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TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA IN VIVO DA (-)-HINOQUININA, OBTIDA PELA OXIDAÇÃO CATALÍTICA DE (-)-CUBEBINA

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Academic year: 2021

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TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA IN VIVO DA (-)-HINOQUININA, OBTIDA PELA OXIDAÇÃO CATALÍTICA DE (-)-CUBEBINA

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FARMÁCIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE FRANCA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ANA JÚLIA GERON AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MÁRCIO LUÍS ANDRADE E SILVA ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): ANA HELENA JANUÁRIO, GUILHERME VENÂNCIO SÍMARO, KAREN C. S. REZENDE, PATRICIA M. PAULETTI, VIVIANE R. ESPERANDIM, WILSON ROBERTO CUNHA COLABORADOR(ES):

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Avaliação da Atividade tripanocida in vivo da (-)-hinoquinina, obtida pela oxidação catalítica de (-)-cubebina

Resumo

A doença de Chagas é uma Doença Tropical Negligenciada causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Durante os últimos anos, a doença tem recebido crescente atenção como um problema emergente na América do Norte e Europa, devido a migrações internacionais provenientes de áreas endêmicas para áreas não-endêmicas. Estima-se que 8 a 10 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo, principalmente na América Latina, onde a doença é endêmica. Atualmente os medicamentos disponíveis, como Benzonidazol e Nifurtimox, demandam um tratamento prolongado, precisam de acompanhamento cuidadoso e possuem um risco substancial de efeitos adversos. Publicações recentes revelaram inúmeras atividades biológicas atribuídas à lignana dibenzilbutirolactônica (-)-cubebina (1), obtida a partir de Piper cubeba. Estudos citam sua otimização estrutural, a fim de se obter derivados com maior potencial farmacológico, baixos custo e baixa toxicidade. Dessa forma, considerando os resultados promissores apresentados pela (-)-hinoquinina (2) contra o parasita T. cruzi, esta lignana poderia ser considerado como um composto líder para o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento. Além disso, é importante salientar que diferentes ensaios in vivo, em diversos protocolos terapêuticos, devem ser desenvolvidos de modo a obter uma melhor eficácia para as formas intracelulares do parasita. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade tripanocida in vivo de (2), A atividade biológica in vivo contra formas promastigotas de Trypanosoma cruzi foi avaliada e (2) mostrou atividade tripanocida significativa. Pode-se observar que (2) foi capaz de diminuir o número de parasitas não apenas no pico parasitêmico, mas em todo o ciclo de infecção, com resultados mais significativos, a uma concentração de 20 mg/kg. Conclui-se, a partir dos resultados, que a (-)-hinoquinina (2), um promissor candidato à fármaco para o tratamento da doença de Chagas.

Introdução

A lignana dibenzilbutirolactólica (-)-cubebina (1) (Figura 1) vem despertando grande interesse nos pesquisadores de diversas áreas, por apresentar várias atividades biológicas, como a atividade antimicrobiana (MacRae & Towers, 1984), analgésica, antiinflamatória (Da Silva Filho et. al., 2004; Souza et. al., 2004) e antiparasitárias, principalmente às atividades esquistossomicida (PI 0503951-7, Processo Fapesp 04/08784-1), tripanocida (Souza et. al., 2005; Da Silva Filho et. al., 2004) e leishmanicida (Barata et. al., 2000).

O O O O O OH (-)-cubebina 1

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Apesar das políticas preventivas e do progressivo controle sanitário, a doença de Chagas ou tripanossomíase americana ainda é uma patologia potencialmente fatal, atualmente reconhecida pela OMS como uma das 13 doenças tropicais mais negligenciadas do mundo (WHO, 2014). Foi descoberta em 1909, pelo médico brasileiro Carlos Chagas, que foi quem primeiro descreveu a doença clinicamente, que tem como agente etiológico o protozoário Trypanosoma cruzi, porém somente a partir da década de 60 que a patologia foi considerada um grave problema de saúde no Brasil.

Os únicos medicamentos com eficácia comprovada para o tratamento da doença de Chagas, desde a década de 60 e 70, são o Benzonidazol (Rochagan ®, Roche) e Nifurtimox (Lampit ®, Bayer). Se administrados logo após o inicio da infecção, na fase aguda, apresentam 80% de eficácia na cura da doença. A terapêutica atual na forma farmacêutica de comprimido de liberação imediata requer administração de várias doses diárias durante um longo período, cerca de 60 a 90 dias, o que dificulta a adesão do paciente. Além disso a eficácia do tratamento diminui à medida que se aumenta o tempo de infecção, devido ao acesso ilimitado aos amastigotas intracelulares, ocasionando altos níveis de concentração plasmática, alta toxicidade e efeitos colaterais severos como depressão da medula óssea, trombocitopenia e agranulocitose, hiporexia, náuseas, vômitos, alergia cutânea e neuropatia periférica (Barrett et. al., 2003; WHO, 2013). Objetivo

O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade tripanocida in vivo de (2) (Figura 2), um produto natural, sobre as formas amastigotas de da cepa Y de T. cruzi.

O O O O O O (-)-hinoquinina 2 Materiais e Métodos

Ensaio tripanocida sobre a forma amastigota intracelular

Visando avaliar a efetividade do composto obtido através da oxidação catalítica da (-)-cubebina, foram realizados testes sobre a forma amastigota intracelular de Trypanosoma cruzi.

Grupos experimentais e avaliação da parasitemia

Para a realização dos ensaios in vivo foram utilizados 25 camundongos albinos, machos, linhagem BALB/C, pesando aproximadamente 25g cada, que foram divididos em cinco grupos, onde foi efetuada a análise da atividade da (-)-hinoquinina, de acordo com o descrito abaixo:

Grupos: Grupo I - controle negativo – 5 animais foram inoculados com 1 x 106 parasitas e tratados com o solvente utilizado na preparação das soluções (DMSO 5%) durante 20 dias, para a avaliação do comportamento parasitêmico; Grupo II - controle positivo – 5 animais foram inoculados com 1 x 106 parasitas e tratados com Benzonidazol com a dosagem correspondente de 10 mg/kg de peso corpóreo durante 20 dias, para a avaliação do comportamento parasitêmico; Grupo III - tratamento - após 48h da inoculação intraperitoneal dos parasitas (1 x 106 parasitas), 5 animais foram

Figura 2. Estrutura química da lignana (-)-hinoquinina.

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tratados com a substância em estudo na concentração de 5 mg/kg durante 20 dias, para a avaliação do comportamento parasitêmico; Grupo IV - tratamento - após 48h da inoculação intraperitoneal dos parasitas (1 x 106 parasitas), 5 animais foram tratados com a substância em estudo na concentração de 10 mg/kg durante 20 dias, para a avaliação do comportamento parasitêmico; Grupo V - tratamento - após 48h da inoculação intraperitoneal dos parasitas (1 x 106 parasitas), 5 animais foram tratados com a substância em estudo na concentração de 20 mg/kg durante 20 dias, para a avaliação do comportamento parasitêmico.

Todos os animais foram mantidos nas mesmas condições, em sala com temperatura e luminosidade controlada, recebendo água e ração ad libitum.

Foram avaliados o tempo de sobrevida e parasitemia dos animais tratados. As curvas parasitêmicas foram realizadas por meio da coleta de 5µL de sangue da cauda de cada animal em experimentação, de dois em dois dias, sendo o número de parasitas quantificado de acordo com a técnica descrita por Brener (1962).

Resultados e discussão

A avaliação da atividade tripanocida in vivo da (-)-hinoquinina foi realizada com o objetivo de mensurar seu potencial sob as formas tripomastigotas de T. cruzi em uma diferente margem de concentração (5, 10 e 20 mg/kg/dia) em relação aos dados já relatados na literatura (Souza et al., 2005).

A parasitemia foi monitorada do 2º ao 20º dia após a infecção. Foram colhidos 5μl de sangue da cauda dos animais, e colocados entre lâmina e lamínula. Foi realizada leitura de 50 campos em microscópio óptico, com objetiva de 40X, ocular de 10X e fator de correção 106. A parasitemia foi determinada segundo Brener (1962) e corresponde ao número de parasitos visualizados em 50 campos, multiplicado pelo fator de correção do microscópio (número de tripomastigotas x 103/5μl de sangue).

Na Figura 3 estão representados os valores da parasitemia realizada em camundongos Balb/c, machos, pesando em torno de 20 gramas e infectados com 1x106 formas tripomastigotas pertencentes à cepa Y de T. cruzi.

Figura 3. Comportamento parasitêmico de animais infectados com 1x106 formas

tripomastigotas da cepa Y de Trypanosoma cruzi e tratados diariamente por via intraperitoneal com (-)-hinoquinina nas concentrações de 5 mg/kg, 10 mg/kg e 20mg/kg durante 20 dias. Controle positivo (Benzonidazol) e controle negativo animais tratados com solução de DMSO 5%.

Conclusão

Os ensaios antiparasitários in vivo na doença de Chagas foram realizados e a análise dos resultados obtidos mostrou que a lignana (-)-hinoquinina pode ser considerada como um promissor produto natural bioativo, o que estimula a realização

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de estudos posteriores.

Referências

BARATA, L.E.S.; SANTOS, L.S.; FERRI, P.H.; PHILLIPSON, J.D.; PAINE, A.; CROFT, S.L. Phytochemistry, v. 55, p. 589–595, 2000.

BARRETT R, BURCHMORE AS, LAZZARI J, FRASCH A, CAZZULO J, KRISHNA S. Lancet. v.362, p. 1469-1480, 2003.

BRENER, Z. Therapeutic activity and criterion of cure on mice experimentally infected with

Trypanosoma cruzi. Rev.Inst. Med. trop. v. 4, p. 389-396, 1962.

DA SILVA FILHO, A. A., ALBUQUERQUE, S., SILVA, M. L. A., TOMAZELA, D. M., EBERLIN, M. N., BASTOS, J. K.; Journal of Natural Products, v. 67, p. 42-45, 2004. (a)

DA SILVA FILHO, A. A., SILVA, M. L. A., CARVALHO, J. C. T., BASTOS, J. K.; Journal of Pharmacy and Pharmacolology, v. 56, n. 9, p. 1179-1184, 2004. (b)

MacRAE, W.D. & TOWERS, G.H.N. Phytochemistry, 23, 6, 1207-1220, 1984.

SOUZA, G. H. B.; DA SILVA FILHO, A. A.; DE SOUZA, V. A.; PEREIRA, A. C.; ROYO, V. DE A.; SILVA, M. L. A.; DA SILVA, R.; DONATE, P. M.; CARVALHO, J. C. T.; BASTOS, J. K. II Farmaco. v. 59, n. 1, p. 55-61, 2004.

SOUZA, V. A.; SILVA, R.; PEREIRA, A. C.; ROYO, V. DE A.; SARAIVA, J.; MONTANHEIRO, M.; SOUZA, G. H. B.; DA SILVA FILHO, A. A.; GRANDO, M. D.; DONATE, P. M.; BASTOS, J. K.; ALBUQUERQUE, S.; SILVA, M. L. A. Bioorganic and Medicinal Chemistry Letters, v. 15, p. 303-307, 2005.

WHO. World Health Organization, Chagas Disease. Fact Sheet, 340. Geneva, 2014. WHO. World Health Organization. Tropical Disease Research (TDR). Programa Especial De Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais. Geneva, 2013.

Referências

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