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Editora da Universidade Estadual de Londrina

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Academic year: 2021

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A Eduel é afiliada à Conselho Editorial

Diretora

Neide Maria Jardinette Zaninelli (Presidente) Ângela Pereira Teixeira Victória Palma Carlos Roberto de Resende Miranda Ernesto Fernando Ferreyra Ramirez Gilmar Arruda

Maria Luiza Marinho Marta Dantas da Silva Odilon Vidotto

Pedro Paulo da Silva Ayrosa Rossana Lott Rodrigues Neide Maria Jardinette Zaninelli

Editora da Universidade Estadual de Londrina Reitor

Vice-Reitor

Wilmar Sachetin Marçal Cesar Antonio Caggiano Santos

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Fugindo da morte: imigração de judeus alemães para Rolândia/PR, na década de 1930. / Hermann Iark Oberdiek.- Londrina: EDUEL, 2007. 2. ed. rev. 212p.: il.; 23cm

1. Judeus alemães. 2. Migração - Rolândia (Pr). 3. colonização - Norte do Paraná. I. Título.

CDU: 325.14 (816.2 Rolândia) O12f Oberdiek, Hermann Iark

ISBN 978-85-7216-459-7

Direitos reservados a

Editora da Universidade Estadual de Londrina Campus Universitário Caixa Postal 6001 86051-990 Londrina PR Fone/Fax: (43) 3371-4674 e-mail: eduel@uel.br www.uel.br/editora

Impresso no Brasil / Printed in Brazil Depósito Legal na Biblioteca Nacional 2007

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Catalogação na publicação elaborada pela Bibliotecária Neide Maria Jardinette Zaninelli/CRB-9/884.

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“Se a aparência e a essência dos fenômenos fossem a mesma coisa, a ciência seria desnecessária”.

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Trabalho realizado sob os auspícios da CAPES e da Universidade Estadual de Londrina, com a ori-entação do Prof. Dr. Dióres Santos Abreu. A todos, meu profundo agradecimento. Um agradecimento todo especial é dirigido à minha companheira Azu-cena e a meus filhos Fabián, Maurício e Fernando, aos quais, ademais, dedico este trabalho. Sem a paciência, incentivo e compreensão de minha com-panheira sei que seria bem mais difícil a tarefa. E sem a compreensão da necessidade do silêncio e isolamento por parte de meus filhos, seguramente, seria impossível.

(7)

SUMÁRIO

PREFÁCIO...I

I. UMA VISÃO DO PROCESSO EM EMBASAMENTOS TEÓRICOS...01

I.1. As Razões deste Estudo...11

I.2. Embasamento das Informações...14

I.3. A Comunidade Judaica...19

I.4. Metodologia e Outras Considerações Teóricas...24

I.5. Sintetizando...28

II. AS PARTICULARIDADES DA COLONIZAÇÃO EMPREENDIDA NO NORTE DO PARANÁ...33

II.1. As Condições do Momento Histórico e o Espaço Territorial de Atuação do Capital Inglês...35

II.1.1. O Espaço da Colonização...37

II.1.2. O Momento Histórico da Ação Imperialista...44

II.1.3. A Conjuntura do Capital Inglês no após 1ª Guerra Mundial e sua Entrada no Norte do Paraná...49

II.2. Algumas Questões da Colonização Inglesa no Norte do Paraná...56

II.2.1. A Ferrovia entre São Paulo e o Norte do Paraná...56

II.2.2. Os Reflexos da Crise de 1929...61

II.2.3. A Opção pela Pequena Propriedade...65

II.2.4. Valor Econômico da Pequena Propriedade...70

II.2.5. A Opção Pelo Café...75

(8)

III. AS VISSICITUTES DA CTNP NA COLONIZAÇÃO E O PAPEL DOS JUDEUS

ALEMÃES...89

III.1. O Chamado Sucesso Inglês...92

III.1.1. Relação com o Estado...95

III.1.2. A Promoção da Vinda de Imigrantes...101

III.1.3. A Importância dos Imigrantes Judeus...111

IV. A PROBLEMÁTICA DA EMIGRAÇÃO E OS JUDEUS ALEMÃES...129

IV.1. A Imigração como Solução de Problemas e Problematizadora de Soluções...136

IV.1.1. A Tentativa de Imigração Beduína-Assíria...144

IV.2. Aspectos da Legislação na Década de 1930 relacionados com os Judeus...153

IV.3. Como os Judeus-Alemães organizaram suas Terras e as Relações de Trabalho-Produção...160

IV.4. O Café e as Propriedades dos Judeus...164

CONCLUSÃO...175

BIBLIOGRAFIA...181

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As Particularidades da Colonização Empreendida

no Norte do Paraná I

PREFÁCIO

Em razão do crescente inconformismo e consci-entização de milhões de camponeses sem terra, dos minifundiários, dos pequenos produtores rurais que estão sendo levados à falência pela política agrí-cola do governo, dos “bóias frias”, dos marginal-izados urbanos expulsos pelo latifúndio, do apoio da maioria do povo e das organizações represen-tativas da sociedade civil e da Igreja; da existência de um movimento amplo, bem organizado, ideologi-camente definido e democratiideologi-camente dirigido; da aplicação de práticas de pressão que tiraram a luta pela terra do campo meramente teórico e, apesar da enorme capacidade de resistência dos senhores da terra e da indefinição e mesmo sabotagem dos po-deres constituídos - já se vislumbra o fim do latifúndio como instituição e dos latifundiários como classe.

Como contribuição à luta dos “sem terra”, objetivando ampliar o nível de consciência popular e conseguir maior solidariedade da sociedade, cabe intensificar os estudos sobre a história e a realidade atual da propriedade rural: aprofundar as pesquisas sobre os títulos de posse dos latifundiários, em grande parte falsos; propor reformas fiscais e creditícias que terminem por inviabilizar o latifúndio, que assegurem estabilidade à pequena propriedade familiar e regularizem a situação dos assentados;

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II

denunciar sistematicamente as bárbaras relações de trabalho vigentes no campo; estudar e difundir ao máximo o que foram as lutas revolucionárias no campo, como Palmares, Canudos e Contestado e os movimentos camponeses dos anos 1950/1960, esmagados a ferro e fogo pela ditadura militar; analisar os aspectos positivos e negativos das lavouras capitalistas (mecanizadas) dedicadas ao cultivo de cereais e leguminosas e, de forma muito especial, o que foram os distintos planos de colonização com base na pequena propriedade familiar implementados nos estados do Sul.

O Paraná, beneficiado pelas melhores terras agrícolas do país, apresenta um histórico muito especial de luta no campo. Desde a heróica rebelião dos camponeses do Contestado, da ocupação do oeste, das vergonhosas usurpações protagonizadas pelo governo estadual (diz-se que Moisés Lupion vendeu “dois andares” da terra disponível) até o ciclo da lavoura mecanizada que significou um acelerado processo de acumulação de riqueza e um enorme preço social: a liquidação indiscriminada da cobertura florestal e a erosão descontrolada, que está criando desertos e ameaça, inclusive, a capacidade de geração da hidrelétrica de Itaipu.

Hermann Oberdiek analisa muito bem um outro episódio da colonização do estado do Paraná, muito pouco conhecido em nível nacional:

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As Particularidades da Colonização Empreendida

no Norte do Paraná III

a imigração de judeus alemães para o Norte do Estado.

É particularmente importante a análise que ele faz da atuação do governo Vargas no episódio.

Na década de 1930 (exatamente quando começou a emigração de judeus alemães), o governo brasileiro, frente às vitórias iniciais do nazi-fascismo (“as nações jovens e fortes da velha Europa”), foi influenciado pelo antisemitismo.

Porém, como mostra Hermann, mais de 50 mil judeus alemães entraram no país, alguns com destino ao Norte do Paraná, apesar de seus passaportes estarem marcados com um “J” maiúsculo, uma das infames práticas do hitlerismo.

A contradição do governo brasileiro era na realidade muito maior: Vargas, considerando que grande parte da população brasileira estava marginalizada do processo econômico, praticamente ociosa pela inexistência de fontes de trabalho, decidira encerrar o ciclo da migração européia. Medida absolutamente justa do ponto de vista nacional e social e que teve um papel fundamental na formação do proletariado brasileiro e no próprio processo político-social do país.

Como nos informa Florestan Fernandes, cerca de 70% dos trabalhadores urbanos eram estrangeiros, expulsos pela miséria vigente na Europa durante as primeiras fases da revolução industrial e por sua

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IV

militância política: em grande parte eram anarquistas e socialistas. Constituíam um proletariado pequeno, porém altamente politizado e que marcou com sua luta as primeiras décadas do século.

Com a Revolução de 1930, surgiu e cresceu aceleradamente, em razão do rápido desenvolvimento econômico do país nas décadas de 1930/1940, um proletariado novo, não politizado, sem maiores noções sobre luta de classes e organização sindical. Além disso, a melhoria nas condições de vida - da extrema pobreza em que vegetava antes e do relativo índice de bem estar social que passaram a desfrutar na nova situação - calariam, por muito tempo, quaisquer reivindicações.

As leis sociais outorgadas por Vargas (algumas muito avançadas para a época e que estão sendo liquidadas na atualidade pela política neoliberal de FHC) criaram inclusive um vínculo afetivo entre os trabalhadores e o caudilho populista, o “Pai dos Pobres”.

Segundo Hermann, a explicação para a incoerência do governo Vargas pode ser encontrada no fato de o projeto migratório ter sido organizado e financiado por um grupo de bancos europeus. Os banqueiros, ao longo dos últimos séculos, sempre constituíram uma formidável fonte de poder e pressão, especialmente em suas relações com governos endividados.

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As Particularidades da Colonização Empreendida

no Norte do Paraná V

Dois exemplos de como os banqueiros impõem suas condições, sua hegemonia:

Carlos V conseguiu ganhar a disputa pelo trono do maior império da época, passando a reinar sobre a Europa e sobre a recém descoberta América, graças a um empréstimo de um banqueiro alemão, Függer.

Como o poderoso monarca não efetuava devidamente os pagamentos relativos à dívida, Függer escrevia cartas desaforadas à Sua Majestade. Para acalmar as pressões de outro banqueiro credor, o também alemão Welser, Carlos lhe concedeu o território que hoje é a Venezuela.

Cinco séculos depois, a dominação dos banqueiros internacionais sobre nossos países endividados continua sendo absoluta. A Dívida Externa Brasileira já foi paga pelo menos duas vezes. Como conseqüência da campanha pelo não pagamento, protagonizada por praticamente todas as forças progressistas da sociedade brasileira, os títulos da dívida chegaram a ser vendidos, no mercado paralelo de Nova Iorque, por 18% de seu valor de face. Com mais um pouco de resistência por parte do Brasil, tornar-se-iam nesses certificados sem valor que se pregam na parede...

Hoje, os títulos brasileiros são cotados nos mercados financeiros internacionais a 70/80% de seu valor nominal. Possivelmente, a maior valorização

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VI

já registrada na história financeira mundial. Autor do milagre: o Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

Em razão do acordo assinado por ele, o Brasil terá que pagar, em 1997, US$ 10 bilhões de juros e US$ 20 bilhões de amortizações - o que equivale a 2/3 das exportações do país.

Com essa fabulosa soma de recursos, poderia efetivar-se uma profunda e ampla reforma agrária que desse terra e financiamento a todos os “sem terra” e, de quebra, urbanizar as favelas onde vegetam milhões de brasileiros.

Livros como o de Hermann, analisando aspectos pouco conhecidos da história política, econômica e social brasileira, devem multiplicar-se, servindo de base para um maior conhecimento da população e maior conscientização popular, condição básica para que o processo de libertação nacional e social de nossos povos se acelere.

Referências

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