos quimioterápicos; foram utilizadas as linhagens celulares estabelecidas tumorigênica não metastática (4C11-) e metastática (Tm 5) obtidas a partir de sucessivos ciclos de impedimento de ancoragem da linhagem celular melanocítica imortalizada melan-a para o estudo da autofagia durante a progressão tumoral. No presente trabalho avaliamos a relação entre autofagia e apoptose na transformação malígna de melanócitos melan-a. As linhagens foram tratadas com estaurosporina (STS), rapamicina (RAP) e starvation (EBSS) por um período de 24 horas. Vacúolos autofágicos que consistem predominantemente de autolisossomos, considerados um indicativo de autofagia, foram qunatificados por citometria de fluxo após marcação com Acridine Orange. A quantificação do processo apoptótico foi realizada por citometria de fluxo após incubação com iodeto de propídeo para marcação da fragmentação do DNA celular, um indicativo de apoptose. Os resultados demonstram que a STS foi capaz de induzir apoptose em todas as linhagens, no entanto, há uma diminuição da porcentagem de morte celular com o aumento da malignidade. O EBSS também induziu apoptose nas linhagens melan-a e Tm 5. A indução de vacúolos autofágicos após tratamento com EBSS está significativamente aumentada nas linhagens tumorigênicas, sendo que seu maior percentual ocorre na linhagem metastática Tm5. No entanto, o tratamento com RAP induziu aumento de vacúolos autofágicos apenas na linhagem melan-a. O tratamento com STS induziu autofagia nas linhagens 4C11- e Tm5. Nossos resultados sugerem que a tranformação malígna leva a um aumento do processo autofágico e uma diminuição da sensibilidade à morte celular apoptótica, o que pode ser associado à grande incidência de resistência aos tratamentos convencionais com quimioterápicos. Além disso, constatamos que as vias autofágica e apoptótica podem estar relacionadas nessas linhagens celulares.

Participantes: Fernanda Antunes, Soraya Soubhi Smaili Núm.Com.Ética em Pesquisa:1930-10

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação da Resposta Imune Específica para Melanoma em camundongos imunizados com células

dendríticas oriundas de animais tratados com Propionibacterium acnes

Autores: Pimenta, B.S.O.; Ishimura, M.E.; Teixeira, D.; Gambero, M.; Longo-Maugéri, I.M. Bolsista: Bruna Sanches Ozane Pimenta - UNIFESP

Orientador: Ieda Maria Longo Maugéri

Resumo:

A eficácia de adjuvantes tanto em imunoterapia quanto em imunoprofilaxia tem sido demonstrada em diversos estudos, uma vez que essas substâncias são capazes de potencializar ou modular a resposta imune protetora a diferentes antígenos. Dentre os adjuvantes estudados destacam-se os de natureza biológica, como a suspensão de Propionibacterium acnes (P. acnes) morta pelo calor ou pelo fenol.

Há muito tem sido descrito que a P. acnes aumenta a função fagocítica e tumoricida de macrófagos; aumenta a resposta de anticorpos a diferentes antígenos; potencializa o choque endotóxico ao LPS e induz síntese de citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas. Foi demonstrado em nosso laboratório que a suspensão de P. acnes morta pelo calor também é capaz de modular diferentes populações celulares aumentando o número absoluto de células tronco hematopoiéticas, bem como o número de células dendríticas indiferenciadas na medula óssea de camundongos tratados e, in vitro, é capaz de aumentar a diferenciação das células dendríticas. Estas células são as principais responsáveis por induzir resposta imune eficaz e protetora, influenciando tanto células da imunidade inata como adaptativa.

Já foi demonstrado em nosso laboratório que a P. acnes é capaz de modular a resposta de linfócitos TCD4 perfil Th2 para Th1 e aumentar a atividade citotóxica de macrófagos e células NK frente a células de melanoma murino.

Assim, no presente estudo, avaliaremos a resposta imune específica antitumoral de camundongos C57BL/6 imunizados com células dendríticas oriundas de animais tratados ou não com P. acnes ou maturadas, in vitro, pela suspensão bacteriana e pulsadas com antígenos de extrato de melanoma murino.

Inicialmente, estudamos o perfil celular dos animais imunizados com células do exsudato peritoneal de animais tratados ou não com P. acnes e pulsadas ou não com extrato tumoral.

Até o momento, devido à padronização da metodologia não temos resultados conclusivos por termos feito um único experimento e devido ao tempo do início do projeto (2 meses).

Participantes: Bruna Sanches Ozane Pimenta, Mayari Eika Ishimura, Daniela Teixeira, Mônica Gambero, Ieda Maria Longo Maugéri Núm.Com.Ética em Pesquisa:CEP: 0383/11

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

AVALIAÇÃO DE GLICOSAMINOGLICANOS E PROTEOGLICANOS EM PLACENTAS DE

GESTANTES COM PRÉ-ECLAMPSIA

Autores: Souza, R.S.; Pinhal, M.A.S.

Bolsista: Renan Salvioni de Souza - Faculdade de Medicina do ABC - Orientador: Maria Aparecida da Silva Pinhal

Resumo:

A pré-eclampsia é definida como o surgimento de hipertensão arterial associada à proteinúria significativa a partir da 20ª semana de gravidez e/ou edema generalizado em mulheres previamente normotensas. A doença tem maior incidência entre as mulheres nulíparas, mulheres que concebem com as técnicas de reprodução assistida e que sofrem de doenças auto-imunes. A pré-eclampsia é responsável por 20 a 25% de mortalidade perinatal e a principal causa de morte materna em alguns países. O objetivo do presente estudo será investigar componentes da matriz extracelular, como glicosaminoglicanos, proteoglicanos e heparanase em placentas de pacientes com pré-eclampsia comparativamente com placentas de mulheres não acometidas, visando avaliar possíveis alterações que ocorrem na matriz extracelular que possam correlacionar com o desenvolvimento da doença e desse modo, melhor compreender os mecanismos moleculares envolvidos na fisiopatologia.

Os resultados obtidos demonstraram aumento de glicosaminoglicanos sulfatados (dermatam sulfato e heparam sulfato) e diminuição de ácido hialurônico em placentas de pacientes com pré-eclampsia, comparativamente com tecidos placentários não acometidos pela doença. A avaliação histopatológica de placentas de pacientes com pré-eclampsia, em comparação com placentas de pacientes saudáveis, mostrou que existe evidente aumento da quantidade de vasos nos vilos, espessamento dos vasos com diminuição do lúmen por deposição de fibrina, podendo ocorrer necrose fibrinóide nos mesmos, evidências de áreas de infarto e maior deposição de cálcio. Aumento expressivo de perlecam no estroma e em trofoblastos em placentas de pacientes com pré-eclampsia comparativamente com placentas não acometidas pela doença foi observado por técnicas de imunohistoquímica. A avaliação do colágeno tipo I e dos proteoglicanos versicam, decorim e biglican também demonstraram alteração da distribuição e aumento de tais moléculas em placentas acometidas por pré-eclampsia.

O aumento dos proteoglicanos de heparam sulfato e de proteoglicanos de dermatam sulfato / condroitim sulfato em placentas com pré-eclampsia corrobora com os dados bioquímicos que evidenciam aumento dos glicosaminoglicanos em tal tecido, sugerindo possivelmente o envolvimento de glicosaminoglicanos e proteoglicanos no desenvolvimento desta doença.

Participantes: Renan Salvioni de Souza, Maria Aparecida da Silva Pinhal Núm.Com.Ética em Pesquisa:FMABC 259/2009

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO AMBIENTE ENRIQUECIDO SOBRE O PROCESSO DE

DESMIELINIZAÇÃO E REMIELINIZAÇÃO

Autores: Oliveira, N.S.; Castro, G.M.; Boilensen, S.N.; Ossanai , D.M.T.; Assis, C.A.R. Bolsista: Nathalia Serra de Oliveira - UNIFESP

Orientador: Glaucia Monteiro de Castro

Resumo:

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, inflamatória, desmielinizante do Sistema Nervoso Central (SNC). Componentes do SNC atuam como antígenos, atraindo células do sistema imune, ocasionando a destruição do oligodendrócito e, conseqüentemente, levando ao processo de desmielinização. A desmielinização induzida com cuprizona desencadeia alterações comportamentais nos animais, cuja susceptibilidade ao tratamento é variável nas diferentes estruturas cerebrais. Desta forma, as alterações comportamentais, motoras e sensoriais refletem o comprometimento em regiões específicas do SNC. Estudos recentes fornecem novos parâmetros sobre os mecanismos de neuroplasticidade em relação ao enriquecimento ambiental e sua relevância para o envelhecimento e doenças neurodegenerativas O enriquecimento ambiental é uma condição de habitação para animais que permite maior estimulação sensorial, motora, social e cognitiva em relação às condições padrões encontradas nos laboratórios proporcionando a reorganização funcional dos circuitos neuronais

OBJETIVO

O presente projeto tem o objetivo de determinar a ocorrência de desmielinização e relacionando a resposta comportamental com achados neuropatológicos em animais tratados com cuprizona expostos a um ambiente enriquecido

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados ratos da linhagem Lewis, machos adquiridos do Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica (CEMIB-UNICAMP), com idade de sete semanas, separados em 8 grupos experimentais e mantidos no biotério do departamento de Biociências, Campus Baixada Santista-UNIFESP. Os animais controle receberam ração comercial moída e o grupo tratado recebeu ração moída com adição de cuprizona (0,6%) por 4 semanas. Os grupos que passaram por o período de recuperação receberam a ração comercial sem mais uma semana, totalizando 5 semanas. (CEP 103/2010). Animais pertencentes aos grupos de ambiente enriquecido foram expostos a sessões diárias de uma hora durante todo o período experimental. Na primeira, terceira e última semana do tratamento, os animais foram submetidos a testes de comportamento (campo aberto, walking track e labirinto em cruz) e neurotoxicidade (Functional Observation Battery - FOB). Ao final do tratamento os animais foram anestesiados e perfundidos.

RESULTADOS

Em nossos resultados parciais o tratamento com a cuprizona induz a redução significativa do peso. Grupos tratados com cuprizona apresentam escores de neurotoxicidade significativamente mais elevados (p < 0,001) 15 dias após início do tratamento. Os resultados do teste Walking Track demonstraram impressão completa e uniforme das patas dos animais do grupo controle na folha de teste. Por outro lado, a impressão das patas dos animais tratados apresentou-se errátil e sem uniformidade de caminhada e na distancia entre as pegadas. Animais expostos ao ambiente enriquecido e ao período de recuperação imprimem as patas mais uniformemente, semelhante aos dos animais controle. No Campo aberto notou-se redução gradual da quantidade de cruzamentos e na exploração vertical (p<0, 001) com o decorrer do tratamento nos grupos tratados com cuprizona quando comparado ao grupo controle, por outro lado animais tratados expostos ao ambiente enriquecido apresentam índices semelhantes aos dos animais controle. No teste do labirinto em cruz não houve diferenças significativas no número de entradas no braço aberto e no braço fechado entre os grupos experimentais. Entretanto, com o decorrer do tratamento, o grupo cuprizona aumentou significativamente (p<0, 001) sua permanência no braço fechado e diminuiu significativamente (p<0, 001) sua permanência no braço aberto. Animais tratados que frequentaram sessões de ambiente enriquecido apresentam índices semelhantes ao grupo controle após o período de recuperação. Esta dados sugerem que a exposição ao ambiente enriquecido atua na recuperação dos animais tratados com cuprizona.

Participantes: Nathalia Serra de Oliveira, Glaucia Monteiro de Castro, Sabine Nunes Boilensen, Danielle Mayume Takeishi Ossanai , Carine Abrahão Rodrigues Assis

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação do Perfil de Metilação de Promotores Gênicos em Margens Cirúrgicas de Pacientes com

Carcinoma Epidermóide de Cabeça e Pescoço.

Autores: Caron, K.L.

Bolsista: Kaio Luis Caron Leonardo - UNIFESP Orientador: André Luiz Vettore de Oliveira

Resumo:

O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECP) é uma doença com alta incidência e mortalidade, ocupando o sexto lugar no ranking mundial. Várias estratégias têm sido utilizadas no tratamento do CECP, mas a taxa de sobrevida global em 5 anos ainda continua próxima a 50%. O desenvolvimento de recorrências loco-regionais é a principal razão para a falha no tratamento, sendo que a presença de tumor microscópico nas margens cirúrgicas contribui para o aumento da taxa de recorrência local e redução da sobrevida global. Considerando esses fatos, a obtenção de margens cirúrgicas livres de tumor torna-se importantíssima para a sobrevida livre de doença dos pacientes.

A extensão da ressecção cirúrgica é determinada durante a cirurgia através de exame histológico de tecido congelado corado com Hematoxilina-Eosina (H&E). Entretanto, este exame tem baixa sensibilidade, não detectando alterações moleculares que não implicam em alterações histológicas nas margens cirúrgicas. Uma vez que as alterações moleculares precedem as alterações histológicas, torna-se de extrema importância a identificação de marcadores moleculares que permitam identificar células que já tenham acumulado alterações malignas, sem que ainda tenham apresentado sinal histológico, não sendo, portanto, detectadas pelos exames e técnicas histopatológicas convencionais. Sendo assim, este estudo visa avaliar o perfil de metilação da região promotora de diversos genes em amostras de tumores primários e de margens cirúrgicas de pacientes, e com isso, verificar a utilidade destes marcadores em detectar a presença de células tumorais em margens cirúrgicas com histologia negativa.

Esse projeto avaliou, num primeiro momento, um total de 10 amostras de CECP e margens cirúrgicas pareadas e, numa segunda etapa, foram analisadas mais 23 amostras de margens cirúrgicas.

Considerando as duas partes do projeto, a análise do nível de hipermetilação foi feita para os genes AIM1, CCNA1, DCC, P16, TIMP3, THBS1 e DAPK em 10 amostras de CECP‘s e 33 margens cirúrgicas, sendo desse total 10 amostras pareadas. As análises mostraram que os genes citados estão hipermetilados em 20%, 70%, 30%, 20%, 50%, 20% e 10% das amostras tumorais, respectivamente. Além dos tumores, as margens pareadas também foram analisadas e apresentaram 36,4%, 33,3%, 6,1%, 0%, 75,8%, 70% e 36,4% de hipermetilação para os respectivos genes.

Os resultados mostram que os genes avaliados estavam frequentemente hipermetilados nas amostras de CECP. Além disso, apesar de esta metilação ser específica de tumores, margens diagnosticadas histologicamente como livres de tumor também apresentaram hipermetilação na região promotora dos genes AIM1, DCC, DAPK, TIMP3, THBS1 e CCNA1. Este resultado indica a presença de alterações moleculares não detectadas pelo exame histológico que talvez possam contribuir para o desenvolvimento de recidivas.

Participantes: Kaio Luis Caron Leonardo Núm.Com.Ética em Pesquisa:1639/09

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO EMPREGO DA GOMESINA E DE ALGUNS DE SEUS

ANÁLOGOS COMO DROGA ANTITUMORAL

Autores: Braga, L.F.; Miranda, A. Bolsista: Luiz Fernando Braga - UNIFESP Orientador: Antonio de Miranda

Resumo:

A gomesina (Gm) é um potente peptídeo antimicrobiano que apresenta a seguinte estrutura primária: Pyr1-Cys-Arg-Arg-Leu5-Cys-Tyr-Lys-Gln-Arg10-Cys-Val-Thr-Tyr-Cys15-Arg-Gly-Arg-NH2. Os quatro resíduos de cisteína formam duas pontes de dissulfeto nas posições 2-15 e 6-11. O isolamento da molécula foi realizado a partir de hemócitos da aranha Ancathoscurria gomesiana. Nessa etapa do projeto foram sintetizados e estudados os seguintes compostos: Gm e [Trp7]-Gm alem dos análogos lineares e não hemolíticos, [Ser2,6,11,15]-Gm, [D-Thr2,6,11,15,Pro9]-D-Gm e [Thr2,6,11,15,D-Pro9]-Gm. Os peptídeos foram sintetizados pelo método da fase sólida empregando-se a estratégia t-Boc. Os mesmos foram purificados por cromatografia liquida de fase reversa e caracterizados por LC/ESI-MS. Os efeitos causados pelos peptídeos na morte de células de melanoma murino, B16-F-10, foram avaliados pelo ensaio com MTT e por Microscopia Confocal. Inicialmente, observamos que a Gm e todos os análogos causaram uma diminuição significativa na viabilidade celular. O efeito sobre a viabilidade celular de diferentes concentrações de peptídeos (1,38 a 440 mm) foi então avaliado pelo ensaio do MTT após 24 h de incubação. Neste caso, observamos que 10 μM de Gm e [Trp7]-Gm foram capazes de diminuir em torno de 95% a viabilidade celular. Por outro lado, para atingir o mesmo efeito foram necessários 200 μM dos análogos lineares. Estes resultados nos levaram a concluir que as pontes de dissulfeto foram muito importantes para a atividade dos peptídeos. Com o objetivo de compreender os diferentes mecanismos de ação, marcamos a Gm e a [Ser2,6,11,15]-Gm com o fluoróforo rodamina (Rd) e observamos a permeação celular dos peptídeos por microscopia confocal. O comportamento na penetração celular dos dois peptídeos foi completamente distinto. A [Lys(Rd)8]-Gm (5 μM) penetra mais intensa e rapidamente que a [Ser2,6,11,15, Lys(Rd)8]-Gm (100 μM) e com um padrão de penetração completamente diferente. A partir de nossos resultados, concluímos que a presença das pontes de dissulfeto é fundamental para a atividade citotóxica da Gm e está diretamente relacionada com o mecanismo de permeação da molécula nas células.

Financiamento: CNPq, CAPES e FAPESP.

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Avaliação molecular ampliada do gene RET em pacientes com carcinoma medular de tireóide

negativo para as mutações clássicas

Autores: Sittoni, M.Y.; Lindsey, S.C.; Kunii, I.S.; Camacho, C.P.; Valente, F.O.F.; Maciel, R.M.B; Silva, M.R.D. Bolsista: Misaki Yamada Sittoni - Unifesp

Orientador: Magnus Regios Dias da Silva

Resumo:

Introdução

O carcinoma medular de tiroide (CMT) pode ocorrer como uma doença esporádica ou hereditária. A forma hereditária é causada por mutações germinativas no oncogene RET (rearranged during transfection) e pode apresentar-se como CMT familiar, neoplasia endócrina múltipla 2A ou neoplasia endócrina múltipla 2B. A maioria dos laboratórios analisa apenas os exons com as mutações mais freqüentes (hotspots). O objetivo deste projeto é avaliar o benefício do seqüenciamento completo do gene RET em pacientes com tumor aparentemente esporádico.

Metodologia

Foram selecionados 60 pacientes do ambulatório da UNIFESP com CMT aparentemente esporádico, ou seja, sem detecção de mutação germinativa no RET nos exons 8, 10, 11, 13, 14, 15 e 16, para análise genética completa do RET através de amplificação por reação de polimerase em cadeia (PCR) seguida de seqüenciamento e análise utilizando o software BioEdit.

Resultados

Foram criados novos primers para os exons não-hotspot (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 12, 17, 18, 19 e 20) e suas condições padronizadas para a realização da PCR e posterior seqüenciamento, o que foi utilizado na rotina do Laboratório de Endocrinologia Molecular e Translacional sempre que a expansão do sequenciamento para os outros exons fosse solicitada.

Até o momento, foram analisados 40 pacientes, nos quais não foram encontradas mutações nos outros exons do RET, tendo sido detectados polimorfismos no exon 2 (A45A), no exon 7 (A432A) e no exon 12 (S836S). Além disso, foram observados diversos polimorfismos intrônicos.

Discussão

O seqüenciamento completo do gene RET em casos suspeitos para doença hereditária e negativos para as mutações mais frequentes é recomendado pela American Thyroid Association1. No entanto, neste estudo, até o momento, nenhum caso suspeito apresentou mutação nos exons não-hotspots. A identificação de polimorfismos pode ser interessante, já que os mesmos podem modular o fenótipo da doença2. No entanto, novos estudos serão necessários para avaliar o custo-benefício da análise ampliada do RET.

Referências bibliográficas:

1) Kloos RT, Eng C, Evans DB, Francis GL, Gagel RF, Gharib H, et al. Medullary thyroid cancer: management guidelines of the American Thyroid Association. Thyroid. 2009 Jun;19(6):565-612.

2) Tamanaha R, Camacho CP, Pereira AC, Da Silva AMÁ, Maciel RMB and Cerutti JM. Evaluation of RET polymorphisms in a six-generation family with G533C RET mutation: specific RET variants may modulate age at onset and clinical presentation. Clinical Endocrinology. 2009 Jul; 71: 56–64.

Participantes: Misaki Yamada Sittoni, Susan Chow Lindsey, Ilda Sizue Kunii, Cleber Pinto Camacho, Flavia Oliveira Facuri Valente, Rui Monteiro de Barros Maciel, Magnus Regios Dias da Silva

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E PURIFICAÇÃO DE ENZIMAS AMINOLÍTICAS DE

MICRORGANISMOS ISOLADOS NA COMPOSTAGEM DO ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO

Autores: Spinellli, X.R.; Vallim, M.A. Bolsista: Rafael Xavier Spinelli - UNIFESP Orientador: Marcelo Afonso Vallim

Resumo:

Atualmente, existem diversas tipos de enzimas utilizadas no ambiente industrial que facilitam os processos produtivos e contribuem para fabricação de produtos com maior valor agregado. Entre essas enzimas destacam-se as amilases. Elas representam uma classe extensa com diversos tipos de enzimas, como: alfa-amilase, beta-amilase, glucobeta-amilase, clomaltodextrina e alfa-glucosidase. Estas enzimas têm aplicação principalmente na indústria alimentícia, química e farmacêutica (Betoldo & Antranikian, 2002). As amilases são produzidas por fungos, bactérias e actinomicetos. Previamente, o nosso grupo de pesquisa desenvolveu um trabalho de prospeção e seleção de microrganismos amilolíticos provenientes da compostagem do Parque Zoológico de São Paulo, a qual é composta por diversos tipos de resíduos orgânicos, como excrementos dos animais do zoológico, restos de cama, restos de poda, material vegetal proveniente da mata atlântica, lodo, etc. Foram identificadas 10 bactérias amilolíticas da compostagem, as quais foram selecionadas com base na atividade enzimática quantificada pelo método do açúcar redutor e identificadas pelo sequenciamento da subunidade menor do ribossomo (16S). Este projeto de iniciação científica visa à caracterização de enzimas amilolíticas extracelulares produzidas por estas 10 bactérias através de zimografia em gel de poliacrilamida e estabelecer um método de purificação da amilase produzida por um deste isolados (UED644) pertencente ao gênero Bacillus sp.

Participantes: Rafael Xavier Spinelli, Marcelo Afonso Vallim Núm.Com.Ética em Pesquisa:2009/52030-5

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Caracterização de Anticorpos para Inibidores de Proteases Extraídos de Sementes de Caesalpinia

echinata (Pau-Brasil). Imunolocalização dos Inibidores na Planta.

Autores: Arruda, T.V.; Araujo, M.S.; Andreotti, A.J.G.; Coronado, I.; Buck, H.S.; Balthazar, J.; Garcia, P.P Bolsista: THAIS VOLPIANO ARRUDA - Universidade Metodista de So P

Orientador: Mariana da Silva Araujo

Resumo:

As proteases são enzimas que participam de diversos processos biológicos e sua ação pode ser controlada, dentre outras formas, pela formação de complexos com inibidores proteicos. Por serem essenciais à vida, os inibidores de proteases são encontrados em todos os organismos. Dentre as plantas, as leguminosas são as que apresentam grandes quantidades de inibidores em sementes, frutos e raízes, mas seu papel fisiológico ainda é objeto de estudo. Nosso grupo já purificou e caracterizou inibidores de calicreína plasmática, plasmina, fator XII, fator X e catepsina G (CeKI) e de elastase (CeEI), presentes nas sementes de Caesalpinia echinata (pau-brasil). Esses inibidores foram utilizados, com sucesso, em modelos de inflamação em pata de ratos, psoríase em camundongos, inflamação pulmonar aguda em ratos e melanoma humano (CeKI) e de edema pulmonar em coelho (CeEI). Recentemente, um anticorpo contra essas proteínas, produzido em nosso laboratório, foi reconhecido por Western Blotting em extratos de sementes, flores jovens e botões de flores. O objetivo do presente trabalho foi melhor caracterizar esse anticorpo e tentar localizar o CeKI e o CeEI em diferentes tecidos da C. echinata por imunohistoquímica. É sabido que, durante o desenvolvimento das sementes dessa leguminosa, ocorre um progressivo aumento do cotilédone embrionário e conseqüente diminuição do endosperma. Então, na semente madura, as marcações obtidas dos imunocomplexos (antígeno-anticorpo) indicaram a presença dos inibidores CeKI e CeEI totalmente distribuídos por toda a região do cotilédone. Desse modo, pode-se sugerir que espode-ses inibidores tenham diferentes funções: na pode-semente quiescente, eles agiriam como reguladores de proteapode-ses endógenas, além de protetores contra a ação de predadores, sejam eles microorganismos, larvas ou insetos; na fase de germinação, eles atuariam como reserva proteica na fase inicial do desenvolvimento de uma nova plântula.

Participantes: Thais Volpiano Arruda, Mariana da Silva Araujo, Andrezza J. Gozzo Andreotti, Indianara Coronado, Hudson de Sousa Buck, Janaína Balthazar, Priscila Praxedes Garcia

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Caracterização de marcadores moleculares de autofagia e apoptose em cultura de fibroblastos de

modelo animal de MPS I

Autores: Santos, M.V.; Pereira, V.G.; Viana, G.M.; Martins, A.M.; D'Almeida, V. Bolsista: Michelle Venancio dos Santos - Unifesp

Orientador: Vânia D'Almeida

Resumo:

A mupolissacaridose do tipo I (MPS I) é uma doença hereditária rara, transmitida sob a forma autossômica recessiva, ocasionada pela deficiência da enzima lisossomal α-L-iduronidase (IDUA), a qual é responsável pela degradação de glicosaminoglicanos (GAGs). Essa enzima, especificamente, degrada dois tipos de glicosaminoglicanos: heparam sulfato e dermatam sulfato. Uma vez não degradados, eles acumulam-se em diferentes tecidos e órgãos, levando a um comprometimento multisistêmico. Em um trabalho recentemente publicado pelo nosso grupo foram verificadas alterações na homeostase iônica e na permeabilidade lisossomal de esplenócitos de camundongos com MPS I, o que fornece evidências do envolvimento de vias de sinalização secundárias à deficiência enzimática lisossomal no desenvolvimento da doença.

Dessa forma, acredita-se que apenas a deficiência enzimática em si e o acúmulo lisossomal consequente da mesma sejam insuficientes para explicar a complexa sintomatololgia da doença. Assim, esse estudo visa justamente encontrar vias secundárias que possam auxiliar no entendimento da MPS I. O objetivo deste trabalho é investigar e relacionar os processos de autofagia (relação LC3-I/LC3-II, beclin-1 e p62) e apoptose (presença de marcadores anti e pró-apoptóticos) em diferentes tipos de tecidos de camundongos Idua +/+ (n=3) e -/- (n=3).

Até o presente momento, foram estabelecidas culturas de fibroblastos peritoneias de 3 animais (2 -/- e 1 +/+), que tiveram suas proteínas extraídas e congeladas. Devido à baixa quantidade de proteínas extraída e enquanto espera-se que outros animais atinjam a idade de 3 meses para a realização das culturas restantes, optou-se pela realização de testes preliminares utilizando-optou-se a técnica de Western Blotting em tecidos (fígado e cérebro) de camundongos Idua +/+ e -/-, para que optou-se possa padronizar a técnica e, então, aplicá-la nas amostras já armazenadas.

A investigação de alterações no metabolismo celular neste modelo animal de MPS I gera um maior entendimento sobre a fisiopatologia da doença, já que os mecanismos celulares responsáveis pela mesma ainda não foram totalmente esclarecidos. A exploração destas áreas é de grande importância também para auxiliar no desenvolvimento de métodos terapêuticos para essa doença.

Participantes: Michelle Venancio dos Santos, Vanessa Gonçalves Pereira, Gustavo Monteiro Viana, Ana Maria Martins, Vânia D'Almeida Núm.Com.Ética em Pesquisa:0594/10

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

CARACTERIZAÇÃO DE NOVOS AUTOANTICORPOS EM AMOSTRAS DE PACIENTES COM

DOENÇAS REUMÁTICAS AUTOIMUNES

Autores: Cavazzoni, C.B.; Andrade, L.E.C. Bolsista: Cecilia Bataglioli Cavazzoni - UNIFESP Orientador: Luís Eduardo Coelho Andrade

Resumo:

As doenças autoimunes são condições inflamatórias crônicas associadas à reação do indivíduo contra determinadas estruturas que pertencem a seu próprio organismo, que se traduz pelo aparecimento de autoanticorpos circulantes em altos títulos e/ou linfócitos T autorreativos. No contexto das doenças autoimunes, tais autoanticorpos possuem características peculiares, apresentando alta avidez e sendo encontrados em altos níveis séricos, sendo úteis para o diagnóstico e monitoramento de doenças autoimunes.

O diagnóstico das doenças reumáticas autoimunes baseia-se em critérios diagnósticos que incluem manifestações clínicas e exames laboratoriais, uma vez que não há um agente etiológico conhecido. Os exames laboratoriais específicos solicitados nos casos de suspeita de doença reumática autoimune compreendem pesquisa e identificação de autoanticorpos, dosagem do complemento total e frações, determinação de antígenos de histocompatibilidade humana e dosagem e caracterização de crioglobulinas.

Um dos principais testes utilizados para rastreamento de autoanticorpos é o teste do fator antinúcleo (FAN) por imunofluorescência indireta. Para identificação da especificidade de autoanticorpos são empregadas outras técnicas. Por apresentar um ótimo perfil de especificidade, a imunodifusão dupla é o método de escolha para identificação de autoanticorpos e vem sendo aplicado no Laboratório de Doenças Autoimunes da Disciplina de Reumatologia da UNIFESP há cerca de 30 anos. Ao longo dos anos, foi coletado um número razoável de amostras que apresentam linha de precipitação que não tem padrão de identidade com nenhum dos soros padrão para anti-SS-A/Ro, anti-SS-B/La, anti-RNP, anti-Sm, anti-Scl-70 e anti-Jo-1. Essas linhas de precipitação não identificadas (LNI) podem representar autoanticorpos de natureza desconhecida.

Acredita-se que a caracterização e conhecimento dos autoanticorpos e seus antígenos poderão trazer subsídios para o entendimento dos mecanismos fisiopatológicos e etiopatogênicos envolvidos na autoimunidade. Assim, o presente estudo teve por objetivo caracterizar os autoanticorpos presentes em amostras que apresentaram linha de precipitação não identificada (LNI) no painel de ENA (extractable nuclear antigens) expandido (anti-SS-A/Ro, anti-SS-B/La, anti-RNP, anti-Sm, anti-Scl-70 e anti-Jo-1).

A partir de conjuntos de amostras mantidas na Disciplina de Reumatologia por apresentarem linha de precipitação não identificada, que apresentaram padrão semelhante em imunofluorêscencia (ANA-HEp-2), foram realizados ensaios sucessivos de imunodifusão dupla de Outcherlony (IDD). As amostras que apresentaram linhas com padrão de identidade entre si foram agrupadas em conjuntos de identidade imunológica.

Uma vez identificados dois sistemas de autoanticorpos, denominados LNI-1 e LNI-2, a caracterização dos mesmos prosseguiu mediante a determinação do peso molecular dos respectivos autoantígenos por western blot com extrato de fígado de rata, que possui uma grande variedade de antígenos protéicos.

Os resultados preliminares permitiram a identificação de dois novos sistemas de autoanticorpos, através de estratégia semelhante àquela empregada por diversos pesquisadores na identificação de autoanticorpos já consagrados, como aqueles contra os antígenos Sm, U1-RNP, SS-A/Ro, SS-B/La, Jo-1, Scl-70 e PM/Scl. Os conjuntos identidade sugerem a presença de autoanticorpos diferentes dos investigados na rotina laboratorial e a possibilidade de caracterização de autoanticorpos não conhecidos até o momento.

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Ciências Básicas Moleculares

Título:

Caracterização experimental da participação do condicionamento interoceptivo na dependência à

cocaína

Autores: Berro, L.F.; Hollais, A.W.; Santos, R.; Morgado, F.; Yokoyama, T.S.; Silva, D.N.E.; Ribeiro Borçoi, A.; Wuo-Silva, R.; Frussa-Filho, R. Bolsista: Lais Fernanda Berro - Unifesp

Orientador: Roberto Frussa Filho

Resumo:

A sensibilização comportamental é caracterizada por um aumento persistente e progressivo no efeito de ativação psicomotora das drogas, o que com frequência é visto quando drogas de abuso são administradas de forma repetida e intermitente. Esse é um modelo animal extremamente importante por ser uma maneira simples, porém confiável, de caracterizar experimentalmente o aumento do desejo compulsivo pela droga, uma vez que as neuroadaptações que levam a ele em humanos são as mesmas que levam à hiperatividade locomotora em roedores. Essa sensibilização locomotora já foi vista simplesmente como uma manifestação da plasticidade celular que ocorre como conseqüência de exposição repetida a drogas de abuso. Porém, a sensibilização é frequentemente reduzida se os animais são testados em um ambiente onde não tiveram experiências com a droga anteriormente, mesmo seguindo tratamentos que produzem uma sensibilização muito acentuada. Esse fenômeno tem sido chamado de ―sensibilização contexto-específica‖ e suporta uma visão associativa da sensibilização, na qual ela é considerada um exemplo de condicionamento droga-contexto clássico. Dessa forma, atualmente admite-se a sensibilização como abrangente de ambas teorias, em que a administração repetida da droga levaria, não-associativamente, a uma sensibilização neuronal, o que poderia alterar diretamente a resposta incondicionada à droga. Contudo, sob algumas circunstâncias, o estímulo contextual poderia ganhar um poderoso controle sobre a habilidade do substrato neuronal sensibilizado de influenciar no comportamento. Portanto, a sensibilização da atividade locomotora seria uma forma não associativa de manifesto comportamental da neuroplasticidade como um aumento em um efeito não condicionado da droga que, no caso de algumas drogas, como a cocaína, é modulado pelo aprendizado associativo. Em 1998, Carey e Gui visavam determinar a contribuição relativa da resposta condicionada da cocaína aos efeitos da sensibilização comportamental a essa droga. Os achados demonstraram que a resposta condicionada à cocaína não se soma à resposta da cocaína induzida pela droga, os efeitos da sensibilização foram específicos ao contexto e, ainda, mesmo que as propriedades de estímulo condicionado das pistas ambientais tivessem sido inativadas por processo de extinção clássica, os efeitos da sensibilização persistiram. Tendo em vista que as pistas contextuais são restritas às pistas ambientais exteroceptivas, o que resta para explicar esse fenômeno são as pistas interoceptivas contíguas da cocaína. Portanto, os estímulos interoceptivos da droga somar-se-iam às pistas contextuais e, nesse sentido, forneceriam uma fonte adicional de estímulos que poderiam tornar-se associados à resposta de droga da cocaína. Ou seja, o tratamento repetido com cocaína no ambiente do desafio poderia levar ao desenvolvimento de um ciclo de inter-relações entre pistas interoceptivas, pitas exteroceptivas e o efeito euforizante da droga. Dentre os efeitos interoceptivos da cocaína, os mais drásticos e evidentes são os cardiovasculares. Já foi demonstrado que os efeitos cardiovasculares dessa droga são mediados por processos farmacológicos diferentes daqueles envolvidos nos efeitos comportamentais da cocaína. Esses dados são importantes na medida em que os tratamentos contra os efeitos comportamentais da cocaína não necessariamente antagonizam seus efeitos cardiovasculares. Dessa forma, o presente estudo visa caracterizar experimentalmente a participação do condicionamento interoceptivo no processo de sensibilização comportamental como dependência química à cocaína, tornando evidente a relação entre pistas interoceptivas simpáticas, pistas exteroceptivas e o efeito euforizante da cocaína nesse processo, fazendo uso do processo de sensibilização comportamental como modelo animal de dependência química, além do agonista beta-1 Dobutamina (1,5 mg/Kg) como simpatomimético e do antagonista beta-1 Atenolol (2 mg/Kg) como simpatolítico durante os experimentos.

Participantes: Laís Fernanda Berro, André Willian Hollais, Renan dos Santos, Fiorella Morgado, Thaís Suemi Yokoyama, Daniela de Noronha Estebanez Silva, Aline Ribeiro Borçoi, Raphael Wuo da Silva, Roberto Frussa Filho

Referências

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