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ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO CONSTRUÇÃO DA FORMAÇÃO DOCENTE

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Academic year: 2022

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VIII SEMLICA – Campus IV/UEPB

Catolé do Rocha – PB - 07 a 10 de novembro de 2017

CADERNO VERDE DE AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - ISSN 2358-2367 (http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/cvads)

ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO CONSTRUÇÃO DA FORMAÇÃO DOCENTE

GISELE LOPES DOS SANTOS1, DALILA REGINA MOTA DE MELO2, ALBANISA PEREIRA DE LIMA SANTOS3, ADRIANA SILVA SANTOS4, JULIANA FORMIGA

ALMEIDA5, JESCIKA ALVES RIBEIRO PEREIRA6

1Universidade Federal de Campina Grande/ gisele1612@gmail.com

2Universidade Estadual da Paraíba/ dalilaregina@hotmail.com

3Universidade Federal de Campina Grande /albalima339@gmail.com

4Universidade Federal de Campina Grande/ drica_pl@hotmail.com

5Universidade Federal de Campina Grande / julianaformiga962@gmail.com

6Universidade Federal de Campina Grande / jsk@hotmail.com

Resumo

O objetivo deste relatório é enfatizar a experiência educacional vivenciada durante o estágio, no intuito de estabelecer a formação inicial docente e formar concepções mais concretas sobre o futuro profissional. O presente estudo foi desenvolvido em dois centros educacionais, um de nível fundamental (Centro de Ensino Fundamental Luzia Maia) e o outro de ensino Médio (Escola Agro técnica do Cajueiro), no ano de 2015 e 2016, durante as atividades dos componentes curriculares Estágio Supervisionado II e III, no curso de Licenciatura Plena em Ciências Agrárias, da Universidade Estadual da Paraíba, Campus IV, ambos localizados na cidade de Catolé do Rocha – PB. O estudo contribuiu de forma significativa para ampliar conhecimentos específicos e despertar o interesse por ações e metodologias de ensino, visto que, a teoria não forma o docente por completo, sendo o estágio o momento da formação de percepções mais profissionais.

Palavras-chave: Perfil educador. Ciências Agrárias. Licenciatura.

Introdução

O componente curricular Estágio Supervisionado dedicado à intervenção é um dos mais importantes no meio acadêmico, pois, é durante a realização do mesmo que o discente pode ter de fato o contato com a prática, fundamental à visão do futuro meio profissional. Por meio da experiência a compreensão intelectual sobre docência se encontra muito mais ampla, levando o acadêmico a identificar novas e variadas estratégias para solucionar problemas que muitas vezes ele nem imaginaria encontrar no seu ambiente de trabalho (ROSSI, 2012).

No inicio do Estágio, muitas expectativas se fazem presentes, tais como: a) desempenhar da melhor forma o papel do professor; b) incentivar os alunos a buscar o

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conhecimento; c) analisar possíveis falhas a fim de melhora-las; d) conseguir dominar o conteúdo da disciplina; e) obtenção de um bom material didático e f) se identificar com o meio. Porém, essas expectativas muitas vezes não são totalmente alcançadas, contudo, as experiências vivenciadas em sala de aula são sempre responsáveis por proporcionar uma linha de pensamento mais critica frente às dificuldades que venham a surgir na carreira docente, a exemplo disto temos a: necessidade de buscar atualizar-se e se capacitar frente às novas metodologias de ensino as quais passam por processos de mudanças contínuas devido à frequente mudança de público (ALMEIDA; PIMENTA, 2015).

Percebe-se então que o estágio supervisionado é o momento da graduação em que, os saberes acumulados desde a formação inicial até à prática efetuada e vivenciada no contexto dinâmico e complexo das escolas, se chocam e provocam o aperfeiçoamento, ou seja, é nesse momento que os conteúdos teóricos aprendidos no decorrer do curso são associados e colocados em prática (SOUZA, 2016).

Como nos afirma Mafuani (2011), à experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno, considerando que cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados. Ao chegar à universidade o aluno se depara com o conhecimento teórico, porém muitas vezes, é difícil relacionar teoria e prática se o estudante não vivenciar momentos reais em que será preciso analisar o cotidiano.

Segundo Filho (2010), o estágio supervisionado não é somente um simples cumprimento de exigências acadêmicas, apresenta-se também como oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Além, de ser um importante instrumento de integração entre universidade, escola e comunidade. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi relatar a experiência vivenciada durante os Estágios Supervisionados II e III e apresentar a reflexão da prática educativa interventiva.

Material e Métodos

O estudo foi desenvolvido nos centros: Centro de Ensino Fundamental Luzia Maia e Escola Agrotécnica do Cajueiro (nível fundamental e médio respectivamente) ambas situadas na cidade de Catolé do Rocha – PB, no período compreendido de 23 de Fevereiro a 10 de Julho de 2015 e 13 de Abril a 12 de Maio de 2016 na devida ordem. Durante os cumprimentos das atividades dos componentes curriculares: Estágio Supervisionado II e III, no curso de Licenciatura Plena em Ciências Agrárias, da Universidade Estadual da Paraíba, realizando-se intervenções em sala de aula. Foram utilizados conteúdos programáticos, empregados pelos professores titulares das escolas, sendo realizadas pesquisas bibliográficas a

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fim de incrementar o aprendizado do estagiário sobre o tema. As intervenções foram realizadas no 6º ano (D) e 2º ano (A e B) com as disciplinas Ciências e Forragicultura, respectivamente.

Resultados e Discussão

Estágio

No primeiro momento de atuação como estagiária, se estabelece a convicção de que não nos encontramos mais apenas como aluno naquele espaço, agora os olhos passam a estabelecer outra visão de ângulo, verificando mais que antes todo o espaço escolar e os seus devidos recursos que favorecerão a transmissão de conhecimentos aos alunos que ali anseiam pelo novo membro que está representando seu professor, este que até então era acostumado a assumir aquela responsabilidade todos os dias, percebendo-se então que o receio de fracassar torna-se ao mesmo tempo inimigo e aliado da sua construção profissional. De acordo com Linhares et al., (2014) é essa experiência em sala de aula que possibilita reflexão crítica e forma a identidade do educador.

A partir disto percebe-se a criação de um vínculo com toda esta situação e há a execução do saber teórico, que aos poucos se estende e o nosso convívio com o futuro profissional ao decorrer desta experiência vai nos lapidando e nos aperfeiçoando, mesmo não sendo esta uma tarefa fácil, pois como afirma Lima (2012), o Estágio Curricular Supervisionado é um sistema complexo que envolve a universidade, a escola, estagiários, professores das duas instituições, alunos de hábitos, valores e crenças diferentes e a vivencia de um cotidiano muitas vezes carregado de contradições e conflitos.

Visto ainda que há casos que o ambiente de sala de aula é encarado pelos alunos como um lugar monótono no qual muitas vezes se sentem obrigados a está, tal situação pode estar ligada a uma serie de fatores como problemas familiares, falta de recursos escolares e motivação dos profissionais, tornando-se estes grandes desafios para os estagiários. Segundo Tavares e Costa (2015) a vinculação entre teoria e prática nem sempre ocorre de maneira tranquila e as dificuldades aparecem, sejam elas de caráter institucional ou pessoal, em razão de que a realização do estágio depende de fatores externo ao próprio curso.

O comprometimento durante o estágio, juntamente com o planejamento de aulas que se sucedam preferencialmente com o professor supervisor ou titular, colaboram para o melhor desempenho do estagiário, sendo o mesmo estimulado a realizar uma análise reflexiva pessoal a cada momento vivido em sala de aula, podendo este concretizar a formulação de metodologias mais profissionais para implementar em suas aulas, já que é fundamental a

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utilização de metodologias que motivem os alunos, como: aulas expositivas dialogadas, bom material didático que necessite intervenção dos alunos e atividades práticas. Para Scalabrine Molinari (2013) um estágio comprometido é garantia de sucesso em sala de aula, devendo este proporcionar a capacidade de enfrentar e superar os desafios da profissão.

Diagnósticos do campo de estágio

A busca por meios que motivem os estagiários a aproveitarem seus momentos de intervenção é importante, o professor supervisor, bem como, o efetivo da disciplina são os principais incentivadores para que isto aconteça, o entusiasmo e o apoio do mesmo passa para o estagiário segurança e isto facilita a adaptação ao futuro meio educacional.

Durante o estágio os problemas devem ser encarados de forma reflexiva, a convivência com professores e alunos revela a realidade da profissão, a escola não deixa de ser um ambiente formador e que liga indivíduos por meio da transmissão de conhecimento, sendo assim o estagiário que irá lidar com este espaço deve passar por uma intensa preparação de formação prática, sendo necessária esta ocupar grande parte do seu tempo e dedicação, já que é o professor a ferramenta capaz de fazer a diferença, mudando a realidade e concepção de diversos educandos através de sua forma de ensinar e de lidar com os mesmos. Conforme Souza (2016) no decorrer da formação docente não deve haver apenas a apreensão quanto ao repasse de conhecimentos, mas, sobretudo o anseio pela reflexão diante as práticas pedagógicas, guiando a ação profissional e tornando o licenciando construtor de seu próprio conhecimento.

A partir das intervenções e experiências realizadas, há a possibilidade de um aprendizado significante sobre a prática docente, ou seja, de forma mais completa, encarando e lidando com a sala de aula de forma atuante, decisiva, investigante e pesquisadora, podendo essas características serem adquiridas somente durante este momento de intervenção, e são necessárias e indispensáveis para qualquer profissional (FREITAS; JAURRETCHE, 2013).

O estágio supervisionado contribuiu com a formação inicial mediante ao ato de provocar a reflexão. Diante disto é possível compreender que é por intermédio da transição da teoria para a prática que ocorre o processo de construção da identidade docente, possibilitando o seu aperfeiçoamento (LINHARES et al., 2014).

Conclusão

É por meio das experiências vivenciadas durante o Estágio Supervisionado que surgem oportunidades de conhecimento, essenciais para lidar com determinadas situações que venham a ocorrer no decorrer da futura profissão. Sendo relevante o incentivo e

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acompanhamento do professor titular, bem como do professor supervisor.

Referências

ALMEIDA, M. I. de.; PIMENTA, S.G. (Orgs). Estágios supervisionados na formação docente: Educação básica e educação de jovens e adultos. São Paulo, SP: Editora Cortez, 2015. 156p.

FREITAS, A. A. de. & JAURRETCHE, J. A importância dos estágios na formação docente em artes visuais – Univali Parfor. REDIVI - Revista de Divulgação Interdisciplinar do Núcleo das Licenciaturas. v.1, n.1, 2013.

FILHO, A. P. O Estágio Supervisionado e sua importância na formação docente. P@rtes.

Dezembro de 2010. Disponível em:

<http://www.partes.com.br/educacao/estagiosupervisionado.asp>. Acesso em: 21 de Outubro de 2017.

MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível em:

<http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=1259>. Acesso em: 20 de Outubro de 2017.

LIMA, M. S. L. A prática de ensino, o estágio supervisionado e o pibid:

perspectivas e diretrizes para os cursos de licenciatura. In: XVI ENDIPE - ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICAS DE ENSINO. Anais... Campinas:SP, 2012. p.1- 13.

LINHARES, P. C. A.; IRINEU, T. H.S. da.; SILVA,J. N. da.; FIGUEREDO,J. P. de.;

SOUSA, T. P. de. A importância da escola, aluno, estágio supervisionado e todo o processo educacional na formação inicial do professor. NUPEAT–IESA–UFG, v.4, n.2, p. 115-127, 2014.

ROSSI, D. F. A importância do estágio supervisionado. São Paulo: ETEC de Tiquatira, 2012. Disponível em: < http://www.etectiquatira.com.br/estagio.pdf>. Acesso em: 26 de Outubro de 2017.

SCALABRIN, I. C.; MOLINARI, A. M. C. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. Revista unar, v.7, n. 1, 2013.

SOUZA C. S. dos. Estágio supervisionado: desafios e contribuições no processo de formação docente. In: III CONEDU CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Anais... Natal: RN, 2016. p.1-9.

TAVARES, N. P. & COSTA, L. F. M. O estágio supervisionado na formação do futuro professor de matemática: expectativas, dificuldades e realizações. Juiz de Fora, MG: UFJF, 2015. p.5. Disponível em: <http://www.ufjf.br/emem/files/2015/10.pdf>. Acesso em 20 de Outubro de 2017.

Referências

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