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ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E FORMAÇÃO DOCENTE EM GEOGRAFIA NO CAMPUS DO SERTÃO-UFAL.

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ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E FORMAÇÃO DOCENTE EM GEOGRAFIA NO CAMPUS DO SERTÃO-UFAL.

Edjane Vieira Domingos UFAL, edjane_domingos@hotmail.com Leônidas de Santana Marques UFAL, leonidas.marques@delmiro.ufal.br

INTRODUÇÃO

Este artigo traz reflexões construídas a partir de um conjunto de leituras feitas para a construção do trabalho de conclusão do curso de Geografia – Licenciatura, no Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), leituras estas necessárias para a consolidação do estágio na perspectiva da formação de professores por meio de uma perspectiva crítico-reflexiva. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é analisar o estágio supervisionado curricular do curso de Licenciatura em Geografia do Campus do Sertão - UFAL, através do Projeto Político Pedagógico do curso e do processo de normatização interna, considerando a contextualização, as concepções de estágio e a importância do estágio ao longo do período formativo para o futuro professor de Geografia. Neste sentido, intenta-se analisar também a contextualização histórica da legislação de estágio no Brasil.

A partir de analises buscamos construir reflexões sobre o estágio curricular supervisionado de geografia. Neste sentido o artigo está dividido em três partes: Na primeira serão discutidas as contextualizações sobre o estágio curricular supervisionado, pautando seu significado, suas diferentes concepções acerca da fala de autoras como Pimenta e Lima (2004), relatando sua importância para a futura formação docente. Na segunda parte será discutida a legislação do estágio supervisionado no Brasil, analisando historicamente suas leis e decretos que corresponderam a diversas mudanças na legislação do estágio desde a década de setenta até a contemporaneidade. Na terceira

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e ultima parte será discutida quais as propostas do projeto político pedagógico e normatizações curriculares do curso de geografia - licenciatura no campus do sertão da UFAL, para a efetivação do estágio curricular supervisionado.

CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO.

Ao contextualizar o Estágio Curricular Supervisionado na formação inicial de professores é necessário compreender o que significa estágio supervisionado bem como analisar suas diferentes concepções como “campo de conhecimento” do futuro profissional docente. Nesse exercício de significação devemos entender que a palavra estágio está denominado como o momento de conhecimento prático que o estagiário exercita sua futura profissão, seja ela no campo de estágio de medicina, estágio de engenharia ou estágio pedagógico, dentre outros. Sob a supervisão, inspeção e direcionamento de um profissional que possa então analisar e revisar a efetivação daquele estágio.

Nesse sentido o próprio significado da palavra já apresenta o que vem a ser o estágio. O estágio supervisionado é, portanto o momento de aprendizagem e experiência do futuro profissional docente, experiência vivenciada através de suas atividades e estudos práticos, sobre a supervisão de um profissional já formado, que lhes darão direção das atividades a serem efetuadas. Cabe salientar que o estágio aqui analisado é o estágio curricular, que busca a formação dos alunos como profissional docente, uma vez que nesse campo de experiência seu objeto de aprendizagem e analise é o campo de atuação. Para isso Pimenta e Lima (2004) fazem uma diferenciação entre o estagio curricular e estagio profissional, para as autoras:

O estágio curricular é o campo de conhecimento, portanto volta-se a uma visão ampla deste. O estágio profissional, por sua vez, tem por objetivo inserir os alunos no campo de trabalho, configurando uma porta de entrada a este, portanto volta-se à especialização e treinamento nas rotinas de determinado segmento do mercado de trabalho. (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 24).

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Assim o estágio curricular se define como campo de conhecimento por atuar na área direta de estudo, que nesse caso será a escola e as instituições que o professor irá atuar enquanto docente. O estágio curricular supervisionado é a relação teoria e prática, uma interação que deve ser indissociável. Nessa perspectiva vários autores apresentam concepções sobre o estágio; na perspectiva de estágio como campo de conhecimento, Pimenta e Lima (2004) apresentam diferentes concepções sobre o estágio, as autoras escrevem que,

O estágio, ao contrário do que se propugnava, não é atividade prática, mas teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendida esta como atividade de transformação da realidade. Nesse sentido, o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, esta, sim objeto da práxis. Ou seja, é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá. (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 45).

É nessa relação de práxis que o estágio torna-se importante, pois se consolida como um componente fundamental para a efetivação da formação do futuro profissional docente, através da interação teoria e prática num mesmo momento, uma vez que enquanto se produz uma atividade prática, o estagiário pode ao mesmo tempo analisar e refletir sobre aquela realidade, teorizando-a posteriormente. O estágio não se reduz a aplicação de atividade prática no campo de estudo, com a aplicação da teoria desvinculada da realidade, ou então somente o uso de teorias científicas.

Nessa direção, a prática evidencia uma atividade de ação, ação essa num sentido de reflexão, que o sujeito enquanto pratica, pensa sobre seus valores, comportamentos e objetivos. Já a teoria nesse sentido torna-se essencial, pois para Pimenta e Lima (2004) as teorias têm um papel que é,

Iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise e investigação que permitem questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos, e ao mesmo tempo, colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as teorias são explicações sempre provisórias da realidade. (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 43).

Ao mesmo tempo em que as teorias servem para investigar as práticas dos sujeitos e instituições, possibilitam também aos futuros docentes a compreensão de sua

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profissão futura, permitindo-os a ter uma visão mais ampla sobre sua carreira a seguir e da realidade. Corroborando com essa visão Pimentel e Pontuschka (2010, p. 69) consideram o estágio supervisionado como sendo “um espaço privilegiado, lócus da relação teoria/ prática, possibilitando uma vivência pessoal e profissional (criar sua identidade) que é essencial para sustentar as reflexões necessárias sobre sua profissionalização.” O estágio possibilita a reflexão quanto a sua prática e futura profissão, uma vez que a sua vivência no âmbito escolar torna-se necessário para a construção de sua identidade. A partir desses aportes teóricos sobre estágio curricular, devem-se considerar quais são as legislações que regulamentam os estágios, para entender a necessidade de integração prática-teoria na formação do futuro docente. A LEGISLAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO BRASIL

O estágio supervisionado, como componente curricular obrigatório nos cursos de licenciatura, é um momento fundamental no processo de formação do futuro docente. Considerando essa perspectiva de estágio, é necessário discorrer e analisar a legislação educacional que rege e regulamenta os estágios. As modificações da legislação ao longo do tempo evidenciaram sempre inquietudes para a formação do docente enquanto profissional.

O estágio teve sua regulamentação iniciada a partir da Lei nº 6.495 de 7 de dezembro de 1977 que dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e ensino profissionalizante do 2º grau e supletivo. Esta Lei foi regulamentada pelo decreto nº 87.497 de 18 de agosto de 1982. Este decreto teve alguns dispositivos modificados pela Lei nº 8.859 de 23 de março de 1994, que passa a estender aos alunos de ensino especial o direito à participação em atividades de estágio, que até então não tinham acesso ao estágio. Porém todas as Leis e decretos foram revogados pela Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 que em sua regulamentação dispõe em seu art. 1º o estágio como:

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos

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finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. (BRASIL, 2008).

A legislação define ainda em seu art. 1º, § 2º que o “estágiovisa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho”. Nota-se que essa legislação mais recente de 2008 exemplifica o estágio como uma proposta de desenvolvimento profissional do estagiário, através de seu período de experiência, porem não compete em suas definições à importância do estágio para a construção da identidade profissional do docente.

Com as novas regulamentações da Lei nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, o modelo anterior de estágio 3+1 definido como três anos para o estudo das disciplinas específicas e um ano para a formação docente, com “disciplinas pedagógicas”, é então modificado, denominado como prática de ensino. Esse modelo apresenta-se até os dias atuais como fragmentado nos cursos de licenciatura, uma vez que o as disciplinas de campo teórico não interagiam com as disciplinas práticas, limitando os estagiários no quesito de conhecimento da atividade docente.

A fragmentação teoria e prática são comuns nos cursos de licenciatura de geografia, principalmente pela confusão que determinados licenciados fazem em relação ao curso de licenciatura que na maioria das vezes atrela-se ao curso de bacharel, tornando o curso meramente cientifico. Não que se queira aqui denominar uma dicotomia entre licenciatura e bacharelado, uma vez que essa questão é permeada há décadas. Porém deve-se admitir que no campo de conhecimento de práticas pedagógicas e atividade docente, o graduando deve-se sim especificar quanto à diferença do curso estando ciente de qual curso está seguindo. Como a licenciatura está voltada para o ensino, o discente querendo ou não deve estar apto para a prática docente, atrelando a sua formação a diversos saberes.

Com a Lei nº 9394/96 surgem assim novas expectativas com relação ao melhor desenvolvimento e integração da teoria e prática nos estágios curriculares

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supervisionados, principalmente com as resoluções CNE/CP1 de 18 de fevereiro de 2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Nos fundamentos dessas diretrizes para a formação docente, temos uma diversidade de atividades docentes com componentes curriculares que perpassam por diversos eixos temáticos. No que se refere à geografia, essas diretrizes possibilitam ao docente o desenvolvimento de um ensino crítico, com um raciocínio espacial sobre as transformações e dinâmicas da sociedade e do mundo, uma leitura diferenciada enquanto professor de geografia.

Na resolução do CNE/CP2 de 19 de fevereiro de 2002, que institui a duração e a Carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior, a nova estrutura de proporcionar maior integração entre teoria e prática. As modificações na legislação educacional referente ao estágio supervisionado que passa de 300 horas mínimas de prática de ensino para 400 horas acarretam numa valorização no campo de estágio curricular e horas de atividades práticas no ensino, porém apresenta também questionamentos por autores em relação à distribuição das “2.800 horas dos cursos de formação”.

Essa distribuição revela uma proposta curricular fragmentada, que perpetua a separação entre teoria e prática, o fazer e o pensar. Assim, mantém-se o tradicional desprestígio da área de conhecimento. Em conseqüência, a desvalorização dos professores como intelectuais em permanente formação. (PIMENTA; LIMA, 2004, P. 87).

Corroborando com Pimenta e Lima, esta fragmentação nos cursos de licenciatura em geografia é visível, a separação teoria e prática são evidenciadas quando se inicia o período de estágio que ocorre na metade do curso. O futuro professor vê a etapa de estágio como parte prática, entendendo a teoria como parte em que se aplica no estágio. Na geografia, a centralidade das competências provoca a redução do saber docente, uma vez que o estágio passa despercebido nos cursos, aparecendo apenas como parte prática em que ocorrem os treinamentos de competências e de práticas

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instrumentais, definidos por realização de fichas e relatórios. Na resolução são 400 horas de práticas durante todo o curso destinadas a atividades que proporcionam o futuro docente a desenvolver suas saberes pedagógicas, metodológicos e específicos. O que se vê nas licenciaturas e dando ênfase à geografia é a desvinculação e o desvio dessas horas práticas para atividades que não concebe esses saberes citados. Em conseqüência disso, ficam as indagações em relação à formação dos professores de geografia, cabendo questionar: que tipo de professor/profissional se quer formar na área de geografia?

O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: PROPOSTA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E NORMATIZAÇÕES CURRICULARES DO CURSO DE GEOGRAFIA - LICENCIATURA NO CAMPUS DO SERTÃO DA UFAL.

O curso de Geografia – Licenciatura no Campus do Sertão-UFAL, foi ofertado devido à carência de professores formados nessa disciplina, o que demandou o presente curso para atender a deficiência de docentes de geografia nas redes municipais e estaduais da região. O Campus do Sertão- UFAL está localizado na cidade de Delmiro Gouveia, no sertão alagoano, fazendo limite com os estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe.

A busca por uma boa qualidade de ensino fez com que o curso de Geografia- Licenciatura procurasse superar a carência que existe na região, tanto no quesito qualitativo de ensino quanto quantitativo dos professores. Nessa perspectiva de formação docente de qualidade, o Projeto Político Pedagógico do curso de Geografia-Licenciatura do Campus do Sertão, ressalta que,

É imprescindível que o profissional licenciado em Geografia adquira um embasamento científico-didático e metodológico que lhe permita acompanhar o dinamismo que caracteriza o mundo contemporâneo, busque o conhecimento de forma continuada, tendo condições de articular a teoria com a prática, estabelecendo a interação entre a escola e a comunidade onde estão inseridos os alunos, contribuindo, assim, por meio da ciência, para a formação de cidadãos aptos para analisar e intervir, criticamente, na realidade em que vivem e atuam. (BRASIL, 2011, P. 07).

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Nesse sentido, o estágio corrobora com essas expectativas que buscam a articulação entre teoria e prática, o desenvolvimento de um conhecimento geográfico com o vivido e cotidiano dos alunos, da comunidade do entorno da escola. Esse embasamento científico- didático deve ser iniciado já na realização do estágio e nas atividades práticas que o curso contempla nas suas diretrizes. O curso de Geografia- Licenciatura contempla às 400 horas de estágio supervisionado, seguindo as novas regras institucionais a nível nacional, de acordo com a Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008. Em suas normatizações o estágio supervisionado do curso de Geografia- Licenciatura tem como objetivo principal, “Formar profissionais críticos, resilientes e protagonistas para atuar no Ensino Fundamental e Médio.” Estes futuros professores tem uma tarefa fundamental que é “intervir na sociedade de forma transformadora, compromissada e ética, com responsabilidade social e educacional.”

Dispondo desses objetivos de formar professores críticos, as Normatizações do Estágio Supervisionado do Campus do Sertão afirmam que o estagiário vai integrar um ensino vigente na região e no país, unindo as disciplinas com a prática escolar, oferecendo subsídios e apoio ao estagiário, através da supervisão e orientação pedagógica para a formação docente. As normatizações dos estágios permitem uma aprendizagem ao graduando de forma com que o mesmo constitua uma reflexão sobre o seu processo formativo, sobre o ensino escolar, sobre os conhecimentos científicos apreendidos na academia com as aprendizagens construídas na sala de aula, concebendo assim um conjunto de conhecimentos para desenvolvimento profissional. Analisando o Projeto Político Pedagógico do curso de Geografia- Licenciatura, temos as seguintes ementas dos estágios supervisionados:

 Estágio Supervisionado I: Conhecimento do espaço escolar em suas múltiplas dimensões. Elementos e relações internas e externas que compõem o espaço escolar. Estrutura administrativa e pedagógica da escola pública e particular. As diversas atividades escolares, com ênfase na disciplina Geografia.

 Estágio Supervisionado II: Conhecimento do espaço escolar em suas múltiplas dimensões. Elementos e relações internas e externas que compõe o espaço

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escolar. Legislação e Ensino de Geografia. O ensino de Geografia no Brasil. O ensino de Geografia no estado de Alagoas. O ensino de Geografia e os diversos programas educacionais: educação indígena, educação à distância, educação especial, educação infantil, educação rural e educação em assentamentos rurais de reforma agrária.

 Estágio Supervisionado III: Preparação, execução e avaliação de projeto de ensino/aprendizagem. Vivência direta da prática de ensino em Geografia, através da regência de classe, em escolas públicas, privadas ou em programas/projetos educacionais. Preparação de relatório com a apresentação das atividades desenvolvidas em sala de aula.

 Estágio Supervisionado IV: Preparação, execução e avaliação de projeto de ensino/aprendizagem. Vivência direta da prática de ensino em Geografia, através da regência de classe, em escolas públicas, privadas ou em programas/projetos educacionais. Preparação de relatório com a apresentação das atividades desenvolvidas em sala de aula.

Considerando a estruturação da ementa do estágio, vale ressaltar que às quatrocentas horas disponíveis para o estágio se fazem necessárias. Se levarmos em consideração os objetivos que denominam o processo de formação docente de geografia, analisando essa ementa cabe ainda salientar que o embasamento teórico sobre o que é o estágio e sua importância para a formação inicial docente é fundamental. Seguir a etapa teórica do estágio, com a bibliografia que está disposta nas ementas de cada estágio no Projeto do curso é necessário para o estagiário, uma vez que esses conhecimentos são elementares para a inserção do estagiário no âmbito escolar. A não interpretação sobre leituras de alguns autores sobre o significado do estágio para a docência acarreta em dificuldades para o estagiário, principalmente para a formação do professor de geografia que se traduz num profissional que deve está apto a discutir as transformações do mundo a partir dos contextos estudados com seus alunos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio curricular supervisionado como construtor de conhecimentos possibilita que o estagiário desenvolva saberes necessários para a sua formação enquanto docente. Para futuro professor de geografia o estágio é o momento que contempla a práxis docente, em que vai desenvolver e analisar sua prática, através do seu desenvolvimento em sala de aula.

Mesmo com a pesquisa em andamento, as leituras feitas para a construção do trabalho de conclusão do curso de Geografia – Licenciatura, no Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mostram a importância do estágio supervisionado para a realidade da descoberta da profissão do futuro docente de geografia, uma vez que o estágio se consolida como atividade que estuda a realidade. Na articulação teoria e prática o estagiário além de refletir sobre sua prática, irá se defrontar com a realidade que é a sala de aula, a instituição escolar, a comunidade que está no entorno da escola, a articulação de seus conhecimentos acadêmicos com o desenvolvimento dos conteúdos em sala de aula, favorecendo a aprendizagem do aluno.

A legislação dispõe em seus regulamentos 400 horas para a efetivação dos estágios supervisionados, horas essas que são contempladas ao estagiário para integração teoria e prática, e principalmente para a construção de sua identidade docente enquanto futuro profissional. O estágio supervisionado é efetivado de acordo com as Normatizações e o Projeto Político Pedagógico do curso de Geografia- Licenciatura do Campus Sertão-UFAL. Ao analisar percebem-se divergências entre as normatizações e o PPP do curso em relação às práticas que são efetivadas durante os períodos de estágios, cabe então refletir sobre essa prática e buscar um estágio que contemple primeiramente uma práxis docente capaz de construir no estagiário uma reflexão sobre sua formação enquanto futuro profissional docente.

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BRASIL. CONGRESSO NACIONAL. Lei nº 6494 de 7 de dezembro de 1977. Dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimento de ensino superior e ensino profissionalizante do 2º grau e Supletivo e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6494.htm>. Acessado em: 26 Abril 2014. BRASIL. CONGRESSO NACIONAL. Decreto nº 87, 497 de 18 de agosto de 1982. Regulamenta a Lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, que dispõe sobre o estágio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de 2º grau regular e supletivo, nos limites que especifica e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d87497.htm>. Acessado em: 26 Abril 2014.

BRASIL. CONGRESSO NACIONAL. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm#art92>. Acessado em: 27 de Abril 2014.

BRASIL. Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, Brasília, 2008. Disponível em: < www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm >. Acessado em: 27 Abril 2014.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP nº1 de 18

de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de

Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf>. Acessado em: 27 Abril 2014.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP2 de 19 de

Fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de

graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf>. Acessado em: 26 Abril 2014.

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BRASIL. UFAL – Universidade Federal de Alagoas, Campus do Sertão. Projeto

Político-Pedagógico do curso de Geografia – Licenciatura. Delmiro Gouveia, agosto

de 2011.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004.

PIMENTEL, C.; PONTUSCHKA, N. N. Representações sobre o estágio na formação inicial de professores de Geografia. Olhar de Professor, Ponta Grossa, n. 13, dez. 2011.

Referências

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